por CenterLab | fev 9, 2021 | Informativos
Em meio ao número crescente de casos da doença pandêmica COVID-19 de 2019, há a necessidade de um método rápido e fácil para obter uma amostra não invasiva para a detecção deste novo coronavírus (síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2; SARS-CoV-2).
Desde dezembro de 2019, o surto da doença COVID-19, surgiu na Província de Hubei na China e se espalhou para outras partes do mundo. O número de casos tem aumentado rapidamente, com uma taxa de fatalidade de 2,3%.
A detecção do SARS-CoV-2 em amostras de pacientes é o primeiro ponto crucial para a orientação do tratamento, controle de infecção eficaz e controle de infecção na comunidade.
O genoma do SARS-CoV-2 está intimamente relacionado ao genoma da síndrome respiratória aguda. Estudos experimentais mostraram um maior nível da expressão da enzima conversora de angiotensina em glândulas salivares em comparação com os pulmões e as células epiteliais que revestem o ducto da glândula salivar foram as primeiras célulasalvo de Infecção por SARS-CoV em macacos. SARS-CoV também foi detectado em amostras de saliva e isso sugeriu que o salivar das glândulas podem ser um alvo potencial para detectar a infecção do SAR-CoV-2, portanto, a saliva pode ser uma amostra potencial para detecção de SARS-CoV-2.
Detecção de Antígenos via Oral (Covid-Ag Oral)
O COVID Ag Oral ECO Detect é um ensaio imunocromatográfico, para detecção qualitativa de antígenos específicos do SARS-CoV-2 em amostras humanas de saliva. Os testes com amostras de saliva podem ser uma excelente alternativa, devido a coleta menos invasiva, podendo ser coletada pelo próprio paciente, de fácil execução e ideal para grupos de pacientes, como crianças e empresas.
Os testes de saliva apresentam seu melhor desempenho quando realizados em pacientes sintomáticos. A utilização em pacientes assintomáticos não é recomendada devido à queda da sensibilidade. Para pacientes assintomáticos, prevalece a recomendação de realização dos testes nasais.
A utilização conjunta do teste de amostra nasal/nasofaringe e amostra de saliva proporciona um melhor conforto e alternativa de coleta em pacientes sintomáticos, mas sem comprometer a testagem dos pacientes sem sintomas.
Segue abaixo o desempenho Clinico conforme figura em tabela.
Seu procedimento é simples, sempre que possível, utilizar amostras frescas ao realizar o teste para a sua eficiência.
O que são testes de Anticorpos Neutralizantes?
Atualmente aprovado pela Anvisa, o teste de Anticorpos Neutralizantes foi desenvolvido para qualificar a resposta imune, analisando a capacidade dos anticorpos bloquearem a ligação da proteína da espícula viral, conhecida como Spike (S) ao receptor nas células humanas, a proteína ACE2.
Portanto, com esse teste é possível avaliar se o organismo já entrou em contato alguma vez com o novo Coronavírus e se apresenta resposta imunológica.
Os anticorpos neutralizantes (NAbs) desempenham um papel importante e também se correlacionam fortemente com infecção viral após a vacinação. Ao mesmo tempo, eles são os marcadores de imunidade contra a reinfecção após a eliminação de uma infecção inicial e este tipo de imunidade pode durar toda a vida.
Detecção de Anticorpos Neutralizantes (Covid nAb)
ECO F COVID nAb é o imunoensaio fluorescente para medição qualitativa ou quantitativa de anticorpos neutralizantes circulantes contra SARS-CoV-2 em amostras humanas de soro. O ECO F COVID nAb deve ser usado com os analisadores F100, F200 e F2400. Este teste é destinado para auxílio na detecção de anticorpos neutralizantes contra o vírus SARS-CoV-2 para fins de vigilância clínica, imunidade pós-infecção e imunidade pós-vacinação.
A entrada do coronavírus nas células hospedeiras é mediada pela glicoproteína S transmembrana que se projeta na superfície viral. A glicoproteína S compreende duas subunidades funcionais: S1 que é responsável pela ligação aos receptores da célula hospedeira; e S2 que promove a fusão das membranas virais e celulares.
Seu desempenho clinico foi avaliado em um estudo com 1040 amostras biológicas reagentes e não reagentes testadas em 1040 testes do kit ECO F Covid nAb. As amostras foram consideradas não reagentes se os resultados com o método de referência fossem não reagentes, ou seja, indicassem a ausência de anticorpos anti-coronavírus na amostra. E as amostras foram consideradas reagentes se os resultados com o método de referência fossem reagentes, ou seja, indicassem a presença de anticorpos anti-coronavírus na amostra.
