Hemograma e Covid-19

Hemograma e Covid-19

A pandemia em curso de Covid-19 (Sars-Cov-2) acarreta principalmente uma infecção do trato respiratório das pessoas infectadas. No entanto, cada vez mais a Covid-19 vem sendo considerada uma doença sistêmica que envolve vários sistemas, incluindo cardiovascular, respiratório, gastrointestinal, neurológico, hematopoiético e imunológico.

Através de estudos realizados em várias partes do mundo, o laboratório de hematologia clínica vem sendo um parceiro importante no diagnóstico, monitoramento e manejo dos pacientes infectados.

Cronograma

Alterações no Hemograma
– Linfopenia
Durante a fase inicial da doença, geralmente de 1 a 14 dias, sintomas inespecíficos estão presentes, e a contagem de leucócitos e linfócitos no sangue periférico são normais ou ligeiramente reduzidas. Após a viremia, o Sars-Cov-2 afeta principalmente tecidos com alta expressão de ACE2 (Enzima Conversora de Angiotensina 2), entre eles: Pulmões, coração e trato gastrointestinal.

Aproximadamente 7 a 14 dias do início dos sintomas, ocorre um aumento das manifestações clínicas da doença. Nesse ponto se evidencia uma linfopenia significativa. Estudos mostram que os linfócitos expressam o receptor ACE2 em sua superfície, assim o Sars-Cov-2 pode infectar diretamente essas células e, por fim, levar à sua lise. Outros fatores, como o aumento pronunciado de citocinas também apresentam mecanismos que podem promover a apoptose de linfócitos.

Diversos estudos tiveram os leucócitos como objetivo, e demonstraram que a grande maioria dos pacientes apresentavam linfocitopenia. Essas anormalidades foram mais proeminentes entre os casos graves da doença, onde pacientes que tiveram desfecho fatal apresentaram uma diminuição da proporção de linfócitos/leucócitos na admissão durante a hospitalização. Alguns estudos relataram uma associação entre linfopenia e a necessidade de cuidados na UTI. A lesão miocárdica também está associada ao aumento da mortalidade em pacientes hospitalizados com Covid-19. Estudos demonstraram que pacientes com lesão miocárdica tinham leucócitos mais elevados e menores contagens de plaquetas. Pacientes com altos níveis de Troponina T apresentavam leucocitose, neutrófilos aumentados e diminuição de linfócitos.

– Trombocitopenia
O mecanismo de trombocitopenia em pacientes com Covid-19 é provavelmente multifatorial.
Na SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) foi sugerido que a combinação de infecção viral e ventilação mecânica levam a dano endotelial desencadeando ativação plaquetária, agregação e trombose no pulmão, causando grande consumo de plaquetas. Além disso, como o pulmão pode ser um sítio de liberação de plaquetas de megacariócitos maduros, uma diminuição ou alternância morfológica do leito capilar pulmonar pode levar a uma desfragmentação plaquetária desarranjada. Os Coronavírus também podem diretamente infectar elementos da medula óssea resultando em hematopoiese anormal ou desencadear uma resposta auto imune contra células sanguíneas. Estudos também sugerem que uma CID (Coagulação Intravascular Disseminada) de baixo grau consistentemente presente pode propagar uma baixa contagem de plaquetas na SARS.

Um estudo realizado em um hospital na China demonstrou que pacientes mais graves de Covid-19 apresentavam inicialmente uma elevação da contagem de plaquetas, seguida de brusca diminuição. Esse estudo demonstrou também que pacientes mais idosos que tiveram aumento significativo de plaquetas, tiveram internações hospitalares mais longas.

Embora com heterogeneidade muito alta, estudos mostraram que pacientes não sobreviventes à Covid-19 apresentaram uma queda mais significativa na contagem de plaquetas.

ꞏNeutrofilia
Os dados sobre Neutrofilia ainda não são amplamente abordados na literatura. Alguns relatos indicam que a neutrofilia é comum em pacientes de UTI, provavelmente relacionado à infecção bacteriana associada, sendo esta um quadro que aumenta o índice de morte.

Um número maior de neutrófilos e um número menor de linfócitos foi observado em pacientes que tiveram evolução mais grave da doença. Tal fato indica distúrbios importantes e condição crítica nos casos mais graves de Covid-19.

