Parâmetros para Diferenciação da Anemia Ferropriva e Talassemia em casos de anemia microcítica

Parâmetros para Diferenciação da Anemia Ferropriva e Talassemia em casos de anemia microcítica

Parâmetros para diferenciação da anemia ferropriva
e talassemia em casos de anemia microcítica

O diagnóstico diferencial das anemias microcíticas é complexo e a sua investigação laboratorial tem um custo. O uso de índices para racionalizar a abordagem diagnóstica tem sido proposto para contornar essa problemática.

Para auxiliar na identificação da causa da anemia microcítica, foi descrito em 1973 por William C. Mentzer, o Índice de Mentzer, sendo útil na diferenciação da anemia ferropriva de beta-talassemia. O índice é gerado a partir dos resultados de um hemograma, sendo utilizados os parâmetros:

– VCM – Volume corpuscular médio (em fL);
– RBC – Contagem global de eritrócitos (RBC, em milhões por microlitro).

 

Foto 1

 

Existe um valor de corte para o Índice de Mentzer, sendo que valores abaixo destes são sugestivos para beta talassemia e acima anemia ferropriva. Para entender a utilização deste índice o princípio é o seguinte:

Na deficiência de ferro, a produção de eritrócitos na medula está diminuída. Estes eritrócitos por sua vez são pequenos (microcíticos), de modo que a contagem de ambos parâmetros serão baixos e como resultado, o índice será maior do que o valor de corte. Por outro lado, nos casos de talassemias, a anemia microcítica é resultante de um erro na síntese de cadeias globínicas com consequente diminuição da hemoglobina, sendo a produção dos eritrócitos em quantidade normal mas são mais frágeis e menores com volume corpuscular médio baixo (microcítica), de modo que o índice será menor que o valor de corte.

Além do Índice de Mentzer, o equipamento Celltac G (MEK-9100) da Nihon Kohden tem um parâmetro adicional, o RDWI. Este parâmetro é utilizado em conjunto com o Índice de Mentzer e aumenta significativamente a sensibilidade e especificidade na diferenciação da anemia ferropriva e beta talassemia e consequentemente o diagnóstico final.

foto 2

Estes índices são muito úteis na orientação ao médico e sem custo adicional. Dessa forma, direciona ao melhor diagnóstico e a melhor tratativa por parte da equipe médica.

 

Tabela 1Valor de corte dos Índices referenciados

 

Análise de Talassemias Com Celltac ES
Talassemia, também denominada como Anemia do Mediterrâneo devido a maioria dos casos descobertos inicialmente serem habitantes próximos ao Mar do Mediterrâneo, é um tipo de hemoglobinopatia quantitativa, hereditária, decorrentes de mutações nos genes das globinas que promovem redução ou ausência de síntese de uma ou mais das cadeias de globina, formadoras da hemoglobina. O resultado dessas alterações moleculares ocasiona desequilíbrio na produção das cadeias tendo como maior consequência a eritropoese ineficaz.

A Talassemia é classificada como anemia hipocrômica microcítica, tendo essa característica muito similar à anemia ferropriva, sendo que esta última é um estado, no qual há redução da quantidade total de ferro corporal e o fornecimento de ferro é insuficiente para atingir as necessidades de diferentes tecidos, incluindo, principalmente, as necessidades para a formação de hemoglobina e dos glóbulos vermelhos.

Devido a essa similaridade, especialmente no hemograma, há a necessidade de uma rápida identificação diagnóstica, pois isso auxiliará o médico no melhor manejo do paciente. Assim como todos os analisadores hematológicos da Nihon Kohden, o Celltac ES (MEK-7300) possui o parâmetro RDW-SD, um parâmetro eficaz que aliado ao uso de duas agulhas distribui a amostra em suas respectivas câmaras, reduzindo o arraste – Carry Over-, e tornando seus resultados mais precisos. Verificamos a eficácia do parâmetro RDW-SD do Celltac ES (MEK-7300) como um parâmetro potencial para identificação de anemia, comparando contagens de células sanguíneas relacionadas com RBC e histogramas para talassemia e anemia ferropriva. Então, encontramos diferença significativa no RDW-SD de pacientes com talassemia e anemia ferropriva enquanto o RDW-CV e histogramas não mostram diferenças significativas.

 

MEK 7300

 

Para o rastreio de talassemia, o RDW-SD do Celltac ES (MEK-7300) efetivamente fornece dados eficazes para um diagnóstico preciso do médico, como mostrado na imagem:

 

Tabela 2

Observa-se a diferença dos histogramas relacionado ao valor do RDW-SD para as diferenciações das duas anemias.

