Dengue: principais cuidados, diagnóstico e tratamento

Dengue: principais cuidados, diagnóstico e tratamento

O mês de janeiro é marcado por dois fenômenos da natureza: o verão e as chuvas torrenciais. Essa dupla condição climática favorece a proliferação das arboviroses, doenças causadas pelo arbovírus transmitidos aos seres humanos por vetores artrópodes, como os mosquitos. Entre as arboviroses presentes no Brasil estão: Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela, Mayaro e West Nile.

O vírus da Dengue pertence à família Flaviviridae e ao gênero Flavivirus e possui quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4. Isso significa que a pessoa pode ser infectada pelo vírus, pelo menos, quatro vezes. O desenvolvimento dos estágios mais graves da doença, como a febre hemorrágica da Dengue, causam preocupação por serem potencialmente fatais. O cuidado para este ano tomou uma proporção maior em decorrência da pandemia ocasionada pelo vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, que já sobrecarrega o sistema de saúde.

Para não piorar a situação das unidades de saúde, os cuidados com o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos transmissores do vírus da Dengue, devem ser redobrados para não superlotar os hospitais. A fim de alertar a população sobre os riscos, o Ministério da Saúde (MS) lançou a campanha nacional “Combater o mosquito é com você, comigo, com todo mundo”, já que segundo o último Boletim Epidemiológico, publicado em dezembro de 2020, foram notificados 979.764 casos prováveis de Dengue e 541 óbitos no país.

Modo de transmissão, período de incubação e de transmissibilidade e sintomas da Dengue

Usando como referência o Manual “Dengue: aspectos epidemiológicos, diagnóstico e tratamento”, do Ministério da Saúde, a Dengue é transmitida pela picada da fêmea de mosquitos do gênero Aedes. Após um repasto de sangue infectado, o mosquito pode transmitir o vírus, depois de 8 a 12 dias de incubação.

É importante salientar que não há transmissão por contato direto de um paciente infectado ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento. No entanto, há registros de transmissão por transfusão sanguínea.

Quando se trata de período de incubação, tempo em que o paciente leva para manifestar os primeiros sintomas da doença, pode variar de 3 a 15 dias, mas a média costuma ser de 5 a 6 dias. No caso do período de transmissibilidade, a transmissão pode ocorrer enquanto houver presença do vírus na corrente sangínea. Este período começa um dia antes do aparecimento da febre e vai até o 6º dia da doença.

Todas as pessoas estão suscetíveis a serem infectadas pela doença e o risco de desenvolver a dengue grave é mais associado à infecção secundária, com complicações que podem levar à morte. A sintomatologia da Dengue pode ser dividida entre leve, moderada e grave. Por isso, resumimos os sintomas principais e sinais de alarme, usando o MS como referência:

Sintomas principais
– Febre alta > 38.5ºC
– Dores musculares intensas
– Dor ao movimentar os olhos
– Mal-estar
– Falta de apetite
– Dor de cabeça
– Manchas vermelhas no corpo

Sinais de alarme
– Dor abdominal intensa e contínua ou dor à palpação do abdome
– Vômitos persistentes
– Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame pericárdico)
– Sangramento de mucosa ou outra hemorragia
– Aumento progressivo do hematócrito
– Queda abrupta das plaquetas

Cuidados para evitar a proliferação do mosquito da Dengue

Os vetores artrópodes, como o Aedes aegypti, são mosquitos extremamente adaptáveis ao meio urbano, cujos ovos são resistentes às alterações climáticas. Qualquer água parada pode se tornar um criadouro em potencial para a proliferação do mosquito, como em vasos de plantas, galões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas. Atualmente, a principal forma de prevenção é o combate aos mosquitos, eliminando os criadouros. Veja as formas:

– Manter a caixa d’água fechada.
– Manter tonéis e barris d’água fechados.
– Lavar semanalmente os tanques de água com água e sabão.
– Encher os pratos da plantas com areia.
– Coloque objetos que podem acumular água no lixo.
– Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada.
– Mantenha as calhas limpas.
– Não deixe água acumulada sobre a laje.
– Use repelentes e inseticidas.
– Utilize roupas que minimizem a exposição da pele.
– Use mosquiteiros e proteção de tela para as janelas.

