Hemoglobina Glicada – HBA1C

Hemoglobina Glicada – HBA1C

Hemoglobina Glicada – HBA1C

Atualmente, o diabetes mellitus (DM) atinge 180 milhões de pessoas em todo o mundo. Com o aumento da prevalência de obesidade e o sedentarismo, estima-se que em 2025 mais de 300 milhões de pessoas venham ter diabetes. Nos países em desenvolvimento, o aumento esperado é de 170% (de 84 milhões para 228 milhões de pessoas afetadas). Essa projeção é de especial importância nesses países, onde o diabetes se encaminha para a aparição em fases mais precoces da vida (entre 40-64 anos) em comparação com os países desenvolvidos, onde a doença normalmente acontece aos 65 anos de idade ou mais.

O DM é caracterizado por um distúrbio metabólico complexo, resultante da destruição imunomediada de células produtoras de insulina nas ilhotas de Langerhans (Diabetes Mellitus 1) ou da combinação de resistência à insulina e deficiência relativa de insulina (Diabete Mellitus 2). Ambos os tipos estão associados a complicações graves consequentes das flutuações agudas da hiperglicemia crônica, característicos da doença. As complicações decorrentes do descontrole glicêmico (disglicemia) são representadas pelas doenças macrovasculares e microvasculares e, quando presentes, contribuem para o aumento da mortalidade, redução da qualidade de vida e aumento dos custos no tratamento da doença.

Glicose

O objetivo do tratamento do paciente com diabetes mellitus (DM) é o bom controle metabólico, diminuindo, assim, os riscos de complicações micro e macrovasculares. Dentre o arsenal disponível à avaliação do controle glicêmico, encontram-se a hemoglobina glicada (HbA1c).

A determinação da HbA1c possibilita estimar quão elevadas as glicemias estiveram nos últimos 3 a 4 meses. Tal estimativa torna-se possível pelo fato da glicose sanguínea ligar-se de maneira irreversível à hemoglobina durante o período de vida da hemácia, que tem essa duração. A porcentagem da hemoglobina que sofreu glicação será tanto maior quanto maior a concentração de glicose sanguínea. Esse resultado expresso em porcentagem refere-se à média das glicemias diárias, sendo 50% correspondente ao mês que precedeu o exame, 25% ao mês anterior à coleta e 25% ao terceiro e quarto meses anteriores. Assim, o valor de HbA1c obtido corresponderá, sobretudo, ao controle glicêmico do último mês e, secundariamente, dos 2 a 3 meses precedentes.

Desde o Diabetes Control and Complications Trial (DCCT), a HbA1c é considerada o exame padrão-ouro para avaliar o controle metabólico por exemplo em indivíduo com DM1, já que ficou consistentemente demonstrada a relação entre níveis aumentados e risco de complicação microvascular. Aqueles que apresentaram os valores mais baixos de HbA1c, próximos de 7%, também mensuraram mais vezes a glicemia capilar (sete vezes ao dia) e apresentaram glicemia média de 163 mg/dL, confirmando a necessidade de monitorização mais intensiva para alcance dos objetivos glicêmicos.

Durante anos, acreditou-se que os alvos da HbA1c deveriam variar conforme a faixa etária, especialmente para crianças, sendo maiores para lactentes e progressivamente menores para crianças em idade escolar e na adolescência. No entanto, em 2009, o consenso da Sociedade Internacional de Diabetes para Pediatria e Adolescência (ISPAD) recomendou que o alvo de HbA1c para qualquer criança ou adolescente com idade inferior a 18 anos fosse menor (7,5%); a partir de 2014, a Associação Americana de Diabetes (ADA) passou a utilizar os mesmos critérios. Vale ressaltar que ambas as associações permitem o aumento temporário do alvo, na vigência de hipoglicemia assintomática, até que os sintomas sejam restaurados.

Para adultos, as recomendações de HbA1c variam de 6,5 a 7,0%, dependendo da sociedade científica, mas sempre é importante individualizar o tratamento. A Tabela 1 resume as principais metas de controle glicêmico e de HbA1c adotadas por diferentes sociedades científicas para adultos com DM.