Referências:
– https://www.nihonkohden.com/

– https://br.nihonkohden.com/pt-br/innovativetechnologies/dynascatter_laser/three_new_improvements_in_dynascatter_laser.html

– https://br.nihonkohden.com/pt-br/products/invitrodiagnostics/invitrodiagnostics/automatedbloodcellcounters/mek7300.html

Infecções sexualmente transmissíveis são problemas de saúde pública no mundo

Infecções sexualmente transmissíveis são problemas de saúde pública no mundo

Infecções sexualmente transmissíveis são problemas de saúde pública no mundo

Depois do surto de peste bubônica, episódio conhecido como Peste Negra, que matou um a cada três habitantes do continente europeu entre os anos de 1347 e 1351, o aparecimento de casos de uma nova e misteriosa doença, em 1495, durante a invasão de Nápoles pelas tropas do rei francês Carlos VIII, gerou um nível de preocupação e medo similar ao experimentado no século XX, quando foi descoberto o HIV. 

A Europa estava em franco processo de desenvolvimento e a mudança de hábitos – inclusive sexuais – gerou consequências, já que a transmissão era por meio do ato sexual e velocidade de contaminação espantosa. Em pouco tempo, o “mal”, que recebeu o nome de sífilis, espalhou-se pelos países e passou a “habitar” bordéis, castelos e até monastérios.

Nesse contexto, a bactéria causadora – Treponema pallidum – só foi identificada em 1905 e o primeiro tratamento efetivo foi descoberto em 1910. A cura, por sua vez, só veio em 1945 com a penicilina.

IST

No aparecimento da sífilis, a doença foi chamada de venérea pela forma de contato. O nome dado por um médico francês é uma referência à deusa romana do amor Vênus. No século XX, esse conjunto de problemas de saúde foi chamado de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e, no Brasil, atualmente, são as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Independentemente do nome, até hoje, elas são um problema de saúde pública de âmbito mundial e também no Brasil, onde o comportamento de risco aumentou o número pessoas infectadas em 2018.

Sabe-se que, além de bactérias, esses males também são causados por vírus e outros microrganismos e que, da sífilis, a lista de tipos aumentou consideravelmente desde a primeira referência, no século XV, e nos dias de hoje inclui herpes genital, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C, infecção pelo vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV).

O que não mudou nessa história toda foi a forma de contágio: pelo contato sexual (oral, vaginal e anal) sem uso de camisinha masculina ou feminina, por meio de uma pessoa infectada. A transmissão também pode ocorrer de forma vertical para a criança durante a gestação, no parto ou durante o período de amamentação quando medidas de prevenção previstas não são realizadas.

Além da prevenção, o que pressupõe a mudança de conduta sexual no que se refere ao uso de preservativos e a uma maior atenção a procedimentos como o exame do pré-natal, apenas o diagnóstico e o tratamento efetivo podem melhorar a qualidade de vida do paciente, interromper a cadeia de transmissão e evitar problemas de impacto coletivo, como aumento dos índices de infertilidade, complicações durante a gravidez e o parto e a contaminação congênita de mãe/pai para filho.

No Brasil, as bases para prevenção, diagnóstico e tratamento das IST`s estão bem estabelecidas. O modelo de vigilância epidemiológica é composto por notificação compulsória, serviços sentinela e estudos transversais em determinados grupos populacionais. Além da AIDS, provocada pelo vírus HIV, também são acompanhados os casos de HIV em gestantes, hepatites virais, sífilis em gestantes e adquirida e, ainda, síndrome do corrimento uretral masculino. Em todo território nacional, a notificação compulsória da sífilis congênita, da sífilis em gestantes e da sífilis adquirida teve início em 1986, 2005 e 2010, respectivamente.

Diagnóstico de IST

Cada IST tem o seu sintoma específico. De forma geral, essas infecções se manifestam por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais que podem ser acompanhadas por dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aparecimento ou aumento de ínguas. Predominantemente, os sinais característicos aparecem no órgão sexual (masculino ou feminino), mas podem se manifestar em outras partes do corpo também, como palma das mãos, olhos e língua.

Para identificar uma IST no estágio inicial é preciso que o indivíduo observe o próprio corpo durante a higiene pessoal. Quando houver alterações, é recomendado procurar o serviço de saúde, independentemente de quanto tenha ocorrido a última relação sexual e, quando indicado, avisar a parceria para que também procure atendimento médico.

Fonte: Celer

Microbiologia de Alimento: Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)

Microbiologia de Alimento: Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)

Microbiologia de Alimento: Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)

A microbiologia de alimentos é uma área da microbiologia que estuda a interação entre os microrganismos e os produtos alimentícios. Essa interação pode ser benéfica, quando a ação dos microrganismos sobre o alimento o transforma em um novo produto, muitas vezes, deixando-o com mais sabor e/ou maior poder nutricional. No entanto, essa relação também pode ser negativa, onde os microrganismos presentes no alimento apresentam uma ameaça para o consumo seguro do produto.

