Resistência Antimicrobiana: Patógenos que Afetam a Saúde Animal

Resistência Antimicrobiana: Patógenos que Afetam a Saúde Animal

Resistência Antimicrobiana: Patógenos que Afetam a Saúde Animal

A resistência antimicrobiana ocorre quando microrganismos como bactérias e fungos desenvolvem a capacidade de derrotar as drogas destinadas a matá-los, os antibióticos, e continuam a se desenvolver. Muito debatida na saúde humana, a resistência antimicrobiana de alguns patógenos também pode afetar a saúde dos animais e, consequentemente, das pessoas e até mesmo do ambiente (solo e água).

ONE HEALTH: CONCEITO DE SAÚDE ÚNICA

One Health é uma abordagem que reconhece que a saúde das pessoas está intimamente ligada à saúde dos animais e ao nosso ambiente compartilhado. O termo trata de questões ligadas à saúde, epidemiologia e adoção de políticas públicas efetivas para prevenção e controle de enfermidades, trabalhando nos níveis local, regional, nacional e global. One Health não é novo, mas se tornou mais importante nos últimos anos. Isso ocorre porque muitos fatores mudaram as interações entre pessoas, animais, plantas e nosso meio ambiente.

À medida que o mundo de hoje se torna cada vez mais conectado, a necessidade de aplicar efetivamente o conceito One Health só aumenta. Não só para proteger pessoas e animais de doenças, mas também para impedir rupturas econômicas que podem acompanhar esses surtos de doenças. Isso significa realizar vigilância, planejar atividades de resposta a surtos e criar estratégias de prevenção de doenças para reduzir a contaminação e mortes em pessoas e animais.

ANTIBIÓTICOS COMO PROMOTORES DE CRESCIMENTO DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA

Antimicrobianos passaram a ser significativamente usados na criação de animais para consumo na década de 50. Em 1951, o Food and Drug Administration (FDA) dos EUA liberou a sua administração na dieta animal sem receita veterinária. Desde então, além de serem aplicados no tratamento de infecções, os fármacos têm sido usados como promotores de crescimento nesses animais.

Hoje, na criação animal, há basicamente três tipos de uso de antimicrobianos. O primeiro é o terapêutico, como ocorre com o ser humano. A segunda maneira é a preventiva, como no desmame dos suínos — esse animal provavelmente vai passar por estresse, vai ter uma imunossupressão, que pode levar à infecção por várias bactérias, então se faz preventivamente o tratamento. A terceira maneira é a mais polêmica e a mais discutida na ciência, que é a administração de antimicrobianos como melhorador de desempenho. Nesse caso, o animal não tem nenhuma doença, provavelmente não vai ficar doente, e a droga é empregada com a finalidade de promover o crescimento.

As medicações antibióticas reduzem o tamanho e o peso do trato digestório, o que torna as vilosidades e as paredes intestinais mais finas, aumentando a absorção dos nutrientes. Além de manter a qualidade da flora gastrointestinal dos animais, pois controlam a flora patogênica e, assim, diminuem a disputa por nutrientes, além de reduzirem a produção de metabólitos depressores do crescimento dos animais. Esses produtos indicados com função de aditivo alimentar são chamados de antibióticos promotores de crescimento (APC), ou antibióticos melhoradores do desempenho animal.

Em 2016, cerca de 8,4 milhões de kg de antibióticos considerados importantes para uso humano foram vendidos para uso na pecuária

RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA E MAIOR CONTROLE DOS ANTIBIÓTICOS

A União Europeia proibiu o uso de antibióticos como promotores do crescimento em 2005 e, em 2018, proibiu o uso rotineiro de profilaxia em massa usando rações com antibióticos. Os EUA também têm implementado uma melhor regulamentação de antimicrobianos em animais de corte. Desde janeiro de 2017, a FDA tem desautorizado o uso de antimicrobianos clinicamente importantes na promoção do crescimento em animais de corte, e suas regulamentações sobre as diretrizes de alimentação veterinária têm limitado antibióticos clinicamente importantes da venda livre para criadores, para exigir controle veterinário. Alguns estados possuem regras ainda mais rígidas sobre antibióticos para animais de corte, mas nenhum se aproximou da proibição direta.

No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) garante que o país está correndo atrás para ter um sistema de vigilância, por meio do Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no âmbito da Agropecuária (PAN-BR AGRO), cujo prazo previsto para implementação vai de 2018 a 2022.