Sensibilidade: > 99,9%
Especificidade: > 97,8%
Os testes da ECO para detecção de anticorpos neutralizantes de Covid possui a proteína N e a proteína S, incluindo nos testes a detecção de anticorpos SARS-CoV-2 as variantes do Brasil, China, Reino Unido e Japão.
Proteína N
– Proteína do nucleocapsídeo;
– Regular a replicação viral.
Proteína S (Spike)
– Proteína da superfície do envelope;
– Permitir a entrada do vírus na célula hospedeira;
– Alvo principal de anticorpos neutralizantes (vacina).
A Centerlab há 40 anos no mercado sempre em parceria com os maiores e melhores fornecedores do país possui amplo portfólio de testes para auxiliar no diagnóstico do Covid-19 para as diversas etapas da doença, com a detecção precoce ou infecção prévia da doença.
Já temos disponível os testes de Detecção Oral Ag e também detecção de anticorpos Neutralizantes nAb Plus, venha conferir fazendo uma consulta com o representante de sua região.
Referências:
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/jmv.25919
http://ecodiagnostica.com.br
https://consultas.anvisa.gov.br/api/consulta/produtos/25351333630202061/anexo/A2446175/nomeArquivo/INSTRUCAO-DE-USO%20-%201%20de%201.PDF?Authorization=Guest
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9780128163283000076
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1198743X20302780
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7641391/
por CenterLab | fev 2, 2021 | Novidades
O teste para Anticorpos Neutralizantes da Sars-cov-2 tem como objetivo avaliar a imunidade adquirida após a vacinação ou infecção do novo Coronavírus.
A amostra a ser utilizada pode tanto ser plasma ou soro, onde é possível encontrar os anticorpos neutralizantes que bloqueiam a ligação do vírus nas células humanas.
Diferente dos testes Antígeno ou PCR, com esse teste é possível avaliar se o organismo entrou em contato alguma vez com o novo Coronavírus e se apresenta resposta imunológica.
O teste é realizado a partir da linha exclusiva de analisadores F100, F200 e F2400, e seu princípio se baseia na emissão de luz fluorescente que pode variar dependendo da quantidade de anticorpos neutralizantes presentes na amostra, resultando em positivo ou negativo para anticorpos neutralizantes.
O resultado do teste é dado em % da inibição neutralizante.
Ensaio Qualitativo
Inibição neutralizante 20%: Positivo e anticorpo neutralizante contra SARS-CoV-2 detectado
Inibição neutralizante <20%: Negativo e anticorpo neutralizante contra SARS-CoV-2 não detectado
Conheça mais essa novidade no link: Anticorpos Neutralizantes
por CenterLab | jan 22, 2021 | Informativos
Estima-se que aproximadamente 10% da população feminina tenha pelo menos um episódio de ITU ao longo da vida e a cultura de urina é considerada o método laboratorial de referência para o diagnóstico. A urocultura é uma técnica quantitativa e o diagnóstico é baseado no número de unidades formadoras de colônias/mL de urina (UFC/mL).
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO (ITU)
As infecções do trato urinário (ITU) estão entre as doenças infecciosas mais comuns na prática clínica, ficando atrás apenas das infecções do trato respiratório. Acometem principalmente crianças até 12 anos, adultos jovens sexualmente ativos, na sua maioria mulheres, e idosos. No meio hospitalar são consideradas as principais infecções nosocomiais em todo o mundo. São caracterizadas pela presença de microrganismos no trato urinário, normalmente acompanhadas de resposta inflamatória aguda e sintomática.
A uretra une a região interna e externa do sistema urinário, tendo maior contato com microrganismos, por isso, a inflamação usualmente se inicia nesse local. As mulheres têm maior frequência de infecções por possuírem a uretra mais curta em relação à masculina e mais próxima ao ânus. Por esse motivo, mulheres são cinquenta vezes mais propensas a desenvolverem ITU quando comparadas aos homens.
As crianças apresentam uma taxa elevada de ITU devido a anormalidades anatômicas ou funcionais do aparelho urinário. E em idosos, a incidência elevada está relacionada a doenças concomitantes, alterações morfológicas e funcionais da bexiga e a frequente hospitalização com ou sem o uso de sonda vesical.
