Análise laboratorial da Hemostasia

Análise laboratorial da Hemostasia

O TAP (RNI) e o TTPA são exames que se destacam entre os inúmeros testes laboratoriais para análise da hemostasia, pois através deles é possível avaliar as vias extrínseca e intrínseca da coagulação.

O coagulograma (grupo de exames para análise da hemostasia) é solicitado principalmente antes de cirurgias, para que seja avaliado o risco do paciente sofrer hemorragias durante o procedimento. No entanto, também pode ser solicitado pelo médico em outras situações, como: Risco de trombose, picada de animais peçonhentos e no acompanhamento de pessoas que fazem uso de anticoagulantes como Heparina e Varfarina.

Embora alguns dos exames para análise da hemostasia possam ser realizados manualmente ou com uso de aparelhos semiautomáticos, a automação total nessa área vem se tornando cada vez mais importante. Além de melhorar a qualidade, no que se diz respeito à precisão e velocidade dos resultados, outros pontos vêm se tornando cada vez mais essenciais na rotina laboratorial, tais como: aumento da capacidade operacional, menor volume de amostra a ser coletada, eliminação de atividades desnecessárias e a combinação das atividades em processos únicos. Todas essas melhorias contribuem muito para simplificação e padronização dos processos laboratoriais.

Existem condições do paciente que podem interferir tecnicamente na realização dos testes de hemostasia bem como na interpretação dos resultados, dentre elas pode-se citar a dieta alimentar, atividade física, influência hormonal, variação circadiana, medicamentos e estresse mental.

Ainda sobre condições que podem interferir nos resultados dos exames de hemostasia, é importante elucidar sobre influências pré-analíticas tais como: uso inadequado do material de coleta, proporção sangue/anticoagulante não respeitada, homogeneização da amostra, lipemia, icterícia, hemólise entre outras.

Coleta da amostra
O anticoagulante apropriado para a maioria dos testes de hemostasia é o citrato de sódio dihidratado 3,2% ou 0.109M na proporção de 1:9 (anticoagulante:sangue). Observar o volume correto de sangue nos tubos após a coleta, a maioria dos tubos tem marcas indicado o volume mínimo e máximo de sangue.

 

Coleta

 

Ordem da coleta

Estudos demonstram que os resultados do tempo de protrombina (TAP), International Normalized Ratio (RNI), e o tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA) não sofrem interferência se avaliados no primeiro tubo coletado, sem a necessidade da coleta prévia de um tubo de descarte. Esses estudos não comprovaram a hipótese de que amostras para os ensaios rotineiros de coagulação deveriam ser obtidas após a coleta do tubo de descarte. No entanto, se na solicitação for necessário a coleta de um tubo de descarte antes do tubo de citrato, se este for o primeiro tubo, para evitar interferências da tromboplastina tecidual.

Ao realizar a coleta com sistema de escalpe, sendo o tubo para testes de coagulação o primeiro a ser coletado, deve-se utilizar o tubo de descarte. O uso do tubo de descarte tem por finalidade preencher o espaço “morto” do escalpe, para garantir a proporção adequada do anticoagulante em relação ao sangue total. Para fins de descarte, utilize um tubo para coagulação ou sem qualquer aditivo.

Sequência de coleta para tubos plásticos pela CLSI H3-A6
1. Frascos para hemocultura;
2. Tubos com citrato de sódio (tampa azul);
3. Tubos para soro com ativador de coágulo, com ou sem gel separador para obtenção de soro (tampa amarela e/ou vermelha);
4. Tubos com heparina (tampa verde);
5. Tubos com EDTA (tampa roxa);
6. Tubos com fluoreto/EDTA (tampa cinza).

Diante desse cenário, a Centerlab em parceria com a Werfen apresenta uma revolução nos testes de hemostasia.

Os sistemas ACL TOP Family Série 50 oferecem o gerenciamento de automação e qualidade mais avançado em testes de hemostase. Ideal para testes de hemostasia de rotina e especialidade, incluindo ensaios de coagulação, cromogênicos e imunológicos em laboratórios clínicos de médio a alto volume.

Automação do analisador
– Reagentes com código de barras;
– Monitoramento onboard contínuo de estabilidade dos reagentes;
– Execução automática de frequência QC.
– Capacidade de repetição e de testes reflexivos;
– Relatório totalmente automatizado de ensaios de fatores com paralelismo;
– Auto-verificação e upload dos resultados;
– Trabalha com tubo fechado perfurando a tampa (modelos CTS).