Diagnóstico e tratamento da Dengue

O diagnóstico da Dengue é feito pelo médico com base nos sintomas apresentados e exames laboratoriais incluindo sorologia e biologia molecular. Para triagem dos pacientes, geralmente, são utilizados testes imunocromatográficos, também conhecidos como testes rápidos.Para saber mais detalhes em relação ao diagnóstico da doença, recomendamos acessar o artigo “Dengue, Zika e Chikungunya: saiba qual é o papel dos laboratórios”. Todos os exames são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, se a suspeita for confirmada, o MS deve ser notificado em um período de 24 horas.

Não há tratamento específico para a Dengue, os medicamentos empregados tratam apenas os sintomas. Confirmado o caso no paciente, os médicos recomendam: repouso, ingestão de água e não se automedicar. Lembrando que os casos são tratados individualmente, sempre de acordo com avaliação de um profissional de saúde. Esta avaliação é de extrema importância para evitar a evolução da doença para os casos mais graves e que podem levar à óbito.

Fonte: Labtest

HBA1C: fração relevante da hemoglobina glicada

HBA1C: fração relevante da hemoglobina glicada

O termo hemoglobina glicada (HbG), HbA1c, ou A1c se refere a um conjunto de substâncias formadas com base em reações entre a hemoglobina A (HbA) e vários carboidratos. A HbA é a forma principal e nativa da hemoglobina, sendo que a HbA0 é o principal  componente da HbA, que corresponde à fração não glicada da HbA. Por outro lado, a HbA1 total corresponde a formas de HbA carregadas mais negativamente devido à adição de glicose e outros carboidratos. Existem vários subtipos de HbA1, sendo HbA1a1, HbA1a2, HbA1b e HbA1c. A HbA1c é a principal fração e corresponde a 80% da HbA1, e se refere à hemoglobina glicada propriamente dita, formada pela ligação não enzimática da glicose com a porção N-terminal valina (glicação) na cadeia beta da HbA, formando uma base de Schiff instável (pré-HbA1c, HbA1c lábil ou instável) que sofre um rearranjo irreversível (rearranjo de Amadori), formando uma cetoamina estável.

A utilização da HbA1c na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos passou a ser cada vez mais empregada e aceita pela comunidade científica após 1993, depois de ter sido validada pelos dois estudos clínicos mais importantes sobre a avaliação do impacto do controle glicêmico sobre as complicações crônicas do diabetes, o DCCT – Diabetes Control and Complications Trial e o UKPDS – United Kingdom Prospective Diabetes Study.

Fonte: Labtest

Crescem os casos de pessoas e profissionais de saúde com depressão na pandemia

Crescem os casos de pessoas e profissionais de saúde com depressão na pandemia

Casos de pessoas com depressão na pandemia foram intensificados e aumentaram no país, conforme veremos ao longo deste artigo. Mas é importante esclarecer: antes da crise de saúde pública que estamos passando, o Brasil já estava entre os países com os maiores índices desta enfermidade.

A doença é um transtorno mental ocasionado por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos, que afetam o cotidiano das pessoas no trabalho, estudo, alimentação, descanso e lazer. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com essa doença, como podemos visualizar na página da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia declarado o Brasil como o país com mais deprimidos na América Latina, com 5,8% da população atingida pela doença. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, mostra que o percentual de brasileiros que declaram ter recebido diagnóstico de depressão por profissional de saúde mental aumentou 34,2% em seis anos, totalizando 16,9 milhões de pessoas.

Variáveis para o aumento de casos de depressão na pandemia

O isolamento social fez com que familiares e amigos se afastassem uns dos outros, para evitar a proliferação do vírus e o aumento de casos. Este distanciamento contribuiu para que as pessoas se sentissem sozinhas e se preocupassem mais com os familiares que estavam longe e aqueles que precisam de cuidados especiais, durante o período de quarentena.

Além dessa separação, não podemos esquecer das famílias afetadas financeiramente pelo fechamento de empreendimentos, estabelecimentos comerciais e outros tipos de negócio. O desemprego e a falta de renda contribuem para o surgimento de sintomas depressivos, devido à incerteza de não conseguir cumprir com as responsabilidades mensais e as necessidades dos familiares.