Vale ressaltar que, atualmente, o valor de HbA1c igual a 7% interpreta-se como correspondente a uma glicemia média estimada de 154 mg/dL, e não 163 mg/dL, como já fora previamente interpretado. De qualquer modo, é importante frisar que uma HbA1c de 7% corresponde a uma glicemia que varia de 122 a 184 mg/dl e, portanto, outras ferramentas que não só a HbA1c devem servir de parâmetro para o controle metabólico, como o tempo no alvo e o coeficiente de variação.

Recomenda-se que a HbA1c seja realizada a cada 3 a 4 meses em crianças e adolescentes, com no mínimo duas medidas anuais. Para adultos, com controles estáveis, sugerem-se duas medidas de HbA1c ao ano, embora estudo recente com mais de 15 mil adultos com DM1 tenha mostrado benefícios da medida trimestral da HbA1c e da automonitorização da glicemia capilar no controle metabólico. Os pacientes com HbA1c mais baixa foram aqueles que monitoravam mais vezes a glicemia (seis vezes ao dia) e realizavam exame de HbA1c com mais frequência (três a quatro vezes ao ano).

É importante, também, considerar a técnica laboratorial utilizada na realização do exame. Os valores de referência podem variar conforme os métodos laboratoriais. O ideal é que o laboratório utilize apenas os métodos certificados pelo National Glycohemoglobin Standardization Program (NGSP), que garante a comparabilidade com  empregado no Diabetes Control and Complications Trial (DCCT). Métodos certificados pelo NGSP identificacam fração de  hemoglobina glicada definida como HbA1c, cuja faixa de normalidade varia de 4 a 6%. Os laboratórios clínicos devem estar preparados para fornecer resultados exatos e precisos de HbA1c, para ajudar o clínico a prevenir e manejar as complicações do DM.

Tabela

Contribuindo para o sucesso dos negócios de nossos clientes, a Centerlab e juntamente com a Labtest, uma parceria de sucesso, comercializando soluções em produtos e serviços para diagnóstico e pesquisa, tem a satisfação de apresentar os equipamentos de bioquímica da linha – Audmax com hemólise on-board de glicohemoglobina.

Audmax360Referencias
– Disponível em: https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-Sociedade-Brasileira de- Diabetes-2019-2020.pdf. Acesso em 22/04/2023.
– Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/gz4QFDvhqKCwL95LyrbDT6z/. Acesso em 22/04/2023.

Diabetes Melitus em cães e gatos: identificando sintomas e possíveis tratamentos

Diabetes Melitus em cães e gatos: identificando sintomas e possíveis tratamentos

Diabetes Melitus em cães e gatos: identificando sintomas e possíveis tratamentos

Cães e gatos estão vulneráveis a desenvolver doenças semelhantes às dos humanos.  O Diabetes Mellitus (DM), atualmente, é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma pandemia mundial, com um crescente aumento na incidência em humanos. Infelizmente, estamos observando nos últimos anos um aumento, também, na incidência desta doença em cães e gatos. O Médico Veterinário Marcelo Genelhu, Key Account Manager da linha veterinária Labtest, alerta que podemos pensar que nosso estilo de vida atual também tem afetado diretamente a saúde dos nossos pets e que é nosso dever protegê-los desta grave condição.

Diabetes Mellitus em cães e gatos: como identificar a doença

O DM é uma doença que promove o aumento dos níveis de glicose no sangue gerando a hiperglicemia. A glicose é um carboidrato utilizado pelas células juntamente com o oxigênio para produção de ATP (adenosina trifosfato), molécula responsável por fornecer energia ao nosso organismo. Para utilizar esse carboidrato a célula precisa do hormônio insulina, produzido pelo pâncreas, a fim de retirá-lo do sangue e colocá-lo dentro da mesma.

