Diagnóstico rápido

Diagnóstico rápido

A área da saúde, especialmente o setor de diagnóstico laboratorial, vêm experimentando uma grande e contínua evolução tecnológica nas últimas décadas. Os médicos, cada vez mais, necessitam de um diagnóstico rápido e preciso, possibilitando assim uma tomada de decisão precoce, com um impacto direto no desfecho clínico e nos custos ao sistema de saúde como um todo. Acompanhando essa demanda, foram desenvolvidos aparelhos compactos, confiáveis, de fácil e intuitiva operação, capazes de fornecer resultados rápidos, para serem utilizados dentro e até mesmo fora do ambiente do Laboratório Clínico. Tais instrumentos, devido a estas características, são conhecidos como point-of-care testing (do acrônimo POCT), também chamados de testes laboratoriais remotos (TLR), testes descentralizados ou testes à beira do leito.

O diagnóstico rápido está em expansão, principalmente durante a pandemia do novo coronavírus. Através da tecnologia Point of Care – POCT, é possível testar diversos tipos de doenças de forma descentralizada. A realização dos testes necessita apenas de uma pequena amostra do paciente – sangue, saliva e etc a depender do tipo de exame a ser realizado.

Equipamento F-line
A linha de equipamentos F-Line possui um menu completo com atualmente 31 parâmetros para diagnóstico abrangendo marcadores cardíacos, tumorais, hormonais e inflamatórios além de marcadores para doenças respiratórias, doenças infecciosas e as arboviroses, além disso vários outros testes estão em desenvolvimento e processo de registro.

A ECO Diagnóstica possui os controles de qualidade externos e internos valorados pela Controllab que permitem monitorar os processos frente às diferentes variáveis que podem interferir na rotina analítica. O sistema F-Line utiliza cassete com código de barras 2D, sem a necessidade de chip, o qual possui área exclusiva para identificação do paciente além de informações de lote, validade, e procedimento do teste (simples, fácil, prático e rastreável).

Menu de Testes
Parâmetros Semi-Quantitativos
Nos parâmetros semi-quantitativos o resultado do teste de uma amostra é dado como Reagente / Pos (+) ou Não reagente / Neg (-) com um valor COI (índice de corte). O valor de COI é uma representação numérica calculada de acordo com o sinal de fluorescência medido e dividido por um valor de corte apropriado.

ꞏDoenças Respiratórias
Covid Ag: Imunoensaio fluorescente para detecção qualitativa do antígeno proteico do nucleocapsídeo específico do SARS-CoV-2, em amostras humanas de swab da nasofaringe e swab nasal. Esse ensaio é útil para auxiliar o diagnóstico de infecção por coronavírus.

Covid IgG/IgM: Imunoensaio fluorescente para detecção qualitativa de anticorpos ligantes, com possível função neutralizante, IgG e IgM anti-SARS-CoV-2 específicos para proteína N e proteína S1 (RBD), em amostras humanas de sangue total ou soro. Esse ensaio é utilizado como teste de triagem inicial para auxiliar no diagnóstico de pacientes com sintomas clínicos da COVID-19.

Covid/Flu/A/B: Imunoensaio fluorescente para detecção qualitativa de antígenos do SARS-CoV-2, Influenza A e Influenza B em amostras humanas de swab da nasofaringe. Esse ensaio é destinado para o auxílio no diagnóstico precoce de SARS-CoV-2, Influenza A e Influenza B distinguindo os antígenos alvo utilizando uma única amostra e um único dispositivo teste.

Covid nAb (neutralizante): Imunoensaio fluorescente para medição qualitativa de anticorpos neutralizantes circulantes contra SARS-CoV-2 em amostras humanas de soro. Os anticorpos neutralizantes desempenham um papel importante na eliminação do vírus e têm sido considerados um produto imunológico chave para proteção ou tratamento contra doenças virais.