Um alimento seguro é aquele que não contém agentes ou substâncias nocivas em quantidades que possam causar agravos à saúde ou dano ao consumidor. Esses agentes e substâncias são conhecidos como perigos ou contaminantes (de origem biológica, química ou física) e podem ser prevenidos ou reduzidos por meio de cuidados e regras a serem adotadas durante todas as etapas do preparo e manipulação dos alimentos.

Perigos biológicos são microrganismos vivos que estão presentes nos alimentos e podem causar doenças. Dentre esses, bactérias, vírus, fungos e alguns parasitas que, na maioria das vezes, não podemos ver a olho nu e são as principais causas de doenças transmitidas por alimentos (DTAs).

Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)

São causadas pela ingestão de alimentos ou água contaminados por microrganismos patogênicos, substâncias químicas ou por toxinas.

Segundo o órgão de saúde americano CDC, há mais de 250 tipos de DTA. No Brasil, segundo a Anvisa, o perfil epidemiológico das DTAs não é bem conhecido, muito pela deficiência dos órgãos de vigilância e a falta de dados médicos.

A manifestação de uma DTA pode ocorrer em uma das seguintes formas:

  1. Toxinfecção, resulta da ingestão de alimentos contaminados com microrganismos patogênicos que produzem ou liberam toxinas após ingeridos.
  2. Infecção, decorrente da ingestão e posterior multiplicação do patógeno no intestino, com invasão da mucosa ou penetração de tecidos.
  3. Intoxicação, causada pela ingestão de toxinas microbianas produzidas durante sua proliferação nos alimentos.

As bactérias constituem o grupo microbiano com a maior incidência nas DTAs, pois apresentam ampla diversidade e virulência, o que lhes confere grande importância frente à sua capacidade de provocar danos à saúde.

As boas práticas são procedimentos que devem ser adotados por indústrias e serviços de alimentação para garantir a qualidade higiênico-sanitária, prevenindo a ocorrência de tais doenças.

No Brasil, desde 2004 essas regras estão definidas por regulamentos federais, a RDC 216 e RDC 331, e a IN 60 da Anvisa.

Microbiologia de alimentos

A microbiologia dos alimentos é uma ciência responsável por estudar a relação dos microrganismos com os alimentos. Por isso, é de extrema importância, já que possibilitou a existência de uma série de processos importantes pelos quais os alimentos passam hoje, que dentre outros fatores, ajudam a evitar doenças e outros fatores patológicos.

Estuda como esses microrganismos podem influenciar as características de produtos alimentícios para consumo humano ou animal, além de estudar os processos causados por eles. Também considerada a ciência dos alimentos, ela ainda engloba aspectos da biotecnologia para a produção e da ecologia microbiana.

As influências de microrganismos podem ser tanto benéficas, quanto prejudiciais. Alguns podem contaminar o alimento e causar doenças em seus hospedeiros, enquanto outros são importantes na produção de alimentos e bebidas, como a levedura na cerveja, por exemplo.

Microrganismos de Interesse em Alimentos

As bactérias, fungos e vírus são os grupos de microrganismos responsáveis por contaminar e causar transformações nos alimentos.

Todo alimento tem uma composição complexa, com grande número de componentes, como água, lipídios, carboidratos, proteínas, vitaminas, sais minerais e ácidos nucléicos, por exemplo. Por isso, as configuram como locais ideais para a habitação e proliferação desses microrganismos.

AGENTES DE DETERIORAÇÃO DOS ALIMENTOS (DETERIORANTES)

O alimento deteriorado teve influência de microrganismos deteriorantes, físicos ou químicos e, por isso, tornou-se impróprio para o consumo humano ou animal. A deterioração pode ser observada por alterações de odor, cor, aspecto, sabor e textura no alimento. Os agentes deteriorantes podem ser fungos, bactérias e leveduras.

AGENTES CAUSADORES DE DOENÇAS (PATOGÊNICOS)

Outra classificação é dos microrganismos como agentes patogênicos que causam as DTAs. Esses microrganismos chegam aos alimentos por meio de diversas vias que, na maioria dos casos, representam condições precárias de higiene em sua produção, distribuição, armazenamento ou manuseio, envolvendo o nível industrial, comercial e doméstico. O tipo de doença e suas características vai depender de fatores como o tipo de microrganismo, o alimento e o indivíduo que o consumiu.

Agentes produtores de alimentos (transformadores)

O alimento transformado teve influência dos microrganismos benéficos, que são capazes de alterar as características originais e transformá-lo em um novo tipo de alimento.