Desta forma, uma avaliação cuidadosa dos índices laboratoriais na linha de base e durante o curso da doençapode ajudar os médicos a formular uma melhor abordagem e o tratamento mais adequado, além de fornecer tratamento intensivo para aqueles que têm maior necessidade.

A Centerlab, em parceria com a Nihon Khoden, disponibiliza aos seus clientes as plataformas Celltac, que atendem às mais diversas demandas laboratoriais. Todos os modelos humanos possuem possibilidade de leitura em tubo fechado, proporcionando maior segurança ao operador, além de contar com modos de medição selecionáveis (prédiluição, alto WBC, baixo WBC, amostra capilar). Os analisadores com diferencial de leucócitos em 5 partes possuem um sistema de contagem avançada, que consiste em uma análise adicional automática quando valores baixos de WBC e Plaquetas são detectados. Já o Celltac G é o único no mercado com contagem de bastonetes!

Tabela

Celltac Alpha Celltac ES Celltac G

 

Bibliografia:
– Terpos et al. Hematological findings and complications of COVID-19. Am J Hematol. 2020;95(7):834-847.
– Qu et al. Platelet-to-lymphocyte ratio is associated with prognosis in patients with coronavirus disease-19. J Med Virol. 2020; 1-9.
– Lippi G, Plebani M, Henry BM. Thrombocytopenia is associated with severe coronavirus disease 2019 (COVID-19) infections: A meta-analysis. Clin Chim Acta. 2020;506:145-148.
– Fan et al. Hematologic parameters in patients with COVID-19 infection. Am J Hematol. 2020;95:E131–E153.
– Fleury, Marcos. A COVID-19 e o laboratório de hematologia: uma revisão da literatura recente. Revista brasieira de análises Clínicas. 2020. Vol. 52 – nº 4
– Folder Nihon Kohden Celltac Alpha, Celltac ES e Celltac G. 2020

Hematologia e Bioquímica no Diagnóstico Laboratorial

Hematologia e Bioquímica no Diagnóstico Laboratorial

A biossegurança tem um papel importante e crucial na rotina laboratorial, tanto que existem regulamentações destinadas que impõem regras com intuito de prevenir contaminações e outras ocorrências que possam interferir na saúde de qualquer profissional dentro deste ambiente. Algumas medidas adotadas pela maioria dos laboratórios incluem a utilização de equipamentos de proteção individuais (EPI’s) e coletivos (EPC’s), organização e limpeza do ambiente, equipamentos e instrumentos laboratoriais.

Atualmente com o enfrentamento da COVID-19, devido à alta transmissibilidade e aumento das atividades laboratoriais para atender a demanda, há a necessidade de preservar os profissionais desta área. Se já são fornecidos os equipamentos básicos como os EPI’s é importante seguir um plano mais abrangente como cita o estudo fornecido pela Organização Mundial da saúde (OMS), Laboratory biosafety guidance related to coronavirus disease (Disponível em https://www.who.int/publications/i/item/laboratory-biosafety-guidance-related–to-coronavirus-disease-(covid-19), que destaca como deve ser a manipulação de materiais altamente infecciosos inclusive os que podem causar respingos e gotículas, como ocorre no setor de hematologia ao abrir tubos para processamento das amostras.

Para aumentar a biossegurança dentro do seu laboratório e evitar ao máximo o contato direto com o sangue e eventuais acidentes ao abrir o tubo de hemograma, toda a linha de equipamentos hematológicos de uso humano da Nihon Kohden possui sistema de perfuração de tampa e diluição automática de amostras, compatível com a maioria dos tubos comercializados no mercado brasileiro, levando mais segurança e agilidade para seu laboratório. Além dos equipamentos de hematologia.

Análise de Talassemias Com Celltac ES
A Talassemia é classificada como anemia hipocrômica microcítica, tendo essa característica muito similar à anemia ferropriva, sendo que esta última é um estado, no qual há redução da quantidade total de ferro corporal e o fornecimento de ferro é insuficiente para atingir as necessidades de diferentes tecidos, incluindo, principalmente, as necessidades para a formação de hemoglobina e dos glóbulos vermelhos.