Em dezembro de 2018, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), ligada ao MAPA, por meio da Portaria Nº 171, informou sobre a intenção de proibição de alguns antimicrobianos com a finalidade de aditivos melhoradores de desempenho, abrindo prazo para manifestação dos setores envolvidos. Dentro os antimicrobianos utilizados estariam os que contém bacitracina, lincomicina, tiamulina, tilosina e virginiamicina em todo o território nacional. Essa decisão segue as recomendações de órgãos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), e as práticas adotadas por demais países, como os EUA, que proibiram a administração de qualquer antibiótico de importância para a medicina humana na produção de animais, mesmo na forma terapêutica.

CONSEQUÊNCIAS DO USO EXCESSIVO DE ANTIBIÓTICOS NA PRODUÇÃO ANIMAL

O uso contínuo dos APCs na produção animal diminuiu gradativamente os efeitos dos medicamentos, aumentando a resistência antimicrobiana, o que levou à necessidade de doses mais altas e à total dependência do uso desses medicamentos em algumas cadeias produtivas, especialmente as de suínos e aves.

Esse fato culminou no aparecimento de bactérias resistentes aos antibióticos, o que se torna um problema quando é preciso utilizá-los para o tratamento de infecções e doenças nos plantéis (animais de reprodução). Mas não é só isso. O assunto também afeta a saúde pública, motivo pelo qual se tem buscado a redução ou a eliminação de APCs na nutrição animal.

Há alguns anos, pesquisadores descobriram o gene resistente mcr-1 em plasmídeo de Escherichia coli de suínos e muitos estudos indicam a possibilidade de esse gene ser transferido para a flora gastrointestinal de humanos que consomem produtos de origem animal. Por causa disso, desde 2016 foi proibido o uso de Colistina (Poliximina E) assim como outros da classe dos macrolídeos e da penicilina como APC, pois são amplamente usados e criticamente importantes para a saúde humana.

Uma análise feita entre 2004 e 2006 pela Anvisa em amostras de frangos congelados vendidos em 14 estados brasileiros, detectou bactérias Salmonella e Enterococcus resistentes a vários antimicrobianos. Das 250 cepas de Salmonella analisadas, por exemplo, 77% foram consideradas multirresistentes.

MAS COMO ESSE MATERIAL GENÉTICO RESISTENTE PASSA DOS ANIMAIS PARA OS HUMANOS?

O caminho de “transmissão” de microrganismos resistentes ainda é desconhecido e muito estudado. Primariamente, acredita-se na transmissão fecal-oral. Microrganismos intestinais podem contaminar, diretamente, carne ou outros produtos animais quando o processamento dos alimentos fica aquém dos padrões ótimos. Também é importante lembrar que muitos desses antibióticos são excretados na urina e nas fezes e chegam ao meio ambiente contaminando água a ser ingerida por humanos que bebem água não tratada ou comem vegetais crus irrigados com essa água. Outra hipótese é que esses antibióticos excretados podem causar resistência a microrganismos do meio ambiente que não são parte da flora intestinal do animal. E, devido à capacidade de transferir genes localizados em elementos genéticos móveis, esses organismos portando, esses genes móveis, podem transferir resistência a organismos completamente diferentes os quais são patógenos humanos. Outra possibilidade é que pessoas que trabalham em contato direto com animais sejam, possivelmente, colonizadas por microrganismos resistentes.

Em uma tese de mestrado, realizada na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), pesquisadores buscaram bactérias resistentes em amostras de queijo minas frescal. Todos os exemplares estudados apresentaram algum conjunto de bactérias resistentes — em 13% a resistência antimicrobiana foi constatada para todos os antibióticos testados, e em 80%, para 8 a 10 diferentes antibióticos. Foi constatada ainda resistência antimicrobiana em 87% dos queijos aos carbapanêmicos, tipo de antibiótico potente que é considerado uma das últimas alternativas na luta contra microrganismos muito resistentes.

