Gasometria

Gasometria

A avaliação do estado ácido-básico do sangue é rotineiramente realizada na grande maioria dos doentes atendidos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), qualquer que seja a doença de base. Essa avaliação é fundamental, pois, além dos desvios do equilíbrio ácido-básico propriamente ditos, a gasometria pode fornecer dados sobre a função respiratória e sobre as condições de perfusão tecidual. Acidose e alcalose são modificações do pH sanguíneo decorrentes do aumento ou dadiminuição da concentração sanguínea de íons H+.

Normalmente no exame de gasometria são medidos o pH, a pressão de Oxigênio pO2 e a pressão de gás carbônico pCO2. Esses analitos são os principais componentes da gasometria, pois servem de base para calcular diversos outros parâmetros essenciais para reportar a condição do paciente. Alguns aparelhos são capazes de medir outros analitos junto aos parâmetros da gasometria, tais como: Glicose, Lactato, Hematócrito, Sódio, Potássio e Cálcio Iônico, que auxiliam o corpo clínico nas tomadas de decisões nas mais diversas situações de forma mais rápida e assertiva, a fim de assegurar os cuidados críticos com paciente.

Outros equipamentos dispõem ainda da detecção de dishemoglobinas (distúrbios em que a molécula de hemoglobina é funcionalmente alterada e impedida de transportar oxigênio). O método utilizado para medida da oxihemoglobina, desoxiemoglobina, carboxihemoglobina e metemoglobina é conhecido como CO-oximetria.

Sistema Tampão
O sistema tampão é constituído pelo bicarbonato (HCO3- ), ossos, hemoglobina, proteínas plasmáticas e intracelulares. Estas substâncias são capazes de doar ou receber íons H minimizando alterações do pH e têm por objetivo deslocar a reação para maior produção de CO2 e água que podem ser eliminados pela respiração (Figura 1). O sistema tampão ocorre instantaneamente à alteração ácido-básica constituindo assim a primeira linha de defesa para variações do pH.

Componente Pulmonar
O controle pulmonar regula a concentração de CO2 sanguíneo através de sua eliminação ou retenção na acidose e alcalose, respectivamente. O controle respiratório é exercido por variações na concentração de íons H sobre o bulbo pulmonar. O componente pulmonar inicia-se minutos após a alteração ácido-básica, sendo o segundo componente na linha de defesa para variações do pH.

Componente Renal
Os rins controlam o equilíbrio ácido-básico ao excretarem urina ácida ou básica. Tal controle se dá através dos seguintes mecanismos: reabsorção de bicarbonato filtrado e regeneração do bicarbonato através da excreção de H ligada a tampões e na forma de amônio (NH4+ ).

Apesar de ser o terceiro componente na linha de defesa contra alterações do equilíbrio ácido-básico, levando horas a dias para agir, é o mais duradouro de todos os mecanismos regulatórios.

 

 

Figura 1

 

 

Distúrbios acido-básicos identificáveis na gasometria arterial
Temos inicialmente quatro distúrbios acidobásicos primários, dois metabólicos e dois respiratórios.

Acidose metabólica
Na acidose metabólica temos uma queda do HCO3 na gasometria e, consequentemente, redução do pH (acidose).

A resposta compensatória deve ser uma hiperventilação a fim de reduzir o CO2 (que também acidifica o meio).

Alcalose metabólica
Na alcalose metabólica, ocorre um aumento de HCO3 na gasometria e, consequentemente, elevação do pH (alcalose).

A resposta compensatória deve ser uma hipoventilação a fim de reter o Co2.

Acidose respiratória
Na acidose respiratória, existe uma dificuldade de ventilação do paciente, isso leva a uma hipoventilação e, consequentemente, retenção do Co2.

A resposta compensatória neste caso é renal (retém HCO3 ou excreção de mais ácido), com posterior elevação do HCO3 na gasometria.

 

gasometria

 

 

Alcalose respiratória
Na alcalose respiratória, o paciente está hiperventilando e, consequentemente, “lavando” o CO2, isto é, expulsando o CO2. A resposta neste caso é renal com excreção de HCO3.