Devido a essa similaridade, especialmente no hemograma, há a necessidade de uma rápida identificaçãodiagnóstica, pois isso auxiliará o médico no melhor manejo do paciente. Assim como todos os analisadores hematológicos da Nihon Kohden, o Celltac ES (MEK-7300) possui o parâmetro RDW-SD, um parâmetro eficaz que aliado ao uso de duas agulhas distribui a amostra em suas respectivas câmaras, reduzindo o arraste – Carry Over-, e tornando seus resultados mais precisos. Verificamos a eficácia do parâmetro RDW-SD do Celltac ES (MEK-7300) como um parâmetro potencial para identificação de anemia, comparando contagens de células sanguíneas relacionadas com Hemácias (RBC) e histogramas para talassemia e anemia ferropriva. Então, encontra-se diferença significativa no RDWSD de pacientes com talassemia e anemia ferropriva enquanto o RDW-CV e histogramas não mostram diferenças
significativas.

Para o rastreio de talassemia, o RDW-SD do Celltac ES (MEK-7300) efetivamente fornece dados eficazes para um diagnóstico preciso do médico, como mostrado na imagem:

 

RBC

Dynascatter Laser™ – Maior precisão na 
contagem diferencial de leucócitos

O inovador sistema de detecção da dispersão laser em 3 ângulos fornece uma melhor detecção de células Leucócitos (WBC) usando medidas precisas de dispersão de luz. A partir de um sensor de detecção de pequeno ângulo dianteiro (FSS), no qual se obtém informações sobre o tamanho do leucócito em análise.

Um segundo sensor de grande ângulo dianteiro (FLS), no qual se obtém informações sobre a estrutura celular e complexidade de partículas de nucleocromatina, e finalmente a partir de um sensor de ângulo lateral (SDS), obtemos informações de granularidade interna e globularidade. Esta informação gráfica 3D é calculada por um algoritmo de software exclusivo da Nihon Kohden.

Celtac ES

O reagente de classificação de leucócitos patenteado pela Nihon Kohden provoca a hemólise seletiva das hemácias, deixando os leucócitos intactos. O núcleo, os grânulos e a celularidade são preservadas em seu estado original. As células não são alteradas por coloração, retração ou lise diferencial, desta forma não há distorção dos resultados da medição. O Celltac Es™ pode obter informações morfológicas a partir de núcleos e grânulos de WBC de forma natural e realizar contagens diferenciais (5 diff) mais precisas.

Análise Implantação de um Analisador Bioquímico

Com o avanço tecnológico e o desenvolvimento de modernos equipamentos automatizados para análises bioquímicas o cliente tem dificuldades em fazer uma escolha assertiva para seu tipo de rotina. Este trabalho tem como objetivo auxiliar a escolha mais assertiva do equipamento de análises bioquímicas, levando em conta aspectos importantes do cliente como: rotina do laboratório, tipo de exames realizados, tempo de processamento dos exames, estrutura física do laboratório e tipo de negociação desejada.

O campo da automação vem sofrendo mudanças, e isso é evidenciado pela quantidade de equipamentos lançados no mercado. Atualmente existem vários modelos, sistemas, produtividade, tamanhos, porte, etc. Está cada vez mais difícil escolher o equipamento ideal de acordo com a realidade laboratorial.

Os laboratórios de análises clínicas passam por grandes desafios a fim de conseguir resultados de qualidade com baixos custos. Um dos setores que tem o maior volume de exames e que pode gerar lucro ou prejuízo é a bioquímica clínica. Sendo assim a escolha certa do equipamento para essas análises é de suma importância.

Usando um equipamento compatível com a realidade do laboratório, pode-se reduzir os custos dos exames, utilizar menor quantidade de reagentes e obter resultados com qualidade assegurada. A Labtest com o Audmax Evolution tem essa característica para sua economia. É importante salientar que é tecnicamente impraticável a existência de um equipamento que supra todas as necessidades de um laboratório, bem como não há uma metodologia padronizada e única para a escolha dos equipamentos necessários em uma rotina laboratorial.

Um ponto bem importante a ser analisado é o tempo de processamento das análises, por exemplo, se o equipamento consegue fazer uma amostra de emergência no meio de uma rotina (STAT), ou se o laboratório faz plantão. Neste caso é preciso um equipamento que suporte longos períodos ligado e com uma estrutura elétrica de acordo.