Influenza A/B: Imunoensaio fluorescente para detectar a infecção por Influenza A/B em amostras humanas de swab nasal e de nasofaringe, lavagem ou aspirado de nasofaringe. Esse ensaio é destinado para o auxílio no diagnóstico de Influenza A e Influenza B distinguindo os antígenos alvo utilizando uma única amostra e um único dispositivo teste.

RSV Ag: Imunoensaio fluorescente para a detecção do antígeno RSV (Vírus Sincicial Respiratório) presente em amostras de swab de nasofaringe ou amostras de aspirados/lavados de nasofaringe de pacientes com sintomas de infecção respiratória viral. Esse ensaio auxilia a obtenção de um diagnóstico clínico confiável do RSV e dar suporte para a tomada de decisões relativas ao tratamento.

Legionella Ag: Imunoensaio fluorescente utilizado para a detecção qualitativa do antígeno de Legionella pneumophila sorogrupo 1 presente em amostras de urina de pacientes com sintomas de pneumonia. Esse ensaio auxilia de forma fácil e precisa a identificação de Legionella Ag a partir da amostra de urina humana.

S. Pneumoniae Ag: Imunoensaio fluorescente para a detecção qualitativa de antígenos de S. pneumoniae em amostras humanas de urina de pacientes com sintomas respiratórios. Esse ensaio irá auxiliar no diagnóstico precoce e dificultar a disseminação de bactérias S. pneumoniae.

Strep A Ag: Imunoensaio fluorescente para a detecção de antígeno estreptocócico do grupo A (Strep A) presente em amostras de garganta de pacientes com sintomas clínicos. Esse ensaio auxilia o diagnóstico clínico confiável de infecção por Estreptococo do grupo A e possibilita decisões de tratamento de suporte.

Adenovírus Ag: Imunoensaio fluorescente para detectar a infecção por Adenovírus em amostras humanas de swab nasal e swab nasofaríngeo. Esse ensaio fornece um sistema significativamente rápido, fácil e preciso para identificar o antígeno alvo em uma amostra nasofaríngea.

ꞏDoenças Infecciosas
HCV Ab: Imunoensaio fluorescente para a detecção de anticorpos específicos para o vírus da hepatite C (HCV) em amostras de soro humano, plasma e sangue total de pacientes com sintomas de infecção por HCV. Esse ensaio auxilia o diagnóstico clínico confiável do HCV e permitir decisões de tratamento e suporte.

ꞏArboviroses
Dengue IgG/IgM: Imunoensaio fluorescente para a detecção de anticorpos IgG e IgM contra o vírus da dengue em amostras de soro humano, plasma ou sangue total. Esse ensaio é utilizado como teste de triagem inicial para auxiliar no diagnóstico de pacientes com sintomas clínicos de Dengue.

Dengue NS1: Imunoensaio fluorescente para a detecção de antígenos NS1 de Dengue em amostras humanas de soro, plasma ou sangue total. Esse ensaio é destinado a auxiliar o diagnóstico precoce da infecção pelo vírus da Dengue.

ChikV IgG/IgM: Imunoensaio fluorescente para a detecção de anticorpos IgG/ IgM contra o vírus Chikungunya em amostras humanas de soro, plasma ou sangue total. Esse ensaio é utilizado como teste de triagem inicial para auxiliar no diagnóstico de pacientes com sintomas clínicos de Chikungunya.

Zika Ag: Imunoensaio fluorescente para a detecção de antígenos específicos de Zika em amostras humanas de soro, plasma ou sangue total de pacientes com sintomas de infecção pelo vírus da Zika. Esse ensaio é destinado a auxiliar no diagnóstico precoce da infecção pelo vírus Zika.

Zika IgG/IgM: Imunoensaio fluorescente para detecção de anticorpos específicos IgG/IgM contra o vírus da Zika presentes em amostras humanas de soro, plasma ou sangue total de pacientes com sintomas de infecção pelo vírus da Zika. Esse ensaio auxilia no diagnóstico clínico confiável de infecção pelo vírus Zika e permite decisões de suporte e tratamento.

