Crescem os casos de pessoas e profissionais de saúde com depressão na pandemia

Crescem os casos de pessoas e profissionais de saúde com depressão na pandemia

Casos de pessoas com depressão na pandemia foram intensificados e aumentaram no país, conforme veremos ao longo deste artigo. Mas é importante esclarecer: antes da crise de saúde pública que estamos passando, o Brasil já estava entre os países com os maiores índices desta enfermidade.

A doença é um transtorno mental ocasionado por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos, que afetam o cotidiano das pessoas no trabalho, estudo, alimentação, descanso e lazer. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com essa doença, como podemos visualizar na página da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia declarado o Brasil como o país com mais deprimidos na América Latina, com 5,8% da população atingida pela doença. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, mostra que o percentual de brasileiros que declaram ter recebido diagnóstico de depressão por profissional de saúde mental aumentou 34,2% em seis anos, totalizando 16,9 milhões de pessoas.

Variáveis para o aumento de casos de depressão na pandemia

O isolamento social fez com que familiares e amigos se afastassem uns dos outros, para evitar a proliferação do vírus e o aumento de casos. Este distanciamento contribuiu para que as pessoas se sentissem sozinhas e se preocupassem mais com os familiares que estavam longe e aqueles que precisam de cuidados especiais, durante o período de quarentena.

Além dessa separação, não podemos esquecer das famílias afetadas financeiramente pelo fechamento de empreendimentos, estabelecimentos comerciais e outros tipos de negócio. O desemprego e a falta de renda contribuem para o surgimento de sintomas depressivos, devido à incerteza de não conseguir cumprir com as responsabilidades mensais e as necessidades dos familiares.

A terceira circunstância é o medo de ser infectado pelo vírus SARS-CoV-2, sofrer com os sintomas e colocar os grupos mais vulneráveis em risco. Este sentimento de alerta é dobrado quando se trata daqueles que precisam sair de suas residências diariamente para trabalhar. Por fim, mas não menos importante, os amigos e familiares que convivem com o luto estão entre os mais suscetíveis a desenvolver a doença em razão da dor da perda.

Comportamentos correlacionados com o aumento de casos de depressão na pandemia

Uma pesquisa do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) aponta que os casos de depressão saltaram de 4,2% para 8,0% entre março e abril de 2020, pico da pandemia. Outro estudo da mesma instituição, cujo artigo foi publicado na revista The Lancet, mostra que os casos de depressão aumentaram 90%.

Todas as mudanças de convivência e os impactos econômicos provocados pela pandemia são catalisadores para desenvolver comportamentos que indicam quadros depressivos, como aumento de consumo de cigarros, bebidas alcoólicas, comidas ultraprocessadas, internet e televisão. Em contrapartida, observa-se menos atividades físicas, horas de sono e alimentação saudável.

A pesquisa ConVid Comportamentos, com participações diretas de três das maiores instituições brasileiras da área de pesquisa (Fiocruz, Unicamp e UFMG), aponta que, dos 45.161 brasileiros entrevistados, 40,4% alegaram ter sentimentos de tristeza ou depressão. Veja alguns números de comportamentos que estão correlacionados com este quadro:

  • 34% dos fumantes aumentaram o número de cigarros consumidos por dia.
  • 17,6% das pessoas aumentaram o consumo de álcool.
  • O índice de pessoas que praticavam exercícios físicos semanais caiu de 30,4% para 12,6%.
  • Aumento médio diário de 1h45 de consumo de TV e 1h30 de consumo de computador e tablet.

Profissionais de saúde apresentam sintomas depressivos

Os profissionais de saúde estão na linha de frente no combate e na contenção do vírus. Com alguns estados novamente na fase crítica, alguns especialistas acreditam que a “segunda onda” da doença complicará ainda mais as condições de trabalho desses profissionais, que estão mais vulneráveis a desenvolver a síndrome de burnout.

Na 4ª edição da pesquisa “Os médicos e a pandemia de Covid-19”, da Associação Paulista de Medicina (APM), em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB) e apoio da FGV EAESP, mostra que de 3.882 médicos ouvidos, 80,8% acreditam que a segunda onda da pandemia da COVID-19 é tão ou mais grave do que a primeira, 91,5% indicaram que há um aumento de casos e 69,1% disseram ser possível observar o crescimento de óbitos motivados pela doença.