Centerlab sempre empenhada em oferecer aos seus clientes as melhores soluções para o diagnóstico clínico, em parceria com a Werfen e Labtest, apresenta os equipamentos destinados à linha de “Acute Care Diagnostics” que trazem como características robustez, praticidade e qualidade nos resultados.

i15 – Labtest
Portátil, leve e de fácil operação, o sistema de gasometria i15 Labtest é a solução ideal para quem busca um sistema completo e versátil, que permite realizar análises em ambientes laboratoriais e hospitalares.
– Rapidez: Resultados em 48 segundos após a aspiração da amostra;
– Baixo volume de amostra: 140 uL;
– Seguro: Controle de qualidade em 3 níveis, Calibração automática a cada leitura de amostra;
– Portátil: Bateria de lítio, autonomia de 50 testes contínuos;
– Cartuchos Descartáveis: Test Cartridge BG10 – 25 testes
– Parâmetros Medidos:

 

parâmetros

i15

 

 

Gem 3500 – Werfen
Adicionando à simplicidade, flexibilidade e confiabilidade de exames sem precedentes do GEM Premier 3000, o GEM Premier 3500 oferece novas capacidades em um sistema elevado, adaptável às necessidades – e volume – do seu hospital e laboratório.

– Simples: Livre de manutenção pelo usuário, multiuso, e menus intuitivos na tela sensível ao toque são muito fáceis de usar.
– Prático: Cartucho único, pack contendo todas as soluções necessárias para funcionamento, bem como a agulha de aspiração. Armazenamento em temperatura ambiente, garantindo melhor gerenciamento dos consumíveis.
– iQM: De propriedade da Werfen, a Gestão de Qualidade Inteligente (Intelligent Quality Management), providencia um controle de qualidade contínuo e em tempo real para os resultados mais precisos, o tempo todo. Equipamento executa automaticamente controles de qualidade, realizando, se necessário, ações corretivas (não contabiliza controle como teste). Tudo isso registrado em forma de relatórios e gráficos. O iQM é aprovado pelo FDA Americano e pelo Dr. Westgard, pioneiro na análise de controle de qualidade.
– Conectividade Total: O software GEMweb® permite a gestão de informações e comunicação em tempo real pelo hospital. Permite conexão via Wi-fi com a rede, espelhando a tela do aparelho, permitindo o acesso aos resultados remotamente bem como todos os gráficos de controle de qualidade.

 

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Gem 5000 – Werfen – Com Co-oximetria
O sistema de gasometria GEM Premier 5000 integra um sistema de garantia da qualidade automatizado para todas as amostras. Com sistema de gerenciamento Inteligente de Qualidade de segunda geração (iQM2) com tecnologia IntraSpect™, é possível identificar potenciais erros, não apenas antes e depois de cada análise, mas também durante o processamento de amostras.

O iQM2 realiza não só a identificação dos erros mas também inicia automaticamente a correção e a documentação em tempo real de todas as interferências detectadas.

Além disso, a usabilidade do analisador é bem simples e prática: basta substituir o GEM PAK (cartucho único que inclui todos os componentes necessários ao funcionamento do analisador), dependendo da sua rotina, até uma vez por mês.

Todas essas características juntas asseguram um resultado de qualidade e em conformidade para todas as amostras processadas no GEM Premier 5000.

 

GEM 5000

 

 

Importante: Esse boletim tem o caráter informativo e não deve ser utilizado para interpretação de resultados e manejo clínico.

Referências:
– Interpretação de gasometria arterial. Eduardo Borges Gomes , Hugo Cataud Pacheco Pereira. Vittalle – Revista de Ciências da Saúde v. 33, n. 1 (2021) 203-218
– DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO. Renato Marinho Furoni , Sinval Malheiros Pinto Neto , Rafael Buck Giorgi , Enio Marcio Maia Guerra . Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 12, n. 1, p. 5 -12, 2010
– Gasometria Arterial: interpretação, parâmetros, distúrbios acidobásicos e mais! – Agosto 2018 – Disponível em < https://www.sanarmed.com/gasometria-arterial-como-interpretar> Acesso em 17/03/2022.
– Boletim Técnico & Científico Labtest – Gasometria e sua importância na avaliação dos pacientes críticos hospitalizados – Julho 2020 – Disponível em <https://labtest.com.br/gasometria-e-sua-importancia-naavaliacao- de-pacientes-criticos-hospitalizados/> Acesso em 17/03/2022.
– Folder I15 – Blood Gas Chemistry Analyzer – Labtest. | Folder Gem 3500 – Werfen | Folder Gem 5000 – Werfen

Gasometria: Importância na Avaliação de Pacientes Críticos

Gasometria: Importância na Avaliação de Pacientes Críticos

A gasometria é um exame que tem a finalidade de detectar distúrbios de ordem metabólica ou respiratória através da avaliação do pH e das pressões parciais de O₂ e CO₂ em uma amostra de sangue. Geralmente, quando se está interessado em uma avaliação da função pulmonar (nível de oxigenação dos tecidos, trocas gasosas) utiliza-se o sangue arterial; se o objetivo for avaliar a parte metabólica, realiza-se uma gasometria venosa.

