por CenterLab | maio 12, 2020 | Informativos
Celebrado anualmente em 26 de abril, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é uma iniciativa das entidades representativas de cardiologia, para conscientizar e informar a população sobre a importância dos cuidados com o coração.
A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma doença cardiovascular que atinge 35% da população brasileira, segundo o Dr. Celso Amoedo, cardiologista do Hospital do Coração (HCor). Trata-se de uma doença crônica caracterizada pela elevação da pressão sanguínea nas artérias, com valores iguais ou que ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9), obrigando o coração a fazer mais esforço para distribuir o sangue pelo corpo.
Responsável por 80% das ocorrências de derrame cerebral e 60% dos casos de ataques cardíacos registrados no país, a taxa de mortalidade dos problemas cardiovasculares é responsável por aproximadamente 400 mil óbitos por ano no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Ações governamentais no combate à hipertensão arterial
O consumo excessivo de sódio, que também está presente no sal de cozinha, é um dos principais influenciadores no desenvolvimento da hipertensão arterial e de outras doenças crônicas como as cardiovasculares e renais. De acordo com o Ministério da Saúde, o consumo de sal do brasileiro excede em quase duas vezes o limite máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de cinco gramas por dia. A média nacional é de 9,3 gramas.
Entre as iniciativas governamentais para ajudar a população a ter uma alimentação mais equilibrada e controlar a hipertensão arterial, o Ministério da Saúde mantém desde 2017 a plataforma Saúde Brasil, a fim de divulgar informações para a população brasileira sobre a adoção de práticas para a promoção da saúde. Todos os conteúdos e serviços são firmados em quatro pilares: EU QUERO Parar de fumar, EU QUERO Ter peso saudável, EU QUERO Me alimentar melhor e EU QUERO Me exercitar.
O livro “Alimentos Regionais Brasileiros” elaborado pela Secretaria de Atenção à Saúde do MS, em sua 2º edição de 2015, destaca a imensa variedade de alimentos no país, orienta práticas culinárias e estimula a valorização da cultura alimentar brasileira. Também o “Guia Alimentar para a População Brasileira”, de mesma autoria, traz orientações sobre os cuidados e caminhos para alcançar uma alimentação saudável e balanceada.
Em 2011, o Ministério da Saúde, em conjunto com as diferentes associações que representam os produtores de alimentos industrializados, assinou um termo de compromisso intitulado de “Plano de Redução de Sódio em Alimentos Processados“, cujo objetivo envolve a redução da quantidade de sódio consumida diariamente pela população brasileira.
O plano estabelece a assinatura de acordos voluntários entre as indústrias e traça metas bianuais para a redução gradual do teor de sódio em diversas categorias de alimentos. A meta é que até este ano (2020) sejam retirados cerca de 28,5 mil toneladas de sal dos alimentos industrializados. De acordo com o último resultado parcial divulgado pelas entidades em 2017, somente entre 2012 e 2016, foram mais de 17.254 toneladas retiradas.
A ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimento) reforça o comprometimento do setor no plano de redução de sódio, como também em ações que envolvem a redução de gorduras trans e açúcar.
Sintomas e causas da hipertensão arterial
A doença pode acometer crianças, adolescentes, adultos e idosos de ambos os sexos, mas a maioria dos problemas é herdada pelo histórico familiar em 90% dos casos, de acordo com o Ministério da Saúde.
No entanto, além da genética, há diversos fatores ambientais e comportamentais de vida que podem desencadear o desenvolvimento da pressão alta, como: tabagismo, alcoolismo, obesidade, estresse, consumo elevado de sal, altos níveis de colesterol e sedentarismo.
Geralmente, a hipertensão arterial é silenciosa, fazendo com que a manifestação dos sintomas apareça somente quando há uma elevação significativa da pressão. Entre os sintomas da doença, estão:
– Dores no peito;
– Dor de cabeça;
– Tontura;
– Zumbido no ouvido;
– Fraqueza;
– Visão embaçada;
– Sangramento nasal;
– Tontura;
– Falta de ar.
Apesar da doença atingir a todos, a incidência de pressão alta é maior em pessoas negras, em diabéticos e com idade avançada, por isso é importante monitorar regularmente a pressão arterial.