O uso de antibióticos na nutrição animal deve ser racional e cauteloso, tendo em vista as graves consequências que o abuso pode causar tanto na saúde animal como na humana. A restrição e a proibição de diversos antimicrobianos na agropecuária direcionam os produtores a estabelecerem planos estratégicos para atingirem seus objetivos produtivos, sendo que o foco em nutrição se mostra o mais efetivo. É mais provável que medidas preventivas ajudem em curto prazo, incluindo coisas como:

  • Novas vacinas;
  • A criação seletiva de animais com maior resistência a doenças;
  • Métodos de processamento de alimentos que eliminem mais patógenos antes do ponto de venda;
  • Melhores métodos de testes, como exames por PCR multiplex, capazes de diagnosticar patógenos específicos e, assim, ajudar a distinguir a infecção viral da bacteriana e também identificar animais infectados rapidamente, para que possam ser isolados e tratados sem ter que tratar toda a manada ou grupo de animais;
  • Usar probióticos e ácidos orgânicos para a promoção do crescimento.

Fonte: Kasvi

Tuberculose: Métodos para o diagnóstico

Tuberculose: Métodos para o diagnóstico

A tuberculose é uma doença infecciosa transmissível, que afeta principalmente os pulmões, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch. A doença pode afetar outros órgãos que não o pulmão, sendo mais comum esta forma em pacientes HIV positivos.

A tuberculose no mundo

A doença é um importante problema de saúde no mundo. Com os desafios do fornecimento e acesso aos serviços essenciais devido à pandemia do Covid-19, ocorreu um regresso no combate à tuberculose: houve subnotificação de novos casos, e o número de mortes aumentou pela primeira vez em mais de uma década.

Em 2020 o número de casos diagnosticados e notificados da doença caiu de 7,1 milhões para 5,8 milhões, enquanto as mortes chegaram ao total de 1,5 milhão de pessoas.

As projeções da OMS sugerem que em 2021 e 2022 ocorram ainda mais mortes por tuberculose que em 2020.

Como ocorre a transmissão da tuberculose? 

A transmissão ocorre principalmente através de partículas infectantes (gotículas de saliva contendo o patógeno) suspensas no ar, que foram espalhadas através da tosse, espirro e fala de um paciente contaminado com tuberculose pulmonar.

Através da respiração, os bacilos chegam aos alvéolos pulmonares, onde cerca de 10 a 20% das pessoas desenvolvem a doença.

Quais são os sintomas da tuberculose 

A tosse com expectoração por mais de 3 semanas é o principal sintoma da tuberculose, e pode ser acompanhada de demais sinais clínicos como febre, suor noturno, falta de apetite, cansaço, falta de ar e emagrecimento rápido. O escarro pode ser sanguinolento caso a lesão pulmonar atinja vasos sanguíneos.

Fatores de risco

Além de fatores relacionados ao sistema imunológico, condições sociais também estão entre fatores ligados ao adoecimento pela tuberculose.

 

Tabela 1

 

Para o grupo de risco, é recomendado que toda pessoa que apresente tosse (independente do tempo) e/ou radiografia que sugira tuberculose, realize exames investigativos para a doença.

Diagnóstico de tuberculose

Para o diagnóstico da tuberculose, primeiramente é realizada análise do quadro clínico.  Algumas indicações apontam como certo o resultado, como tosse por mais de 2-3 semanas associada a outros sintomas, fatores de risco associados aos sintomas, infecção por HIV e tosse e febre sem razão aparente, fator de risco associado a diagnóstico de pneumonia sem melhora após sete dias do início do tratamento.

Para a confirmação do diagnóstico, o médico deve solicitar exames, como:

  • Radiografia do tórax, para verificar possíveis alterações;
  • Baciloscopia (BAAR), para identificar a presença de bacilos álcool-ácido-resistentes, característicos do bacilo de Koch;
  • Cultura para micobactéria;
  • Teste molecular para confirmação do patógeno e identificação de possíveis resistências a antibióticos.

A radiografia, junto a baciloscopia e teste de cultura, ou teste molecular, costumam ser realizadas em todos os casos suspeitos de tuberculose pulmonar.

A baciloscopia é um exame de microscopia, com esfregaço em lâmina de amostra de escarro.  É considerado obrigatório no diagnóstico da tuberculose pulmonar, pois além de ser um método simples, rápido e de baixo custo, identifica a presença dos bacilos, que são fonte principal da transmissão da doença. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, em torno de 70% dos pacientes com tuberculose pulmonar apresentam níveis altíssimos de bacilos no escarro.

Como a baciloscopia somente identifica a presença de bacilos, e não confirma o patógeno como bacilo de Koch, é importante a realização de outro exame que confirme o bacilo presente como sendo o M. tuberculosis. Para isso, é possível realizar exame de cultura de micobactéria, ou exame de identificação molecular.