No artigo “Segurança e Saúde no trabalho: síndrome de burnout”, explicamos que este distúrbio emocional e psíquico é mais comum em profissionais da área da saúde, que atuam sob pressão e com responsabilidades constantes em que o contato humano é contínuo, semelhante ao momento que estamos passando.

A responsabilidade de salvar vidas, somada ao cansaço, estresse, superlotação do sistema de saúde, falta de leitos e insumos, além da sobrecarga de serviços (haja vista que alguns profissionais também foram acometidos ou estão deixando os postos de trabalho em razão da pressão), são determinantes para desenvolver quadros depressivos. Segundo a APM, mais de 80% dos médicos indicam haver uma ocupação maior do que o habitual e 17,7% relatam superlotação.

Este cenário médico atual é propício para quem está na contenção do vírus desenvolver a síndrome de Burnout ou quadros depressivos, em razão das variáveis mencionadas no segundo tópico e que são intensificadas quando se deparam com os casos no local de trabalho. De acordo com a APM, 92,1% dos entrevistados apontaram que há, onde trabalham, médicos com algum sintoma mental ou físico que pode indicar quadros mais graves de exaustão e sobrecarga. Veja por quais situações os médicos estão passando:

  • Ansiedade (64%).
  • Estresse (62%).
  • Sensação de sobrecarga (58%).
  • Exaustão física e emocional (54,1%).
  • Mudanças bruscas de humor (34,4%).
  • Dificuldade de concentração (27%).

Interrupção de serviços essenciais de saúde mental e principais reclamações

É importante que os gestores da área acompanhem sua equipe, para afastar e tratar os profissionais que estejam apresentando os sintomas da síndrome de Burnout ou quadros depressivos. A pesquisa da OMS “O impacto da COVID-19 nos serviços mentais, neurológicos e de uso de substâncias”, realizada em 130 nações entre junho e agosto de 2020, mostra que a pandemia interrompeu os serviços essenciais de saúde mental em 93% dos países, 67% confirmaram o impacto no atendimento psicoterapêutico e 60% reportaram interrupções nos serviços de atendimento à saúde mental para a população mais vulnerável, incluindo crianças e adolescentes (72%) e idosos (70%).

A falta de estrutura e insumos inibem o trabalho desses profissionais nas unidades de saúde. Entre as principais reclamações dos médicos, segundo a pesquisa da APM, estão a falta de profissionais de saúde (32,5%), seguido por diretrizes, orientação ou programa para atendimento (27,2%), leitos de internação nas unidades ou em UTI (20,3%), materiais hospitalares diversos (16,7%), medicamentos (11%) e respiradores (5,9%).

Pessoas com sintomas depressivos podem procurar tratamento na atenção primária, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou em ambulatórios especializados. Além do atendimento psicoterápico, o médico avaliará qual antidepressivo receitar, com base nos antecedentes pessoais e familiares e em doenças clínicas.

Fonte: Labtest

Especialistas dão dicas de cuidados para pele e saúde nasal durante o verão

Especialistas dão dicas de cuidados para pele e saúde nasal durante o verão

Os cuidados que geralmente são intensificados no verão, em virtude do aumento das temperaturas, devem ser praticados diariamente como o uso do filtro solar e a hidratação nasal

Com a chegada do verão, os cuidados com a saúde nasal e com a pele devem continuar. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil terá 625 mil novos casos de câncer a cada ano do triênio 2020-2022, sendo o câncer de pele não melanoma o mais incidente, com 177 mil novos casos, e 8,5 mil casos de câncer de pele melanoma. Sobre o cuidado com a saúde nasal, de acordo com especialistas, quem tem o hábito de limpar o nariz todos os dias reduz de 30% a 50% a frequência de uso de medicações, casos de gripes e resfriados. 

Cuidados com a pele

Mais frequente no Brasil, de acordo com o INCA, o câncer de pele não melanoma corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país e a prevenção continua sendo uma grande aliada no combate à doença. Conforme orientações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o protetor solar é um produto indispensável em qualquer estação do ano e deve ser aplicado todos os dias, mesmo quando estiver nublado. Mas estatísticas da 21ª Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele mostraram que 63,05% das pessoas se expõem ao sol sem qualquer proteção.

