Hemograma veterinário em 60 segundos

Hemograma veterinário em 60 segundos

O mercado, ligado aos animais, está em plena expansão. Os bichinhos de estimação fazem parte da vida do brasileiro. Embora cães e gatos sejam os mais comuns, também há aves, peixes ornamentais e até espécies exóticas. O importante é que hoje milhões de famílias têm um amigo no mundo animal — e investem nele.

A última estimativa feita pelo Instituto Pet Brasil (IPB) informa que, em 2022, os 150 milhões de pets domiciliados no Brasil movimentaram R$ 59,9 bilhões de reais em alimentos, medicamentos, acessórios e em clínicas, hospitais e consultórios veterinários. O montante representa crescimento de 15,8% em relação a 2021. Segundo a Revista Forbes, o Brasil é o terceiro país em número de animais domésticos no mundo. Estima-se que pelo menos 70% da população tenha um pet em casa ou conheça alguém que tenha.

No que se refere às espécies, “a preferência dos brasileiros são pelos cachorros” — os doguinhos estão em 58% dos lares. Em segundo lugar vêm os gatos, presentes em 28% dos lares. Nas posições seguintes estão as aves e os peixes, com 11% e 7%, respectivamente.

Entretanto, ter um pet exige cuidados especiais, principalmente quando nossos amiguinhos não estão se sentindo bem, não é? Para tanto, exames veterinários são ferramentas fundamentais para o diagnóstico precoce de doenças, sendo um dos principais exames para a investigação o hemograma.

Com o hemograma em mãos o veterinário consegue avaliar as células sanguíneas dos Pets e sendo capaz de detectar a presença de patologias com antecedência. Os benefícios são inúmeros destacando entre eles a velocidade no diagnóstico, detecção de doenças como: anemia, infecções, mau funcionamento da medula óssea e distúrbios plaquetários, além disso é possível acompanhar o desenvolvimento de uma enfermidade e sua evolução, possibilitando ainda um tratamento mais rápido com a correta medicação.

O mercado pet tem se destacado como um setor em constante evolução e crescimento com foco na saúde e bem-estar dos animais. Os avanços tecnológicos são notórios, impulsionado o desenvolvimento do mercado veterinário, foi-se o tempo que os hemogramas dos pets se misturavam com dos humanos, hoje os equipamentos são específicos atendendo a necessidade de cada espécie animal.

Em constante inovação, os equipamentos para realizações dos exames vêm tornando essa tarefa fácil e ágil, sendo possível a realização de um hemograma pressionando apenas um botão e o mais impressionante,
os resultados ficam disponíveis em 1 minuto apenas, auxiliando assim nas decisões clínicas com maior assertividade.

As análises laboratoriais, na medicina veterinária, representam uma excelente oportunidade de atuação para médicos veterinários, principalmente quem atua na área clínica.

Hoje, ser capaz de realizar os exames mais rotineiros dentro da própria clínica trás agilidade ao processo de diagnóstico e reduzem custos para o veterinário e para os tutores. Além disso, são um grande diferencial, as clínicas que realizam seus próprios exames.

Neste contexto, a Centerlab em parceria com a Japonesa Nihon Kohden trouxe o que existe de mais moderno em tecnologia de equipamento para a realização do hemograma, aliados a simplicidade operacional.

Basta apenas o toque de um botão e em 60 segundos você terá o resultado preciso em suas mãos!

CELLTAC ALFA 6550 VETERINÁRIO
Em 60 segundos e com apenas 30 microlitros de amostra temos informações relevantes e importantes, como: Leucócitos totais, contagem de hemácias e plaquetas, hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular
médio, hemoglobina corpuscular média, concentração de hemoglobina corpuscular média, amplitude de distribuição das hemácias e contagem diferencial de leucócitos em 4 partes: Linfócitos, Monócitos,
Eosinófilos e Granulócitos. São mais de 20 parâmetros disponíveis.

O equipamento disponibiliza esses parâmetros para caninos, felinos, bovinos e equinos, além disso é possível personalizar e adicionar mais três espécies de animais frequentes na sua rotina.

 

A preparação e limpeza automáticas asseguram que o analisador esteja sempre pronto para uso, proporciona resultados imediatos que auxiliam nas decisões clínicas mais rápidas.