A terceira circunstância é o medo de ser infectado pelo vírus SARS-CoV-2, sofrer com os sintomas e colocar os grupos mais vulneráveis em risco. Este sentimento de alerta é dobrado quando se trata daqueles que precisam sair de suas residências diariamente para trabalhar. Por fim, mas não menos importante, os amigos e familiares que convivem com o luto estão entre os mais suscetíveis a desenvolver a doença em razão da dor da perda.

Comportamentos correlacionados com o aumento de casos de depressão na pandemia

Uma pesquisa do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) aponta que os casos de depressão saltaram de 4,2% para 8,0% entre março e abril de 2020, pico da pandemia. Outro estudo da mesma instituição, cujo artigo foi publicado na revista The Lancet, mostra que os casos de depressão aumentaram 90%.

Todas as mudanças de convivência e os impactos econômicos provocados pela pandemia são catalisadores para desenvolver comportamentos que indicam quadros depressivos, como aumento de consumo de cigarros, bebidas alcoólicas, comidas ultraprocessadas, internet e televisão. Em contrapartida, observa-se menos atividades físicas, horas de sono e alimentação saudável.

A pesquisa ConVid Comportamentos, com participações diretas de três das maiores instituições brasileiras da área de pesquisa (Fiocruz, Unicamp e UFMG), aponta que, dos 45.161 brasileiros entrevistados, 40,4% alegaram ter sentimentos de tristeza ou depressão. Veja alguns números de comportamentos que estão correlacionados com este quadro:

  • 34% dos fumantes aumentaram o número de cigarros consumidos por dia.
  • 17,6% das pessoas aumentaram o consumo de álcool.
  • O índice de pessoas que praticavam exercícios físicos semanais caiu de 30,4% para 12,6%.
  • Aumento médio diário de 1h45 de consumo de TV e 1h30 de consumo de computador e tablet.

Profissionais de saúde apresentam sintomas depressivos

Os profissionais de saúde estão na linha de frente no combate e na contenção do vírus. Com alguns estados novamente na fase crítica, alguns especialistas acreditam que a “segunda onda” da doença complicará ainda mais as condições de trabalho desses profissionais, que estão mais vulneráveis a desenvolver a síndrome de burnout.

Na 4ª edição da pesquisa “Os médicos e a pandemia de Covid-19”, da Associação Paulista de Medicina (APM), em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB) e apoio da FGV EAESP, mostra que de 3.882 médicos ouvidos, 80,8% acreditam que a segunda onda da pandemia da COVID-19 é tão ou mais grave do que a primeira, 91,5% indicaram que há um aumento de casos e 69,1% disseram ser possível observar o crescimento de óbitos motivados pela doença.

No artigo “Segurança e Saúde no trabalho: síndrome de burnout”, explicamos que este distúrbio emocional e psíquico é mais comum em profissionais da área da saúde, que atuam sob pressão e com responsabilidades constantes em que o contato humano é contínuo, semelhante ao momento que estamos passando.

A responsabilidade de salvar vidas, somada ao cansaço, estresse, superlotação do sistema de saúde, falta de leitos e insumos, além da sobrecarga de serviços (haja vista que alguns profissionais também foram acometidos ou estão deixando os postos de trabalho em razão da pressão), são determinantes para desenvolver quadros depressivos. Segundo a APM, mais de 80% dos médicos indicam haver uma ocupação maior do que o habitual e 17,7% relatam superlotação.

Este cenário médico atual é propício para quem está na contenção do vírus desenvolver a síndrome de Burnout ou quadros depressivos, em razão das variáveis mencionadas no segundo tópico e que são intensificadas quando se deparam com os casos no local de trabalho. De acordo com a APM, 92,1% dos entrevistados apontaram que há, onde trabalham, médicos com algum sintoma mental ou físico que pode indicar quadros mais graves de exaustão e sobrecarga. Veja por quais situações os médicos estão passando:

  • Ansiedade (64%).
  • Estresse (62%).
  • Sensação de sobrecarga (58%).
  • Exaustão física e emocional (54,1%).
  • Mudanças bruscas de humor (34,4%).
  • Dificuldade de concentração (27%).