Parâmetros Quantitativos
ꞏMarcadores cardíacos
Os marcadores cardíacos são substâncias liberadas na circulação imediatamente após a lesão cardíaca. São utilizados para diagnosticar e auxiliar na terapêutica de pacientes com Síndrome Coronariana.

Troponina I: Imunoensaio fluorescente para a determinação quantitativa dos níveis totais de Troponina I (TnI) em soro e sangue total. Esse ensaio auxilia no diagnóstico de infarto do miocárdio e permitindo a tomada de decisões no tratamento de suporte.

CK-MB: Imunoensaio fluorescente para a determinação quantitativa dos níveis da isoenzima creatina quinase-MB (CK-MB) em amostras humanas de soro e sangue total. Esse ensaio auxilia no rastreio e monitoramento do infarto do miocárdio.

hs PCR: Imunoensaio e reflectometria para a detecção quantitativa da PCR ultrassensível (hsPCR) em amostras de soro, plasma e sangue total. A medição da PCR fornece informações para a detecção e avaliação de infecções, lesões teciduais, distúrbios inflamatórios e doenças cardiovasculares.

D-Dímero: Imunoensaio fluorescente para a determinação quantitativa de D-Dímero em amostras humanas de sangue total e plasma. Esse ensaio é destinado a identificar D-Dímero em amostras humanas de plasma e sangue total como auxílio no diagnóstico de doença tromboembólica.

NT-ProBNP: Imunoensaio fluorescente para a determinação quantitativa do precursor N-terminal do peptídeo natriurético cerebral (NT-proBNP) em amostras humanas de sangue total, soro e plasma. Esse ensaio auxilia no diagnóstico de insuficiência cardíaca aguda e crônica.

ꞏHormônios
Marcadores hormonais são substâncias produzidas por glândulas do sistema endócrino e liberados na corrente sanguínea. São utilizados para diagnosticar e monitorar diversas desordens endócrinas.

β-HCG: Imunoensaio fluorescente para a determinação quantitativa dos níveis de β-hCG em amostras de soro humano e sangue total. Esse ensaio é destinado a ser usado como um auxiliar na detecção precoce da gravidez.

LH: Imunoensaio fluorescente para medir o nível do hormônio luteinizante (LH) em amostras humanas de soro, plasma e sangue total. A medição quantitativa do LH é usada para avaliar os problemas de fertilidade, a função dos órgãos reprodutivos (ovários ou testículos), para detectar a ovulação, avaliar a função pituitária, ou avaliar a maturação sexual precoce ou tardia (puberdade) em crianças.

TSH: Imunoensaio fluorescente para a medição de TSH em amostra de soro e sangue total. A medição quantitativa do TSH é útil no diagnóstico de hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

T4 Livre: Imunoensaio fluorescente para detecção de tiroxina (T4) em amostras humanas de soro. Esse ensaio pode indicar melhor a disfunção tireoidiana, uma vez que o T4 livre é mais sensível a alterações nas proteínas de ligação ao soro.

ꞏMarcadores Tumorais
Marcador tumoral é uma substância encontrada no sangue, urina ou tecidos biológicos que numa concentração superior a um determinado nível pode indicar a existência de um câncer. Embora um nível anormal de um marcador de tumor pode sugerir a presença de câncer, isto, por si só, não é suficiente para diagnosticar.

PSA: Imunoensaio fluorescente usado para medir o Antígeno Prostático Específico (PSA) em amostras de soro humano, plasma e sangue total. A medição quantitativa do PSA é útil no diagnóstico da avaliação do câncer de próstata, hiperplasia benigna da próstata (HBP), ou prostatite.

Sangue Oculto (FOB): Teste imunoquímico fecal (FIT) para detecção e quantificação de hemoglobina (Hb) em amostras fecais. O teste quantitativo ECO F FOB pode ser usado para detectar o sangramento em excesso do canal gastrointestinal inferior (doença inflamatória intestinal e programas de rastreamento do câncer colorretal). Esse ensaio fornece uma ferramenta confiável e conveniente para a quantificação de sangue oculto nas fezes.