Outras vantagens:
Remoção automática de coágulos após cada contagem;
Limpeza automática do bocal de amostragem;
Preparação e limpeza automáticas ao ligar;
Limpeza automática da passagem do fluido ao desligar.

Referencias:
– https://expertisecare.com.br/produtos/celltac-alpha-mek6550/
– https://www.peritoanimal.com.br/como-interpretar-o-exame-de-sangue-de-um-cachorro-23723.html
– https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/exame-de-sangue-em-caes/
– https://www.vetquality.com.br/hemograma-veterinario-completo/
-https://www.centerlab.com/

Análises Clínicas Veterinárias: Uma grande oportunidade de mercado em Expansão

Análises Clínicas Veterinárias: Uma grande oportunidade de mercado em Expansão

Nos últimos anos o mercado pet brasileiro é um dos mais vibrantes e sólidos do mundo. Além de ser o sexto maior do planeta em faturamento, registrou uma impressionante alta de 42,5%, durante a pandemia, saltando de R$ 35,3 bilhões em 2019 para R$ 51,7 bilhões em 2021. No ano passado, o mercado cresceu 27%. Esses números levam em conta os segmentos da indústria, serviços, venda de animais direto dos criadores e rede de varejo em todo o Brasil.

Os pet shops pequenos e médios, são os principais canais de vendas, seguido em termos de participação de mercado, das análises clínicas e hospitais veterinários com crescimento notável.

Esse fenômeno é impulsionado pelo constante incremento na quantidade de animais de estimação presentes em nossos lares, refletindo a crescente importância atribuída à saúde destes queridos companheiros.

Com esse influxo de animais domésticos em nossas vidas, a atenção à sua saúde tornou-se uma prioridade incontestável. Os proprietários de animais estão, cada vez mais, dispostos a investir em exames clínicos de alta qualidade para garantir o bem-estar e a saúde de seus amigos de quatro patas.

Esse aumento na demanda por serviços de análise clínica veterinária não apenas evidencia a conscientização sobre a importância de cuidar da saúde de nossos animais de estimação, mas também desvenda oportunidades de negócios de grande relevância.

O setor de atividades veterinárias (CNAE 7500100) apresentou um aumento de 39,4% no número de estabelecimentos entre 2017 e 2020, saltando de 38,1 mil para 53,1 mil clínicas veterinárias, conforme relatório
do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV, 2021).

O crescimento deste mercado também é apoiado pela evolução das práticas dos profissionais de saúde veterinária e laboratórios especializados, que estão se ajustando a essa crescente demanda, oferecendo uma
gama cada vez mais diversificada de testes e serviços de diagnóstico específicos os pets.

A inovação tecnológica também desempenha um papel fundamental nesse contexto, possibilitando diagnósticos mais ágeis, fáceis e preciso.

Veterinário
As soluções de automação laboratorial, como analisadores hematológicos e bioquímicos, aliados a reagentes específicos para análise de amostras dos pets e ainda a simplicidade e rapidez na realização dos exames, podem auxiliar no diagnóstico, manejo e tratamento precoce dos animais.

Hoje já é possível realizar um hemograma completo com análise de 21 parâmetros em apenas 60 segundos e pressionando um simples botão no equipamento. Este é o momento de aprimorarem seus serviços, permanecendo à frente da concorrência e continuando a ser a referência aos olhos dos clientes. O mercado de análises clínicas veterinárias é uma promissora área de oportunidades, onde o cuidado e a inovação se encontram.

Neste cenário o mercado de análises clínicas veterinárias oferece oportunidades únicas para investidores que desejam fazer parte de um setor em expansão.

Atento a isso nós da Centerlab – Central de Artigos para Laboratório – buscamos oferecer o que há de mais moderno no mercado pet com inovações e soluções para nossos parceiros. Possuímos todos os materiais
necessários para implantação do seu laboratório do zero.

Somos uma empresa que trabalha a mais de 40 anos no mercado de diagnóstico humano e estamos levando toda essa expertise e conhecimento para aqueles que almejam empreender.

Se você possui um laboratório ou deseja iniciar nessa área, entre em contato, teremos o maior prazer em apresentar a vocês todo nosso portfólio.