 O QUE É?

A gasometria deve ser pedida para ajudar a diagnosticar e monitorar doenças pulmonares, metabólicas ou renais que possam causar desequilíbrio ácido-base ou dificuldades respiratórias. A gasometria arterial por si só não fornece informações suficientes para diagnosticar uma doença, mas ajuda a determinar se um paciente tem ou não necessidade de suplementação de oxigênio.

O exame se refere à determinação de quatro parâmetros principais em amostras de sangue total arterial ou venoso: pH – potencial hidrogeniônico, pO₂ – pressão parcial de oxigênio, pCO₂ – pressão parcial de gás carbônico e HCO₃- – concentração do ânion bicarbonato. O pH é o logaritmo negativo da concentração de íons hidrônio (H₃O+); a pO₂ é a quantidade de moléculas de oxigênio dissolvidas no sangue e a pCO₂ é a quantidade de moléculas de gás carbônico dissolvidas no sangue, estas duas últimas expressas na forma de pressão parcial.

PARÂMETROS

Para entender como os parâmetros se comportam é necessário saber como funciona o sistema de tamponamento sanguíneo e como ele é regulado. O sangue é um sistema tamponado, o que significa que o seu pH é menos suscetível a mudanças. O tampão que constitui o sangue é o tampão bicarbonato. Trata-se de um sistema aberto regulado através do processo de respiração.

A produção de energia pelas células do corpo consome oxigênio e produz dióxido de carbono. O oxigênio é absorvido nos pulmões e transportado pelo sangue ligado à hemoglobina nas hemácias para todo o corpo. O dióxido de carbono produzido é transportado e dissolvido no plasma para os pulmões, onde é eliminado. Parte do dióxido de carbono dissolvido no plasma se combina com a água, formando ácido carbônico (H₂CO₃), que se dissocia e permanece em equilíbrio com bicarbonato de sódio. O ácido carbônico e o bicarbonato de sódio formam o principal tampão do corpo, um sistema químico que atenua as variações de pH, evitando a acidose ou a alcalose.

• Acidose: ocorre quando o pH sanguíneo é menor que o valor inferior do intervalo de referência.

• Alcalose: ocorre quando o pH sanguíneo é maior que o valor superior do intervalo de referência.

A manutenção do pH dos líquidos orgânicos depende do equilíbrio entre a quantidade de ácidos e bases produzidos. Essa regulação depende da ação conjunta dos sistemas tampões, dos pulmões e dos rins. O mau funcionamento de qualquer um desses sistemas de regulação pode produzir ou agravar as alterações do equilíbrio ácido-base do organismo.

Para determinar qual é a origem destas desordens é necessário avaliar dois parâmetros, pCO₂ e HCO₃-:

• Origem metabólica: quando a alteração do pH está relacionada a mudanças no HCO-

• Origem respiratória: quando a alteração no pH está associada a mudanças no pCO

tabela Kasvi

(Tabela site Kasvi)

Parâmetros normais da Gasometria:

• pH = 7,35 – 7,45
• pCO₂ = 35 – 45 mmHg
• HCO₃ = 22 – 26 mEq/L
• AG * = 6 – 12 mEq/L

*O Ânion Gap (AG) representa os ânions não quantificáveis no sangue, como o lactato. Os ânions quantificáveis são: HCO₃- e Cl-.

GASOMETRIA EM PACIENTES COM COVID-19

Um recurso que tem se mostrado fundamental para avaliação da condição e para o tratamento dos pacientes com Covid-19, é o exame de gasometria.

Muito usado em situações críticas de insuficiência respiratória, é uma solução importante para análise e para o gerenciamento dessa condição.

A fase inicial da infecção é de viremia, em que o vírus se dissemina pelo organismo, causando uma série de sintomas clínicos – como temperatura acima de 37,5, tosse seca, diarreia e dor de cabeça.

No segundo estágio, a fase pulmonar, se inicia em uma resposta inflamatória marcada por dispneia, respiração curta e hipoxemia caracterizada por dessaturação na oximetria de pulso. Perante gasometria arterial, pode ser observado que a relação entre pO₂ (pressão parcial arterial do gás) e FiO₂ (fração inspirada de oxigênio) cai para menos de 300.