Operação Contínua
– Carregamento e descarregamento contínuos de amostras e reagentes através de racks sem interrupção de sistema;
– Carregamento de cuveta e eliminação de resíduos ininterruptos.

Manutenção Simples
– Manutenção diária, solicitada pelo sistema, em menos de 5 minutos;
– Notificação de “manutenção em atraso” para alertar o usuário;
– Solução de problemas e diagnósticos de instrumento remotos via web em tempo real (opcional).

Parada programada rápida
– Até 360 TP/h;
– Resultados de TP em standby dentro de aproximadamente 3 minutos;
– Amostras carregadas em qualquer rack, em qualquer posição, a qualquer momento, incluindo STAT.

Verificação automatizada pré-analítica de integridade de amostra
– Detecta interferência de Hemólise, Icterícia e Lipemia (HIL);
– Valores que ultrapassam o limite específico do ensaio são sinalizados;
– Pré-configurado para limites pré-validados com personalização opcional;
– Detecta problemas com volume de amostra do tubo;
– Sinaliza aspiração anormal de amostra, solicitando ao usuário que verifique a curva de formação de coágulos.

Ferramentas avançadas de suporte para acreditação e qualidade
– O conjunto mais abrangente de ferramentas de rastreamento de auditoria disponível;
– Informação disponível de hora, data e operador para todas as funções e atividades do analisador;
– Manutenção, controle de qualidade, calibração e relatório de temperatura;
– Relatórios de auditoria abrangentes e seguros com um clique.

Verdadeira Padronização
Todos os modelos oferecem resultados de mesma qualidade, portfólio de reagentes abrangente, software intuitivo, recursos e usabilidade, além das mesmas verificações pré-analíticas automatizadas para desempenho e flexibilidade superiores em todo o processo de teste.

ACL ELITE PRO
Processamento de Rotinas e Testes especiais com opção de urgência, em sistemas compactos, convenientes e fáceis de usar. Oferece uma combinação única de processos automatizados para laboratório de médio volume.

– Bandeja com capacidade para 40 amostras em tubo primário ou cups;
– Acomoda até 22 reagentes;
– Velocidade/Teste:

  • TP – Acima de 175/h
  •  TTPa – Acima de 125/h

– Todas as posições dos reagentes são monitoradas para o volume e estabilidade “on board”;
– Acesso randômico para minimizar o tempo de obtenção de resultados;
– Área de análises – 2 canais: 660 nm para provas coagulométricas e 405 nm para provas cromogênicas e imunológicas.
– Probe de amostras e sensores
– 2 pipetas para aspiração /dispensão com sensores líquidos.

ACL ELITE PRO

 

Referências:
– Laboratório de Hemostasia – Gestão da fase pré-analítica: Minimizando erros – Ministério da Saúde.
– Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso – 2. ed. Barueri, SP : Editora Manole, 2010.
– Exames Laboratoriais para Análise da Hemostasia.
– Portal educação. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/exames-laboratoriais-para-analise-da-hemostasia/11334> acesso em 22/07/2019.
– Folder ACL Top –Família série 50. Werfen Medical.
– Avaliação laboratorial da hemostasia. Dayse Maria Lourenço. Tratado de hematologia. Cap. 60. Pág 583-590.
– Automação Laboratorial em Coagulação. Centerlab News – informativo técnico-científico. Nº 109. Setembro 2018.
– https://newslab.com.br/conheca-o-que-ha-de-mais-novo-e-eficiente-no-segmento-pre-analitico/ (Acesso 22/10).

CHOQUE

CHOQUE

 Choque

Atualmente, o choque, é definido como um desequilíbrio grave entre a entrega de oxigénio e nutrientes às células e o seu consumo por parte destas, devido a uma perfusão tecidual diminuída e à remoção inadequada de produtos tóxicos, originando deficiências no metabolismo oxidativo que pode relacionar-se: com a entrega inadequada de oxigénio, do seu transporte, da sua utilização ou a combinação das três. Portanto, o choque pode ser qualquer síndrome ou doença que dê origem a uma diminuição grave do fluxo sanguíneo efetivo.