DelipVET

Nós da Centerlab em parceria com a Labtest trazemos essa exclusividade no mercado.

O DelipVET Ref. 1020 é um reagente veterinário capaz de remover a lipemia de amostras de cães e gatos.

A presença de lipemia em amostras animais é comum e está relacionada aos níveis altos de triglicérides que podem ocorrer devido à ausência de jejum antes de realizar a coleta ou a fatores genéticos.

A interferência pré-analítica da lipemia causa erros em exames laboratoriais por aumentar a turbidez da amostra e afetar a leitura de absorvância realizada pelos analisadores bioquímicos.

O DelipVET remove a lipemia da amostra por meio de um procedimento simples e que não requer equipamentos específicos. O sistema emprega metodologia de aglutinação de lipoproteínas, o processo leva cerca de 15 minutos e pode ser realizado em uma centrífuga.

Ele ainda é compatível com diversos reagentes da linha de Bioquímica VET da Labtest, como os:
– Albumina VET – Ref. 1007,
– ALT/GPT Liquiform VET – Ref.1008
– AST/GOT Liquiform VET – Ref. 1009
– Fosfatase Alcalina Liquiform VET – Ref. 1011
– Glicose Liquiform VET – Ref. 1012
– Ureia UV Liquiform VET – Ref. 1013
– Frutosamina VET Ref. 1019

Referencias
– Disponível em: https://institutopetbrasil.com/fique-por-dentro/amor-pelos-animais-impulsiona-os-negocios/
– Disponível em: https://www.cfmv.gov.br/censo/transparencia/2017-2020/2020/12/11/

Hemoglobina Glicada – HBA1C

Hemoglobina Glicada – HBA1C

Hemoglobina Glicada – HBA1C

Atualmente, o diabetes mellitus (DM) atinge 180 milhões de pessoas em todo o mundo. Com o aumento da prevalência de obesidade e o sedentarismo, estima-se que em 2025 mais de 300 milhões de pessoas venham ter diabetes. Nos países em desenvolvimento, o aumento esperado é de 170% (de 84 milhões para 228 milhões de pessoas afetadas). Essa projeção é de especial importância nesses países, onde o diabetes se encaminha para a aparição em fases mais precoces da vida (entre 40-64 anos) em comparação com os países desenvolvidos, onde a doença normalmente acontece aos 65 anos de idade ou mais.

O DM é caracterizado por um distúrbio metabólico complexo, resultante da destruição imunomediada de células produtoras de insulina nas ilhotas de Langerhans (Diabetes Mellitus 1) ou da combinação de resistência à insulina e deficiência relativa de insulina (Diabete Mellitus 2). Ambos os tipos estão associados a complicações graves consequentes das flutuações agudas da hiperglicemia crônica, característicos da doença. As complicações decorrentes do descontrole glicêmico (disglicemia) são representadas pelas doenças macrovasculares e microvasculares e, quando presentes, contribuem para o aumento da mortalidade, redução da qualidade de vida e aumento dos custos no tratamento da doença.

Glicose

O objetivo do tratamento do paciente com diabetes mellitus (DM) é o bom controle metabólico, diminuindo, assim, os riscos de complicações micro e macrovasculares. Dentre o arsenal disponível à avaliação do controle glicêmico, encontram-se a hemoglobina glicada (HbA1c).

A determinação da HbA1c possibilita estimar quão elevadas as glicemias estiveram nos últimos 3 a 4 meses. Tal estimativa torna-se possível pelo fato da glicose sanguínea ligar-se de maneira irreversível à hemoglobina durante o período de vida da hemácia, que tem essa duração. A porcentagem da hemoglobina que sofreu glicação será tanto maior quanto maior a concentração de glicose sanguínea. Esse resultado expresso em porcentagem refere-se à média das glicemias diárias, sendo 50% correspondente ao mês que precedeu o exame, 25% ao mês anterior à coleta e 25% ao terceiro e quarto meses anteriores. Assim, o valor de HbA1c obtido corresponderá, sobretudo, ao controle glicêmico do último mês e, secundariamente, dos 2 a 3 meses precedentes.