Eles podem ser mantidos ou introduzidos no alimento durante seu processo de produção. Quando ocorrem de maneira natural, é possível estimular sua multiplicação e crescimento. Um mesmo microrganismo pode causar diferentes reações em diferentes alimentos, sendo capaz, até mesmo, de causar efeitos desejáveis em um, enquanto causa deterioração em outro.

Alguns exemplos de agentes transformadores:

Bactérias:

  • fermentação do leite (iogurtes e queijos)
  • carnes (salames)
  • vegetais (picles)

Leveduras:

  • fermento na indústria de panificação
  • bebidas (cerveja e vinho)
  • suplemento alimentar

Fungos:

  • fermentação de diversos queijos
  • consumidos diretamente (champignon e shitake)

Leveduras do gênero Saccharomyces: Para bebidas alcoólicas e etanol

Acetobacter sp.: Produção de vinagre

Aspergillus niger: Ácido cítrico, amiloglicosidase

LactobacillusÁcido lático, bebidas lácteas

Penicillium chrysogenum: Penicilina G

Propionibacterium: Cianocobalamina (B12)

Xanthomonas campestris: Goma Xantana

Corynebacterium glutami: Glutamato monossódico

Escherichia coli e Bacillus megaterium: Penicilina G Acilase

Fatores de Influência no Desenvolvimento dos Microrganismos

Entre os fatores que alteram o desenvolvimento e multiplicação de microrganismos nos alimentos estão os fatores inerentes ao alimento ou parâmetros intrínsecos, e os fatores inerentes ao ambiente, também chamados de parâmetros extrínsecos.

 

parâmetros

Iniciativas de Controle do Desenvolvimento de Microrganismos

Antissépticos: produtos antissépticos evitam que tecidos sejam infectados, o que contribui para impedir ou matar os microrganismos. Por serem aplicados em tecidos vivos, geralmente, os antissépticos são menos tóxicos que os desinfetantes (aplicados em materiais inanimados);

Germicidas: os germicidas matam microrganismos, mas não matam endosporos;

Desinfecção:
 esse processo remove, mata ou inibe microrganismos patogênicos e saprófitas sem eliminar todas as formas de vida presentes;

Esterilização: destrói todas as formas de vida microbiana, incluindo endosporos;

Esterilização Comercial: tratamento de calor suficiente para matar os endósporos do Clostridium botulinum (bactéria patogênica que pode gerar uma toxinfecção alimentar) em alimentos enlatados;

Sanitização: reduz os microrganismos a níveis seguros seguindo os padrões de saúde pública (eliminação de 99,9% das formas vegetativas).

Os estudos da microbiologia de alimentos foram e ainda são indispensáveis para a qualidade da saúde humana e animal. Sem os conhecimentos adquiridos por meio dessa ciência dos alimentos, não seria possível ter a qualidade que temos hoje. Por isso, é um assunto relevante para as pessoas no geral, além de ter extrema importância para indústrias, empresas, lojas e restaurantes em geral do ramo alimentício.

 Fonte: Kasvi
Qualidade da Água na Indústria Farmacêutica

Qualidade da Água na Indústria Farmacêutica

Qualidade da Água na Indústria Farmacêutica

Na indústria farmacêutica, a qualidade da água adquire algumas funções importantes. Além de participar dos processos de limpeza de materiais e superfícies, é uma das principais matérias-primas que entram na formulação dos produtos, o que exige grande atenção e análise em sua composição. Por ser um solvente universal, a água pode carregar consigo substâncias que comprometem não somente a qualidade dos medicamentos, mas também a vida útil dos sistemas de tratamento.

Os processos farmacêuticos são altamente delicados, o que exige o uso de materiais e equipamentos especializados e substâncias tratadas, inclusive a água, para evitar a degradação da composição química dos medicamentos.

Mesmo sendo considerada própria para o consumo, a água potável ainda possui substâncias que podem comprometer as propriedades das fórmulas dos medicamentos. Para ser utilizada para tal finalidade, a água precisa passar por diversos processos para evitar que impurezas e microrganismos alterem o resultado dos procedimentos.

 Água como matéria-prima

A água é a matéria-prima mais utilizada na produção farmacêutica, de biotecnologia, correlatos e cosméticos. Pode ser utilizada direta ou indiretamente, podendo ter grande impacto na qualidade do produto. Os requisitos de qualidade da água dependerão de sua finalidade e emprego, e da escolha do sistema de purificação para atender ao grau de pureza estabelecido.

O processo de purificação da água para uso farmacêutico é baseado na eliminação de impurezas físico-químicas, biológicas e microbianas até se obter níveis preestabelecidos em compêndios oficiais aprovados pelas autoridades sanitárias como a ANVISA e a Farmacopéia Brasileira (FB).

