A gripe, conhecida popularmente como influenza, é uma infecção viral que afeta o sistema respiratório, notável pela sua alta capacidade de transmissão e pelo impacto significativo na ocupação hospitalar. O agente etiológico é o vírus da família Orthomyxoviridae, pertencente ao gênero Influenzavirus. No contexto da saúde humana global, os tipos A e B são os mais relevantes. O tipo A se subdivide em duas linhagens principais, H1N1 e H3N2, enquanto o tipo B divide-se em linhagens Victoria e Yamagata.

A influenza A é a mais comum, capaz de infectar tanto humanos quanto outros animais. Sua classificação baseiase em duas proteínas na superfície do vírus: hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). Existem diversas cepas de influenza A, mas as linhagens H1N1 e H3N2 são predominantes em humanos. A influenza B também pode causar quadros graves e é exclusiva dos seres humanos, embora seja menos comum que a influenza A, podendo causar surtos significativos.

Esses vírus têm potencial para gerar variantes devido à sua natureza, com genoma composto por uma fita de RNA de sentido negativo. Durante a infecção das células epiteliais do trato respiratório, incluindo os pulmões, a replicação viral se baseia na síntese de RNA positivo por meio de uma RNA polimerase dependente de RNA, presente no pacote viral. Embora funcional na iniciação dos processos de tradução das proteínas virais, essa RNA polimerase não possui mecanismos eficientes de correção de síntese de RNA, resultando ocasionalmente em mutações que geram partículas virais não funcionais. No entanto, algumas mutações podem aprimorar o mecanismo de infecção viral, originando novas linhagens com maior capacidade de infectar as células hospedeiras.

A influenza é facilmente transmitida entre pessoas através de gotículas liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra. Os sintomas comuns incluem febre alta no início do contágio, inflamação na garganta, calafrios, perda de apetite, irritação nos olhos, vômitos, dores articulares, tosse, mal-estar e diarréia, principalmente em crianças.

Em grande parte dos infectados, a doença pode durar de uma a duas semanas, mas fatores de risco e condições individuais podem prolongar o tempo de recuperação e aumentar a gravidade da doença.

Quando os sintomas exigem assistência médica, é crucial identificar a doença por meio de exames clínicos para orientar decisões médicas, como a internação.

De acordo com o InfoGripe (http://info.gripe.fiocruz.br/), que monitora os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no SINAN, Sistema de Informação de Agravos de Notificação (https://www.gov.br/saude/pt-br), os dados recentes indicam alta probabilidade de aumento no número de casos graves em 2024.

Boletins anteriores também destacam a sazonalidade da doença, observando que a queda das temperaturas no outono e inverno está associada ao aumento dos casos.

No atual contexto, em que a COVID-19 continua circulando e apresenta sintomas semelhantes à influenza, embora com abordagens sanitárias distintas, a solicitação de exames clínicos para identificar as diferentes infecções respiratórias pode contribuir significativamente para a saúde pública.

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É crucial enfatizar a importância da vacinação como medida preventiva fundamental. A vacinação anual desempenha papel crucial na redução da propagação da gripe na comunidade, contribuindo para a proteção coletiva. Portanto, é essencial que as pessoas se vacinem anualmente, seguindo as orientações das autoridades de saúde locais, para ajudar a proteger a si mesmas e aos outros contra a influenza.

Além disso, outras medidas importantes para evitar a contaminação e a propagação do vírus são o uso de máscara, principalmente se você tiver algum sintoma e lavar as mãos com frequência, vamos evitar a propagação do vírus.

REFERÊNCIAS:
– Forleo-Neto, E., Halker, E., Santos, V. J., Paiva, T. M., & Toniolo-Neto, J.. (2003). Influenza. Revista Da Sociedade Brasileira De Medicina Tropical, 36(2), 267–274. https://doi.org/10.1590/S0037-86822003000200011
– https://bdm.unb.br/bitstream/10483/32876/1/2021_LailaEmanuelySantosOliveira_tcc.pdf
– https://butantan.gov.br/bubutantan/quatro-tipos-de-virus-diversos-subtipos-possiveis-proteinas-ligadas-umas-as-outras-conhecaum- pouco-mais-sobre-o-virus-influenza
– https://bvsms.saude.gov.br/h3n2-novo-virus-influenza-em-circulacao-nopais/#:~: text=Atualmente%2C%20s%C3%A3o%20conhecidos%20tr%C3%AAs%20tipos,e%20o%20A%20(H3N2).
– http://info.gripe.fiocruz.br/