Doação de Sangue: Descubra a importância de ser um doador

Doação de Sangue: Descubra a importância de ser um doador

Doar sangue é um ato solidário que pode salvar vidas de pessoas que precisam de tratamentos, intervenções médicas complexas, como transplantes, transfusões, cirurgias e doenças hematológicas variadas. Segundo o Ministério da Saúde, cada bolsa de sangue doada pode salvar 4 vidas, por isso, a doação de sangue regular é de extrema importância para manter os bancos sempre abastecidos para os hospitais.

Ainda de acordo com o Ministério, cerca de 3,3 milhões de pessoas são doadoras de sangue no Brasil. Esse gesto é celebrado em 25 de novembro, Dia Nacional do Doador de Sangue. A data tem o objetivo de agradecer e reconhecer a importância de todos os doadores, principalmente os regulares, e sensibilizar a população para a importância da doação.

A escolha pela data no mês de novembro também busca aumentar o estoque nos bancos de sangue de todo o país, já que os estoques dos hospitais ficam abaixo da necessidade no último trimestre do ano em boa parte do Brasil.

Quem pode doar sangue?

Pessoas entre 16 e 69 anos que estejam pesando mais de 50kg podem doar sangue, segundo o Ministério da Saúde. Para menores (entre 16 e 18 anos) é necessário o consentimento dos responsáveis, e entre 60 e 69 anos a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente.

O procedimento para doação de sangue é simples, rápido e seguro. É preciso apresentar documento oficial com foto em um dos pontos de coleta.

A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde do doador porque a recuperação acontece 24 horas após a doação. Uma pessoa adulta e saudável tem, em média, 5 litros de sangue. A doação permitida é de apenas 450ml por doador.

Todo o sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma) e assim poderá beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada.

O website do Ministério da Saúde esclarece mitos no endereço http://saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-sangue

 

Doar sangue é um ato de amor à vida. Doe você também!

Diabetes: Uma doença silenciosa

Diabetes: Uma doença silenciosa

Caracterizada pela elevação de glicose no sangue, a diabetes mellitus causa um conjunto heterogêneo de distúrbios metabólicos. No mundo, existem pelo menos 380 milhões de diabéticos, entre os quais 13 milhões são brasileiros. A tendência é que este número suba nos próximos anos. Informações do Atlas do Diabetes mostraram que, até 2035, a taxa de pessoas com diabetes pode aumentar mais de 150%.

A diabetes pode ocorrer devido a dois fatores: deficiência na secreção ou na ação do hormônio insulina. Este hormônio é produzido pelo pâncreas sua função é permitir a utilização da glicose pelas células para a produção de energia. Quando estas deficiências ocorrem, a glicose se acumula na corrente sanguínea, o que gera o quadro de hiperlipemia podendo assim, desencadear o desenvolvimento da diabetes.

A diabetes tipo 1 é caracterizada pela destruição das células beta, levando  usualmente a uma deficiência absoluta de insulina. Já a do tipo 2 é causada por deficiência relativa de insulina, sendo característico dos indivíduos com resistência à insulina.

Para conscientizar o mundo sobre os problemas associados à doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com a Federação Internacional de Diabetes (IDF) criou, em 1991, o Dia Mundial da Diabetes, celebrado em 14 de novembro.

Diagnóstico precoce é essencial para conter sintomas

A diabetes, sobretudo a do tipo 2, é uma doença silenciosa. Seu desenvolvimento é lento, e os sintomas podem demorar mais tempo para ocorrerem. Trata-se de uma doença incurável, que pode gerar muitas complicações para o paciente.

Isso porque, ao longo dos anos, a hiperglicemia prolongada ocasiona o aparecimento de lesões graves, como cegueira, nefropatia, neuropatia, hipercoagulabilidade, amputação, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Os fatores de causa mais comuns associados à doença são: obesidade, sedentarismo, hereditariedade, hipertensão, entre outros.

O diagnóstico precoce da doença é fundamental para que os sintomas não avancem e gerem grandes prejuízos para os pacientes. Em quadros de pré-diabetes é possível, inclusive, que o quadro seja revertido por completo.

Determinação de glicose e HbA1c

O diagnóstico da diabetes é feito por meio da determinação sanguínea da glicose e HbA1c, ou hemoglobina glicada. Segundo Andreza Belo, pesquisadora pleno da Labtest Diagnóstica, existem níveis pré-estabelecidos de glicose e HbA1c para identificar indivíduos normais, com pré-diabetes e com diabetes.