Tipos de água

Existem diferentes tipos de água dentro de uma indústria farmacêutica. Dentre elas, podemos destacar:

Água Potável

O ponto de partida para qualquer processo de purificação de água para fins farmacêuticos é a água potável.  É obtida por tratamento da água retirada de mananciais, por meio de processos adequados para atender às especificações da legislação brasileira e deve estar em conformidade com os limites físicos, químicos e microbiológicos. É empregada, normalmente, nas etapas iniciais de procedimentos de limpeza e como fonte de obtenção de água de mais alto grau de pureza. Pode ser utilizada também na climatização térmica de alguns aparatos e na síntese de ingredientes intermediários.

Água Purificada (AP)

É produzida a partir da água potável e não contém qualquer substância adicionada, sendo obtida por combinação de sistemas de purificação em uma sequência lógica, tais como múltipla destilação, troca iônica, osmose reversa, eletrodeionização, ultrafiltração ou outro processo capaz de atender, com a eficiência desejada, aos limites especificados para os diversos contaminantes conforme a FB.

É empregada como excipiente na produção de formas farmacêuticas não parenterais e em formulações magistrais, desde que não haja nenhuma recomendação de pureza superior no seu uso ou que não necessite ser apirogênica. Também, pode ser utilizada na lavagem de material, preparo de soluções reagentes, meios de cultura, tampões, diluições diversas, microbiologia em geral, análises clínicas ou análises qualitativas ou quantitativas menos exigentes (determinações em porcentagem).

Água Ultrapurificada (AUP)

Possui baixa concentração iônica, baixa carga microbiana e baixo nível de carbono orgânico total (COT), sendo requerida em aplicações mais exigentes, principalmente em laboratórios de ensaios para diluição de substâncias de referência e na limpeza final de equipamentos e utensílios utilizados em processos que entrem em contato direto com a amostra. A utilização dessa água é essencial para a obtenção de resultados analíticos precisos. Deve ser utilizada no momento em que é produzida, ou no mesmo dia da coleta.

Água para Injetáveis (API)

Água para injetáveis é utilizada como excipiente na preparação de produtos farmacêuticos parenterais de pequeno e grande volume, na fabricação de princípios ativos de uso parenteral, de produtos estéreis, demais produtos que requeiram o controle de endotoxinas e não são submetidos à etapa posterior de remoção. É utilizada ainda na limpeza e preparação de processos, equipamentos e componentes que entram em contato com fármacos e medicamentos estéreis durante sua produção.

Purificação da água

Tipos de contaminantes que impactam na qualidade da água

O controle da contaminação da água é crucial, uma vez que a água tem grande capacidade de agregar compostos diversos e, também, de se contaminar novamente após a purificação. Os contaminantes da água são representados por dois grandes grupos:

Contaminante Químico

Os contaminantes orgânicos e inorgânicos têm origens diversas: da fonte de alimentação, da extração de materiais com os quais a água entra em contato, da absorção de gases da atmosfera, de resíduos poluentes ou resíduos de produtos utilizados na limpeza e sanitização de equipamentos, dentre muitos outros. Incluem-se aqui as endotoxinas bacterianas, resultantes de microrganismos gram-negativos, contaminantes críticos que devem ser removidos adequadamente. Esses contaminantes podem ser avaliados, principalmente, pelos ensaios de carbono orgânico total – COT e de condutividade.

Contaminante Microbiológico

São representados principalmente por bactérias e apresentam um grande desafio à qualidade da água. São originários da própria microbiota da fonte de água e de alguns equipamentos de purificação. Podem surgir, também, devido a procedimentos de limpeza e sanitização inadequados, que possibilitam à formação de biofilmes e, por consequência, instalam um ciclo contínuo de crescimento a partir de compostos orgânicos que, em última análise, são os próprios nutrientes para os microrganismos.

As bactérias podem afetar a qualidade da água por desativar reagentes ou alterar substratos por ação enzimática, aumentar o conteúdo em COT, alterar a linha de base (ruído de fundo) em análises espectrais e produzir pirogênios, como as endotoxinas.

Para garantir a boa qualidade da água na indústria farmacêutica, é preciso estar atento a todas as etapas. Os sistemas de produção, armazenamento e distribuição de água para uso farmacêutico devem ser planejados, instalados, validados e mantidos de forma a garantir a produção de água de qualidade apropriada sempre obedecendo os níveis preestabelecidos em compêndios oficiais aprovados pelas autoridades sanitárias vigentes no país.

Fonte: Kasvi

Resistência Antimicrobiana: Patógenos que Afetam a Saúde Animal

Resistência Antimicrobiana: Patógenos que Afetam a Saúde Animal

Resistência Antimicrobiana: Patógenos que Afetam a Saúde Animal

A resistência antimicrobiana ocorre quando microrganismos como bactérias e fungos desenvolvem a capacidade de derrotar as drogas destinadas a matá-los, os antibióticos, e continuam a se desenvolver. Muito debatida na saúde humana, a resistência antimicrobiana de alguns patógenos também pode afetar a saúde dos animais e, consequentemente, das pessoas e até mesmo do ambiente (solo e água).