Desde o Diabetes Control and Complications Trial (DCCT), a HbA1c é considerada o exame padrão-ouro para avaliar o controle metabólico por exemplo em indivíduo com DM1, já que ficou consistentemente demonstrada a relação entre níveis aumentados e risco de complicação microvascular. Aqueles que apresentaram os valores mais baixos de HbA1c, próximos de 7%, também mensuraram mais vezes a glicemia capilar (sete vezes ao dia) e apresentaram glicemia média de 163 mg/dL, confirmando a necessidade de monitorização mais intensiva para alcance dos objetivos glicêmicos.

Durante anos, acreditou-se que os alvos da HbA1c deveriam variar conforme a faixa etária, especialmente para crianças, sendo maiores para lactentes e progressivamente menores para crianças em idade escolar e na adolescência. No entanto, em 2009, o consenso da Sociedade Internacional de Diabetes para Pediatria e Adolescência (ISPAD) recomendou que o alvo de HbA1c para qualquer criança ou adolescente com idade inferior a 18 anos fosse menor (7,5%); a partir de 2014, a Associação Americana de Diabetes (ADA) passou a utilizar os mesmos critérios. Vale ressaltar que ambas as associações permitem o aumento temporário do alvo, na vigência de hipoglicemia assintomática, até que os sintomas sejam restaurados.

Para adultos, as recomendações de HbA1c variam de 6,5 a 7,0%, dependendo da sociedade científica, mas sempre é importante individualizar o tratamento. A Tabela 1 resume as principais metas de controle glicêmico e de HbA1c adotadas por diferentes sociedades científicas para adultos com DM.

Vale ressaltar que, atualmente, o valor de HbA1c igual a 7% interpreta-se como correspondente a uma glicemia média estimada de 154 mg/dL, e não 163 mg/dL, como já fora previamente interpretado. De qualquer modo, é importante frisar que uma HbA1c de 7% corresponde a uma glicemia que varia de 122 a 184 mg/dl e, portanto, outras ferramentas que não só a HbA1c devem servir de parâmetro para o controle metabólico, como o tempo no alvo e o coeficiente de variação.

Recomenda-se que a HbA1c seja realizada a cada 3 a 4 meses em crianças e adolescentes, com no mínimo duas medidas anuais. Para adultos, com controles estáveis, sugerem-se duas medidas de HbA1c ao ano, embora estudo recente com mais de 15 mil adultos com DM1 tenha mostrado benefícios da medida trimestral da HbA1c e da automonitorização da glicemia capilar no controle metabólico. Os pacientes com HbA1c mais baixa foram aqueles que monitoravam mais vezes a glicemia (seis vezes ao dia) e realizavam exame de HbA1c com mais frequência (três a quatro vezes ao ano).

É importante, também, considerar a técnica laboratorial utilizada na realização do exame. Os valores de referência podem variar conforme os métodos laboratoriais. O ideal é que o laboratório utilize apenas os métodos certificados pelo National Glycohemoglobin Standardization Program (NGSP), que garante a comparabilidade com  empregado no Diabetes Control and Complications Trial (DCCT). Métodos certificados pelo NGSP identificacam fração de  hemoglobina glicada definida como HbA1c, cuja faixa de normalidade varia de 4 a 6%. Os laboratórios clínicos devem estar preparados para fornecer resultados exatos e precisos de HbA1c, para ajudar o clínico a prevenir e manejar as complicações do DM.

Tabela

Contribuindo para o sucesso dos negócios de nossos clientes, a Centerlab e juntamente com a Labtest, uma parceria de sucesso, comercializando soluções em produtos e serviços para diagnóstico e pesquisa, tem a satisfação de apresentar os equipamentos de bioquímica da linha – Audmax com hemólise on-board de glicohemoglobina.

Audmax360Referencias
– Disponível em: https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-Sociedade-Brasileira de- Diabetes-2019-2020.pdf. Acesso em 22/04/2023.
– Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/gz4QFDvhqKCwL95LyrbDT6z/. Acesso em 22/04/2023.