A Centerlab juntamente com a Labtest tem uma novidade no mercado para a maioria dos laboratórios que tem uma demanda baixa pra média, Audmax Evolution, um equipamento com tecnologia inovadora e principalmente com economia de reagente, fazendo com que o custo por teste tenha uma redução em média de 30% comparado da concorrência.

Audmax Evolution

A Centerlab está a 40 anos no mercado sempre em parceria com os maiores e melhores fornecedores do país. Consulte com o seu vendedor da região para esclarecimentos e dúvidas sobre os equipamentos citados.
Toda equipe Centerlab estará a sua disposição.

Referências

Audmax 180 Evolution


https://www.nihonkohden.com/
https://br.nihonkohden.com/pt-br/innovativetechnologies/dynascatter_laser/three_new_improvements_in_dynascatter_laser.html
https://br.nihonkohden.com/pt-br/products/invitrodiagnostics/invitrodiagnostics/automatedbloodcellcounters/mek7300.html

Hematologia Veterinária

Hematologia Veterinária

Mercado Veterinário

O Brasil tem hoje a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais do mundo, sendo o terceiro maior país em população total de animais de estimação (mais de 140 milhões), de acordo com o relatório da ABINPET (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação).

Com a demanda cada vez maior e com o número de solicitações de hemogramas veterinários em alta, discutiremos a seguir alguns aspectos relevantes para hematologia veterinária.

Hematologia Veterinária

Diante da particularidade de cada espécie animal, alguns aspectos necessitam de atenção. Devemos observar as características oriundas de cada espécie animal, por exemplo, em relação às hemácias devemos observar o tamanho, presença ou ausência de núcleo, espessura da membrana externa (resistência), intensidade de palidez central e formato das hemácias (eritrócitos), mais detalhes na tabela 1 abaixo:

Essas variações acima podem ser encontradas entre as espécies e dentro de uma mesma espécie animal, os cães da raça Poodle tendem a uma macrocitose, enquanto outras, como Akita e Shiba, tendem a ter microcitose.

Já nas analises hematológicas felinas podemos visualizar macroplaquetas e microcoágulos pela grande ativação plaquetária fora do leito vascular e pela maior predisposição à agregação. Tal fato pode resultar em falsa trombocitopenia em alguns equipamentos que realizam a separação incorreta entre hemácias e plaquetas (impedância). Nessa espécie em especial é comum a visualização de inúmeros Corpúsculos de Heinz, gerados pelo aumento dos radicais sulfidrílicos presente nas hemácias desses animais.

 

Diferença importante entre as hemácias
fonte: Hematologia e Bioquímica Clínica Veterinária, MARY ANNA THRALL, capítulo 5, pág. 66, Roca, 2007
* Não aumenta em resposta a anemia
VCM = Volume Corpuscular Médio

Fatores pré-analíticos merecem uma atenção especial, uma vez que cerca de 70% dos erros estão nessa fase. Dentre as principais causas podemos citar: tempo prolongado de garroteamento e inúmeras perfurações, meia-vidamédia das hemácias (dias), lipêmias pela falta de jejum a falta de proporção sangue/anticoagulante. Outro aspecto derelevância é o estresse de algumas espécies no momento da coleta interferindo nos resultados (ex.: felinos).

Equipamentos Hematológicos Veterinários

As análises das amostras veterinárias em equipamentos padronizados para humanos, são responsáveis por resultados errôneos simplesmente por não respeitar as diferenças acima citadas. Dentre os principais erros podemos destacar: a separação inadequada de células, gerando falsa trombocitopenia, lise inadequada de eritrócitos, levando a uma falsa leucocitose ou valores errôneos de hemoglobina e hematócrito, entre outros. Por isso é imprescindível que os equipamentos veterinários disponibilizem perfis que respeitem as diferenças entre as espécies.

As características do sangue dos animais domésticos também podem danificar equipamentos comuns, pois esses equipamentos não foram preparados para amostras veterinárias, que na sua maioria são mais viscosas, com maior concentração de fibrina, maior tendência à agregação plaquetária, rouleaux e microcoágulos, levando a entupimentos frequente e diminuição da vida útil do equipamento.

A associação de fatores como escolha de equipamento e reagentes adequados e de qualidade, pessoal qualificado e especializado, cuidados na fase pré-analítica e diminuição do estresse no momento da coleta são palavras chaves para um resultado com qualidade e representatividade clínica.