ONE HEALTH: CONCEITO DE SAÚDE ÚNICA

One Health é uma abordagem que reconhece que a saúde das pessoas está intimamente ligada à saúde dos animais e ao nosso ambiente compartilhado. O termo trata de questões ligadas à saúde, epidemiologia e adoção de políticas públicas efetivas para prevenção e controle de enfermidades, trabalhando nos níveis local, regional, nacional e global. One Health não é novo, mas se tornou mais importante nos últimos anos. Isso ocorre porque muitos fatores mudaram as interações entre pessoas, animais, plantas e nosso meio ambiente.

À medida que o mundo de hoje se torna cada vez mais conectado, a necessidade de aplicar efetivamente o conceito One Health só aumenta. Não só para proteger pessoas e animais de doenças, mas também para impedir rupturas econômicas que podem acompanhar esses surtos de doenças. Isso significa realizar vigilância, planejar atividades de resposta a surtos e criar estratégias de prevenção de doenças para reduzir a contaminação e mortes em pessoas e animais.

ANTIBIÓTICOS COMO PROMOTORES DE CRESCIMENTO DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA

Antimicrobianos passaram a ser significativamente usados na criação de animais para consumo na década de 50. Em 1951, o Food and Drug Administration (FDA) dos EUA liberou a sua administração na dieta animal sem receita veterinária. Desde então, além de serem aplicados no tratamento de infecções, os fármacos têm sido usados como promotores de crescimento nesses animais.

Hoje, na criação animal, há basicamente três tipos de uso de antimicrobianos. O primeiro é o terapêutico, como ocorre com o ser humano. A segunda maneira é a preventiva, como no desmame dos suínos — esse animal provavelmente vai passar por estresse, vai ter uma imunossupressão, que pode levar à infecção por várias bactérias, então se faz preventivamente o tratamento. A terceira maneira é a mais polêmica e a mais discutida na ciência, que é a administração de antimicrobianos como melhorador de desempenho. Nesse caso, o animal não tem nenhuma doença, provavelmente não vai ficar doente, e a droga é empregada com a finalidade de promover o crescimento.

As medicações antibióticas reduzem o tamanho e o peso do trato digestório, o que torna as vilosidades e as paredes intestinais mais finas, aumentando a absorção dos nutrientes. Além de manter a qualidade da flora gastrointestinal dos animais, pois controlam a flora patogênica e, assim, diminuem a disputa por nutrientes, além de reduzirem a produção de metabólitos depressores do crescimento dos animais. Esses produtos indicados com função de aditivo alimentar são chamados de antibióticos promotores de crescimento (APC), ou antibióticos melhoradores do desempenho animal.

Em 2016, cerca de 8,4 milhões de kg de antibióticos considerados importantes para uso humano foram vendidos para uso na pecuária

RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA E MAIOR CONTROLE DOS ANTIBIÓTICOS

A União Europeia proibiu o uso de antibióticos como promotores do crescimento em 2005 e, em 2018, proibiu o uso rotineiro de profilaxia em massa usando rações com antibióticos. Os EUA também têm implementado uma melhor regulamentação de antimicrobianos em animais de corte. Desde janeiro de 2017, a FDA tem desautorizado o uso de antimicrobianos clinicamente importantes na promoção do crescimento em animais de corte, e suas regulamentações sobre as diretrizes de alimentação veterinária têm limitado antibióticos clinicamente importantes da venda livre para criadores, para exigir controle veterinário. Alguns estados possuem regras ainda mais rígidas sobre antibióticos para animais de corte, mas nenhum se aproximou da proibição direta.

No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) garante que o país está correndo atrás para ter um sistema de vigilância, por meio do Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no âmbito da Agropecuária (PAN-BR AGRO), cujo prazo previsto para implementação vai de 2018 a 2022.

Em dezembro de 2018, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), ligada ao MAPA, por meio da Portaria Nº 171, informou sobre a intenção de proibição de alguns antimicrobianos com a finalidade de aditivos melhoradores de desempenho, abrindo prazo para manifestação dos setores envolvidos. Dentro os antimicrobianos utilizados estariam os que contém bacitracina, lincomicina, tiamulina, tilosina e virginiamicina em todo o território nacional. Essa decisão segue as recomendações de órgãos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), e as práticas adotadas por demais países, como os EUA, que proibiram a administração de qualquer antibiótico de importância para a medicina humana na produção de animais, mesmo na forma terapêutica.