F200

ꞏMetabólitos
É o produto do metabolismo das mais diversas substâncias em organismos vivos. Em resumo, seria o resíduo que sobra depois que o organismo aproveita a parte útil do alimento.

Hba1c: Imunoensaio fluorescente para a detecção quantitativa de HbA1c (hemoglobina glicada) humana em amostras de sangue total venoso ou capilar. Esse ensaio é destinado para monitorar o controle glicêmico em pessoas com diabetes.

U-Albumina: Imunoensaio fluorescente para medição quantitativa da albumina em amostras de urina humana. Maiores quantidades de albumina e proteína podem aparecer na urina em condições de dano renal, podendo levar à doença renal crônica. O teste de albumina pode ser feito em uma amostra de urina coletada aleatoriamente(geralmente a primeira urina da manhã), uma amostra coletada em um período de 24 horas ou uma amostra coletada em um período específico de tempo, como 4 horas ou durante a noite.

ꞏInflamação
PCT: Imunoensaio fluorescente para detecção quantitativa de procalcitonina (PCT) em amostras de soro, plasma e sangue total. A mensuração de procalcitonina é utilizada no diagnóstico de infecção bacteriana e sepse.

PCR: Imunoensaio e reflectometria utilizando partículas de látex coloridas para a detecção quantitativa do nível de proteína C reativa (PCR) em amostras de soro humano, plasma e sangue total. A medição da PCR fornece informações para a detecção e avaliação de infecções, lesões teciduais, distúrbios inflamatórios e doenças associadas.

Além dos ensaios acima citados, diversos outros ensaios estão em desenvolvimento aguardando liberação da ANVISA.

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Bibliografia: Instruções de uso kits linha F-line. Eco Diagnóstica; Manual do usuário – Eco Reader F200. Eco Diagnóstica; Labor News; Eco Diagnostica.

Exames Especiais

Exames Especiais

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As glicoproteínas são proteínas plasmáticas simples unidas a carboidratos. Formadoras de muco nos tecidos e nas secreções, elas também intervêm como componentes de ligamentos, tendões e cartilagens. Dentre estas um conjunto de proteínas são denominadas “proteínas de fase aguda”, que são aquelas cujo sua concentração aumenta ou diminui em resposta a um estímulo inflamatório. Grande parte destas proteínas executa funções específicas o que as torna muito importantes durante o processo inflamatório.

Mucoproteínas

As mucoproteínas são uma fração de glicoproteínas solúveis e fazem parte do conjunto das “proteínas de fase aguda”. O aumento das mucoproteínas ocorre em vários processos inflamatórios sépticos ou assépticos, agudos ou crônicos e ainda localizados ou sistêmicos, por exemplo: neoplasia, tuberculose, diabetes mellitus, cirrose hepática, psoríase, gota entre outras. Apesar de sua dosagem seriada ser utilizada com certo sucesso para acompanhar a resposta ao tratamento, a falta de especificidade limita muito o seu uso em termos de diagnóstico. Importante ressaltar que não existe correlação entre os níveis séricos de mucoproteínas, proteína C-reativa e antiestreptolisina.

Alfa-1-Glicoproteína Ácida (AGP)
A AGP é uma proteína plasmática sintetizada no fígado, sendo a principal constituinte das mucoproteínas. Também faz parte do conjunto de “proteínas de fase aguda” e apresenta concentração significativamente elevada na vigência de processos inflamatórios. Apesar de ser uma das proteínas mais extensamente estudadas, sua função biológica permanece obscura, constituindo em um achado não relacionado a qualquer doença específica. Logo os níveis de AGP não são úteis para o diagnóstico etiológico do processo inflamatório, porém auxilia no monitoramento da evolução do processo ou na resposta ao tratamento.