Esta síndrome pode ocorrer por: diminuição da circulação efetiva do volume sanguíneo; capacidade do sangue em distribuir oxigénio até às células; capacidade de bombeamento sanguíneo pelo coração e capacidade do sistema vascular em manter um tónus vasomotor apropriado. Todos os tipos de choque envolvem processos metabólicos que culminam em lesão celular, deficiência orgânica e morte.

A perfusão sanguínea inadequada desempenha o maior papel na lesão celular na maioria das formas de choque. A isquemia celular deve-se à hipoperfusão, com diminuição da entrega de nutrientes e oxigénio às células com consequente diminuição da produção de ATP.

O progresso do choque é normalmente dividido em três fases:
 Choque inicial ou compensado, onde, a entrega de oxigénio ao coração, ao cérebro e aos rins é mantida em prejuízo de outros órgãos menos vitais como a pele e o aparelho digestivo;
– Choque descompensado em que existe uma redução substancial da perfusão sanguínea ou uma má distribuição aos órgãos como pele, músculos e aparelho digestivo de modo a manter a perfusão cerebral, cardíaca e renal;
– Choque tardio ou irreversível que implica lesão orgânica irreversível de órgãos vitais como cérebro, coração e rins.
Além disso, existem três classificações funcionais para o choque:
– O choque hipovolêmico como consequência de défice de volume circulante;
– O choque cardiogênico como consequência de insuficiência cardíaca primária;
– O choque distributivo como consequência de uma alteração do tónus vascular.

Dentre os diagnósticos para essa síndrome, uma das medidas muito utilizadas são a gasometria arterial e venosa. Visto que, à análise de gases arteriais pode desempenhar um importante papel na avaliação clínica de pacientesem choque, fornecendo informações importantes e objetivas acerca da oxigenação, ventilação e estado ácido-básico do organismo.

Geralmente, o estado de choque é acompanhado de acidose metabólica, cuja gravidade está diretamente relacionada com a extensão e duração da hipoperfusão tecidual. Pode também estar associada acidose respiratória pela ventilação pulmonar inadequada. Mesmo quadros em que há hiperventilação, como o hemorrágico e o séptico, esta não é suficiente para neutralizar a acidose tecidual, principalmente se considerarmos que a hiperventilação desaparece nas fases avançadas do choque. Quando a restauração da perfusão tecidual é feita precocemente, o desequilíbrio ácido/básico é revertido com facilidade pela eliminação pulmonar do CO2 e metabolismo hepático do lactato tecidual. Porém, se a acidose atingir níveis perigosos (pH menor que 7,28) a correção com NaHCO3 deve ser feita; a dose pode
ser estipulada a partir da determinação do pH e pCO2 arterial, concentração de HCO3 circulante e déficit de base e usando a seguinte fórmula: Bicarbonato necessário (mEq/kg) = déficit de bases x 0.3 x peso corporal.

Já a medição dos níveis de oxigénio arterial deve ser sempre interpretada tendo em conta a quantidade de oxigénio inspirado pelo paciente. Esta quantidade é dependente da fracção inspirada de oxigénio (FiO2), da pressão barométrica e da pressão parcial de dióxido de carbono (PaO2).

Os instrumentos mais modernos para a medição dos gases sanguíneos, apesar de altamente sofisticados, são fáceis de operar, com uma manutenção e controlo de qualidade meticulosa e são capazes de proporcionar resultados rápidos e muito confiáveis.

A gasometria é uma aliada importante na realização de exames e no auxilio médico, para a proposição de diagnóstico rápido e seguro, possibilitando a tomada de decisão no tempo adequado e, em muitos casos, salvando vidas. Pensando nisso, a Centerlab em parceria com a Werfen, empresa pioneira e líder mundial no segmento de equipamentos e produtos para diagnósticos laboratoriais, oferecem o que há de mais moderno de equipamento de gasometria, a linha GEM Premier.