Interrupção de serviços essenciais de saúde mental e principais reclamações

É importante que os gestores da área acompanhem sua equipe, para afastar e tratar os profissionais que estejam apresentando os sintomas da síndrome de Burnout ou quadros depressivos. A pesquisa da OMS “O impacto da COVID-19 nos serviços mentais, neurológicos e de uso de substâncias”, realizada em 130 nações entre junho e agosto de 2020, mostra que a pandemia interrompeu os serviços essenciais de saúde mental em 93% dos países, 67% confirmaram o impacto no atendimento psicoterapêutico e 60% reportaram interrupções nos serviços de atendimento à saúde mental para a população mais vulnerável, incluindo crianças e adolescentes (72%) e idosos (70%).

A falta de estrutura e insumos inibem o trabalho desses profissionais nas unidades de saúde. Entre as principais reclamações dos médicos, segundo a pesquisa da APM, estão a falta de profissionais de saúde (32,5%), seguido por diretrizes, orientação ou programa para atendimento (27,2%), leitos de internação nas unidades ou em UTI (20,3%), materiais hospitalares diversos (16,7%), medicamentos (11%) e respiradores (5,9%).

Pessoas com sintomas depressivos podem procurar tratamento na atenção primária, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou em ambulatórios especializados. Além do atendimento psicoterápico, o médico avaliará qual antidepressivo receitar, com base nos antecedentes pessoais e familiares e em doenças clínicas.

Fonte: Labtest

Obesidade em animais: como identificar o sobrepeso em cães e gatos

Obesidade em animais: como identificar o sobrepeso em cães e gatos

OBESIDADE EM ANIMAIS: COMO IDENTIFICAR O SOBREPESO EM CÃES E GATOS

A obesidade em animais é uma doença que ocorre pelo excesso de tecido adiposo no organismo dos pets e ocasiona outros danos a sua saúde, como a diabetes mellitus. Este distúrbio endócrino é provocado pela destruição das células que produzem a insulina ou pela redução da secreção e do efeito desse hormônio.

Segundo uma pesquisa da Mars Petcare, 59% dos cães e 52% dos gatos no mundo sofrem com a obesidade. Algumas raças são mais propensas a desenvolvê-la em razão de suas características genéticas, como basset hounds, beagles, cocker spaniels, dachshunds e labradores, de acordo com um artigo da Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária (ABEV). No caso dos felinos, os mistos ou mestiços são mais vulneráveis a ter a doença.

Porém, o estilo de vida dos tutores impacta diretamente no sobrepeso dos cães e gatos. Em razão do tempo corrido dividido entre trabalho e universidade, por exemplo, os donos não conseguem levá-los para passear e gastar energia fora de casa. Outro motivo é a moradia em espaços cada vez menores, como em apartamentos, cuja locomoção não exige tanto do animal, muitas vezes, restrito em uma pequena área.

Causas da obesidade em animais

A alimentação inadequada e o sedentarismo são os dois principais fatores que causam o acúmulo de gordura nos pets, que não podem escolher quando vão comer e se mexer, além de contar com a ajuda dos seus tutores na prevenção e controle da obesidade.

Alguns problemas enfrentados pelos cães e gatos são decorrentes das práticas dos seus donos, que oferecem alimentos humanos para agradá-los e não praticam atividades físicas. Tal afirmação significa que os pets herdaram os nossos maus hábitos, como o apetite por alimentos calóricos e a preguiça de se exercitar diariamente.

A ingestão de alimentos indevidos pode colocar a saúde do animal em risco, já que o seu organismo não foi desenvolvido para suportar e digerir qualquer tipo de substância, podendo ocasionar infecções graves. Inclusive, os especialistas alegam que regiões com maior prevalência de sedentarismo e dieta desequilibrada afetam a qualidade de vida não só das pessoas, como a dos próprios pets.

É verdade que a castração e o envelhecimento contribuem para o animal engordar, porque a retirada dos órgãos responsáveis pelos hormônios reprodutivos faz com que o metabolismo não trabalhe mais da mesma forma, não gaste mais tanta energia e fique mais sossegado ao longo do dia. Por isso, o ideal é fazer a cirurgia antes da puberdade e existem rações específicas para inibir essa tendência, quando o pet estiver em idade avançada.