O exame de cultura de micobactéria é considerado padrão ouro no diagnóstico de tuberculose até o momento, tendo como vantagem o baixo custo, porém como desvantagem está a demora no resultado, que pode variar de poucos dias até oito semanas.

O exame molecular vem complementando o exame de cultura ao longo do tempo. É considerado um teste rápido, por apresentar o resultado em poucas horas, sensível e específico. É realizado através de técnica de reação da cadeia em polimerase (PCR), a qual por meio de extração, amplificação e detecção do material genético da amostra vai identificar ou não a presença do M. tuberculosis. Pode também, além de identificar o patógeno, identificar mutações características de resistência aos principais fármacos, de primeira e segunda linha, utilizados no tratamento da tuberculose.

Tratamento

O tratamento para tuberculose está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e tem duração mínima de seis meses. Idealmente o tratamento é realizado em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO), em que um profissional da saúde acompanha o paciente durante o tratamento.

Geralmente são utilizados quatro fármacos no tratamento da tuberculose: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Caso seja identificada alguma resistência aos medicamentos, cabe ao médico indicar fármacos mais adequados a cada situação.

Como prevenir?

Existem algumas formas de prevenir a tuberculose, como o tratamento de infecção latente, a qual previne o desenvolvimento da infecção ativa, o controle da infecção, para evitar possíveis contágios, e a principal, a vacina BCG.

A vacina BCG está disponível pelo SUS e deve ser dada em crianças ao nascer, ou antes de completar 5 anos. A BCG protege a criança contra as formas mais graves da doença, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar.

Fonte: Kasvi

Investigação rápida pode salvar seu pet no caso de doenças hepáticas

Investigação rápida pode salvar seu pet no caso de doenças hepáticas

Investigação rápida pode salvar seu pet no caso de doenças hepáticas

Mais frequentes do que se pensa, as doenças hepáticas não apenas levam embora a alegria e o apetite de cães e gatos, mas podem comprometer seriamente a saúde dos pets a médio e longo prazos, quando não diagnosticadas rapidamente. Dessa forma, além dos cuidados tradicionais com alimentação, nutrição e controle vacinal dos “melhores amigos”, o tutor deve ter uma atenção especial para os fatores que podem comprometer a saúde do fígado dos seus animais de estimação, tendo em vista que esse órgão responde por funções vitais para o organismo, como sintetização de proteínas e eliminação de toxinas. 

Doenças hepáticas em cães e gatos

De forma geral, as doenças hepáticas afetam o funcionamento do fígado dos animais. A lista é extensa, mas há cinco mais comuns. São elas:

1) Hepatites tóxicas e medicamentosas são causadas por envenenamentos, uso de remédios ou intoxicação alimentar. Dependendo da dose do produto tóxico, pode causar a morte do animal;

2) Tumores são problemas que afetam determinadas raças de cachorros, como pastor alemão, labrador, rottweiler e poodle e, de forma geral, animais idosos. Em determinados casos, a cirurgia é indicada;

3) Hepatites infecciosas são, em sua maioria, causadas por vírus e afetam os filhotes, mas podem ser transmitidas por bactérias também. Com exceção da hepatite, outras doenças do gênero devem ser prevenidas com vacinação, como é o caso da leptospirose que acomete cães e pode ser transmitida para o homem;

4) Lipidose hepática é o acúmulo de gordura no fígado. É mais comum em gatos com sobrepeso ou que sofrem de anorexia;

5) Obstrução biliar é causada por pedras na vesícula biliar e normalmente provoca retenção ou refluxo biliar. Geralmente é acompanhada de pancreatite – inflamação do pâncreas – o que agrava o quadro geral e, se não tratada, pode levar à morte.

Causas de doenças hepáticas em cães e gatos

A qualidade da alimentação de cães e gatos é fundamental para manter a saúde do fígado do animal de estimação. Assim, rações que não trazem a quantidade de nutrientes necessária para o funcionamento adequado do organismo, produtos de baixa qualidade ou mesmo o uso de comida humana na dieta dos pets podem ser fatores de risco para doenças hepáticas.

Além dessas, casos de infecções por vírus ou bactérias, ocorrências de intoxicações diversas, trauma (impacto ou acidente) e, ainda, má distribuição de sangue no fígado decorrente de doença cardíaca são outras causas que podem evoluir para quadros de doenças hepáticas em cães e gatos.