Arboviroses e seus sintomas

Arboviroses e seus sintomas

Arboviroses e seus sintomas
As arboviroses que são doenças causadas por vírus chamados Arbovírus, termo esse que deriva da expressão inglesa ARthropod BOrne VIRUSES, adotada em 1942 para designar grupo de infecções virais cujos agentes foram isolados de animais que tinham participação na etiologia das encefalites, têm sido motivo de grande preocupação em saúde pública em todo o mundo. Esse conjunto é composto por centenas de vírus que compartilham a característica de serem transmitidos por artrópodes, em sua maioria mosquitos hematófagos, embora não tenham necessariamente relação filogenética. Os vírus mais importantes para a saúde humana são os transmitidos por culicídeos, principalmente dos gêneros Culex e Aedes (figura 1), embora existam arbovírus transmitidos por outros artrópodes, como flebotomíneos e também por carrapatos. Esses em geral, circulam entre os animais silvestres, com alguma especificidade por hospedeiros e mantendo-se em ciclos enzoóticos em poucas espécies de vertebrados e invertebrados. O homem ou animais domésticos, geralmente, são hospedeiros acidentais.

Os arbovírus são encontrados em todo o mundo e atualmente existem aproximadamente 545 espécies conhecidas, entre as quais mais de 200 são veiculadas por mosquitos sendo que 150 delas causam doenças em seres humanos. A maior parte desses vírus pertence aos gêneros Alphavirus (família Togaviridae) e Flavivirus (família Flaviviridae); outros membros de importância para a saúde humana são das famílias Bunyaviridae, Reoviridae e Rhabdovirida. Esse grupo de RNA vírus apresenta grande plasticidade genética e alta frequência de mutações, o que permite adaptações a hospedeiros vertebrados e invertebrados.

Foto Mosquito

 

No atual contexto epidemiológico brasileiro, os arbovírus pertencentes da família Flavivirus de maior circulação são DENV (Dengue), ZIKV (Zika) e da família Togavirus, CHIKV (Chikungunya), tendo eles como principal transmissor o mosquito Aedes aegypti.

Já está bem documentada a dramática disseminação de dengue no Brasil nos últimos anos, com aproximadamente um milhão e meio de casos prováveis em 2022, com 1016 óbitos e com taxa de incidência de 679,9 casos por 100 mil habitantes. Outro arbovírus emergente é o CHIKV, que iniciou expansão pandêmica a partir de 2004. No Brasil, detectou-se sua transmissão autóctone em setembro de 2014 no Amapá, disseminando-se por outros estados
brasileiros. Além disso, em 2022 ocorreram 174.517 casos prováveis de Chikungunya com taxa de incidência de 81,8 casos por 100 mil hab.

Com relação aos dados de ZIKV, identificado pela primeira vez em Uganda em 1947, e que partir de abril de 2015foi confirmado sua transmissão autóctone no Brasil, ocorreram 9.600 casos prováveis em 2022, correspondendo a umataxa de incidência de 4,3 casos por 100 mil habitantes no País.

Sintomas de Arboviroses
Os sintomas das arboviroses variam muito, já que sua única característica m comum é o fato de serem transmitidos por artrópodes. No entanto, dentro das subclassificações das arboviroses, algumas costumam ter sintomas semelhantes. Por exemplo, são os sintomas da Dengue, Zika Vírus e Febre Chikungunya (figura 2):

tabela sintomas

 

A perplexidade diante da disseminação de ZIKV e CHIKV e seu impacto no Brasil foram suficientes para se estabelecer situação de emergência em saúde pública pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde, quase dois anos após a entrada dos vírus no País. Esse quadro implicou em intensa mobilização de recursos e articulações entre estados e municípios para enfrentar a circulação viral, que tomou grandes proporções. Nesse contexto, a investigação e a suspeita de outros arbovírus devem fazer parte das rotinas da vigilância epidemiológica e das preocupações da saúde pública nacional para prever novas emergências. Por outro lado, são essenciais os esforços para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de exames diagnósticos ágeis, sensíveis e com pequena reação cruzada com outras arboviroses; imunobiológicos específicos e síntese de medicamentos antivirais, principalmente diante da infecção de gestantes pelo ZIKV. Ações conjuntas em pesquisa e o combate aos vetores podem ter impacto na expansão de vírus emergentes, como a infecção por DENV, CHIKV e ZIKV, as maiores preocupações do momento no País.