Saiba os riscos da obesidade em animais e os principais sintomas

Além da diabetes mellitus, mencionada no início deste artigo, a obesidade em animais também pode desencadear outras doenças, reduzindo o seu bem-estar, prejudicando a qualidade de vida, diminuindo a sua longevidade e agravando problemas já existentes.

As comorbidades ocorrem quando há uma associação entre duas ou mais doenças, ao mesmo tempo, em um pet. Os cães e gatos com obesidade podem ter inúmeras doenças: cardíacas e respiratórias, nas articulações, dermatológicas, gastrointestinais, problemas reprodutivos, estresse térmico, hiperlipidemia e neoplasia.

A obesidade nos animais pode fazer com que determinados comportamentos comuns sejam abandonados, por exigir muito esforço físico. Isso pode ser notado quando os gatos deixam de fazer a sua higiene diária de lamber os pelos ou quando os cães não correm atrás do brinquedo arremessado. Porém, há outros sinais que pode ser percebido pelos tutores:

  • Indisposição para correr ou andar.
  • Dificuldade para se locomover ou levantar.
  • Dificuldade respiratória.
  • Sedentarismo.

Ao apresentar estes sinais, os tutores devem levar os animais para fazer uma avaliação veterinária, mesmo que os sintomas de obesidade ainda não sejam tão evidentes, como o aumento de peso. No próximo tópico, vamos falar de como é feito o diagnóstico e tratamento.

Como é feito o diagnóstico e tratamento em cães e gatos acima do peso?

O diagnóstico para saber se o cão ou gato está acima do peso é feito por meio de inspeção e palpação direta. As costelas dos cães e gatos devem ser facilmente palpáveis e, quando vistas por cima, devem apresentar forma de ampulheta. No entanto, outras formas podem ser empregadas, como a Escore de Condição Corporal (ECC), cuja escala é dividida em uma classificação de 1 a 9 pelo veterinário:

  • 1 a 3: abaixo do peso, com vértebras, costelas e ossos dos quadris muito evidentes.
  • 4 a 6: peso ideal, com costelas pouco ou nada visíveis e que podem ser notadas na palpação.
  • 7 a 9: acima do peso, com costelas pouco visíveis e dificuldade de senti-las na palpação, por causa do excesso de gordura.

O tratamento para cães e gatos que sofrem com excesso de peso, para ser bem-sucedido depende exclusivamente do tutor. A partir do momento que o animal é diagnosticado com obesidade, o dono deve seguir uma dieta específica para restrição calórica, mas com alto teor de fibra e baixa concentração de gordura, podendo ser fracionada ao longo do dia entre 2 e 4 refeições.

Além de alimentar os pets corretamente, o tutor deve fazer atividades físicas, pois é a melhor forma de gastar energia e combater a obesidade, podendo ser caminhadas, corridas ou natação, mas sempre pensados conforme as necessidades do animal. Se o animal estiver com problemas nas articulações, é necessário tomar o cuidado de não exceder aquilo que o pet pode fazer no momento.

Fonte: Labtest

Hematologia e Bioquímica no Diagnóstico Laboratorial

Hematologia e Bioquímica no Diagnóstico Laboratorial

A biossegurança tem um papel importante e crucial na rotina laboratorial, tanto que existem regulamentações destinadas que impõem regras com intuito de prevenir contaminações e outras ocorrências que possam interferir na saúde de qualquer profissional dentro deste ambiente. Algumas medidas adotadas pela maioria dos laboratórios incluem a utilização de equipamentos de proteção individuais (EPI’s) e coletivos (EPC’s), organização e limpeza do ambiente, equipamentos e instrumentos laboratoriais.

Atualmente com o enfrentamento da COVID-19, devido à alta transmissibilidade e aumento das atividades laboratoriais para atender a demanda, há a necessidade de preservar os profissionais desta área. Se já são fornecidos os equipamentos básicos como os EPI’s é importante seguir um plano mais abrangente como cita o estudo fornecido pela Organização Mundial da saúde (OMS), Laboratory biosafety guidance related to coronavirus disease (Disponível em https://www.who.int/publications/i/item/laboratory-biosafety-guidance-related–to-coronavirus-disease-(covid-19), que destaca como deve ser a manipulação de materiais altamente infecciosos inclusive os que podem causar respingos e gotículas, como ocorre no setor de hematologia ao abrir tubos para processamento das amostras.

