Popularmente conhecida como infecção generalizada, a sepse é um conjunto de manifestações graves em todo organismo. Trata-se de um estado em que o sistema circulatório se torna incapaz de fornecer fluxo sanguíneo adequado para os tecidos e órgãos. Este quadro é, ainda, uma resposta inflamatória que altera o funcionamento do organismo.

Apesar disso, a sepse nem sempre acomete todos os órgãos do paciente. Muitas vezes, ela pode estar localizada apenas em um órgão, mas é capaz de impactar todo o organismo que tenta combater a infecção. Febre, diminuição da temperatura corporal, aumento da frequência cardíaca, confusão mental e dificuldade para respirar são só alguns sintomas relacionados à sepse, que deve ser diagnosticada o quanto antes para ter chances de ser revertida.

Sepse e mortalidade

Segundo o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), a sepse é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Ela é também uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer.

No Brasil, a taxa de mortalidade em UTIs causada pela sepse é de até 65%, enquanto a média mundial está abaixo de 40%. São esses dados que levam este quadro clínico a ser cada vez mais discutida entre a comunidade médica.

DIAGNÓSTICO VIA DETERMINAÇÃO DE LACTATO

O diagnóstico precoce da evolução do quadro de sepse é o que resulta na possibilidade de reversão deste. Recentemente, estudos mostraram que a determinação de lactato é uma excelente ferramenta para auxiliar os médicos na avaliação da gravidade da sepse.

“Os níveis de lactato na corrente sanguínea estão relacionados à eficiência de oxigenação dos órgãos e dos tecidos no organismo. Contudo, o lactato tem sido considerado mais que um produto da glicólise anaeróbica (na ausência de oxigênio). Desta maneira, ele vem sendo empregado como marcador de triagem para avaliação da sepse. Níveis de lactato acima de 2 mmol/L estão relacionados à sepse e, ao serem identificados, podem auxiliar o médico na avaliação da gravidade e evolução deste quadro clínico”, explica Bárbara de Morais, especialista de produtos da Labtest.

Fonte: Labtest