A Centerlab em parceria com os melhores fornecedores tem o prazer de apresentar a vocês equipamentos específicos para analises veterinárias eliminando os erros nas analises com equipamentos humanos, são eles:

ANALISADOR HEMATOLÓGICO VETERINÁRIO COM DIFERENCIAL DE 4 PARTES MEK-6550 – NIHON KOHDEN

Realiza até 60 amostras por hora com 21 parâmetros: canino, felino, bovino e equino,13 parâmetros para ratos, camundongos e outros animais.

6 modos de diluição:
– Normal, Alta, Muito Alta, Muito Baixa e Pré-diluição
– Programa de CQ: • Média • Cálculo de CV
– Tela touch screen de fácil operação
– Amostragem automática;
– Preparação e Limpeza automáticas;
– Limpeza automática do bocal de amostragem;
– Fácil manutenção. Remoção automática de coágulos;
– Durável e robusto. Feito em material resistente à oxidação (ferrugem);
– Tratamento automático do fluido de descarte;
– Modo de contagem simples/duplo;
– Possibilidade de instalação de leitor de código de barra;
– Capacidade de interfaceamento unidirecional;
– Possui alarmes eletrônicos para identificação de anormalidades (Flags WBC, RBC e PLT);
– Possui 2 agulhas de diluição (WBC e RBC).
MEK 6550

 

AUD-H VET – Labtest

O Aud-H Vet é um analisador hematológico veterinário de alta tecnologia, que processa amostra animal e fornece resultados altamente precisos e fáceis de avaliar. Um robusto e flexível sistema com características únicas como o microcapilar, homogeneizador de amostras e reagentes on board, além de ser livre de manutenção para o usuário.

– Até 53 amostras/hora;
– 19 parâmetros: WBC, LYM, LYM%, MON, MON%, GRA/NEU*, GRA/ NEU%*, EOS, EOS%, HGB, MCH, MCHC,
RBC, MCV, HCT, RDW%, RDW, PLT, MPV.
– Volume de aspiração: ≤ 125 μL de sangue total ou ≤ 20 μL (micropipeta sem volume morto)

METODOLOGIAS
– Impedância;
– Fotometria para hemoglobina.
SISTEMA DE PIPETAGEM
– Sonda para aspiração de sangue total;
– Adaptação de micropipetas com volume de 20 μL.
SISTEMA DE HOMOGENEIZAÇÃO
– Homogeneizador embutido de amostras para até 6 tubos.

AUD-H


No dia 09 de setembro comemora-se o dia do médico veterinário, aproveitamos esse boletim para parabenizar e 
agradecer esses profissionais que se dedicam em cuidar da saúde dos nossos melhores amigos!

Referencias Bibliográficas:
– Hospital veterinário saúde – Hematologia Veterinária – https://hospitalveterinariosaude.com.br/hematologia-veterinaria/
– Catálogo Nihon Koden (Analisador Hematológico MEK-6550J/K)
– Site Labtest – AUD-H VET
– Infovet Labtes  https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/52321/1595516902Infovet_desafios_da_hematologia_vet.pdf

Conheça as vantagens do Sistema de Automação Laboratorial

A automação laboratorial permite que o laboratório seja mais produtivo, além de diminuir a possibilidade de erros humanos na manipulação das amostras e consequentemente nos resultados. O investimento em tecnologias nos laboratórios também reduz os custos com insumos e reagentes

A automação laboratorial corresponde à adoção de tecnologia em diversos segmentos do laboratório com o intuito de tornar os procedimentos mais rápidos e mais confiáveis. Ou seja, por meio do uso da tecnologia, é possível transformar processos que até então eram realizados de forma manual em processos automatizados. Como consequência disso, há o aumento da produtividade, uma vez que um sistema robotizado consegue realizar em menos tempo aquilo que anteriormente era feito pelo operador.

Segundo Ronan Pereira, gerente de pós-vendas da Labtest, as vantagens de se investir em um sistema automatizado são muitas. “Além do aumento da produtividade do laboratório, há também um aumento da qualidade dos resultados. Como o processo não é manual, há menor interferência do operador e redução de erros de procedimentos. O custo para o laboratório também se torna mais competitivo, pois, quando se trabalha com técnicas manuais, é necessário mais mão de obra, e o consumo de reagentes e insumos também é maior”, explica. O investimento em automação laboratorial é, portanto, uma prática que garante a modernização dos laboratórios e adequação às tendências mercadológicas da área.