Os valores indicados pela Associação Americana de Diabetes indicam que o diagnóstico de diabetes é dado pelas seguintes determinações:

  • glicemia de jejum alterada (≥ 126 mg/dL)
  • glicemia após sobrecarga de glicose ou glicemia ao acaso (≥ 200 mg/dL)
  • hemoglobina glicada ou HbA1c (≥ 6,5%)”.

Andreza Belo explica ainda que, além de ser usada no diagnóstico, a HbA1c é utilizada, também, como medida do risco de desenvolvimento das complicações crônicas da diabetes.

“A HbA1c deve ser medida rotineiramente em todos os pacientes com diabetes, por pelo menos duas vezes ao ano. Em pacientes que se submeteram a alterações do esquema terapêutico, ou que não estejam atingindo os objetivos recomendados com o tratamento, deve ser medida quatro vezes ao ano, a cada três meses”, informa.

Fonte:  Labtest

Sepse: O que é e como monitorá-la?

Sepse: O que é e como monitorá-la?

Popularmente conhecida como infecção generalizada, a sepse é um conjunto de manifestações graves em todo organismo. Trata-se de um estado em que o sistema circulatório se torna incapaz de fornecer fluxo sanguíneo adequado para os tecidos e órgãos. Este quadro é, ainda, uma resposta inflamatória que altera o funcionamento do organismo.

Apesar disso, a sepse nem sempre acomete todos os órgãos do paciente. Muitas vezes, ela pode estar localizada apenas em um órgão, mas é capaz de impactar todo o organismo que tenta combater a infecção. Febre, diminuição da temperatura corporal, aumento da frequência cardíaca, confusão mental e dificuldade para respirar são só alguns sintomas relacionados à sepse, que deve ser diagnosticada o quanto antes para ter chances de ser revertida.

Sepse e mortalidade

Segundo o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), a sepse é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Ela é também uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer.

No Brasil, a taxa de mortalidade em UTIs causada pela sepse é de até 65%, enquanto a média mundial está abaixo de 40%. São esses dados que levam este quadro clínico a ser cada vez mais discutida entre a comunidade médica.

DIAGNÓSTICO VIA DETERMINAÇÃO DE LACTATO

O diagnóstico precoce da evolução do quadro de sepse é o que resulta na possibilidade de reversão deste. Recentemente, estudos mostraram que a determinação de lactato é uma excelente ferramenta para auxiliar os médicos na avaliação da gravidade da sepse.

“Os níveis de lactato na corrente sanguínea estão relacionados à eficiência de oxigenação dos órgãos e dos tecidos no organismo. Contudo, o lactato tem sido considerado mais que um produto da glicólise anaeróbica (na ausência de oxigênio). Desta maneira, ele vem sendo empregado como marcador de triagem para avaliação da sepse. Níveis de lactato acima de 2 mmol/L estão relacionados à sepse e, ao serem identificados, podem auxiliar o médico na avaliação da gravidade e evolução deste quadro clínico”, explica Bárbara de Morais, especialista de produtos da Labtest.

Fonte: Labtest

Sífilis congênita: como evitar que a doença passe de mãe para filho

Sífilis congênita: como evitar que a doença passe de mãe para filho

Sífilis é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns do mundo, porque apresente aproximadamente 6 milhões de novos casos a cada ano. Desde 2016, o Ministério da Saúde decretou epidemia da doença, sendo estes os números da sífilis no Brasil, de acordo com o último boletim divulgado em outubro de 2019 (dados referentes ao ano de 2018):

Sífilis - Gestação

O QUE É A SÍFILIS

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode ser transmitida por meio de relação sexual (vaginal, anal e oral) ou ainda pode ser transmitida para a criança durante a gestação ou o parto.

Ela pode se apresentar das mais variadas formas clínicas e é classificada em diferentes estágios: sífilis primária, secundária, latente e terciária.

Sífilis primária
No primeiro estágio, aparecem pequenas feridas no local de entrada da bactéria, mas que não trazem dor ou coceira, e desaparecem espontaneamente.

Sífilis secundáriaNo primeiro estágio, aparecem pequenas feridas no local de entrada da bactéria, mas que não trazem dor ou coceira, e desaparecem espontaneamente.

Sífilis latente
A forma latente é ainda mais silenciosa, sendo detectada apenas por exames imunológicos. Geralmente, nesta fase o indivíduo já está com a infecção há mais de 2 anos.

Sífilis terciária
A última fase da doença é a mais grave, pois o paciente pode apresentar lesões na pele, nos ossos, problemas cardiovasculares e neurológicas, que podem levar à morte. Este estágio pode surgir décadas depois da infecção.