Para aumentar a biossegurança dentro do seu laboratório e evitar ao máximo o contato direto com o sangue e eventuais acidentes ao abrir o tubo de hemograma, toda a linha de equipamentos hematológicos de uso humano da Nihon Kohden possui sistema de perfuração de tampa e diluição automática de amostras, compatível com a maioria dos tubos comercializados no mercado brasileiro, levando mais segurança e agilidade para seu laboratório. Além dos equipamentos de hematologia.

Análise de Talassemias Com Celltac ES
A Talassemia é classificada como anemia hipocrômica microcítica, tendo essa característica muito similar à anemia ferropriva, sendo que esta última é um estado, no qual há redução da quantidade total de ferro corporal e o fornecimento de ferro é insuficiente para atingir as necessidades de diferentes tecidos, incluindo, principalmente, as necessidades para a formação de hemoglobina e dos glóbulos vermelhos.

Devido a essa similaridade, especialmente no hemograma, há a necessidade de uma rápida identificaçãodiagnóstica, pois isso auxiliará o médico no melhor manejo do paciente. Assim como todos os analisadores hematológicos da Nihon Kohden, o Celltac ES (MEK-7300) possui o parâmetro RDW-SD, um parâmetro eficaz que aliado ao uso de duas agulhas distribui a amostra em suas respectivas câmaras, reduzindo o arraste – Carry Over-, e tornando seus resultados mais precisos. Verificamos a eficácia do parâmetro RDW-SD do Celltac ES (MEK-7300) como um parâmetro potencial para identificação de anemia, comparando contagens de células sanguíneas relacionadas com Hemácias (RBC) e histogramas para talassemia e anemia ferropriva. Então, encontra-se diferença significativa no RDWSD de pacientes com talassemia e anemia ferropriva enquanto o RDW-CV e histogramas não mostram diferenças
significativas.

Para o rastreio de talassemia, o RDW-SD do Celltac ES (MEK-7300) efetivamente fornece dados eficazes para um diagnóstico preciso do médico, como mostrado na imagem:

 

RBC

Dynascatter Laser™ – Maior precisão na 
contagem diferencial de leucócitos

O inovador sistema de detecção da dispersão laser em 3 ângulos fornece uma melhor detecção de células Leucócitos (WBC) usando medidas precisas de dispersão de luz. A partir de um sensor de detecção de pequeno ângulo dianteiro (FSS), no qual se obtém informações sobre o tamanho do leucócito em análise.

Um segundo sensor de grande ângulo dianteiro (FLS), no qual se obtém informações sobre a estrutura celular e complexidade de partículas de nucleocromatina, e finalmente a partir de um sensor de ângulo lateral (SDS), obtemos informações de granularidade interna e globularidade. Esta informação gráfica 3D é calculada por um algoritmo de software exclusivo da Nihon Kohden.

Celtac ES

O reagente de classificação de leucócitos patenteado pela Nihon Kohden provoca a hemólise seletiva das hemácias, deixando os leucócitos intactos. O núcleo, os grânulos e a celularidade são preservadas em seu estado original. As células não são alteradas por coloração, retração ou lise diferencial, desta forma não há distorção dos resultados da medição. O Celltac Es™ pode obter informações morfológicas a partir de núcleos e grânulos de WBC de forma natural e realizar contagens diferenciais (5 diff) mais precisas.

Análise Implantação de um Analisador Bioquímico

Com o avanço tecnológico e o desenvolvimento de modernos equipamentos automatizados para análises bioquímicas o cliente tem dificuldades em fazer uma escolha assertiva para seu tipo de rotina. Este trabalho tem como objetivo auxiliar a escolha mais assertiva do equipamento de análises bioquímicas, levando em conta aspectos importantes do cliente como: rotina do laboratório, tipo de exames realizados, tempo de processamento dos exames, estrutura física do laboratório e tipo de negociação desejada.