Dicas de prevenção para evitar a pressão alta
A hipertensão arterial não tem cura, mas pode ser controlada por meio de hábitos alimentares mais saudáveis, assim como a prática de atividades físicas regulares. É o que revelam as conclusões dos mais recentes estudos e diretrizes nacionais e internacionais avaliadas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
De acordo com a entidade, o tratamento da pressão alta e o controle dos principais fatores de risco para o coração, como controlar os níveis de colesterol, evitar o estresse, praticar exercícios e ter uma alimentação mais saudável, reduzem as doenças cardiovasculares em até 80%.
Além dos medicamentos disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e no programa Farmácia Popular, sob prescrição médica e apresentação de documento de identidade e CPF, a pessoa hipertensa pode adotar um estilo de vida mais saudável:
– Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares;
– Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos;
– Praticar atividade física regular;
– Aproveitar momentos de lazer;
– Abandonar o tabagismo;
– Moderar o consumo de álcool;
– Evitar alimentos gordurosos;
– Controlar a diabetes.
Os hipertensos, assim como os demais portadores de doenças crônicas, pertencem ao grupo de risco suscetível a complicações se acometidos com a COVID-19. Para esclarecer dúvidas sobre hipertensão durante a pandemia, a SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO (SBH) mantém um canal exclusivo de comunicação: [email protected]
Neste Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, ressaltamos, mais uma vez, que o cuidado com a VIDA é o nosso bem maior e os profissionais e organizações de saúde são os responsáveis por conduzir o tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, assim como disseminar as boas práticas de cuidado com a saúde e a alimentação.
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Fonte: Labtest
por CenterLab | maio 12, 2020 | Informativos
A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional e psíquico provocado por condições desgastantes no ambiente de trabalho. A principal causa da doença é o excesso na rotina profissional que leva à exaustão extrema, estresse e esgotamento físico.
A doença é comum em trabalhadores de áreas que atuam sob pressão e com responsabilidades constantes em que o contato humano é contínuo, como profissionais da área de saúde, segurança, educação e comunicação.
O sentimento de incapacidade é outro motivo que leva os profissionais a desenvolverem a doença, pois não acreditam ter habilidades suficientes para cumprir as tarefas para as quais foram designados.
De acordo com uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma-BR), 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com esse tipo de doença. A Labtest preparou este artigo, com o objetivo de informar os principais aspectos sobre a Síndrome de Burnout e seus sintomas.
Conheça os sintomas da Síndrome de Burnout
O risco do diagnóstico tardio é que a Síndrome de Burnout pode desencadear doenças mais sérias, como a ansiedade e depressão. Esse transtorno está registrado no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) como um dos fatores que afetam o estado mental das pessoas e pelos quais elas costumam procurar os serviços de saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Síndrome de Burnout como um fenômeno ocupacional, significativo de que a doença está intrinsecamente relacionada com as condições de trabalho.
Em resumo, os sintomas da doença envolvem dores físicas, problemas emocionais ou psicológicos. Confira abaixo o quadro dos sinais e sintomas da Síndrome de Burnout, de acordo com o Ministério da Saúde (MS):
Como a Síndrome de Burnout afeta os profissionais da saúde?
Os profissionais da saúde estão suscetíveis a desenvolver o transtorno, porém os sinais e sintomas podem ser diferentes para cada pessoa, conforme as circunstâncias e condições de trabalho em que está inserida.
A Síndrome de Burnout em profissionais dessa área é o reflexo da inter-relação de três aspectos. Veja abaixo:
– Cansaço emocional: esgotamento profissional ocasionado pelas exigências do trabalho.
– Despersonalização: indiferença e apatia em relação à sociedade, pelo qual o profissional se sente um observador externo de suas próprias experiências.
– Baixa realização pessoal: descontentamento pessoal e profissional.
O diagnóstico da doença é realizado por psicólogo ou psiquiatra, mediante análise clínica do paciente para identificar o transtorno e indicar o tratamento adequado. Para intervir no caso, a utilização de medicamentos, psicoterapia, exercícios físicos e de relaxamento são as práticas recomendadas.
Fonte: Labtest
por CenterLab | maio 11, 2020 | Informativos
Por Chloé Pinheiro
Publicado em 21 abr 2020, 17h43
Durante a pandemia de Covid-19, mesmo os mais inexperientes se beneficiam de técnicas simples e sessões de poucos minutos. Veja como começar a meditar.