 

GEM3500 GEM5000

 

 

REFERENCIA
– https://www.efdeportes.com/efd141/equilibrio-acido-basico-e-gasometria-arterial.htm
file:///C:/Users/helton.faria/Downloads/arterial%20and%20central%20venous%20pH,%20bicarb,%20BE%20and%20Lactate%202006.pdf
– https://www.werfen.com/br/pt-pt/v2/about-werfen
– https://www.centerlab.com/

Prevenção de acidentes por material perfurocortante no laboratório clínico

Prevenção de acidentes por material perfurocortante no laboratório clínico

Prevenção de acidentes por material perfurocortante no laboratório clínico

No setor de saúde, acidentes provocados por materiais perfurocortantes é a maior causa da transmissão de doenças infecciosas, sendo os acidentes causados por agulhas os de maior risco. Mais de 50% de todos os casos registrados são relativos à equipe de enfermagem, seguidos por médicos e equipe de laboratório. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que dos 35 milhões de profissionais da saúde em todo o mundo, quase 3 milhões passam por exposições percutâneas a patógenos sanguíneos a cada ano. Dois milhões dessas exposições são ao Vírus da Hepatite B (HBV), 0,9 milhões ao Vírus da Hepatite C (HCV) e 170.000 ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Esses acidentes podem potencialmente resultar em 15.000 infecções por HCV, 70.000 por HBV e 1000 por HIV. Além disso, sabe-se ainda que as punções acidentais por agulha transmitem outros tipos de patógenos sanguíneos, incluindo vírus, bactérias, fungos e outros micro-organismos responsáveis por doenças como difteria, gonorreia, herpes, malária, sífilis, tuberculose, etc.

A OMS observa que a maioria desses acidentes dentro do ambiente de saúde, é passiva de prevenção. A prevenção requer dentre outros a proteção pessoal para a equipe, incluindo dispositivos de segurança na agulha, sendo que no Brasil está de acordo com a Norma Regulamentadora NR32 que tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral e pela PORTARIA N.° 939, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2008, que deverá ser assegurado ao profissional de saúde o uso de dispositivos de segurança acoplados nos perfurocortantes pelas instituições a partir de 18 de Novembro de 2010, tento o prazo de 2 anos para adequação a partir da data de publicação desta Portaria.

Os profissionais da saúde não percebem e não acreditam no perigo ocupacional de contrair infecções transmitidas pelo sangue, devido a sua exposição diária a ele e a outros fluídos corporais. O risco de infecção depende do predomínio dessas doenças na população de pacientes com os quais lidam, e ainda, da natureza e frequência das exposições. Punções acidentais por agulhas, em que a pele foi rompida, implicam altos riscos de transmitir infecções.

Pesquisa feita com 75 hospitais no Reino Unido em 2009 revelou em quais momentos o acidente acontece (figura 1), e quais os profissionais que estavam envolvidos no mesmo, observando-se a coleta de sangue como um dos principais procedimentos de risco: Para prevenir acidentes, agulhas, seringas e dispositivos médicos devem ser manuseados com cautela. Agulhas não devem nunca serem re-encapadas, re-utilizadas, entortadas propositalmente, quebradas com a mão, compartilhadas, reesterilizadas, removidas de uma seringa descartável ou mesmo adaptadores para coleta de sangue a vácuo. Depois de usadas, as agulhas devem ser descartadas em descartadores para perfurocortante claramente identificados e resistentes á perfuração, para o transporte aos locais de descarte. A OSHA, Occupational Safety and Health Administration dos Estados Unidos, define “objetos perfurocortantes com dispositivos de segurança que protegem contra acidentes” como: um objeto perfurocortante sem agulha ou um dispositivo com agulha, utilizado para coleta de sangue, acessando uma veia ou artéria, ou administrando medicamentos ou outros fluídos, com um dispositivo de segurança acoplado que reduza efetivamente o risco de um acidente ocupacional. Esta categoria de dispositivos abrange um amplo conjunto de produtos  médicos que incorporam dispositivos de segurança que reduzem a chance de acidentes envolvendo objetos perfurocortantes. Esses recursos de segurança incluem travas ou tampas que protegem os materiais perfurocortantes, superfícies ou pontos retráteis, capas de proteção, tubos capilares plásticos etc.