CONSEQUÊNCIAS DO USO EXCESSIVO DE ANTIBIÓTICOS NA PRODUÇÃO ANIMAL

O uso contínuo dos APCs na produção animal diminuiu gradativamente os efeitos dos medicamentos, aumentando a resistência antimicrobiana, o que levou à necessidade de doses mais altas e à total dependência do uso desses medicamentos em algumas cadeias produtivas, especialmente as de suínos e aves.

Esse fato culminou no aparecimento de bactérias resistentes aos antibióticos, o que se torna um problema quando é preciso utilizá-los para o tratamento de infecções e doenças nos plantéis (animais de reprodução). Mas não é só isso. O assunto também afeta a saúde pública, motivo pelo qual se tem buscado a redução ou a eliminação de APCs na nutrição animal.

Há alguns anos, pesquisadores descobriram o gene resistente mcr-1 em plasmídeo de Escherichia coli de suínos e muitos estudos indicam a possibilidade de esse gene ser transferido para a flora gastrointestinal de humanos que consomem produtos de origem animal. Por causa disso, desde 2016 foi proibido o uso de Colistina (Poliximina E) assim como outros da classe dos macrolídeos e da penicilina como APC, pois são amplamente usados e criticamente importantes para a saúde humana.

Uma análise feita entre 2004 e 2006 pela Anvisa em amostras de frangos congelados vendidos em 14 estados brasileiros, detectou bactérias Salmonella e Enterococcus resistentes a vários antimicrobianos. Das 250 cepas de Salmonella analisadas, por exemplo, 77% foram consideradas multirresistentes.

MAS COMO ESSE MATERIAL GENÉTICO RESISTENTE PASSA DOS ANIMAIS PARA OS HUMANOS?

O caminho de “transmissão” de microrganismos resistentes ainda é desconhecido e muito estudado. Primariamente, acredita-se na transmissão fecal-oral. Microrganismos intestinais podem contaminar, diretamente, carne ou outros produtos animais quando o processamento dos alimentos fica aquém dos padrões ótimos. Também é importante lembrar que muitos desses antibióticos são excretados na urina e nas fezes e chegam ao meio ambiente contaminando água a ser ingerida por humanos que bebem água não tratada ou comem vegetais crus irrigados com essa água. Outra hipótese é que esses antibióticos excretados podem causar resistência a microrganismos do meio ambiente que não são parte da flora intestinal do animal. E, devido à capacidade de transferir genes localizados em elementos genéticos móveis, esses organismos portando, esses genes móveis, podem transferir resistência a organismos completamente diferentes os quais são patógenos humanos. Outra possibilidade é que pessoas que trabalham em contato direto com animais sejam, possivelmente, colonizadas por microrganismos resistentes.

Em uma tese de mestrado, realizada na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), pesquisadores buscaram bactérias resistentes em amostras de queijo minas frescal. Todos os exemplares estudados apresentaram algum conjunto de bactérias resistentes — em 13% a resistência antimicrobiana foi constatada para todos os antibióticos testados, e em 80%, para 8 a 10 diferentes antibióticos. Foi constatada ainda resistência antimicrobiana em 87% dos queijos aos carbapanêmicos, tipo de antibiótico potente que é considerado uma das últimas alternativas na luta contra microrganismos muito resistentes.

O uso de antibióticos na nutrição animal deve ser racional e cauteloso, tendo em vista as graves consequências que o abuso pode causar tanto na saúde animal como na humana. A restrição e a proibição de diversos antimicrobianos na agropecuária direcionam os produtores a estabelecerem planos estratégicos para atingirem seus objetivos produtivos, sendo que o foco em nutrição se mostra o mais efetivo. É mais provável que medidas preventivas ajudem em curto prazo, incluindo coisas como:

  • Novas vacinas;
  • A criação seletiva de animais com maior resistência a doenças;
  • Métodos de processamento de alimentos que eliminem mais patógenos antes do ponto de venda;
  • Melhores métodos de testes, como exames por PCR multiplex, capazes de diagnosticar patógenos específicos e, assim, ajudar a distinguir a infecção viral da bacteriana e também identificar animais infectados rapidamente, para que possam ser isolados e tratados sem ter que tratar toda a manada ou grupo de animais;
  • Usar probióticos e ácidos orgânicos para a promoção do crescimento.

Fonte: Kasvi

Tuberculose: Métodos para o diagnóstico

Tuberculose: Métodos para o diagnóstico

A tuberculose é uma doença infecciosa transmissível, que afeta principalmente os pulmões, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch. A doença pode afetar outros órgãos que não o pulmão, sendo mais comum esta forma em pacientes HIV positivos.

A tuberculose no mundo

A doença é um importante problema de saúde no mundo. Com os desafios do fornecimento e acesso aos serviços essenciais devido à pandemia do Covid-19, ocorreu um regresso no combate à tuberculose: houve subnotificação de novos casos, e o número de mortes aumentou pela primeira vez em mais de uma década.