Sua concentração plasmática está geralmente elevada após 12 horas de instalado o processo inflamatório. Elevadas concentrações tem sido observadas em diversas condições, tais como: infecções agudas, artrite reumatoide, lúpus
eritematoso sistêmico, infarto agudo do miocárdio, cirurgia, traumatismos, neoplasias, queimaduras e insuficiência cardíaca congestiva. Baixas concentrações são observadas na gravidez e durante o tratamento com estrógeno.

Substituição da dosagem de mucoproteínas por alfa-1-glicoproteína ácida
A quantificação das mucoproteínas pelo método de Winzler não é citada em publicações internacionais há mais de duas décadas, tendo sido substituída amplamente pela quantificação da alfa-1-glicoproteína ácida (AGP) em países de primeiro mundo.

Diversas fontes de possível variação analítica estão relacionadas à determinação de mucoproteínas pelo método de Winzler, as quais podem ser alocadas conforme a fase do procedimento metodológico, ilustrado na figura abaixo:

 

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Na fase de separação, o processo é temperatura dependente, sendo crítica a concentração do ácido perclórico, sua adição lenta e sob agitação à amostra de soro. Na fase de processamento, a qualidade do papel filtro utilizado é determinante, bem como a concentração do ácido fosfotúngstico e a força de centrifugação empregada na precipitação e sedimentação da mucoproteína. Na colorimetria, o cromógeno é dependente do pH alcalino do meio e, por conseguinte, da remoção do ácido utilizado na fase anterior.

A dosagem de AGP por imunoturbidimetria está disponível para uso nos laboratórios clínicos há cerca de três décadas, e vários laboratórios introduziram este ensaio em suas rotinas em substituição à quantificação das Mucoproteínas. Entre as vantagens dessa metodologia, podem ser citadas: menor tempo de análise, especificidade, reprodutibilidade, precisão e capacidade de automação do procedimento, ocasionando em resultados mais confiáveis.

Proteína C reativa (PCR)
A PCR é uma das proteínas de fase aguda induzidas por citocinas, cujos níveis aumentam durante uma resposta geral e inespecífica a infecções e processos inflamatórios não infecciosos. As concentrações de PCR são normalmente baixas no sangue de indivíduos saudáveis; 99% da população têm níveis abaixo de 10mg/L. Esse limiar é frequentemente excedido dentro de 4 a 8 horas após um evento inflamatório agudo, com valores de PCR atingindo aproximadamente 20 a 500mg/L. Como níveis elevados de PCR estão sempre associados a alterações patológicas, o ensaio de PCR fornece informações para o diagnóstico, terapia e monitoramento de doenças inflamatórias.

Substituição do PCR Látex pela Turbidimetria
Atualmente, existem diferentes métodos biológicos de medição para PCR. Os métodos mais conhecidos são: o qualitativo de aglutinação em látex e o quantitativo como a turbidimetria e a nefelometria. A turbidimetria é o método que utiliza os mesmos princípios aplicados na espectrofotometria clássica, e por isso, pode ser adaptada em qualquer equipamento de bioquímica automatizado. Dessa forma, é possível adicionar aos parâmetros bioquímicos de rotina, como glicose e colesterol, dosagens de proteínas específicas como a PCR. Esta pode ser considerada uma grande vantagem da turbidimetria em relação à nefelometria, visto que, a nefelometria requer um equipamento específico, e que nem sempre este se encontra disponível em laboratórios clínicos. Portanto, a utilização da turbidimetria para quantificar níveis de PCR torna possível o acompanhamento de processos inflamatórios de maneira mais precisa, rápida e prática.

Procalcitonina (PCT) – Novidade no controle da infecção sistêmica
A procalcitonina (PCT) é uma proteína precursora do hormônio calcitonina. É produzida pelas células parafoliculares (células C) da tiróide e pelas células neuroendócrinas do pulmão e intestino. O nível de PCT aumenta rapidamente após uma infecção bacteriana com consequências sistêmicas, atingindo seu nível máximo em 24 a 48 horas após a sepse. Em indivíduos saudáveis, as concentrações plasmáticas de PCT estão abaixo de 0.05 ng/mL, mas podem aumentar até 1.000 ng/mL em pacientes com sepse grave ou choque séptico.