Tédio, irritação, ansiedade, dificuldade de concentração, medo… Tendo que sair para trabalhar ou ficando isolado em casa, é possível que você já tenha sentido alguma dessas emoções desde que a pandemia do coronavírus (Sars-CoV-2) chegou ao Brasil. Uma das estratégias para preservar a saúde mental em tempos conturbados como esse é a meditação.
“Ela ajuda a viver no momento presente e a aceitar uma situação onde não há muito o que fazer”, explica Camila Vorkapic, bióloga com pós-doutorado em neurofisiologia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). “Isso sem contar o relaxamento e a menor produção de hormônios ligados ao estresse”, completa.
Para obter tais vantagens, contudo, é fundamental adotar uma rotina. A meditação funciona mais ou menos como o exercício físico: você deve treinar com frequência para melhorar sua resistência e seu desempenho.
“Não adianta pensar em efeitos imediatos”, destaca Elisa Kozasa, neurocientista da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein que conduz diversos experimentos envolvendo a meditação. Os benefícios surgem ao longo das sessões.
Como começar a meditar durante a pandemia de coronavírus
Existem diversos tipos de meditação, alguns ligados à espiritualidade. Mas as técnicas mais básicas e difundidas ocidentalmente valorizam dois pontos: prestar atenção no corpo e na respiração.
“Uma boa estratégia é fazer exercícios mais breves, de um até três minutos, diariamente”, ensina Marcelo Demarzo, médico especialista em mindfulness — o desenvolvimento da atenção plena — e professor da Universidade Federal de São Paulo. Essas sessões curtinhas podem ser divididas ao longo do dia.
Conforme for ficando confortável, estenda a duração para cinco, dez, 15 minutos. Treinos guiados, disponíveis em aplicativos e sites, auxiliam os iniciantes (falaremos disso mais pra frente). Escolha um ambiente tranquilo da casa, sente-se de maneira confortável e tente realizar as sessões sempre no mesmo horário. A manhã é um bom momento para isso.
“Outra maneira de meditar é fazer pausas durante o dia, especialmente quando estamos mais irritados ou distraídos”, comenta Elisa. “Quando você perceber que está saindo do seu eixo, pare e respire, levante da cadeira e se alongue”, completa.
Técnicas que envolvem a movimentação do corpo, como ioga e tai chi chuan, também ajudam a se concentrar no presente e reduzir o estresse. Só converse com um profissional para executar os gestos direito.
Obstáculos para uma boa prática meditativa
É difícil manter a concentração durante a meditação, ainda mais para quem não tem experiência e está ansioso com a Covid-19, a doença causada pelo coronavírus. Esse desafio é um dos principais motivos para a desistência.
Mas atenção: é normal e até esperado ter pensamentos intrusos durante as tentativas de meditação. “O exercício é justamente reconhecer esses pensamentos e lidar melhor com eles”, comenta Demarzo.
Ao contrário do que se imagina, a mente de quem medita não vira uma tela em branco. “A ideia é identificar o pensamento e deixá-lo ir. Ele é como uma nuvem, que se forma no céu e logo é dissipada”, compara Camila.
Quando sentir que está perdendo o foco, volte-se ao objeto de atenção da prática. Ou seja, concentre-se na respiração, nas sensações do corpo… É um embate constante com o seu cérebro, em especial nas primeiras sessões. Justamente por isso é bacana começar aos poucos, com exercícios respiratórios e sessões curtas, de preferência com orientações de um profissional.
Ah, e vale dizer que a meditação sozinha não faz milagre pelo seu bem-estar mental. “Também é importante manter uma rotina de alimentação e sono, fazer atividades físicas e seguir cultivando as relações, mesmo que à distância”, diz Demarzo.
Fora isso, para acalmar os neurônios, é necessário ainda ajustar sua atitude em relação ao contexto atual. “Eu posso ficar o tempo todo pensando no que não tenho e encarando a minha casa como uma prisão. Mas também posso considerá-la um santuário e aproveitar para refletir sobre a minha vida”, comenta Elisa. “Isso sem perder, claro, a noção da realidade. Sabemos da epidemia, mas podemos focar em aspectos e ações positivas”, continua a neurocientista.