Nos cães, o DM possui um padrão de desenvolvimento que se assemelha ao Diabetes tipo I em humanos, possuindo uma origem imunomediada que, consequentemente, causa uma incapacidade de secretar insulina. Já nos gatos, o DM é bastante similar ao Diabetes tipo II observado em humanos, que é secundário à resistência insulínica, frequentemente afetando indivíduos mais idosos.

Fatores utilizados para a classificação da doença em humanos não são usados rotineiramente em cães e gatos. A classificação médica utilizada na medicina humana serve apenas para compreensão do processo de desenvolvimento da doença em cães e gatos. Neste sentido, podemos dividir os pacientes veterinários em DM insulino-dependente ou DM não insulino-dependente, uma vez que utiliza-se uma classificação, mais adequada de acordo com a necessidade de insulina para terapia.

Causas e sintomas do diabetes mellitus: quais as consequências?
A maioria dos cães e gatos é acometida por DM na fase adulta e na velhice. Algumas raças caninas têm maior predisposição em desenvolver a doença, que é mais frequente nas fêmeas. Os principais fatores que podem predispor a doença são:
  • Fatores Genéticos;
  • Obesidade;
  • Pancreatites;
  • Fármacos como glicocorticóides, estreptozotocina e aloxano;
  • Excesso de gordura no sangue (hiperlipidemia);
  • Insulite imunomediada;
  • Antagonismos hormonais (excesso de cortisol, progestágenos e hormônio do crescimento).

Os principais sintomas são:

  • Perda de peso;
  • Aumento na ingestão de água;
  • Aumento do apetite;
  • Aumento da vontade de urinar.

O diagnóstico tardio da doença pode acarretar sinais clínicos mais sérios se não forem tratados adequadamente, como perda de visão em decorrência da catarata em cães e lesão nos nervos em gatos, além de apatia, hálito forte, vômito e coma. Por isso, é importante que os seus tutores estejam atentos aos primeiros sinais e os monitorem para que a doença não chegue a um estágio avançado.

Diagnóstico do diabetes mellitus em cães e gatos e o seu tratamento

Como é feito o diagnóstico do diabetes mellitus em cães e gatos?

O diagnóstico do DM é baseado na presença das manifestações clínicas clássicas aliados à constatação de hiperglicemia e de glicosúria persistentes. Uma vez que a doença é diagnosticada, o animal deve passar por uma avaliação minuciosa para diagnosticar patologias concomitantes ou doenças que possam interferir na terapia do DM.

Assim que o diagnóstico de DM tenha sido estabelecido, é importante que o tratamento seja instituído o mais rápido possível. Os objetivos do tratamento incluem o controle dos sinais clínicos, a manutenção do apetite e peso corporal de forma estáveis, a percepção do proprietário de que o animal esteja saudável e o cuidado diante de complicações associadas à doença, como cetose, hipoglicemia.

Como é o tratamento?

Um dos principais objetivos no tratamento do DM em cães e gatos é melhorar a qualidade de vida deles. Não existe uma única fórmula para o controle do diabetes em animais, mas podemos citar algumas medidas que podem ser adotadas como: controle do uso de medicamentos hormonais, reeducação alimentar e administração periódica de insulina. Cada paciente exige cuidados próprios, que devem ser analisados pelo Médico Veterinário.

Conforme relatado acima, todos estes sinais ajudam o Médico Veterinário a diagnosticar o DM, no entanto a suspeita só pode ser confirmada a partir de exames laboratoriais de sangue e de urina em jejum, para monitorar a glicemia do animal.

No caso do DM o papel do tutor é fundamental para ajudar a diagnosticar e, mais ainda, para controlar a doença e manter os níveis de glicose ideais, evitando picos ou quedas, reduzindo os sintomas. Mesmo que seja uma doença genética, é possível prevenir as complicações do DM no seu companheiro(a), por meio de uma alimentação equilibrada, exercícios regulares (passeios e brincadeiras) e acompanhamento veterinário.

O excesso de peso é um dos sinais clínicos que merece especial atenção. Observe se o cão está com acúmulo de gordura na região da base da cauda e do abdômen. Já nos gatos, verifique a região inguinal (parte da frente das patas traseiras).