Estudos diversos têm demonstrado que as concentrações de procalcitonina decaem rapidamente no processo de recuperação das infecções bacterianas. Dessa forma, tal composto tem sido considerado um biomarcador acurado para avaliar a resposta do hospedeiro, assim como um adjunto aos parâmetros clínicos tradicionais e de diagnóstico, auxiliando no monitoramento e manejo terapêutico de pacientes com infecções sistêmicas possíveis.

Alguns ensaios clínicos têm descrito a redução significativa da exposição de indivíduos a antimicrobianos quando a procalcitonina foi utilizada para guiar decisões quanto ao início da antibioticoterapia em pacientes de baixo risco e durante o tratamento de pacientes com alto risco, apesar dos resultados dos diferentes ensaios clínicos não terem sido avaliados em conjunto.

– AGP TURBIQUEST REF 356-1/38 ML LABTEST – COD. 99652

AGP Turbiquest
– PROCALCITONINA QUANTITATIVO 25 TESTES FINECARE WONDFO FIA – CÓD.: 01910

PROCALCITONINA QUANTITATIVO

– PCT PROCALCITONINA KIT C/10 TESTES PARA F-LINE ECO FIA – CÓD. 02353

PCT PROCALCITONINA
– PCR TURBIQUEST PLUS REF. 331-1/50 1X50 ML LABTEST – CÓD. 06405
PCR TURBIQUEST PLUS  

Referências:

– Picheth et al. Mucoproteína versus alfa-1-glicoproteína ácida. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial.
– Rio de Janeiro, v. 38, n. 2, p. 87-91, 2002.
– Instruções de uso Labtest. AGP Turbiquest. Ref. 356.
– Instruções de uso Labtest. Mucoproteínas. Ref. 20.
– Turbidimetria- Látex PCR – Wama diagnóstica, disponível em:
<https://www.wamadiagnostica.com.br/noticias/turbidimetria-latex-pcr/> acesso em 08/03/2019.

Sepse

Sepse

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SEPSE

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecção no sangue, atualmente é conhecida como infecção generalizada. A sepse é definida como resposta inflamatória sistêmica na presença de infecção, seja ela causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários. Em torno de 2% a 11% das internações hospitalares e nas unidades de terapia intensiva (UTI) são por essa doença, sendo a sepse a principal causa de morte nas UTI, onde a mortalidade atinge níveis alarmantes variando na maioria dos estudos entre 20% e 80%. Manifestando-se como diferentes estágios clínicos de um mesmo processo fisiopatológico, é um desafio para o médico de praticamente todas as especialidades, dada a necessidade de pronto reconhecimento e tratamento precoce. Portanto a sepse representa um grande desafio para a medicina.

Principais mecanismos de disfunção orgânica

A incerteza diagnóstica leva frequentemente a excessos no uso de antibióticos, gerando aumento do índice de resistência bacteriana. O uso de antibióticos na fase de suspeita de infecção, em situações de gravidade elevada, é bastante justificável, já que alguns estudos demonstraram que a instituição precoce de antibióticos reduz a mortalidade em pacientes portadores de infecções graves. Entretanto, esses  medicamentos frequentemente são mantidos por períodos mais longos do que o necessário.

Nesse sentido, o diagnóstico e monitorização da doença são fatores importantíssimos para uma boa evolução no quadro clínico do paciente.

Caracterização da sepse
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Principais manifestações clínicas da sepse grave
Principais manifestações clínicas da sepse grave

Diagnóstico
Existem várias moléculas protéicas relacionadas à resposta inflamatória. Dentre eles, a proteína C reativa (PCR) e a procalcitonina (PCT) foram os marcadores biológicos mais amplamente estudados como ferramentas auxiliares na condução de pacientes com suspeita de infecções bacterianas. Isso se deve a maior facilidade técnica de mensuração dessas moléculas, as quais possuem testes comerciais bem padronizados e automatizados, sendo executado em grande parte dos laboratórios de análises clínicas.