Nessas situações, se instala o quadro denominado Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), que pode se associar também a um quadro inflamatório sistêmico. Em algumas situações, o quadro pode evoluir para falência cardíaca e instabilidade hemodinâmica.

A ventilação mecânica é a base do tratamento intensivo da SDRA causada pelo SARS-CoV-2. Embora seja vital para dar suporte à função respiratória, este tratamento pode também promover danos aos pulmões (Lesão Pulmonar induzida pela Ventilação Mecânica). Por isso, o controle de pH, pO₂ e pCO₂ e Saturação de Oxigênio (SO₂) dos pacientes auxiliam os profissionais de saúde a realizarem as configurações e ajustes adequados aos ventiladores mecânicos para avaliar a eficácia do tratamento.

PRONAÇÃO PARA TRATAMENTO DA COVID-19

A pronação ou posição de prona é uma manobra utilizada para combater a hipoxemia nos pacientes com SDRA. O procedimento é utilizado em unidades de terapia intensiva (UTI) desde os anos 1970. Em março de 2020 foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para tratamento de casos da Covid-19 em Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Desde então, pacientes de bruços nos leitos de enfermarias e UTI dos Hospitais do Brasil e do mundo se tornaram comuns.

A técnica consiste em posicionar o paciente em decúbito ventral (bruços), que resulta em uma distribuição mais uniforme do estresse e da tensão pulmonar, pois melhora a relação ventilação/perfusão que fazem parte da mecânica pulmonar. Assim, contribui para a redução da duração da ventilação mecânica e da taxa de mortalidade avaliada de 28 a 90 dias.

Na posição prona há melhora dos parâmetros respiratórios, facilitando a abertura de alvéolos pulmonares que não participavam da respiração em posição supina (dorso), proporcionando melhores trocas gasosas. A posição deve ser utilizada precocemente, preferencialmente nas primeiras 48 horas em pacientes com SDRA, e quando adotada, deve ser mantida por pelo menos 16 horas, antes de retornar o paciente para a posição supina (ventral ou de barriga voltada para cima).

A gasometria deve ser realizada após 1 hora em posição prona para avaliar se o paciente responde ou não a esta estratégia. Caso seja considerado como respondedor (aumento de 20 mmHg na relação PaO₂/FiO₂ ou de 10 mmHg na PaO₂), o posicionamento deve ser mantido. Enquanto o paciente estiver em pronação as análises de gasometria devem ser realizadas a cada 4 ou no máximo 6 horas para monitorar e efetividade do tratamento.

Para a realização da manobra para a posição prona é preciso ter uma equipe de assistência treinada e capacitada para realizar com exatidão todos os procedimentos necessários e avaliação constante dos resultados de troca gasosa do paciente.

Gasometria em tempos de SARS-CoV-2

Gasometria em tempos de SARS-CoV-2

A medicina laboratorial é uma especialidade direcionada à realização de exames complementares no auxílio ao diagnóstico, com impacto nos diferentes estágios da cadeia de saúde: prevenção, diagnóstico, prognóstico e acompanhamento terapêutico.

Estudos revelam que, aproximadamente 70% das decisões médicas se baseiam em resultados de exames laboratoriais, procedimento minimamente invasivo e que constituem uma ferramenta de elevada relação custo/efetividade para se obter informações sobre o estado de saúde do paciente.

Em épocas de pandemia como a que estamos vivendo atualmente pelo SARS-CoV-2, cada vez mais verificamos a importância de se ter um diagnóstico ágil e acima de tudo com qualidade satisfatória para as condutas clínicas, seja no momento do diagnóstico da doença ou mesmo no acompanhamento da evolução dos pacientes.

O SARS-CoV-2 ainda é um vírus muito recente e vários estudos precisam ser realizados para caracterizar melhor a doença, no entanto, sinais e sintomas respiratórios semelhantes a um resfriado são comuns, podendo inclusive evoluir para infecções do trato respiratório inferior, como as pneumonias/síndrome da angustia respiratória aguda (SARA), necessitando de cuidados especiais e cerca de 2/3 dos pacientes podem necessitar de suporte ventilatório.

 

Figura 1

Relatórios inicias mostraram que até 5% dos pacientes infectados podem requerer cuidados em CTI. Embora a mortalidade dos pacientes infectados esteja na faixa de 0,5% a 4%, entre os que necessitam de hospitalização, esse número pode aumentar para 5% a 15% para aqueles que se tornam gravemente doente.