A dermatologista Dra. Paula Ferreira, explica que a fotoproteção é o método mais eficaz para a prevenção do câncer de pele, do melasma e do fotoenvelhecimento, causados pela exposição excessiva a raios ultravioletas (UV).

“O filtro solar promove a criação de um filme protetor na pele, que reflete, dispersa e absorve os raios UV e, assim, atenua a penetração da radiação na pele. O uso de medidas fotoprotetoras, como o filtro solar, é uma necessidade diária para toda população, não importa etnia, idade e região geográfica, pois apresenta alto potencial de proteção contra a queimadura solar, evita o envelhecimento precoce da pele e o câncer de pele”, explica a especialista.

A médica reforça que pelo Brasil estar em uma região geográfica com índices de radiação UV elevados durante maior parte do ano, a fotoproteção é importante não só no verão.

“A fotoproteção não deve ser sazonal e relacionada a dias recreacionais em praias e parques, mas também deve ser feita durante o dia a dia nas cidades. Existem produtos específicos para a fotoproteção urbana, que não possuem cheiro de praia e apresentam rápida absorção do produto, características que promovem maior adesão ao uso diário”.

Além do filtro solar, confira outras dicas de proteção:

– Usar roupas que cubram bem o corpo, chapéus com abas largas e óculos de sol com lentes UV;
– Abrigar-se em locais com sombras e árvores;
– Evitar exposição ao sol entre 10h e 16h.
– Saúde nasal e seus cuidados

Independentemente da estação do ano, a limpeza e hidratação nasal devem ser feitas diariamente, contribuindo na prevenção de doenças respiratórias como gripe, resfriado, rinite e sinusite. De acordo com a otorrinolaringologista Dra. Maura Neves, a limpeza nasal remove as impurezas inaladas e diversos agentes agressores, como vírus e bactérias, além de auxiliar na diluição e remoção das secreções.

“A hidratação nasal também é extremamente importante, pois complementa a limpeza. A camada de gel umidifica a mucosa nasal por mais tempo, promovendo conforto para o nariz e intensificando este cuidado”, completa.

A especialista alerta que o nariz aquece e umidifica o ar inalado, além de filtrar as partículas e microrganismos, permitindo que chegue com as características necessárias aos pulmões.

“A respiração feita pelo nariz e de forma correta traz benefícios não só para que os órgãos do corpo trabalhem perfeitamente, mas também pode ajudar a controlar crises de ansiedade e estresse, renova e aumenta a energia do corpo, melhora a concentração e garante uma noite de sono tranquilo, além de prevenir todos os malefícios que podem ocorrer por meio da respiração oral”, comenta.

Com o aumento da temperatura, as partículas nocivas em suspensão no ar se deslocam de forma lenta e em casos de inversão térmica ficam aprisionadas pelo ar quente causando problemas respiratórios. Dra. Maura reforça que é necessária a adoção de outros cuidados para ajudar na prevenção das crises alérgicas.

“Lavar as mãos com frequência, beber água, evitar flores e plantas em casa, não ter objetos que acumulem poeira, como tapetes, cortinas, almofadas na residência são alguns cuidados que pessoas alérgicas podem tomar para prevenir as crises alérgicas respiratórias”.

Fonte: Folha Vitória

Na “dieta do hábito”, 6 dicas simples para se ter mais saúde em 2021

Na “dieta do hábito”, 6 dicas simples para se ter mais saúde em 2021

Para quem mais entende do assunto, dicas de profissional trazem saúde como solução, e não problema; veja quais hábitos praticar

“Fechar a boca”, “ir mais à academia”, “perder uns quilos”. Quase que um carma todo início de ano, as resoluções de saúde que surgem com a chegada de mais 12 meses de oportunidades para se praticar a mudança – seja ela qual for – às vezes só funcionam no papel. Na vida real, a preguiça acaba dominando a vontade de mudar. Porém, é necessário desacelerar e começar a focar naquilo que realmente importa.

Esta é a opinião de Gabriela Marcelino, a nutricionista de 27 anos doutoranda em Saúde. Para ela, um 2021 com mais saúde envolve pequenas mas grandes mudanças que não precisam ser tudo de uma vez, mas graduais. A começar por tirar o “detox” da cabeça.

“Simplesmente porque ele não funciona. Pelo menos não como as pessoas imaginam. Não existe isso de um ‘botão reset’ ou alimento milagroso. E não é por que você consome querendo eliminar algo que o seu corpo também vai trabalhar dessa forma”, afirma.