Qual a importância das proteínas glicadas para o diagnóstico do diabetes em pequenos animais?

A Frutosamina é uma proteína glicosilada/glicada utilizada como um marcador da concentração média de glicose sanguínea, uma vez que a concentração da mesma não é afetada pelas flutuações transitórias da glicose no sangue. A frutosamina é formada pela ligação irreversível não-enzimática de glicose com proteínas séricas, principalmente albumina. Sua determinação fornece uma estimativa da glicemia durante as últimas 2-3 semanas.

Os gatos são suscetíveis à hiperglicemia induzida pelo estresse e, muitas vezes, é difícil diferenciar entre esse fenômeno e a doença. A própria contenção do paciente pode efetivamente induzir a uma transitória hiperglicemia. Sendo assim, a concentração de frutosamina é uma ferramenta importante na identificação dos gatos com hiperglicemia de estresse que podem apresentar glicosúria, mas que não tem Diabetes Mellitus. Nesses casos, a concentração de frutosamina circulante encontra-se dentro dos limites de referência. Já em gatos diabéticos, a frutosamina encontra-se aumentada, ajudando assim o diagnóstico final do DM.

Conheça as soluções da Labtest para o diagnóstico do Diabetes Mellitus em animais:

Fonte: Labtest

Diabetes: Uma doença silenciosa

Diabetes: Uma doença silenciosa

Caracterizada pela elevação de glicose no sangue, a diabetes mellitus causa um conjunto heterogêneo de distúrbios metabólicos. No mundo, existem pelo menos 380 milhões de diabéticos, entre os quais 13 milhões são brasileiros. A tendência é que este número suba nos próximos anos. Informações do Atlas do Diabetes mostraram que, até 2035, a taxa de pessoas com diabetes pode aumentar mais de 150%.

A diabetes pode ocorrer devido a dois fatores: deficiência na secreção ou na ação do hormônio insulina. Este hormônio é produzido pelo pâncreas sua função é permitir a utilização da glicose pelas células para a produção de energia. Quando estas deficiências ocorrem, a glicose se acumula na corrente sanguínea, o que gera o quadro de hiperlipemia podendo assim, desencadear o desenvolvimento da diabetes.

A diabetes tipo 1 é caracterizada pela destruição das células beta, levando  usualmente a uma deficiência absoluta de insulina. Já a do tipo 2 é causada por deficiência relativa de insulina, sendo característico dos indivíduos com resistência à insulina.

Para conscientizar o mundo sobre os problemas associados à doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com a Federação Internacional de Diabetes (IDF) criou, em 1991, o Dia Mundial da Diabetes, celebrado em 14 de novembro.

Diagnóstico precoce é essencial para conter sintomas

A diabetes, sobretudo a do tipo 2, é uma doença silenciosa. Seu desenvolvimento é lento, e os sintomas podem demorar mais tempo para ocorrerem. Trata-se de uma doença incurável, que pode gerar muitas complicações para o paciente.

Isso porque, ao longo dos anos, a hiperglicemia prolongada ocasiona o aparecimento de lesões graves, como cegueira, nefropatia, neuropatia, hipercoagulabilidade, amputação, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Os fatores de causa mais comuns associados à doença são: obesidade, sedentarismo, hereditariedade, hipertensão, entre outros.

O diagnóstico precoce da doença é fundamental para que os sintomas não avancem e gerem grandes prejuízos para os pacientes. Em quadros de pré-diabetes é possível, inclusive, que o quadro seja revertido por completo.

Determinação de glicose e HbA1c

O diagnóstico da diabetes é feito por meio da determinação sanguínea da glicose e HbA1c, ou hemoglobina glicada. Segundo Andreza Belo, pesquisadora pleno da Labtest Diagnóstica, existem níveis pré-estabelecidos de glicose e HbA1c para identificar indivíduos normais, com pré-diabetes e com diabetes.