Sífilis congênita
Nos bebês, a sífilis congênita é fatal em 40% dos casos. Além disso, a doença também pode trazer nascidos com baixo peso, prematuridade e outras deformidades congênitas.

No entanto, é importante ressaltar que a infecção tem cura, em adultos pode ser tratada com injeções de penicilina. A quantidade de injeções varia de acordo com o estágio da doença.

Os bebês precisam ser acompanhados de perto desde o nascimento para que possa se fazer o tratamento adequado e descobrir possíveis sequelas que terá no futuro.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Mesmo que não haja nenhum sintoma, é importante fazer o teste de sífilis, que está disponível em qualquer unidade de saúde do Brasil. Principalmente pais e mães que esperam por um bebê precisam diagnosticar a doença o quanto antes para que o tratamento seja o mais rápido possível, preferencialmente nos primeiros 3 meses de gestação.

Depois de diagnosticado, caso o resultado dê positivo para mãe ou pai, o tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS.

Fonte: Kasvi

Sífilis: Uma doença tabu com aumento de casos no Brasil

Sífilis: Uma doença tabu com aumento de casos no Brasil

sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. É um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, devido ao aumento significativo de casos registrados. As principais formas de transmissão desta IST são via sexual, vertical e transfusão sanguínea, embora essa seja mais rara.

Quando a transmissão ocorre devido às relações sexuais desprotegidas, a sífilis é classificada como sífilis adquirida. Quando ocorre da mãe para a criança (transmissão vertical) durante a gestação ou parto, é denominada sífilis congênita. Outra classificação importante ocorre quando a sífilis é diagnosticada em mulheres durante a gestação e, neste caso, é chamada de sífilis em gestante. Estes três casos devem ser notificados obrigatoriamente ao Ministério da Saúde, conforme portaria vigente.

As ações do dezembro vermelho no combate ao HIV/AIDS também impulsionaram as discussões sobre outras IST´s, incluindo a sífilis. Consideradas doenças tabus, muitas pessoas são desinformadas em relação às IST´s e, quando expostas às situações de suspeita da infecção, não procuram ou demoram muito para buscar ajuda médica para realizar o diagnóstico.

A sífilis é uma IST facilmente tratável quando diagnosticada precocemente. Quando não tratada, pode gerar sequelas irreversíveis em longo prazo, além de facilitar a infecção pelo vírus do HIV. Alguns especialistas afirmam que as chances de um indivíduo com sífilis ser infectado por esse vírus podem aumentar em até 18 vezes. No caso da sífilis congênita, a preocupação ocorre devido à alta taxa de aborto, óbito fetal e morte neonatal, que pode chegar a 40%.

Aumento do número de casos de sífilis no Brasil nos últimos oito anos

De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado no final de 2019, o número de casos de sífilis no Brasil é alarmante em decorrência do seu crescimento significativo.

Nos últimos oito anos (2010 – 2018), o país vivenciou um aumento de 4.157% no número de casos. Somente em 2018, foram registrados mais de 246 mil casos, dos quais a sífilis congênita representou uma parcela de 26,3 mil casos, com 241 mortes de bebês.
Gráfico -  Sífilis
Foto retirada do site da Labtest

Os sintomas em adultos podem incluir feridas genitais, manchas no corpo, febre, mal-estar, lesões na pele, ossos, sistema nervoso e cardiovascular, demência e depressão. As lesões em fetos e neonatos são mais graves e podem causar malformações, microcefalia, afetar o sistema nervoso, visão, músculos, coração e fígado, até provocar aborto involuntário ou óbito ao nascer.

Procurar ajuda especializada é o primeiro passo para diagnóstico da sífilis

A partir do momento em que o indivíduo está com suspeita de sífilis, ele deve procurar o serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) que disponibiliza todos os testes gratuitamente ou um laboratório clínico para realizar os exames de diagnóstico da infecção.

“Além dos exames realizados para identificação da bactéria Treponema pallidum, denominados como exames diretos, são solicitados testes imunológicos para detectar anticorpos antitreponêmicos presentes na amostra do paciente”, explica Bárbara de Morais, especialista de produtos da Labtest.

“Estes anticorpos surgem em aproximadamente 10 dias, após o aparecimento da lesão primária da sífilis, também chamada de cancro duro, e auxiliam o médico nas demais etapas clínicas, a fim de realizar o diagnóstico e conduzir o paciente para o tratamento adequado”, complementa Bárbara.