 

Síndromes Clínicas Associadas à Infecção por SARS-CoV-2
– Síndrome da Angustia Respiratória Aguda (SARA):
A Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA) é definida, de acordo com a Conferência de Consenso Europeia-Americana, como uma síndrome de insuficiência respiratória de instalação aguda, caracterizada por infiltrado pulmonar bilateral à radiografia de tórax, compatível com edema pulmonar (acúmulo de líquidos no pulmão); hipoxemia grave (insuficiência de oxigênio no sangue), definida como relação PaO2/FIO2 ≤ 200; pressão de oclusão da artéria pulmonar ≤ 18 mmHg ou ausência de sinais clínicos ou ecocardiográficos de hipertensão atrial esquerda; presença de um fator de risco para lesão pulmonar.

Figura 2

Além dos exames de imagem e das alterações clínicas, também são observadas alterações nos valores das gasometrias no pH, pO2, pCO2 e Saturação de Oxigênio (SO2).

– Sepse
Segundo o Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS) a sepse pode ser definida como uma síndrome da resposta inflamatória sistémica com disfunção orgânica na presença de infecção presumida ou confirmada. São sinais frequentes de disfunção orgânica: alteração do nível de consciência, oligúria, taquicardia e/ou dispneia, baixa saturação de oxigênio, taquicardia, pulso débil, extremidades frias, coagulopatias, trombocitopenia, acidose, elevação do lactato sérico ou da bilirrubina.

A Gasometria:

A ventilação mecânica é a base do tratamento intensivo da pneumonia causada pelo SARS-CoV-2. Embora seja vital para dar suporte à função respiratória , este tratamento pode também promover danos aos pulmões (Lesão Pulmonar induzida pela Ventilação Mecânica).

O Controle de pH, pO2 e pCO2 e Saturação de Oxigênio (SO2) dos pacientes auxiliam os profissionais de saúde a realizarem as configurações e ajustes adequados aos ventiladores mecânicos.

Existem alguns protocolos de suplementação de Oxigênio (O2) ou brocoespasmos utilizados no manejo de pacientes com suspeita ou confirmação de SARS-CoV-2 como da AMB (Associção Médico Brasileira) em parcerias com AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) e ABRAMEDE (Associação Brasileira de Medicina de Emergência) ou ainda Prevent Senior, porém trata-se de condutas medicas importantes e críticas para os pacientes, apenas citaremos sem maiores detalhes.

Neste momento preocupado com a Pandemia enfrentada em todo mundo e principalmente no Brasil a Centerlab em parceria com os mais renomados fornecedores tem o prazer de apresentar tecnologia de ponta para realização de Gasometria: a já renomada Família de equipamento GemPremier da Werfen, bem como os equipamentos de Point of Care da Labtest e Celer Biotecnologia, cada um possuí características peculiares para atender a todas as rotinas.

GemPremier
Celer
Labtest

Referências:
– Atualização da aplicação da Gasometria para uso prognóstico na SARS-CoV-2. Conference Call. Werfen Medical. Abril/2020.
– Lippi G. and Plebani M. Laboratory abnormalities in patients with COVID-19 infection. Clin Chem Med. 24 February 2020.
– Wang et al. Clinical Characteristicsof 138 Hospitalized Patients With 2019 Novel Coronavirus Infected Pneumonia in Wuhan, China. Jama Network. 17 March 2020; Vol323
– https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/13/Diretrizes-COVID-13-4.pdf
– https://static.poder360.com.br/2020/04/protocolo-Prevent-Senior-tratamento-covid-19.pdf
– https://pebmed.com.br/coronavirus-em-terapia-intensiva-orientacoes-de-abordagem-do-covid-19/
– http://www.sbpc.org.br/noticias-e-comunicacao/artigo-analisa-importancia-dos-exames-laboratoriais/
-https://www.saude.gov.br/o-ministro/746-saude-de-a-a-z/46490-novo-coronavirus-o-que-e-causas-sintomas-tratamento-e-prevencao-3

Gasometria arterial: exame avalia função dos pulmões

Gasometria arterial: exame avalia função dos pulmões

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A Gasomtria Arterial mede o pH e os níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue de uma artéria. Esse exame é utilizado para verificar se os seus pulmões são capazes de mover o oxigênio dos alvéolos para o sangue e remover o dióxido de carbono do sangue.