Entretanto, se as tentativas de meditar são frustrantes a ponto de exacerbarem a ansiedade e os pensamentos negativos, vale considerar suporte psicológico profissional. Ele pode ser oferecido à distância por alguns profissionais, convênios e aplicativos.
No mais, sintomas depressivos ou sugestivos de outros transtornos psiquiátricos exigem a avaliação de um profissional. Nesses casos, uma meditação sem orientação pode não ser uma boa.
Sites e aplicativos que ajudam
Existem serviços gratuitos online e instrutores fazendo transmissões ao vivo nas redes sociais. O aplicativo Headspace, com exercícios guiados e progressivos, é um dos mais célebres serviços nesse departamento.
Elisa Kozasa participou da elaboração do aplicativo Meditação Natura, da Natura Cosméticos, com uma jornada de meditação guiada dividida em semanas, que começa do nível mais básico.
Fonte: Abril
por CenterLab | maio 9, 2020 | Informativos
COVID-19: ATUALIZADA NORMA DE DISPOSITIVOS MÉDICOS
Norma trata de produtos como máscaras cirúrgicas, óculos de proteção, protetores faciais, respiradores e vestimentas hospitalares descartáveis, entre outros.
Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 04/05/2020 17:18
Última Modificação: 04/05/2020 17:22
Foi atualizada a norma da Anvisa que dispõe, de forma extraordinária e temporária, sobre os requisitos para a fabricação, a importação e a aquisição de dispositivos médicos identificados como prioritários para uso em serviços de saúde, em virtude da emergência de saúde pública internacional relacionada ao novo coronavírus. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 379/2020 foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União da última quinta-feira (30/4).
Em março, a Anvisa já havia simplificado os requisitos para fabricação, importação e aquisição de dispositivos médicos prioritários para uso em serviços de saúde. De acordo com as regras, fabricantes e importadores ficaram excepcionalmente e temporariamente dispensados de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) e da notificação das atividades à Anvisa, bem como de outras autorizações sanitárias.
A RDC 379/2020 é uma atualização da norma de março. De acordo com o ato normativo, a importação de máscaras cirúrgicas, óculos de proteção, protetores faciais, respiradores N95, PFF2 ou equivalentes e vestimentas hospitalares descartáveis (aventais/capotes impermeáveis e não impermeáveis) terá o deferimento automático do licenciamento de importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).
Responsabilidade
A Anvisa informa que as regras não eximem as empresas de outras obrigações. Os fabricantes e importadores de produtos deverão cumprir as demais exigências aplicáveis ao controle de dispositivos médicos, bem como as normas técnicas relacionadas aos produtos. As empresas também deverão realizar controle pós-mercado (monitoramento após a comercialização).
A Agência reforça que o fabricante ou importador é responsável por garantir a qualidade, a segurança e a eficácia dos produtos fabricados, em conformidade com o regulamento brasileiro.
Fonte: Anvisa
por CenterLab | maio 7, 2020 | Informativos
A característica principal da Covid-19 grave é a coagulopatia, com 71,4% dos pacientes que vem a óbito atendendo aos critérios da sociedade internacional de trombose e hemostasia (ISTH) para coagulação intravascular disseminada (CID), enquanto apenas 0,6% dos pacientes sobreviventes atendem a esses critérios. Além disso, ficou claro que essa não é uma doença hemorrágica, mas sim uma CID predominantemente pró-trombótica com altas taxas de tromboembolismo venoso, níveis elevados de D-Dímero, altos níveis de fibrinogênio em conjunto com baixos níveis de antitrombina e congestão pulmonar com trombose microvascular e oclusão.
Estudos recentes realizados em pacientes com Covid-19 apresentaram que o D-Dímero, um marcador da geração de trombina e fibrinólise, estabelece um índice prognóstico relevante de evolução e mortalidade da doença. Esses estudos, realizados em Wuhan na China, indicam que altos níveis de D-Dímero estão associados a um risco de morte elevado em até 18 vezes, daí a importância de se incluir essa dosagem em todos os pacientes sintomáticos com Covid-19 positivo.
Cerca de 90% dos pacientes internados com pneumonia tiveram aumento da atividade da coagulação, marcada principalmente por aumento nas concentrações de D-Dímero.
Uma comparação entre sobreviventes e não sobreviventes mostrou que os pacientes que vieram a óbito apresentaram, na admissão, níveis de D-Dímero e produto de degradação da fibrina (PDF) significativamente mais altos e tempo de protrombina mais longo em comparação aos sobreviventes.