Dentro dos testes imunológicos, há uma separação entre aqueles considerados testes treponêmicos e não treponêmicos, tema do próximo tópico deste artigo.

Entenda a diferença entre os testes treponêmicos e não treponêmicos

Os testes treponêmicos detectam anticorpos específicos anti-Treponema pallidum, enquanto os testes não treponêmicos detectam anticorpos anticardiolipina, que surgem devido ao material lipídico liberado da célula que apresenta lesão ou à cardiolipina liberada pelas bactérias.

Os anticorpos anticardiolipina são produzidos no organismo devido a outras situações clínicas. Sendo assim, os testes não treponêmicos não são específicos para os antígenos do Treponema pallidum. Cabe ainda ressaltar que os testes não treponêmicos, apesar de não específicos, tem grande relevância para o diagnóstico e monitoramento do tratamento da sífilis, como será mostrado a seguir neste artigo.

Entre os testes treponêmicos, os testes rápidos, ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) e FTA-ABS (Fluorescent Treponemal Antibody Absorption Test) são enquadrados nesta categoria. Para os testes não treponêmicos, podemos mencionar os testes com as metodologias VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e RPR (Rapid Plasmatic Reagin).

Saiba porque os testes não treponêmicos são indicados para acompanhar o tratamento da sífilis

“Os testes não treponêmicos utilizam a metodologia de floculação, ocorrendo a aglutinação em amostras reagentes, que pode ser observada a olho nu ou por meio de microscópio, dependendo das recomendações do produto utilizado”, diz Bárbara.

Os testes não treponêmicos podem ser qualitativos e/ou semiquantitativos. Quando utilizados de maneira semiquantitativa, é possível dosar o título da amostra, o que auxilia a determinação da fase da infecção: primária, secundária ou terciária.

Esse tipo de teste também é recomendado para acompanhamento da resposta ao tratamento. “O título da amostra deve diminuir se o tratamento for efetivo”, destaca Bárbara.

Os testes treponêmicos não podem ser utilizados para acompanhamento do tratamento, uma vez que permanecerão apresentando resultado reagente ao longo de toda vida do paciente infectado pela bactéria, impedindo saber se o tratamento foi eficaz.

De acordo com o Manual Técnico para Diagnóstico da Sífilis do Ministério da Saúde, os testes não treponêmicos podem ser utilizados como triagem e, em seguida, devem ser confirmados com o teste treponêmico ou utilizados na sequência dos testes treponêmicos, explica a especialista.

Fonte: Labtest

Infarto Agudo do Miocárdio na população jovem

Infarto Agudo do Miocárdio na população jovem

Danilo Feliciano de Moraes, filho do ex-lateral direito e capitão da Seleção Brasileira Cafu, sofreu um infarto aos 30 anos de idade, enquanto jogava bola com os familiares na sua residência em São Paulo, em setembro de 2019. Outro episódio triste no mesmo ano foi o de Tales Costa, modelo de 25 anos, que teve um mal súbito enquanto desfilava na passarela da 47ª edição da São Paulo Fashion Week (SPFW).

Ambos os casos chamam a atenção por um motivo em comum: a idade precoce dos garotos. Segundo o Ministério da Saúde, desde 2013 houve no Brasil um aumento de 13% no número de infarto entre adultos com até 30 anos de idade.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) aponta as doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação como principais causas de morte no Brasil, sendo responsáveis por mais de 30% dos óbitos registrados. A cada um minuto e meio, uma pessoa morre em decorrência de problemas cardiovasculares.

Neste artigo, você entenderá do que se trata, quais os motivos, sintomas e, por fim, a importância dos biomarcadores para o diagnóstico do infarto agudo do miocárdio.

O que é um Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)?

O miocárdio é o músculo do coração responsável pelo processo de contração e relaxamento e auxilia o processo de bombeamento do sangue para o nosso corpo.

O infarto agudo do miocárdio ocorre quando as células do músculo morrem devido à falta de fluxo sanguíneo em decorrência da obstrução de algumas artérias que alimentam o miocárdio.

Como a artéria está obstruída, o sangue não consegue chegar até o músculo e pode ocorrer o IAM. Os sintomas nos jovens são mais proeminentes e diferentes daqueles apresentados pela população mais velha, como dores no peito, com ou sem irradiação para os membros superiores, suor frio, falta de ar ou náusea.

As causas que levam os jovens a desenvolver doenças cardíacas estão vinculadas com o sedentarismo, estresse, diabetes, tabagismo, entre outras. Por isso, a importância de ter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas.