PAPEL DA AUTOMAÇÃO NAS FASES OPERACIONAIS DO LABORATÓRIO

A adoção de um sistema de automação em um laboratório gera impactos positivos em todas as fases operacionais. Ronan Pereira explica que na fase pré-analítica, por exemplo, a automação pode ser adotada no sistema de cadastro do paciente e no preparo das amostras até a sua distribuição para as áreas analíticas – atualmente utilizados em laboratórios de grande volume. Com uso de softwares específicos, é possível criar um banco de dados que facilita os processos na fase seguinte.

Na fase analítica, é onde a automação se mostra mais  presente e resulta em ganhos mais evidentes em termos de produção para o laboratório. ” O laboratório ganha rapidez na execução de tarefas. A realização do teste de forma automatizada permite aos operadores o foco na interpretação dos resultados”, avalia Renata Regis, gerente de negócios da Labtest.

Por exemplo, com a utilização do Labmax 100, equipamento automático para testes bioquímicos e turbidimétricos, é possível a realização de até 100 testes por hora, com baixo consumo de reagente e menor volume de amostra – um ganho expressivo em produtividade e eficiência quando comparado aos testes realizados manualmente. Portanto, deixar de operar processos manuais para investir em um equipamento automático é a garantia de um melhor desempenho das análises e de economia para o laboratório.

Já na fase pós-analítica, a automação garante melhorias na liberação de resultados para o paciente. Há uma redução dos possíveis erros de transcrição, pois, quando feita manualmente, a liberação do resultado está sujeita à análise subjetiva do operador. Quando é automatizado, esse processo torna-se preciso. A velocidade da liberação dos resultados também é impactada devido à produtividade conquistada com a automação nas fases pré–analítica, analítica e pós-analítica. Assim, não só o laboratório sai ganhando, mas o paciente também, que recebe resultados confiáveis no menor tempo possível.

VALE A PENA INVESTIR EM AUTOMAÇÃO?

O investimento em um sistema de automação laboratorial gera vários benefícios para o laboratório, independente do porte. A primeira vantagem é a padronização da realização dos testes. Com uma interferência humana menor, a possibilidade de erros é reduzida se comparada aos equipamentos manuais ou semiautomáticos.

A segunda vantagem é a produtividade do laboratório, pois um sistema de automação garante que mais testes sejam realizados em menos tempo. Em terceiro lugar, há a redução de custos, já que os equipamentos automáticos permitem a utilização de uma menor quantidade de reagentes e insumos.

Agora que você já sabe as vantagens do sistema de automação laboratorial, conheça os equipamentos comercializados pela Labtest. Entre em contato com um dos nosso vendedores através do: [email protected].
Fonte: Labtest

Hematologia: Como é realizada a técnica de esfregaço de sangue?

Hematologia: Como é realizada a técnica de esfregaço de sangue?

O esfregaço de sangue, também conhecido como distensão sanguínea ou ainda extensão sanguínea, é um teste realizado em hematologia para a contagem e a identificação de anormalidades nas células do sangue. O teste consiste na extensão de uma fina camada de sangue sobre uma lâmina de microscopia que, após corada, é analisada em microscópio.

O esfregaço sanguíneo geralmente é feito quando solicitado o hemograma ao paciente. Seu objetivo principal é analisar a morfologia das células, fornecer informações sobre a estimativa do número de leucócitos e plaquetas, investigar problemas hematológicos, distúrbios encontrados no sangue e eventualmente parasitas, como o Plasmodium, causador da malária.

Um esfregaço de sangue pode fornecer informações importantes sobre o paciente, auxiliando o médico no diagnóstico de doenças relacionadas ao sangue, por exemplo as anemias, e outras condições médicas, tais como infecções.

Apesar dos avanços em hematologia, na área de automação e uso de metodologias moleculares, um teste aparentemente simples como este ainda é indispensável. O primeiro passo para se obter resultados confiáveis é a confecção de um bom esfregaço de sangue e, para tanto, é necessário empregar as técnicas corretas.