O campo da automação vem sofrendo mudanças, e isso é evidenciado pela quantidade de equipamentos lançados no mercado. Atualmente existem vários modelos, sistemas, produtividade, tamanhos, porte, etc. Está cada vez mais difícil escolher o equipamento ideal de acordo com a realidade laboratorial.

Os laboratórios de análises clínicas passam por grandes desafios a fim de conseguir resultados de qualidade com baixos custos. Um dos setores que tem o maior volume de exames e que pode gerar lucro ou prejuízo é a bioquímica clínica. Sendo assim a escolha certa do equipamento para essas análises é de suma importância.

Usando um equipamento compatível com a realidade do laboratório, pode-se reduzir os custos dos exames, utilizar menor quantidade de reagentes e obter resultados com qualidade assegurada. A Labtest com o Audmax Evolution tem essa característica para sua economia. É importante salientar que é tecnicamente impraticável a existência de um equipamento que supra todas as necessidades de um laboratório, bem como não há uma metodologia padronizada e única para a escolha dos equipamentos necessários em uma rotina laboratorial.

Um ponto bem importante a ser analisado é o tempo de processamento das análises, por exemplo, se o equipamento consegue fazer uma amostra de emergência no meio de uma rotina (STAT), ou se o laboratório faz plantão. Neste caso é preciso um equipamento que suporte longos períodos ligado e com uma estrutura elétrica de acordo.

A Centerlab juntamente com a Labtest tem uma novidade no mercado para a maioria dos laboratórios que tem uma demanda baixa pra média, Audmax Evolution, um equipamento com tecnologia inovadora e principalmente com economia de reagente, fazendo com que o custo por teste tenha uma redução em média de 30% comparado da concorrência.

Audmax Evolution

A Centerlab está a 40 anos no mercado sempre em parceria com os maiores e melhores fornecedores do país. Consulte com o seu vendedor da região para esclarecimentos e dúvidas sobre os equipamentos citados.
Toda equipe Centerlab estará a sua disposição.

Referências

Audmax 180 Evolution


https://www.nihonkohden.com/
https://br.nihonkohden.com/pt-br/innovativetechnologies/dynascatter_laser/three_new_improvements_in_dynascatter_laser.html
https://br.nihonkohden.com/pt-br/products/invitrodiagnostics/invitrodiagnostics/automatedbloodcellcounters/mek7300.html

Testes de COVID pós-vacina e Ag na saliva

Testes de COVID pós-vacina e Ag na saliva

Em meio ao número crescente de casos da doença pandêmica COVID-19 de 2019, há a necessidade de um método rápido e fácil para obter uma amostra não invasiva para a detecção deste novo coronavírus (síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2; SARS-CoV-2).

Desde dezembro de 2019, o surto da doença COVID-19, surgiu na Província de Hubei na China e se espalhou para outras partes do mundo. O número de casos tem aumentado rapidamente, com uma taxa de fatalidade de 2,3%.

A detecção do SARS-CoV-2 em amostras de pacientes é o primeiro ponto crucial para a orientação do tratamento, controle de infecção eficaz e controle de infecção na comunidade.

O genoma do SARS-CoV-2 está intimamente relacionado ao genoma da síndrome respiratória aguda. Estudos experimentais mostraram um maior nível da expressão da enzima conversora de angiotensina em glândulas salivares em comparação com os pulmões e as células epiteliais que revestem o ducto da glândula salivar foram as primeiras célulasalvo de Infecção por SARS-CoV em macacos. SARS-CoV também foi detectado em amostras de saliva e isso sugeriu que o salivar das glândulas podem ser um alvo potencial para detectar a infecção do SAR-CoV-2, portanto, a saliva pode ser uma amostra potencial para detecção de SARS-CoV-2.

Detecção de Antígenos via Oral (Covid-Ag Oral)
O COVID Ag Oral ECO Detect é um ensaio imunocromatográfico, para detecção qualitativa de antígenos específicos do SARS-CoV-2 em amostras humanas de saliva. Os testes com amostras de saliva podem ser uma excelente alternativa, devido a coleta menos invasiva, podendo ser coletada pelo próprio paciente, de fácil execução e ideal para grupos de pacientes, como crianças e empresas.