Entenda quais são os biomarcadores para o diagnóstico do infarto agudo do miocárdio

Os biomarcadores cardíacos são macromoléculas, proteínas ou enzimas, que auxiliam no diagnóstico de diversas doenças cardíacas, incluindo o infarto agudo do miocárdio. Saiba mais sobre alguns destes biomarcadores e qual a relevância no diagnóstico:

A enzima creatina quinase (CK) e sua fração MB (CK-MB)

A enzima creatina quinase e sua fração MB (CK e CK-MB) são biomarcadores estabelecidos dentro da comunidade médica para o diagnóstico do IAM. A CK possui duas subunidades B e M (Brain e Muscle, respectivamente) e é responsável por regular a produção e o uso dos íons fosfato (PO42-) nos tecidos que se contraem.

A CK-MB é denominada miocárdica e os ensaios podem dosar sua atividade ou sua concentração. O teste que determina a concentração é chamado de CK-MB massa.

Esses testes são sensíveis e confiáveis. A atividade da CK-MB aumenta entre 4 e 6 horas, após a lesão do músculo cardíaco, com um pico em torno de 18 horas depois do infarto. Os níveis normais serão restabelecidos em 48 horas. Portanto, trata-se de um biomarcador de “meia vida curta”, explica a especialista de produtos da Labtest, Bárbara de Morais.

Troponinas (TnI, TnT e TnC)

As troponinas são complexos de proteínas que auxiliam o processo de regulação de interação entre actina e miosina, que participam do processo de contração muscular.

As troponinas têm três subunidades: Troponina I (TnI), Troponina T (TnT) e Troponina C (TnC) e são classificadas desta forma, dependendo ao que estão ligadas. Normalmente, estão ausentes na corrente sanguínea, sendo encontradas apenas no tecido cardíaco. Quando ocorre a lesão, as troponinas são liberadas para a corrente sanguínea e podem ser detectadas.

As Troponinas I e T têm relevância para o diagnóstico do infarto agudo do miocárdio, sendo consideradas biomarcadores cardíacos, uma vez que possuem sequência de aminoácidos específicos para o músculo cardíaco.

A TnI e a TnT podem ser detectadas em cerca de 2 a 4 horas após o início da lesão, com pico em torno de 12 horas e podem permanecer elevadas por dias. São “padrão ouro” e consideradas como marcadores tardios.

“Os produtos que dosam ambas podem ser qualitativos ou quantitativos. Entre os quantitativos, tem-se os que são considerados ultrassensíveis e capazes de detectar quantidades pequenas desses dois analíticos na amostra”, complementa Bárbara.

Mioglobina

O terceiro biomarcador é a mioglobina, uma metaloproteína com núcleo porfirínico de ferro, semelhante à hemoglobina, cuja função é realizar o transporte intracelular de oxigênio.

É uma proteína presente no citoplasma, que está localizado entre o núcleo e a membrana celular, responsável pela captura do oxigênio e por levá-lo às mitocôndrias, auxiliando no processo de respiração celular.

A concentração da mioglobina se eleva entre 1 e 2 horas após a isquemia, o pico ocorre entre 6 e 9 horas e as concentrações se normalizam entre 12 e 24 horas. “Portanto, é considerado um marcador precoce”, destaca Bárbara.

Gráfico - Infarto


Outros biomarcadores

Além do biomarcadores mencionados, outros também são relevantes para o diagnóstico do IAM, como o hormônio BNP e o D-dímero. O hormônio peptídeo naurético cerebral (BNP) é um excelente marcador de estresse mecânico e sua dosagem auxilia na avaliação da disfunção ventricular sistólica esquerda. Já o D-dímero é um fragmento de proteína resultante do processo de coagulação e níveis elevados deste analito estão associados ao aumento de risco de IAM.

Recomendação da Sociedade Brasileira de Cardiologia

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) recomenda que o diagnóstico não seja feito com apenas um marcador, mas com pelo menos dois. Um que seja precoce (mioglobina e CK-MB) e um tardio (CK-MB e troponinas).

“Os biomarcadores cardíacos são importantes para auxiliar no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio. A escolha do biomarcador mais adequado deve ser considerada de acordo com o tempo de aparecimento ou elevação da sua atividade ou concentração na corrente sanguínea”, afirma Bárbara.

“É importante realizar o diagnóstico de maneira adequada. O resultado precoce possibilita que as medidas médicas sejam efetivas, evitando sequelas graves que possam comprometer a qualidade de vida do paciente e a evolução do quadro para o óbito”, finaliza Bárbara.

Fonte:Labtest