Proteína C reativa (PCR)
A PCR é uma das proteínas de fase aguda induzidas por citocinas, cujos níveis aumentam durante uma resposta geral e inespecífica a infecções e processos inflamatórios não infecciosos. As concentrações de PCR são normalmente baixas no sangue de indivíduos saudáveis; 99% da população têm níveis abaixo de 10mg/L. Esse limiar é frequentemente excedido dentro de 4 a 8 horas após um evento inflamatório agudo, com valores de PCR atingindo aproximadamente 20 a 500mg/L. Como níveis elevados de PCR estão sempre associados a alterações patológicas, o ensaio de PCR fornece informações para o diagnóstico, terapia e monitoramento de doenças inflamatórias.

Procalcitonina (PCT)
A procalcitonina (PCT) é uma proteína precursora do hormônio calcitonina. É produzido pelas células para-foliculares (células
C) da tiróide e pelas células neuroendócrinas do pulmão e intestino. O nível de PCT aumenta rapidamente após uma infecção bacteriana com consequências sistêmicas, atingindo seu nível máximo em 24 a 48 horas após a sepse. Em indivíduos saudáveis, as concentrações plasmáticas de PCT estão abaixo de 0,05 ng/mL, mas podem aumentar até 1.000 ng/mL em pacientes com sepse grave ou choque séptico. A PCT também pode ser elevado devido a outras situações tais como uma grande cirurgia, queimaduras graves ou em recém-nascidos. No entanto, retorna ao respectivo valor normal rapidamente. Infecções virais, colonização bacteriana, infecção localizada, distúrbios alérgicos, doenças autoimunes e rejeição de transplantes, normalmente não induzem uma resposta significativa PCT (valores < 0,5 ng/mL). Portanto, a PCT tem sido estudada como um biomarcador de sepse, para auxiliar no diagnóstico e exclusão da sepse e para orientar o início e o término de antibióticos.

Critérios diagnósticos para Sepse – Sinais e sintomas comumente encontrados em pacientes sépticos


Infecção documentada ou suspeita e alguns dos seguintes

Tanto o ensaio de PCR quanto o de PCT são úteis para orientar a redução do uso de antibióticos em pacientes com sepse. Nesse sentido a Centerlab disponibiliza testes para detecção dos marcadores de infecção utilizando a tecnologia “Point of care” com metodologia de imunofluorescência, proporcionando resultados confiáveis em poucos minutos.

– PCT PROCALCITONINA KIT C/10 TESTES – CÓD. 02353
PCT PROCALCITONINA KIT C/10 TESTES - CÓD. 02353

– PCR PROTEÍNA C REATIVA KIT C/20 TESTES – CÓD. 02352
PCR PROTEÍNA C REATIVA KIT C/20 TESTES - CÓD. 02352
– PROCALCITONINA QUANTITATIVO – KIT C/25 TESTES – CÓD. 01910
PROCALCITONINA QUANTITATIVO 25 TESTES - CÓD. 01910

– PCR QUANTITATIVO – KIT C/25 TESTES – CÓD. 03040

CELER FINECARE PCR ULTRA SENSIVEL WONDFO - CÓD. 03040

 

Referências:
– Sepse Brasil: Estudo Epidemiológico da Sepse em Unidades de Terapia Intensiva Brasileiras. Sales Júnior, J.A.L et al. RBTI – Revista Brasileira Terapia Intensiva.Volume 18 – Número 1 – Janeiro/Março 2006.
– Procalcitonin versus C-reactive protein for guiding the antibiotic therapy in sepsis: a randomized trial. Oliveira, C.F. et al. Critical Care Medicine. October 2013 – Volume 41 – Number 10.
– Sepse: um problema de saúde pública. Instituto Latino-Americano para Estudos da Sepse (ILAS). Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2015.