Os testes de saliva apresentam seu melhor desempenho quando realizados em pacientes sintomáticos. A utilização em pacientes assintomáticos não é recomendada devido à queda da sensibilidade. Para pacientes assintomáticos, prevalece a recomendação de realização dos testes nasais.

A utilização conjunta do teste de amostra nasal/nasofaringe e amostra de saliva proporciona um melhor conforto e alternativa de coleta em pacientes sintomáticos, mas sem comprometer a testagem dos pacientes sem sintomas.

Segue abaixo o desempenho Clinico conforme figura em tabela.


Tabela 1

Seu procedimento é simples, sempre que possível, utilizar amostras frescas ao realizar o teste para a sua eficiência.

O que são testes de Anticorpos Neutralizantes?
Atualmente aprovado pela Anvisa, o teste de Anticorpos Neutralizantes foi desenvolvido para qualificar a resposta imune, analisando a capacidade dos anticorpos bloquearem a ligação da proteína da espícula viral, conhecida como Spike (S) ao receptor nas células humanas, a proteína ACE2.

Portanto, com esse teste é possível avaliar se o organismo já entrou em contato alguma vez com o novo Coronavírus e se apresenta resposta imunológica.

Os anticorpos neutralizantes (NAbs) desempenham um papel importante e também se correlacionam fortemente com infecção viral após a vacinação. Ao mesmo tempo, eles são os marcadores de imunidade contra a reinfecção após a eliminação de uma infecção inicial e este tipo de imunidade pode durar toda a vida.

Detecção de Anticorpos Neutralizantes (Covid nAb)
ECO F COVID nAb é o imunoensaio fluorescente para medição qualitativa ou quantitativa de anticorpos neutralizantes circulantes contra SARS-CoV-2 em amostras humanas de soro. O ECO F COVID nAb deve ser usado com os analisadores F100, F200 e F2400. Este teste é destinado para auxílio na detecção de anticorpos neutralizantes contra o vírus SARS-CoV-2 para fins de vigilância clínica, imunidade pós-infecção e imunidade pós-vacinação.

A entrada do coronavírus nas células hospedeiras é mediada pela glicoproteína S transmembrana que se projeta na superfície viral. A glicoproteína S compreende duas subunidades funcionais: S1 que é responsável pela ligação aos receptores da célula hospedeira; e S2 que promove a fusão das membranas virais e celulares.

Seu desempenho clinico foi avaliado em um estudo com 1040 amostras biológicas reagentes e não reagentes testadas em 1040 testes do kit ECO F Covid nAb. As amostras foram consideradas não reagentes se os resultados com o método de referência fossem não reagentes, ou seja, indicassem a ausência de anticorpos anti-coronavírus na amostra. E as amostras foram consideradas reagentes se os resultados com o método de referência fossem reagentes, ou seja, indicassem a presença de anticorpos anti-coronavírus na amostra.

Tabela 2

Sensibilidade: > 99,9%
Especificidade: > 97,8%

Os testes da ECO para detecção de anticorpos neutralizantes de Covid possui a proteína N e a proteína S, incluindo nos testes a detecção de anticorpos SARS-CoV-2 as variantes do Brasil, China, Reino Unido e Japão.

Proteína N
– Proteína do nucleocapsídeo;
– Regular a replicação viral.

Proteína S (Spike)
– Proteína da superfície do envelope;
– Permitir a entrada do vírus na célula hospedeira;
– Alvo principal de anticorpos neutralizantes (vacina).

 

estrutura covid

 

A Centerlab há 40 anos no mercado sempre em parceria com os maiores e melhores fornecedores do país possui amplo portfólio de testes para auxiliar no diagnóstico do Covid-19 para as diversas etapas da doença, com a detecção precoce ou infecção prévia da doença.

Já temos disponível os testes de Detecção Oral Ag e também detecção de anticorpos Neutralizantes nAb Plus, venha conferir fazendo uma consulta com o representante de sua região.

Referências:
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/jmv.25919
http://ecodiagnostica.com.br
https://consultas.anvisa.gov.br/api/consulta/produtos/25351333630202061/anexo/A2446175/nomeArquivo/INSTRUCAO-DE-USO%20-%201%20de%201.PDF?Authorization=Guest
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9780128163283000076
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1198743X20302780
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7641391/