Gráfico

 

Hoje as agulhas hipodérmicas devem possuir dispositivos de segurança (figura 2a) para evitar acidentes com o profissional de saúde. Etambém, novas recomendações do CLSI onde seringa e agulha são usadas para coletar sangue, preconizam o uso de um dispositivo de transferência (Figura 2b). Trata-se de um adaptador de coleta de sangue a vácuo, com agulha distal acoplada para a transferência do sangue da seringa diretamente  para o tubo (figura 2c), sem a necessidade de manuseio do sangue e abertura do tubo (NCCLS/CLSI H3- A6, Vol.27 No26, Procedures for the Collection of Diagnostic Blood Specimens by Venipuncture; Approved Standard – Sixth edition, 2007). Existem ainda seringas com dispositivos de segurança acoplados que, além de prevenir o acidente perfurocortante, também evita a reutilização da seringa com a quebra do êmbolo, após o procedimento técnico (figura 2d).

 

Figura 2

 

Dispositivos de segurança em coleta de sangue a vácuo (figura 3): O dispositivo de segurança deve ser parte integral da agulha; Fornecer uma cobertura/tampa/superfície rígida que permita que as mãos permaneçam atrás do elemento perfurante ou cortante.

 

Figura 3

 

Procedimento de coleta usando agulha para coleta de sangue a vácuo (figura 4), com dispositivo de segurança: Nos casos de pacientes com acessos difíceis, deve-se utilizar escalpes, por possuírem agulhas mais compactas que proporcionam maior mobilidade e facilidade no manuseio pelo flebotomista e os mesmos também devem conter estes dispositivos de segurança:

 

Figura 4

 

Abaixo (figura 5 e 6) dois exemplos de dispositivos acoplados em escalpes:

 

Figura 5

 

Figura 6

 

Lancetas para punção digital e de calcanhar têm dispositivos de segurança que podem ser passivos (figura7) ou ativos (figura 8):

 

Figura 7

Figura 8

 

Escalpes com Trava de Segurança VACUETTE® – A trava de segurança com mecanismo manual permite total controle no momento da retirada do dispositivo, pois a agulha desliza delicadamente junto a cânula de proteção e um clique audível confirma que a trava foi acionada. O escalpe possui uma antecâmara pela qual é possível visualizar o fluxo sanguíneo assim que a punção é realizada. O resultado é mais segurança para o profissional e paciente cada vez mais satisfeito.

 

Produtos

 

REFERENCIAS
SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR E SERVIÇOS DE SAÚDE. Prevenção de Acidentes por Material Perfurocortante. Gestão da Fase Analítica: Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial. Disponível em: http://www.sbrafh.org.br/site/public/temp/4f7baaa733121.pdf. Acesso em: 12/01/2022.

GREINER BIO-ONE. Disponível em: https://www.gbo.com/pt-br/. Acesso em 12/01/2022

Análise laboratorial da Hemostasia

Análise laboratorial da Hemostasia

O TAP (RNI) e o TTPA são exames que se destacam entre os inúmeros testes laboratoriais para análise da hemostasia, pois através deles é possível avaliar as vias extrínseca e intrínseca da coagulação.

O coagulograma (grupo de exames para análise da hemostasia) é solicitado principalmente antes de cirurgias, para que seja avaliado o risco do paciente sofrer hemorragias durante o procedimento. No entanto, também pode ser solicitado pelo médico em outras situações, como: Risco de trombose, picada de animais peçonhentos e no acompanhamento de pessoas que fazem uso de anticoagulantes como Heparina e Varfarina.

Embora alguns dos exames para análise da hemostasia possam ser realizados manualmente ou com uso de aparelhos semiautomáticos, a automação total nessa área vem se tornando cada vez mais importante. Além de melhorar a qualidade, no que se diz respeito à precisão e velocidade dos resultados, outros pontos vêm se tornando cada vez mais essenciais na rotina laboratorial, tais como: aumento da capacidade operacional, menor volume de amostra a ser coletada, eliminação de atividades desnecessárias e a combinação das atividades em processos únicos. Todas essas melhorias contribuem muito para simplificação e padronização dos processos laboratoriais.

Existem condições do paciente que podem interferir tecnicamente na realização dos testes de hemostasia bem como na interpretação dos resultados, dentre elas pode-se citar a dieta alimentar, atividade física, influência hormonal, variação circadiana, medicamentos e estresse mental.

Ainda sobre condições que podem interferir nos resultados dos exames de hemostasia, é importante elucidar sobre influências pré-analíticas tais como: uso inadequado do material de coleta, proporção sangue/anticoagulante não respeitada, homogeneização da amostra, lipemia, icterícia, hemólise entre outras.