AS SÍNDROMES MAIS FREQUENTES INCLUEM:
Cistite
A popular infecção urinária, ocorre quando bactérias que habitam a região perineal invadem a bexiga, ascendendo da uretra, e se multiplicam. Mais comum em mulheres sexualmente ativas, devido características anatômicas que favorecem a incidência e são classificadas como infecção não complicadas. Em homens, frequentemente classificada como infecção complicada, resulta de infecção ascendente da uretra ou próstata ou é secundária à instrumentação uretral.
Pielonefrite:
É a infecção que envolve os rins e a pelve renal, geralmente associada a sintomas sistêmicos, como a febre. Em 95% dos casos, a ascensão de bactérias é a causa que aumenta muito quando o peristaltismo uretral é inibido. Rara em homens, está associada a defeitos funcionais ou anatômicos do trato urinário. Em mulheres, pode ocorrer mesmo sem alterações evidentes. É comum em crianças e gestantes após cateterismo vesical.
Bacteriúria assintomática:
É definida como a presença de bactérias na urina na ausência de sintomas. Tem maior significado clínico em gestantes, indivíduos em uso de dispositivos ou submetidos a procedimentos invasivos no trato urinário e crianças com refluxo vesicouretral.
Uretrite:
É uma inflamação ou infecção da uretra com consequente surgimento de secreção e sintomas. Pode ser provocada por bactérias, vírus, traumas e agentes químicos. A maior parte das uretrites é ocasionada por patógenos causadores das ISTs. Podem ser classificadas como uretrites gonocócicas e não gonocócicas.
PRINCIPAIS PATÓGENOS:
Os principais agentes das ITU são geralmente limitados aos componentes da própria microbiota intestinal do paciente. Entre os bacilos Gram-negativos, a maioria é causada por Escherichia coli em aproximadamente 70% a 90% dos casos e, em menor frequência, por Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter spp e Pseudomonas aeruginosa. Entre os micro-organismos Gram-positivos, destacam-se, em relação à frequência, Enterococcus spp e Staphylococcus saprophyticus.
UROCULTURA
A urocultura é uma técnica quantitativa e, tradicionalmente, o diagnóstico é baseado no número de unidades formadas de colônias/ml de urina (UFC/mL). É o exame mais solicitado em laboratório de microbiologia clínica.
É importante salientar que o EAS (urina tipo I) é um exame que ajuda muito no diagnóstico das ITU, porém, ele é muito inespecífico e sozinho não proporciona um diagnóstico preciso. Com o isolamento do microrganismo em meio de cultura, é possível observar os seguintes parâmetros: odor de crescimento, morfologia e pigmentação das colônias e, em especial, o resultado das provas bioquímicas.
Principais objetivos da urocultura
– Suspeita de infecção do trato urinário
– Controle da eficácia do tratamento com antimicrobianos
– Pacientes assintomáticos ou com sintomas subclínicos com elevado risco de desenvolvimento de ITU, como pacientes sedados (com sonda uretral) e imunssuprimidos.
– Exames de pré-natal (buscando, principalmente o Streptococcus agalactiae – importante causador de infecções neonatais).
Amostra
A coleta da urina deve ser feita, preferencialmente, na primeira urina matinal, desprezando-se o primeiro jato e colhendo-se o jato médio, com uma antissepsia anterior, com água e sabão. Essa medida reduz o risco de contaminação da urina com bactérias presentes na microbiota genital.
Após a coleta, a urina deve ser processada em até 2 horas, caso esteja em temperatura ambiente. Caso seja refrigerada (2-8º C), pode ser processada em até 24 horas.
Procedimento
Para realizar a cultura, temos métodos diferentes de cultivo:
– Técnica pour-plate, em que o meio é preparado e, antes de solidificar, coloca-se a urina do paciente. Após isso, a placa é incubada e verifica-se o crescimento ou não da bactéria.
– Lamino-cultivo – mergulha-se a lâmina dentro do frasco de urina, colocando-a sobre a superfície do meio e incubar.
– Semeadura semi-quantitativa em placa – certamente é a técnica mais empregada, em que homogeiniza-se a urina e, com auxílio de alças calibradas (0,01 ou 0,001 mL), realiza-se o esgotamento do material em uma linha centra, fazendo estrias com auxílio da própria alça. Incubar e analisar o isolamento.