Os valores indicados pela Associação Americana de Diabetes indicam que o diagnóstico de diabetes é dado pelas seguintes determinações:

  • glicemia de jejum alterada (≥ 126 mg/dL)
  • glicemia após sobrecarga de glicose ou glicemia ao acaso (≥ 200 mg/dL)
  • hemoglobina glicada ou HbA1c (≥ 6,5%)”.

Andreza Belo explica ainda que, além de ser usada no diagnóstico, a HbA1c é utilizada, também, como medida do risco de desenvolvimento das complicações crônicas da diabetes.

“A HbA1c deve ser medida rotineiramente em todos os pacientes com diabetes, por pelo menos duas vezes ao ano. Em pacientes que se submeteram a alterações do esquema terapêutico, ou que não estejam atingindo os objetivos recomendados com o tratamento, deve ser medida quatro vezes ao ano, a cada três meses”, informa.

Fonte:  Labtest

Diabetes X Doença Celíaca

Diabetes X Doença Celíaca

Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune crônica caracterizada pela destruição parcial ou total das células-beta, que resulta na incapacidade de produzir insulina. O DM1 causa diversos problemas, devido a alterações micro e macrovasculares. As principais complicações crônicas consistem em nefropatia, retinopatia, neuropatia periférica, doenças cardiovasculares e doenças vasculares periféricas.

Doença Celíaca (DC) é uma enteropatia autoimune originada pela sensibilidade ao glúten em pessoas geneticamente predispostas. O organismo não reconhece a proteína do glúten e uma reação de defesa autoimune é desencadeada. O resultado é uma atrofia de células da mucosa do intestino delgado que são responsáveis por absorver os alimentos.

Os sintomas comuns da DC são: perda de peso, desnutrição, distensão abdominal e diarreia. Em crianças, por não conseguirem absorver corretamente as vitaminas e sais minerais, pode ocorrer redução do crescimento e desenvolvimento.

Importante lembrar que uma parte das pessoas que são acometidas com a doença celíaca apresentam a forma assintomática, isto é, sem qualquer sinal ou sintoma da doença.

A relação entre DM1 e DC é descrita desde 1954 e a suscetibilidade genética parece ser o principal fator para esta associação.

Cada indivíduo apresenta um código de reconhecimento para o sistema imunológico, que é chamado de complexo maior de histocompatibilidade (HLA), codificado através do DNA. Em algumas pessoas esse código de reconhecimento apresenta alteração e as células de defesa passam a enxergar as células do próprio corpo, outras vezes, alguns alimentos, como inimigos e a consequência é que o sistema imunológico passará a atacar o próprio corpo.

Atualmente sabe-se que as pessoas com DM1 são mais propensas a desenvolver a DC devido a uma alteração neste complexo com a presença do antígeno de histocompatibilidade humana DQ, codificado pelos genes DQ2 e DQ8 do cromossomo 6, sugerindo uma causa genética para a ocorrência simultânea das duas doenças, uma vez que tais genes são compartilhados tanto pelo DM1 como pela DC.

A prevalência de DC entre portadores de DM1 foi estimada em cerca de 4%, com variação entre 0,1 e 10,4%, superando, a prevalência da população geral (entre 0,5 e 1%).

Os sintomas clássicos gastrintestinais da DC dificilmente acontecem nos pacientes com DM1, sendo estes comumente assintomáticos e dificultando o diagnóstico.

Estudos demonstraram que pacientes com DM1 e DC recém-diagnosticada possuem pior controle glicêmico e perfil lipídico, bem como maior prevalência de complicações microvasculares. Além disso, pacientes com DC desenvolvem retinopatia e nefropatia mais cedo do que aqueles com apenas DM1. Existe, também, evidências de que pacientes com ambas as doenças estão propícios a uma maior taxa de aterosclerose subclínica em comparação com a condição diabética sozinha.

Nesta perspectiva, torna-se fundamental o rastreio da doença celíaca em pacientes diabéticos tipo 1, para diminuir os agravos e, consequentemente, a morbidade causada por tal associação.

Fonte: Eco Diagnóstica