Para Gabi, o que mais se precisa é cultivar bons hábitos alimentares durante o ano todo e não apenas quando o “calo apertar”.

“O correto é ter de hoje aos próximos meses uma alimentação equilibrada e variada. Consumir frutas, hortaliças, leguminosas, cereais integrais e boas fontes de gordura devem ser feito diariamente e não apenas após exageros.

Confira outras 6 dicas valiosas para se ter mais saúde em 2021:

1) Consuma mais alimentos in natura
“Basicamente, coma mais frutas e vegetais (no mínimo 3 porções ao dia) em sua forma natural e fuja sempre dos alimentos ultraprocessados. Mas neste primeiro momento não se preocupe com as quantidades, o importante é incluir gradualmente novas opções e descobrindo outras mais. Minha dica é que a cada mês experimente algo novo e faça preparações diferentes daquilo que a princípio não gostou”, sugere a nutricionista.

2) Consuma mais água
“Manter-se hidratado é fundamental pois auxilia em todos os processos do nosso corpo. As pessoas limitam-se a beber água apenas quando sentem sede”, lamenta. Mas acrescenta: “lembre-se que sucos e chás não substituem a água no dia a dia, mas podem ajudar inicialmente”. Então, eis algumas sugestões de Gabriela de como consumir mais água na rotina:

– Coloque alarmes ao longo do dia;
– Tenha sempre uma garrafinha por perto;
– Inclua frutas e outras bebidas naturais;
– Experimenta água saborizada.

3) Organize a semana
“Não se esqueça de você! Você deve ser o seu principal compromisso. Organize a semana e inclua o autocuidado. Coloque na ponta do lápis o planejamento das refeições, o momento de ir às compras, de se exercitar e até mesmo ler um bom livro. Faça da organização um hábito”, comenta.

4) Fique em movimento
“Para o corpo e para a mente, valem os exercícios físicos e atividades para se manter em movimento”, pontua. Mas alerta: “não se limite apenas a tradicional academia! Opções como ioga, dança, corrida, ciclismo e caminhadas também são bem-vindas. Consulte um educador físico e faça tudo sempre certinho”.

5) Durma melhor
“De nada adianta tudo o que já foi falado sem uma boa noite de sono. Nosso corpo merece tempo de se recuperar, reorganizar e recarregar as energias para o novo dia”, garante. Aqui vão algumas dicas de Gabi:

– Estabeleça horários para dormir e acordar;
– Evite o consumo de cafeína no período da tarde;
– Não consuma alimentos pesados à noite;
– Pratique atividade física;
– Prepare o ambiente para uma noite de sono agradável;
– Evite ficar no celular ou notebook pelo menos 1 hora antes de deitar.

6) Persista
“Mudar hábitos antigos é difícil, afinal se trata de um processo. Mas, uma vez que se sai da zona de conforto, o resultado fica cada vez mais próximo. Faça um passo de cada vez! Não se cobre, julgue ou se baseie nos outros. Simplesmente persista”, finaliza.

Fonte: Campo Grande News 

Em busca da saúde no novo ano

Em busca da saúde no novo ano

A importância de realizar exames preventivos regularmente

Chegou o momento de fazer planos para o novo ano. E não tem jeito: toda vez prometemos muitas coisas que sabemos que não vamos cumprir. Entre elas estão as promessas ligadas ao campo do estudo, do trabalho, do lazer e a única que não deveria ser esquecida: a saúde.

Passamos por um ano atípico, em que milhares de pessoas deixaram de ir ao médico por causa da pandemia do novo coronavírus. Segundo a empresa de pesquisas Demanda, quatro em cada dez brasileiros deixaram de ir ao médico para investigar qualquer tipo de sintoma. E, segundo o Instituto Nacional de Câncer, mais de 50 mil brasileiros deixaram de diagnosticar algum tipo de câncer em 2020.

Apesar disso, ficou claro o quanto a saúde é importante. Por isso, em 2021, o primeiro item da lista de promessas deveria ser o check-up para avaliar a saúde como um todo ou mesmo não adiar a busca por um diagnóstico relacionado a algum sintoma que o incomoda há meses. Se você sabe que algo está errado com seu organismo, não postergue a busca por diagnóstico.