MEIOS DE CULTURA
Em urocultura, pelos achados epidemiológicos, em que 70% das ITU são ocasionadas por enterobactérias, é preconizado usar meios seletivos para os Gram-negativas. Logo, uma opção é o ágar MacConkey, seletivo para bactérias Gram-negativas. O ágar cystine lactose electrolyte deficient (CLED) é o meio classicamente usado na maioria dos laboratórios brasileiros, pois permite o crescimento de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas.
Os meios com substratos cromogênicos têm sido amplamente utilizados para urocultura. Têm como vantagem a identificação presuntiva dos principais gêneros e espécies associados à ITU, além de caracterizar mais facilmente culturas polimicrobianas, reduzindo etapas no processo de identificação.
Interpretação do crescimento
É importante que o crescimento demonstre isolamento bacteriano, evidenciando-se apenas um tipo morfológico de colônia. As ITU não ocorrem por associação de patógenos, usualmente. Logo, aparecimento de 2 ou 3 tipos distintos de colônias sugere contaminação da amostra.
Com o crescimento e isolamento bacteriano podemos observar outros aspectos, como forma e consistência da colônia, odor pós-crescimento, coloração da colônia, alteração de cor do meio, hemólise, entre outros. Todos esses fatores contribuem para um pressuposto diagnóstico da espécie. O diagnóstico final é viável após realização das provas bioquímicas.
Em relação ao aspecto quantitativo, a presença de 100.000 UFC/mL de urina, somado à piúria, é sugestivo de ITU. Quando temos uma quantidade inferior, deve-se ter cuidado ao interpretar o caso, pois se pode tratar de um caso de bacteriúria, com elevação da microbiota na urina. Logo, os dados da cultura quantitativa, do exame de urina rotina e os dados clínicos devem ser correlacionados, para chegar a um diagnóstico.
Uma prova bioquímica que merece destaque, em termos práticos, é a prova do Citrato de Simmons, que serve de parâmetro para diferenciação de Escherichia sp para Klebsiella sp. A diferenciação é de extrema importância ao médico que irá conduzir à terapêutica, pois se sabe que a Klebsiella sp tem capacidade de desenvolver resistência antimicrobiana via produção de β-lactamase, o que demanda medicamentos mais específicos, como carbapenêmicos e inibidores de β-lactamase. Para averiguar essa situação, realiza-se o antibiograma, usando-se de artifícios para verificar se a cepa produz ou não a β-lactamase.
Fonte: Kasvi
por CenterLab | jan 12, 2021 | Informativos
Uma das grandes estratégias para o enfrentamento da pandemia de COVID-19, já empregada com sucesso por alguns países, é baseada na testagem laboratorial em massa da população. Dessa maneira, conseguimos diagnosticar os indivíduos agudamente infectados (sintomática ou assintomaticamente), auxiliando, assim na tomada de decisão para o imediato isolamento social dos pacientes e de seus contactantes diretos, a fim de interromper o ciclo natural de transmissão da doença.
Atualmente no mercado de diagnóstico existe uma série de testes disponíveis para o diagnóstico da COVID-19, várias dúvidas podem surgir a respeito de qual teste seria o mais adequado e indicado e quais os significados dos termos técnicos utilizados. Trataremos nesse boletim de alguns métodos de diagnóstico para o Covid no atual momento, bem como algumas novidades.
RT-PCR
RT-PCR (Reação em Cadeia da Polimerase em tempo real precedida de transcrição reversa) é considerado a metodologia “padrão-ouro” no diagnóstico da COVID-19, cuja confirmação é obtida através da detecção do RNA do SARS-CoV-2 na amostra analisada.
Por ser um teste que detecta o material genético do vírus, é necessário que o vírus esteja presente no material testado durante a coleta. Com isso a indicação para realização da coleta preferencial é entre o intervalo de 3° e 4° dia até o 10° dia de doença. Trata-se de um teste para determinação da doença ativamente, não sendo útil para diagnosticar casos prévios da doença.
Apesar de ser considerada metodologia “padrão-ouro” para diagnóstico da COVID-19, a técnica de RT-PCR apresenta algumas limitações: o material genético do vírus (RNA) é muito lábil e se degrada facilmente, portanto, a coleta e armazenamento da amostra devem ser realizados de forma adequada para minimizar os erros na fase pré-analitica. Também é importante evitar a contaminação dos materiais utilizados no ensaio com RNAses (enzimas capazes de degradar o RNA). Ainda vale ressaltar que a sensibilidade desse teste depende do tipo de amostra, conforme demonstrado por Wang e colaboradores (Figura 1).