Quando as artérias passam pelos nossos pulmões, elas deixam o dióxido de carbono que é produzido na respiração celular e coletam o oxigênio que está nos alvéolos, para então levá-lo aos nossos órgãos.

A gasometria arterial utiliza o sangue retirado de uma artéria, em que o oxigênio e o dióxido de carbono podem ser medidos antes de entrarem nos tecidos corporais.

Gem 3500

Os valores da gasometria arterial por si só não fornecem informações suficientes para diagnosticar uma doença. Eles não podem dizer se os níveis baixos são causados por problemas pulmonares ou cardíacos, mas por outro lado é ela que determina se um paciente tem ou não necessidade de suplementação de oxigênio.

Quando o exame é pedido?
Uma gasometria arterial pode ser pedida pelo médico para:

– Verificar a gravidade de problemas respiratórios e doenças pulmonares, como fibrose cística ou DPOC;
– Verificar se o tratamento para uma determinada doença pulmonar está funcionando;

– Descobrir se você precisa de oxigênio extra ou ajuda com a respiração (ventilação mecânica);

– Verificar se você está recebendo a quantidade certa de oxigênio enquanto estiver recebendo oxigênio suplementar;

– Medir o pH no sangue de pessoas que têm insuficiência cardíaca, insuficiência renal, diabetes não controlada, distúrbios do sono e infecções graves, ou depois de uma overdose de drogas.

– Uma gasometria arterial muitas vezes é feita em pacientes que estão no hospital com doença grave ou farão uma cirurgia. O teste pode medir o quão bem os pulmões e os rins da pessoa estão trabalhando e como o corpo está usando energia.

GEM Premier 3500
Mais versatilidade e flexibilidade para exames de tratamento crítico mais rápidos, fáceis e eficientes.

Gem 3500

Adicionando à simplicidade, flexibilidade e confiabilidade de exames, o GEM Premier 3500 oferece novas capacidades em um sistema elevado, adaptável às necessidades – e volume – do seu hospital e laboratório.

 

 

– Simples: Livre de manutenção, multi-uso, cartuchos descartáveis e menus intuitivos na tela sensível ao toque são muito fáceis de usar;

Flexível: Configurações de cartucho customizadas e um amplo menu de exames atendem ás necessidades de qualquer localidade e qualquer capacidade de exame, com custo benefício;

– iQM: De propriedade da IL, a Gestão de Qualidade Inteligente (Intelligent Quality Management), providencia um controle de qualidade contínuo em um tempo real para os resultados mais precisos, o tempo todo;

– Conectividade Total: O Software GEMweb permite a gestão de informações e comunicação em tempo real pelo hospital.

Mais versatilidade e flexibilidade para exames de tratamento crítico mais rápidos, fáceis e eficientes.

Cartucho independente:
– Cartuchos descartáveis sem refrigeração incluem todos os componentes para o exame do paciente, e não requerem manutenção.

Tela intuitiva sensível ao toque:
– Aprende-se a operação básica em minutos – simplesmente pressione ‘Go!’ e coloque a amostra;

– Fácil de utilizar, a exibição da tela sensível ao toque e os menus concisos e claros simplificam a seleção e customização dos parâmetros e visualização dos resultados.

Conectividade GEMweb, aprimorada com HL-7:
– Permite comunicação sem fio LIS ou HIS;

– Os resultados de qualidade dos pacientes podem ser visualizados remotamente de qualquer computador ligado a rede.

Características aprimoradas:
– Maior área de amostragem com Luz de Led facilitando a amostragem;

– O leitor de código de barras permite a rápida inserção de dados.

IQM
IQM
– Monitora todos os processos de exame e componentes enquanto providencia a detecção de de erro contínua e correção, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Garantia de qualidade consistente:
– Processamento de qualidade ativo, em tempo real – mesmo durante o uso;

– Reduz o tempo de detecção de erro quando comparado ao QC tradiconal;

– Garante ótimo protocolo de controle de qualidade sempre, independente da hora do dia ou do nível de treinamento do operador;

– Gera relatórios para adequação regulatória;

– Monitora e verifica continuamente todos os componentes críticos em tempo real;

– Sensores;

– Soluções do Processo de Controle;

– Software de Reconhecimento de Padrão de Erro;

– Estabilidade do processo.

A Centerlab Trabalha em parceria com Werfen e disponibiliza para seus clientes o Gem 3000 e Gem 3500.

Referências:
– Rogério de Souza, pneumologista assessor da área de Pneumologia do Fleury Medicina e Saúde.
– Weerfen