Coleta da amostra
O anticoagulante apropriado para a maioria dos testes de hemostasia é o citrato de sódio dihidratado 3,2% ou 0.109M na proporção de 1:9 (anticoagulante:sangue). Observar o volume correto de sangue nos tubos após a coleta, a maioria dos tubos tem marcas indicado o volume mínimo e máximo de sangue.

 

Tubo

 

 

Ordem da coleta
Estudos demonstram que os resultados do tempo de protrombina (TAP), International Normalized Ratio (RNI), e o tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA) não sofrem interferência se avaliados no primeiro tubo coletado, sem a necessidade da coleta prévia de um tubo de descarte. Esses estudos não comprovaram a hipótese de que amostras para os ensaios rotineiros de coagulação deveriam ser obtidas após a coleta do tubo de descarte. No entanto, se na solicitação houver  necessidade da coleta de um tubo de descarte antes do tubo de citrato, se este for o primeiro tubo, para evitar interferências da tromboplastina tecidual.

Ao realizar a coleta com sistema de escalpe, sendo o tubo para testes de coagulação o primeiro a ser coletado, deve-se utilizar o tubo de descarte. O uso do tubo de descarte tem por finalidade preencher o espaço “morto” do escalpe, para garantir a proporção adequada do anticoagulante em relação ao sangue total. Para fins de descarte, utilize um tubo para coagulação ou sem qualquer aditivo.

Sequência de coleta para tubos plásticos pela CLSI H3-A6
1. Frascos para hemocultura;
2. Tubos com citrato de sódio (tampa azul);
3. Tubos para soro com ativador de coágulo, com ou sem gel separador para obtenção de soro (tampa amarela e/ou vermelha);
4. Tubos com heparina (tampa verde);
5. Tubos com EDTA (tampa roxa);
6. Tubos com fluoreto/EDTA (tampa cinza).
Diante desse cenário, a Centerlab em parceria com a Werfen apresenta uma revolução nos testes de hemostasia.
Os sistemas ACL TOP Family Série 50 oferecem o gerenciamento de automação e qualidade mais avançado em testes de hemostase. Ideal para testes de hemostasia de rotina e especialidade, incluindo ensaios de coagulação, cromogênicos e imunológicos em laboratórios clínicos de médio a alto volume.

Automação do analisador
– Reagentes com código de barras;
– Monitoramento onboard contínuo de estabilidade dos reagentes;
– Execução automática de frequência QC.
– Capacidade de repetição e de testes reflexivos;
– Relatório totalmente automatizado de ensaios de fatores com paralelismo;
– Auto-verificação e upload dos resultados;
– Trabalha com tubo fechado perfurando a tampa (modelos CTS).

Operação Contínua
– Carregamento e descarregamento contínuos de amostras e reagentes através de racks sem interrupção de sistema;
– Carregamento de cuveta e eliminação de resíduos ininterruptos.

Manutenção Simples
– Manutenção diária, solicitada pelo sistema, em menos de 5 minutos;
– Notificação de “manutenção em atraso” para alertar o usuário;
– Solução de problemas e diagnósticos de instrumento remotos via web em tempo real (opcional).
Parada programada rápida
– Até 360 TP/h;
– Resultados de TP em standby dentro de aproximadamente 3 minutos;
– Amostras carregadas em qualquer rack, em qualquer posição, a qualquer momento, incluindo STAT
Verificação automatizada pré-analítica de integridade de amostra
– Detecta interferência de Hemólise, Icterícia e Lipemia (HIL);
– Valores que ultrapassam o limite específico do ensaio são sinalizados;
– Pré-configurado para limites pré-validados com personalização opcional;
– Detecta problemas com volume de amostra do tubo;
ꞏSinaliza aspiração anormal de amostra, solicitando ao usuário que verifique a curva de formação de coágulos.
Ferramentas avançadas de suporte para acreditação e qualidade
– O conjunto mais abrangente de ferramentas de rastreamento de auditoria disponível;
– Informação disponível de hora, data e operador para todas as funções e atividades do analisador;
– Manutenção, controle de qualidade, calibração e relatório de temperatura;
– Relatórios de auditoria abrangentes e seguros com um clique.
Verdadeira Padronização
Todos os modelos oferecem resultados de mesma qualidade, portfólio de reagentes abrangente, software intuitivo, recursos e usabilidade, além das mesmas verificações pré-analíticas automatizadas para desempenho e flexibilidade superiores em todo o processo de teste.
Completamente padronizado para automação e qualidade avançadas
Ideal para laboratórios de médio e grande volumes, incluindo sistemas de automação laboratoriais integrados – ensaios de rotina e de testes especiais.