Em alguns estudos foi utilizado o índice de SOFA, que é um escore de avaliação sequencial de falência de órgãos que permite o cálculo numérico da gravidade da disfunção orgânica em seis sistemas (respiratório, hemostático, hepático, cardiovascular, renal e neurológico), esse índice é um bom marcador diagnóstico para sepse e choque séptico. Embora infecções bacterianas sejam geralmente consideradas como uma das principais causas da sepse, uma infecção viral também pode desencadear essa complicação. No estudo realizado por Fei Zhou mais da metade dos pacientes com Covid-19 desenvolveu sepse.
Avaliação sequencial de falhas de órgãos SOFA
Um modelo de regressão logística multivariável mostrou uma crescente chance de morte hospitalar associada à idade avançada, maior valor no índice de SOFA e D-Dímero maior de 1000 ng/mL na admissão.
A CID apareceu na maioria das mortes. A sepse está bem estabelecida como uma das mais comuns causas de CID. Nos estágios finais da doença os níveis de marcadores relacionados à fibrina (D-Dímero e PDF) estavam moderadamente ou acentuadamente elevados em todas as mortes, o que sugeriu uma condição de ativação comum da coagulação e hiperfibrinólise secundária nesses pacientes.
Diante do cenário atual a ISTH publicou recentemente uma orientação provisória, esse documento tem como objetivo fornecer uma estratificação de risco na admissão de pacientes com Covid-19 e gerenciamento de coagulopatia que pode se desenvolver em alguns desses pacientes, com base em parâmetros laboratoriais facilmente disponíveis.
Sendo assim, um algoritmo simples e de fácil acompanhamento para o gerenciamento de coagulopatia por Covid-19 seria útil em unidades providas e desprovidas de recursos como um guia para gerenciar essa complicação.
Essa afirmação pragmática deve ser claramente considerada uma orientação provisória, pois a experiência clínica de lidar com essa pandemia está aumentando.
Algoritmo para o manejo da coagulopatia no Covid-19 com base em marcadores laboratoriais simples:
A lista de marcadores é apresentada em ordem decrescente de importância.
** A realização de ensaios de fibrinogênio pode não ser viável em muitos laboratórios, mas o monitoramento dos níveis pode ser útil após a admissão do paciente.
*** Embora um ponto de corte específico não possa ser definido, um aumento de 3-4 vezes nos valores do D-Dímero pode ser considerado significativo. Qualquer um dos valores nesta tabela pode ser considerado significativo.
É imprescindível acompanhar as diretrizes dos órgãos de referência médica (ISTH, OMS, Ministério da Saúde), pois os documentos são interinos e acompanham a rápida dinâmica da pandemia de Covid 19.
Nesse contexto é de suma importância dispor de sistemas de automação precisos para obtenção dos resultados de Dímero-D e outros marcadores.
Diante desse cenário, a Centerlab em parceria com seus parceiros apresenta produtos para controle da hemostasia e infecção:
Referências:
– Atualização da aplicação do Dímero-D para uso prognóstico na COVID-19. Conference Call. Werfen Medical. Abril/2020.
– Jones et al. The Sequential Organ Failure Assessment score for predicting outcome in patients with severe sepsis and evidence of hypoperfusion at the time of emergency department presentation. Crit Care Med. Maio 2009 ; 37(5): 1649–1654.
– Tang N, Li D, Wang X, Sun Z. Abnormal coagulation parameters are associated with poor prognosis in patients with novel coronavirus pneumonia. J Thromb Haemost. 2020;18:844–847.
– Fei Zhou et al. Clinical course and risk factors for mortality of adult inpatients with COVID-19 in Wuhan, China: a retrospective cohort study. The Lancet; Março 2020. 395: 1054–62.
– Wang J et al. Tissue Plasminogen Activator (tPA) Treatment for COVID-19 Associated Acute Respiratory Distress Syndrome (ARDS): A Case Series. J Thromb Haemost. 8 Abril 2020. doi: 10.1111/jth.14828.
– Thachil J et al. ISTH interim guidance on recognition and management of coagulopathy in COVID-19. J Thromb Haemost 25 Março 2020; doi: 10.1111/jth.14810.