A centerlab disponibiliza em seu portfólio uma completa linha de produtos para diagnóstico de Arboviroses. Os testes sorológicos (Teste Rápido) e sistema de imunoensaio fluorescência quantitativo e qualitativo linha F Line da eco diagnóstico.

 

Testes

Arbovirose por Fluorescência – ECO F-Line

A linha F-Line da Eco Diagnóstico possui uma gama completa de testes por fluorescência para diagnóstico de arboviroses causadas pelo vírus da Dengue, Zika ou Chikungunya. Utilizando a linha F-Line da Eco Diagnóstica você tem:

– Exames mais sensíveis e específicos do que os testes rápidos;
– Metodologia confirmatória;
– Resultado em poucos minutos;
– Dispensa necessidade de terceirização dos exames;
– Linha exclusiva;
– Diferencial para o seu laboratório.

 

F Line

 

Referencias Bibliográficas:
– Infectologista Helena Brígido (CRM-PA: 4.374), membro do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia.
– Infectologista Otelo Rigato Jr. (CRM-SP: 57.775), doutor em infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e médico infecto do Sirio LibanêsMinistério da Saúde
– Eco Diagnóstico.
– D i s p o n í v e l e m : h t t p s : / / w w w . s c i e l o . b r / j / r s p / a / N y m 8 D K d v f L 8 B 3 X z m W Z B 7 h J H / ?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 17/04/2023.
– Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arbov%C3%ADrus. Acesso em: 17/04/2023. D i s p o n í v e l e m : h t t p s : / / w w w . g o v . b r / s a u d e / p t – b r / c e n t r a i s – d e – c o n t e u d o / p u b l i c a c o e s / b o l e t i n s / e p i d e m i o l ó g i c o s / e d i c o e s / 2 0 2 3 / b o l e t i m – e p i d e m i o l o g i c o – v o l u m e – 5 4 – n o 0 1 / # : ~ : t e x t =Com%20rela%C3%A7%C3%A3o%20aos%20dados%20de,Figura%205%2C%20Figura%207C). Acesso em: 17/04/2023.

Coagulograma TP e TTPa

Coagulograma TP e TTPa

Atualizações em Coagulograma
O sangue é composto por várias substâncias, onde cada uma delas tem uma função. Algumas dessas substâncias são as proteínas denominadas fatores da coagulação, que ajudam a estancar as hemorragias quando ocorre o rompimento de vasos sanguíneos. Existem 13 tipos diferentes de fatores de coagulação e os seus nomes são expressos em algarismos romanos. Assim, existe desde o Fator I até o Fator XIII. Esses fatores são ativados por exemplo, quando ocorre o rompimento do vaso sanguíneo, onde a ativação do primeiro leva à ativação do seguinte até que ocorra a formação do coágulo pela ação dos 13 fatores.

Homeostase
A Hemostase é o equilíbrio entre as proteínas pró-coagulantes e anticoagulantes, que mantém a fluidez do sangue pelos vasos, incluindo o controle da hemorragia e dissolução de coágulos. Alterações neste equilíbrio caracterizam algumas patologias, entre elas a hemofilia e a trombofilia.
Tromboplastinas: As fontes mais importantes de tromboplastinas são os tecidos orgânicos em geral, mas também são advindas das plaquetas. A tromboplastina tecidual extrínseca é uma substância lipoproteica inativa, que para ser ativada é necessário que sua cadeia molecular seja aumentada por mais três componentes do plasma que são cofatores da atividade tromboplástica. A tromboplastina intrínseca é formada pela união de uma substância lipoproteica da plaqueta com outros fatores, mas ainda é inativa, e para ser ativada na coagulação, sua cadeia precisa ser aumentada por outros cofatores do plasma (fator V e X). Ao final de ambos os processos, se formam protrombinases que, atuando sobre a protrombina, converte-a em trombina. A trombina então tem ação sobre as moléculas de fibrinogênio, dessa ação resultam produtos que se polimerizam num novo arranjo molecular formando a fibrina.