Detecção de Antígenos (Covid-Ag)
Esse teste, assim como o PCR é baseado na detecção de partes do vírus SARS-CoV-2, portanto é indicado para auxiliar no diagnóstico inicial da infeção, não sendo recomendado para diagnóstico de infecção prévia.
Apresenta como principal vantagem a fácil execução do teste, bem como resultado em pouquíssimo tempo (menos de 30 minutos). No entanto o antígeno possui sensibilidade inferior ao RT-PCR, principalmente em indivíduos assintomáticos com cargas virais mais baixas. Já pacientes com carga viral elevada (que costuma ocorrer na fase pré-sintomática, 1-3 dias antes dos sintomas, e na fase sintomática inicial, até o 5°-7° dia da doença) a sensibilidade é superior a 90% quanto comparado ao teste de RT-PCR, por isso a recomendação para realização do teste é entre o 3° e 7° da doença.
De forma geral, esses testes apresentam um bom desempenho analítico quando comparados com o RT-PCR. Apresentam uma sensibilidade menor que o RT-PCR, enquanto sua especificidade é alta, próxima dos 100%, o que faz com que esses ensaios possuam um grande potencial de aplicabilidade clínico-diagnóstica. Sua sensibilidade parece ter uma relação direta com a carga viral do indivíduo, ou seja, na medida em que a carga viral é elevada, sua sensibilidade também aumenta.
A detecção do Antígeno pode ser realizada por metodologias diferentes dentre elas a imunocromatografia (vulgarmente conhecida como “teste rápido”) e a Fluorescência no qual a detecção ocorre após excitação dos anticorpos marcados pelo fluoróforo, apresentando maior sensibilidade e especificidade, além disso, trata-se de um teste automatizado e quantitativo. Dentre as amostras que podem ser utilizadas estão o swab nasofaringe e nasal.
Os ensaios antigênicos podem auxiliar, em conjunto com dados clínico-epidemiológicos e de outros exames complementares, no diagnóstico precoce da Covid-19, bem como na decisão para isolamento social dos casos positivos, já que seu valor preditivo positivo é alto em comunidade de alta prevalência da doença.
Detecção de Anticorpo (Anti-Covid IgG e IgM)
Esses testes são baseados na resposta do organismo a infecção pelo vírus do COVID-19. Após o contato com o vírus o paciente produz uma serie de substâncias na tentativa de conter a infecção, dentre ela estão principalmente os anticorpos (Imunoglobulinas) das classes IgM e IgG, sendo a detecção de IgM associado à exposição recente, enquanto a IgG a uma exposição há mais tempo, porém no caso do COVID-19 isso não é regra, como em outras doenças, ainda são necessários estudos sobre a soro-conversão em pacientes com COVID-19.
Esses anticorpos começam a ser produzidos a partir do 7° dia da doença e passam a ter concentrações detectáveis confiáveis a partir do 14° dia, sendo, portanto indicados principalmente para saber se houve contato com o vírus previamente. Como todo exame sorológico, resultado negativo ou positivo devem ser confirmados por outras metodologias.
Esses testes podem ser realizados por diversas metodologias como fluorescência, quimiluminescência, ELISA e a mais amplamente utilizada Imunocromatografia (“teste rápido”).
A Centerlab há 40 anos no mercado sempre em parceria com os maiores e melhores fornecedores do país possui amplo portfólio de testes para auxiliar no diagnóstico do COVID-19 para as diversas etapas da doença, com a detecção precoce ou infecção prévia da doença. Dentre os testes podemos destacar: PCR-RT, Detecção do Antígeno Viral por Imunocromatografia e Fluorescência e detecção de Anticorpos por Imunocromatografia ou Fluorescência.