Sabemos que diversas doenças, tais como o câncer, são descobertas em exames de rotina. E a maior parte dos cânceres tem grandes chances de cura quando tratados no estágio inicial. Durante o ano, campanhas de conscientização são promovidas pelas entidades médicas a fim de despertar a atenção para determinada doença. Mas não é necessário esperar o mês de campanha para realizar um exame imprescindível naquele momento.

Mulheres devem manter consultas regulares ao ginecologista para estar em dia com o exame de colo de útero, conhecido como papanicolau, a partir dos 25 anos, e mamografia, após os 40, ambos rastreadores de câncer. Homens acima de 50 anos devem estar em dia com exame de próstata.

E tanto mulher quanto homem, quando maiores de 45 anos, devem realizar a colonoscopia, pelo menos uma vez, para rastrear e prevenir o câncer colorretal (a frequência desse exame vai depender, entre outros fatores, da idade do paciente e da sua predisposição para a doença, como presença de casos de câncer de intestino na família).

É importante lembrar que, para muitos exames, não é necessária a regularidade anual. Porém, um check-up para avaliar colesterol, pressão arterial e glicose, por exemplo, pode ser muito interessante para avaliar a saúde como um todo. Além disso, alguns exames físicos podem sugerir alguns tipos de cânceres, como o de pele, que se manifesta a partir de manchas ou outras lesões com características bem específicas.

Portanto, lembre-se: uma doença, principalmente um câncer, não vai esperar até você tomar uma atitude. Se você sente algum tipo de dor, desconforto, algum sintoma recorrente, ou mesmo que não tenha sintoma algum, mas há muito tempo não vai a uma consulta e tem um caso muito próximo de câncer na família, coloque na lista, em primeiro lugar, a busca por saúde em 2021.

Fonte: O Tempo

Segurança e saúde no trabalho: Síndrome de Burnout

Segurança e saúde no trabalho: Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional e psíquico provocado por condições desgastantes no ambiente de trabalho. A principal causa da doença é o excesso na rotina profissional que leva à exaustão extrema, estresse e esgotamento físico.

A doença é comum em trabalhadores de áreas que atuam sob pressão e com responsabilidades constantes em que o contato humano é contínuo, como profissionais da área de saúde, segurança, educação e comunicação.

O sentimento de incapacidade é outro motivo que leva os profissionais a desenvolverem a doença, pois não acreditam ter habilidades suficientes para cumprir as tarefas para as quais foram designados.

De acordo com uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma-BR), 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com esse tipo de doença. A Labtest preparou este artigo, com o objetivo de informar os principais aspectos sobre a Síndrome de Burnout e seus sintomas.

Conheça os sintomas da Síndrome de Burnout

O risco do diagnóstico tardio é que a Síndrome de Burnout pode desencadear doenças mais sérias, como a ansiedade e depressão. Esse transtorno está registrado no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) como um dos fatores que afetam o estado mental das pessoas e pelos quais elas costumam procurar os serviços de saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Síndrome de Burnout como um fenômeno ocupacional, significativo de que a doença está intrinsecamente relacionada com as condições de trabalho.

Em resumo, os sintomas da doença envolvem dores físicas, problemas emocionais ou psicológicos. Confira abaixo o quadro dos sinais e sintomas da Síndrome de Burnout, de acordo com o Ministério da Saúde (MS):

Sintomas

Como a Síndrome de Burnout afeta os profissionais da saúde?

Os profissionais da saúde estão suscetíveis a desenvolver o transtorno, porém os sinais e sintomas podem ser diferentes para cada pessoa, conforme as circunstâncias e condições de trabalho em que está inserida.

A Síndrome de Burnout em profissionais dessa área é o reflexo da inter-relação de três aspectos. Veja abaixo:

– Cansaço emocional: esgotamento profissional ocasionado pelas exigências do trabalho.
– Despersonalização: indiferença e apatia em relação à sociedade, pelo qual o profissional se sente um observador externo de suas próprias experiências.
– Baixa realização pessoal: descontentamento pessoal e profissional.

O diagnóstico da doença é realizado por psicólogo ou psiquiatra, mediante análise clínica do paciente para identificar o transtorno e indicar o tratamento adequado. Para intervir no caso, a utilização de medicamentos, psicoterapia, exercícios físicos e de relaxamento são as práticas recomendadas.

Fonte: Labtest