Fibrinólise: A fragmentação da fibrina resulta da ação proteolítica da plasmina que existe no organismo sob a forma de um precursor inativo, o plasminogênio. Por ação de ativadores endógenos ou exógenos ocorre alteração na estrutura molecular do plasminogênio que se converte em plasmina, cuja a ação é maior no substrato da fibrina e menor no fibrinogênio. A estreptoquinase e a uroquinase são ativadores do plasminogênio e o ácido epsilonaminocapróico e os inibidores das proteases inativam a formação de plasmina ou, simplesmente bloqueiam sua ação, funcionando como anti-plasminas. Supõe-se atualmente que coagulação e fibrinólise são dois mecanismos que se desenvolvem concomitantemente existindo um equilíbrio dinâmico contínuo entre ambos.

Logo, para monitorização de tratamentos visando o controle da hemostasia, algumas medidas laboratoriais são utilizadas, entre elas o TP (Tempo de Protrombina) e o TTPA (Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada) onde os resultados serão utilizados para determinar o estado clínico de pacientes em tratamento com anticoagulantes orais.

Os testes de TP e TTPA são considerados testes de triagem da coagulação. É importante conhecer a sensibilidade destes testes na identificação da deficiência de diferentes fatores da coagulação. Um teste com pouca sensibilidade, ou seja, incapaz de identificar anormalidades pode gerar resultados inadequados que prejudicam a investigação das coagulopatias. A sensibilidade de um determinado reagente pode ser especifica para uso em um determinado equipamento ou para uso combinado com outros reagentes.

Tempo de Protrombina (TP)
O TP é um procedimento laboratorial que avalia os fatores da coagulação II, V, VII e X (via extrínseca), sendo que, destes, os fatores II, VII e X são vitamina K-dependentes. A determinação de TP é imprescindível na avaliação, no acompanhamento e na evolução de pacientes portadores de patologias variadas e também no monitoramento de pacientes que estão em terapia com anticoagulantes orais. Logo, resultados expressos erroneamente irão levar à condutas clínicas inadequadas, que podem levar o paciente a distúrbios hemorrágicos de graves dimensões.
O TP pode se apresentar aumentado em algumas situações, entre elas:
– Deficiência de fibrinogênio;
– Deficiência de protrombina;
– Deficiência de um dos fatores de coagulação (II,V,VII ou X);
– Deficiência associada de vários fatores, por insuficiência hepática, deficiência de vitamina K (alteração na absorção digestiva, antibioticoterapia prolongada, tratamento com dicumarínicos).

O TP pode se apresentar diminuído em:
– Terapia de reposição hormonal;
– Uso de contraceptivos orais;
– Terapia com barbitúricos (sedativos);
– Administração de multivitamínicos ou suplementos alimentares contendo vitamina K.

ISI e RNI
Os pacientes em terapia com anticoagulantes orais necessitam de monitorização rigorosa, envolvendo tanto fatores inerentes a ele quanto a fatores relacionados à determinação do teste, tais como a coleta, a separação, o acondicionamento da amostra, o reagente e a realização do ensaio.

Por avaliar a via extrínseca da coagulação (relacionado à lesão vascular), o TP foi muito utilizado para monitorização da terapia com antiacoagulantes orais, no entanto a adoção universal do TP com esta finalidade, não trouxe uma uniformidade nesta monitorização.

Os reagentes utilizados (tromboplastinas) inicialmente eram produzidos a partir de um tecido humano, e foram posteriormente sendo substituídos por reagentes de tecido animal, o que gerou enorme variação intra e interlaboratorial, ou seja, a sensibilidade dos reagentes variava de acordo com a origem da tromboplastina. Fato que ocasionou sérios problemas para os pacientes, visto que os resultados obtidos por laboratórios que utilizavam reagentes menos sensíveis, ocasionavam erroneamente em uso de doses mais altas de anticoagulantes.

Diante deste problema foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a RNI (Relação Normatizada Internacional), que expressa a uniformização dos resultados, pois leva em consideração a sensibilidade do reagente utilizado. Os fabricantes dos reagentes foram orientados a comparar as tromboplastinas produzidas com a tromboplastina de referência mundial da OMS, através da construção de uma curva de calibração, onde será verificada a atividade enzimática a partir da diluição seriada de um plasma calibrador, e calcular o Índice de Sensibilidade Internacional (ISI), diminuindo assim, as discrepâncias entre os resultados do tempo de protrombina, dando mais confiabilidade ao teste.