Referência:
Labtest lança teste de biologia molecular para COVID-19
http://ecodiagnostica.com.br/wp-content/uploads/2020/04/flyer-sars-PCR-042020.pdf
https://pebmed.com.br/covid-19-o-teste-de-antigeno-pode-ser-uma-boa-alternativa-ao-ensaio-molecular-rt-pcr/
https://coronavirus.saude.mg.gov.br/blog/70-pcr-rt-para-coronavirus
http://ecodiagnostica.com.br/wp-content/uploads/2020/04/flyer-covid-Ag.pdf
por CenterLab | jan 6, 2021 | Informativos
Os cuidados que geralmente são intensificados no verão, em virtude do aumento das temperaturas, devem ser praticados diariamente como o uso do filtro solar e a hidratação nasal
Com a chegada do verão, os cuidados com a saúde nasal e com a pele devem continuar. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil terá 625 mil novos casos de câncer a cada ano do triênio 2020-2022, sendo o câncer de pele não melanoma o mais incidente, com 177 mil novos casos, e 8,5 mil casos de câncer de pele melanoma. Sobre o cuidado com a saúde nasal, de acordo com especialistas, quem tem o hábito de limpar o nariz todos os dias reduz de 30% a 50% a frequência de uso de medicações, casos de gripes e resfriados.
Cuidados com a pele
Mais frequente no Brasil, de acordo com o INCA, o câncer de pele não melanoma corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país e a prevenção continua sendo uma grande aliada no combate à doença. Conforme orientações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o protetor solar é um produto indispensável em qualquer estação do ano e deve ser aplicado todos os dias, mesmo quando estiver nublado. Mas estatísticas da 21ª Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele mostraram que 63,05% das pessoas se expõem ao sol sem qualquer proteção.
A dermatologista Dra. Paula Ferreira, explica que a fotoproteção é o método mais eficaz para a prevenção do câncer de pele, do melasma e do fotoenvelhecimento, causados pela exposição excessiva a raios ultravioletas (UV).
“O filtro solar promove a criação de um filme protetor na pele, que reflete, dispersa e absorve os raios UV e, assim, atenua a penetração da radiação na pele. O uso de medidas fotoprotetoras, como o filtro solar, é uma necessidade diária para toda população, não importa etnia, idade e região geográfica, pois apresenta alto potencial de proteção contra a queimadura solar, evita o envelhecimento precoce da pele e o câncer de pele”, explica a especialista.
A médica reforça que pelo Brasil estar em uma região geográfica com índices de radiação UV elevados durante maior parte do ano, a fotoproteção é importante não só no verão.
“A fotoproteção não deve ser sazonal e relacionada a dias recreacionais em praias e parques, mas também deve ser feita durante o dia a dia nas cidades. Existem produtos específicos para a fotoproteção urbana, que não possuem cheiro de praia e apresentam rápida absorção do produto, características que promovem maior adesão ao uso diário”.
Além do filtro solar, confira outras dicas de proteção:
– Usar roupas que cubram bem o corpo, chapéus com abas largas e óculos de sol com lentes UV;
– Abrigar-se em locais com sombras e árvores;
– Evitar exposição ao sol entre 10h e 16h.
– Saúde nasal e seus cuidados
Independentemente da estação do ano, a limpeza e hidratação nasal devem ser feitas diariamente, contribuindo na prevenção de doenças respiratórias como gripe, resfriado, rinite e sinusite. De acordo com a otorrinolaringologista Dra. Maura Neves, a limpeza nasal remove as impurezas inaladas e diversos agentes agressores, como vírus e bactérias, além de auxiliar na diluição e remoção das secreções.
“A hidratação nasal também é extremamente importante, pois complementa a limpeza. A camada de gel umidifica a mucosa nasal por mais tempo, promovendo conforto para o nariz e intensificando este cuidado”, completa.
A especialista alerta que o nariz aquece e umidifica o ar inalado, além de filtrar as partículas e microrganismos, permitindo que chegue com as características necessárias aos pulmões.
“A respiração feita pelo nariz e de forma correta traz benefícios não só para que os órgãos do corpo trabalhem perfeitamente, mas também pode ajudar a controlar crises de ansiedade e estresse, renova e aumenta a energia do corpo, melhora a concentração e garante uma noite de sono tranquilo, além de prevenir todos os malefícios que podem ocorrer por meio da respiração oral”, comenta.
Com o aumento da temperatura, as partículas nocivas em suspensão no ar se deslocam de forma lenta e em casos de inversão térmica ficam aprisionadas pelo ar quente causando problemas respiratórios. Dra. Maura reforça que é necessária a adoção de outros cuidados para ajudar na prevenção das crises alérgicas.
“Lavar as mãos com frequência, beber água, evitar flores e plantas em casa, não ter objetos que acumulem poeira, como tapetes, cortinas, almofadas na residência são alguns cuidados que pessoas alérgicas podem tomar para prevenir as crises alérgicas respiratórias”.
Fonte: Folha Vitória