Técnica de esfregaço de sangue

O método de preparação para demonstrar melhor os tipos celulares do sangue periférico é o esfregaço de sangue. Uma gota de sangue é colocada diretamente sobre uma lâmina de vidro e espalhada em uma camada fina pela sua superfície. Isso é obtido espalhando-se a gota de sangue com a borda de uma lâmina histológica ao longo de outra lâmina, com o objetivo de produzir uma monocamada de células.

Vamos ao passo a passo para realizar o teste:

  1. Apoiar a lâmina de microscopia, já com a identificação do paciente, sobre uma superfície limpa. Certificar-se de que a lâmina tem boa qualidade e não está suja ou possui vestígios de gordura, o que pode prejudicar o teste.
  2. Colocar uma pequena gota de sangue próxima a uma das extremidades da lâmina.
  3.  Com o auxílio de outra lâmina, colocar a gota de sangue em contato com sua borda. Para isso a lâmina extensora deve fazer um movimento para trás tocando a gota com o dorso em um ângulo 45°.
  4. O sangue da gota irá se espalhar pela borda da lâmina extensora por capilaridade.
  5. A lâmina deve então deslizar suave e uniformemente sobre a outra, em direção oposta a extremidade em que está a gota de sangue. O sangue será “puxado” pela lâmina.
  6. Depois de completamente estendido, o sangue forma uma película sobre a lâmina de vidro.
  7. Deve-se deixar que o esfregaço seque sem nenhuma interferência.
  8. Seguir para o passo de coloração.

    Técnica de esfregaço de sangue

Fonte: KASVI

É necessário esfregar uma lâmina sobre a outra rapidamente, antes que o sangue seque ou coagule. Uma pressão excessiva ou qualquer movimento de parada durante esse processo pode comprometer o esfregaço.

É importante lembrar também que a espessura da película é determinada, em grande parte, pelo ângulo formado entre as lâminas no momento da extensão da gota de sangue. Ângulos maiores que 45°, por exemplo, produzem extensões espessas e curtas, dificultando posteriormente a visualização das células.

COLORAÇÃO DE ESFREGAÇO DE SANGUE

Para a técnica de esfregaço sanguíneo é utilizada uma mistura especial de corantes para tingir todas as células sanguíneas. Existem muitas variações como a coloração de Leishman, Giemsa, Wright ou May-Grünwald. Tratam-se de modificações da coloração a base de corantes Romanovsky.

A denominação confere ao médico russo Dmitri Leonidovich Romanowsky os créditos pelo desenvolvimento do método, em 1891. A mistura de corantes inclui um corante básico e um corante ácido, consistindo basicamente em azul de metileno e eosina Y (ou similar).

A afinidade das estruturas celulares por corantes específicos ou por combinações de corantes dessa mistura proporciona uma visualização diferenciada das células sanguíneas.

OBSERVAÇÃO DA LÂMINA

  1. Cabeça da lâmina: região imediatamente após o local em que estava a gota sanguínea. Nessa região, com frequência, há aumento do número de leucócitos (principalmente de linfócitos).
  2. Corpo da lâmina: região intermediária entre cabeça e cauda. É nessa região que os leucócitos, hemácias e plaquetas estão distribuídas de forma mais homogênea. É a área de escolha para a análise qualitativa e quantitativa da distensão sanguínea.
  3. Cauda da lâmina: região final da distensão sanguínea. Nessa região, há encontro de alguns esferócitos e elevação de monócitos e granulócitos, que podem apresentar maior distorção morfológica.
    Lâmina Microscopia

Fonte: KASVI

APLICAÇÃO DO ESFREGAÇO DE SANGUE

Algumas vezes é possível realizar um diagnóstico definitivo a partir de um esfregaço de sangue. Porém, rotineiramente ele serve como uma indicação/base para que sejam realizados outros testes confirmatórios.

Existem muitas doenças que podem ter efeito sobre o número e tipo de células sanguíneas produzidas, sua função e vida útil. Embora geralmente apenas as células maduras normais sejam liberadas na corrente sanguínea, algumas circunstâncias podem forçar a medula óssea a liberar células imaturas e/ou malformadas no sangue.

O teste de esfregaço pode indicar uma série de deficiências, apontando alterações e anormalidades nessas células sanguíneas. Várias doenças podem ser identificadas como os diversos tipos de anemia, trombositose, malária, leucemia, linfomas ou insuficiência da medula óssea e outras.

Falciforme

 

Fonte: KASVI