TP TESTE

O ISI é considerado 1,00 quando a tromboplastina utilizada é a padrão (OMS). A cada mudança de lote o fabricante realiza uma curva de calibração, para se calcular a atividade enzimática a partir de uma diluição seriada de um plasma calibrador. Essa curva é relacionada com a tromboplastina padrão, e se é obtido o valor de ISI para aquele lote.

O cálculo do RNI só é necessário para pacientes com tempo de protrombina alterada pelo uso de anticoagulantes orais. Atualmente o RNI é utilizado mundialmente pelos laboratórios que monitoram a anticoagulação oral, e isto melhorou substancialmente a qualidade da monitorização.

Cascata de Coagulação

Cascata_de_coagulacao

Vantagens do uso do RNI no controle da anticoagulação oral:
– Permite melhor padronização, maior reprodutibilidade e menor variação interlaboratorial do TP em relação aos resultados expressos em segundos.
– Redução de custos, devido a menor necessidade de solicitação de exames.
– Indica a condição clínica do paciente, de maneira mais eficaz, reduzindo os possíveis efeitos colaterais da super ou subdosagem, ajustando a dose sempre que necessário.

Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA)
O TTPA é um procedimento laboratorial que avalia a via intrínseca (fatores VIII, IX, XI e XII) e comum (fibrinogênio, protrombina, fatores V e X) da cascata da coagulação. O TTPA é relativamente mais sensível às deficiências dos fatores VIII e IX do que às deficiências dos fatores XI e XII ou fatores da via comum, mas, na maioria das técnicas, níveis de fatores entre 15% e 30% do normal prolongam o TTPA.

Distúrbios da via intrínseca da cascata da coagulação são
caracterizados pelo TTPA prolongado e o tempo de protrombina (TP) normal.Formas hereditárias incluem a deficiência dos fatores VIII ou IX (hemofilias A ou B respectivamente), fator XI pré-calicreína, cininogênio de alto peso molecular e fator XII. A deficiência dos três últimos fatores não está associada com quadro de manifestação hemorrágica, constituindo-se apenas uma anormalidade laboratorial. A Distúrbios adquiridos que cursam com TP normal e TTPA prolongado incluem o inibidor lúpico ou inibidores dos fatores VIII,IX e XI, além do uso da heparina.

Teste da Mistura
O teste de mistura é muito utilizado para investigação inicial de exames de triagem de hemostasia com resultados anormais: TP ou TTPA “prolongados”. O teste de mistura consiste na repetição do teste (TP e/ou TTPA) em uma mistura, em iguais proporções, do plasma do paciente com “pool” de plasmas normais.

Um TP ou TTPA prolongados podem indicar duas possibilidades:
a) deficiência de um ou mais fatores da coagulação necessários para a normalidade do teste;
b) presença de inibidor(es) que impede a formação do coágulo medida pelo teste. Em cada uma destas situações o teste de mistura mostrará um comportamento diferente.

No caso das deficiências de fatores, o teste de mistura revelará “normalização do resultado”. O fator que está deficiente será suprido pelo “pool” de plasmas normais e desta forma haverá correção do teste (TP ou TTPA).

Na presença de inibidores da coagulação, o teste de mistura revelará manutenção do prolongamento do teste. Isto se dá, pois os inibidores (em geral anticorpos) presentes no plasma do paciente também interferem com o “pool” de plasmas normais e o teste permanece prolongado.

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Tromboplastina (TP) 5X4ML - 100 TESTES - CÓD. 01570 Cefalina Ativada TTPa (APTT) 80 TESTES - CÓD. 03462 

 HEMOSIL RECOMBIPLASTIN 2G 5X8ML - CÓD. 02311 Cefalina APTT SP 5X 9ML - HEMOSIL - CÓD. 12151

 


Referências:
– FRANCO, Rendrik. Fisiologia da coagulação, anticoagulação e fibrinólise. Medicina, Ribeirão Preto, v.34, p.229-237, jul/dez 2001.
– LANGER, B; WOLOSKER, M. Coagulação e fibrinólise: idéias atuais e suas aplicações clínicas. Rev Med, São Paulo, ed.15764, p.157-264, out/dez 2006.