Em 2020 o número de casos diagnosticados e notificados da doença caiu de 7,1 milhões para 5,8 milhões, enquanto as mortes chegaram ao total de 1,5 milhão de pessoas.

As projeções da OMS sugerem que em 2021 e 2022 ocorram ainda mais mortes por tuberculose que em 2020.

Como ocorre a transmissão da tuberculose? 

A transmissão ocorre principalmente através de partículas infectantes (gotículas de saliva contendo o patógeno) suspensas no ar, que foram espalhadas através da tosse, espirro e fala de um paciente contaminado com tuberculose pulmonar.

Através da respiração, os bacilos chegam aos alvéolos pulmonares, onde cerca de 10 a 20% das pessoas desenvolvem a doença.

Quais são os sintomas da tuberculose 

A tosse com expectoração por mais de 3 semanas é o principal sintoma da tuberculose, e pode ser acompanhada de demais sinais clínicos como febre, suor noturno, falta de apetite, cansaço, falta de ar e emagrecimento rápido. O escarro pode ser sanguinolento caso a lesão pulmonar atinja vasos sanguíneos.

Fatores de risco

Além de fatores relacionados ao sistema imunológico, condições sociais também estão entre fatores ligados ao adoecimento pela tuberculose.

 

Tabela 1

 

Para o grupo de risco, é recomendado que toda pessoa que apresente tosse (independente do tempo) e/ou radiografia que sugira tuberculose, realize exames investigativos para a doença.

Diagnóstico de tuberculose

Para o diagnóstico da tuberculose, primeiramente é realizada análise do quadro clínico.  Algumas indicações apontam como certo o resultado, como tosse por mais de 2-3 semanas associada a outros sintomas, fatores de risco associados aos sintomas, infecção por HIV e tosse e febre sem razão aparente, fator de risco associado a diagnóstico de pneumonia sem melhora após sete dias do início do tratamento.

Para a confirmação do diagnóstico, o médico deve solicitar exames, como:

  • Radiografia do tórax, para verificar possíveis alterações;
  • Baciloscopia (BAAR), para identificar a presença de bacilos álcool-ácido-resistentes, característicos do bacilo de Koch;
  • Cultura para micobactéria;
  • Teste molecular para confirmação do patógeno e identificação de possíveis resistências a antibióticos.

A radiografia, junto a baciloscopia e teste de cultura, ou teste molecular, costumam ser realizadas em todos os casos suspeitos de tuberculose pulmonar.

A baciloscopia é um exame de microscopia, com esfregaço em lâmina de amostra de escarro.  É considerado obrigatório no diagnóstico da tuberculose pulmonar, pois além de ser um método simples, rápido e de baixo custo, identifica a presença dos bacilos, que são fonte principal da transmissão da doença. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, em torno de 70% dos pacientes com tuberculose pulmonar apresentam níveis altíssimos de bacilos no escarro.

Como a baciloscopia somente identifica a presença de bacilos, e não confirma o patógeno como bacilo de Koch, é importante a realização de outro exame que confirme o bacilo presente como sendo o M. tuberculosis. Para isso, é possível realizar exame de cultura de micobactéria, ou exame de identificação molecular.

O exame de cultura de micobactéria é considerado padrão ouro no diagnóstico de tuberculose até o momento, tendo como vantagem o baixo custo, porém como desvantagem está a demora no resultado, que pode variar de poucos dias até oito semanas.

O exame molecular vem complementando o exame de cultura ao longo do tempo. É considerado um teste rápido, por apresentar o resultado em poucas horas, sensível e específico. É realizado através de técnica de reação da cadeia em polimerase (PCR), a qual por meio de extração, amplificação e detecção do material genético da amostra vai identificar ou não a presença do M. tuberculosis. Pode também, além de identificar o patógeno, identificar mutações características de resistência aos principais fármacos, de primeira e segunda linha, utilizados no tratamento da tuberculose.

Tratamento

O tratamento para tuberculose está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e tem duração mínima de seis meses. Idealmente o tratamento é realizado em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO), em que um profissional da saúde acompanha o paciente durante o tratamento.

Geralmente são utilizados quatro fármacos no tratamento da tuberculose: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Caso seja identificada alguma resistência aos medicamentos, cabe ao médico indicar fármacos mais adequados a cada situação.

Como prevenir?

Existem algumas formas de prevenir a tuberculose, como o tratamento de infecção latente, a qual previne o desenvolvimento da infecção ativa, o controle da infecção, para evitar possíveis contágios, e a principal, a vacina BCG.

A vacina BCG está disponível pelo SUS e deve ser dada em crianças ao nascer, ou antes de completar 5 anos. A BCG protege a criança contra as formas mais graves da doença, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar.

Fonte: Kasvi