 

ACL

 

Referências:
– Laboratório de Hemostasia – Gestão da fase pré-analítica: Minimizando erros – Ministério da Saúde.
– Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso – 2. ed. Barueri, SP : Editora Manole, 2010
– Exames Laboratoriais para Análise da Hemostasia
– Portal educação. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/exames-laboratoriais-para-analise-da-hemostasia/11334> acesso em 22/07/2019.
– Folder ACL Top –Família série 50. Werfen Medical.
– Avaliação laboratorial da hemostasia. Dayse Maria Lourenço. Tratado de hematologia. Cap. 60. Pág 583-590.
– Automação Laboratorial em Coagulação. Centerlab News – informativo técnico-científico. Nº 109. Setembro 2018.
– https://newslab.com.br/conheca-o-que-ha-de-mais-novo-e-eficiente-no-segmento-pre-analitico/ (Acesso 22/10).

Automação em Bioquímica

Automação em Bioquímica

Uma das áreas mais importantes de um laboratório clínico é o setor de bioquímica, onde são realizadas diversas pesquisas de analitos relacionados aos processos metabólicos que ocorrem em um ser vivo. Em outras palavras, no setor de bioquímica, é onde se mede as alterações normais e patológicas em amostras de sangue, urina e outros fluidos corporais.

Os principais exames bioqúmicos são: Glicose, colesterol total e frações, triglicérides, ácido úrico, uréia, creatinina, proteínas, enzimas, exames de função hepática, função cardíaca entre outros.

Para essas dosagens, normalmente são utilizados equipamentos automatizados que proporcionam elevado grau de precisão, trazendo maior segurança aos resultados. Nesses equipamentos são inseridas amostras obtidas em tubo primário com identificação por código de barras onde é possível selecionar automaticamente os exames a serem realizados.

O controle da utilização de kits reagentes na execução dos exames é uma prática importante para o dia a dia de um laboratório, favorecendo uma melhor gestão de insumos e rastreabilidade de tudo que envolve a realização do exame.

Por se tratar do setor que realiza a maior quantidade de exames, o setor de bioquímica necessita de equipamentos que tenham uma capacidade produtiva compatível com a necessidade do laboratório, com paradas programadas de menor tempo possível, além de um baixo consumo de água. Proporcionando assim uma maior produtividade dos profissionais do setor, visto que ficam menos tempo manuseando os aparelhos, focando nas atividades mais necessárias de intervenção técnica.

Nesse sentido, a Centerlab juntamente com a Thermo Fisher Scientific apresenta o Indiko Plus. Analisador bioquímico de bancada com acesso randômico, totalmente automatizado, para laboratórios de qualquer tamanho, oferecendo máxima facilidade de uso, confiabilidade e melhor custo-benefício para testes de química clínica especializada.

 

 

Indiko Plus

 

 

Mais de 5000 analisadores químicos, executando na plataforma confiável Indiko, já foram instalados ao redor do mundo e todos eles foram fabricados em Vantaa, na Finlândia. O centro de excelência da Thermo Fisher Scientific em Vantaa é uma potência da alta tecnologia, conhecido pela avançada instrumentação IVD e pelas soluções em automatização laboratorial. O centro está em conformidade com os requisitos da FDA, ISO e de várias instituições internacionais.

Conveniência no gerenciamento de amostras e reagentes
– Carregamento de qualquer mistura de cubetas de amostra e tubos primários com código de barras;
– Três racks de amostras diferentes disponíveis;
– Monitoramento em tempo real do uso e data de validade do reagente;
– Calibração total e rastreabilidade de lote.

Fonte de luz Xenon livre de manutenção
A fonte de luz dos analisadores não oferece apenas uma rápida medição: ela também possui uma longa duração incrível, reduzindo os custos relativos a tempos de inatividade e troca de lâmpadas.

 

boletim02

 

 

Referências:
– Folder Indiko Reagents PT – D22204-01-brPT 092021.
– Folder Indiko Analyzers PT D22203-01-brPT 102021