Diagnóstico de doenças hepáticas em cães e gatos

Animais doentes dão sinais de que não estão bem. No caso das doenças hepáticas, há um conjunto de sintomas que devem ligar o sinal de alerta dos tutores para uma visita de urgência ao médico veterinário, que poderá solicitar exames de sangue e urina, checagem de enzimas, radiografias e até biópsias para atestar a presença dessas doenças.

São eles: prostração, perda de apetite e de peso, aumento da ingestão de água e vômitos. Em casos mais avançados, o quadro pode evoluir para icterícia, quando as mucosas ficam amarelas, encefalopatia hepática, nos casos crônicos, ou acúmulo de líquido no abdômen (ascite).

Fonte: Celer

A água como reagente

A água como reagente

A água é o suprimento do Laboratório Clínico de menor custo. Talvez, por este motivo, sua qualidade seja tão negligenciada, apesar de ser um reagente importante e o mais utilizado.

A classificação da água “PURA” pode ter diferentes significados, dependendo da situação.

Água PURA para uso doméstico significa que ela é livre de microrganismos patogênicos e agentes tóxicos, sendo própria para o consumo humano.

Água PURA para uso farmacêutico significa principalmente que ela é livre de pirogênios e microrganismos.

No Laboratório Clínico, a água é utilizada como reagente químico e por isto a denominação água PURA significa que ela deve conter uma quantidade mínima de contaminantes (íons, matéria orgânica e microrganismos), capaz de atender a diferentes aplicações.

Traços de íons ou metais aceleram ou inibem várias reações, principalmente as mediadas por enzimas e prejudicam o desempenho de vários reagentes, controles e calibradores.

O efeito das impurezas da água nos diversos testes de laboratório tem sido estudado sistematicamente e existem evidências de numerosas causas de erro. O cloro utilizado na água servida à população, na concentração em torno de 1,0 mg/L, pode introduzir erros de até 25% na determinação de cloretos e interfere com vários procedimentos em bacteriologia e enzimologia. Traços de metais aceleram ou inibem várias reações e podem introduzir erros significativos nas medições de atividades enzimáticas ou em procedimentos que utilizam enzimas como reagentes. A dimensão do erro gerado pela impureza da água depende em muito da concentração do analito. Um miligrama de sódio por litro de água pode introduzir um aumento de 4,3 mEq/L na determinação de sódio se a diluição utilizada for de 1:100, representando um erro de 3,1%, em uma concentração de sódio de 140 mEq/L. Por outro lado, 1,0 mg de potássio por litro de água introduz um aumento de 2,5 mEq/L. Em uma amostra com potássio de 4,0 mEq/L, o erro é de 62%.

Assim, a água a ser utilizada no laboratório deve ser purificada para que não produza interferências nos testes ou ensaios. Vários são os processos de purificação que estão disponíveis para utilização no laboratório. Esta purificação consiste na eliminação de todas as substâncias dissolvidas e suspensas na água.

Destilação – Processo de vaporização e condensação de um líquido para purificar ou concentrar uma substância ou para separar uma substância volátil de outras substâncias menos voláteis. É o método mais antigo de purificação da água.

Deionização – Neste processo a água passa por um sistema contendo resinas insolúveis, aniônicas e catiônicas, onde os íons presentes na água são trocados pelos íons presentes nessas resinas.

No caso das resinas de troca catiônica, esta trocará seus íons hidrogênio (H+) por contaminantes catiônicos, como cálcio, magnésio, ferro, alumínio, manganês, cobre, zinco, cromo, níquel e outros cátions metálicos e cátions diversos.

As resinas aniônicas por sua vez trocam seus íons hidroxila (OH–) pelos contaminantes aniônicos, como clorato, clorito, cloreto, sulfato, sulfito, sulfeto, nitrato, nitrito, fosfato, fluoreto e outros ânions, além da sílica.

Osmose Reversa – Processo pelo qual a água é forçada a passar por uma membrana semipermeável que age como um filtro molecular. A membrana remove de 90 a 99% das impurezas da água.

Devido a sua capacidade de remoção de bactérias e pirogênios, a osmose reversa é frequentemente combinada com a deionização de modo a reduzir a frequencia de regeneração das resinas de troca iônica.

Filtração através de Carvão Ativado – Este processoremove o cloro por quimioabsorção e as substâncias orgânicas dissolvidas por adsorção. Geralmente o filtro de carvão ativado é colocado nos sistemas de purificação da água antes da osmose reversa e antes da deionização.

Ultrafiltração – Utiliza uma membrana com poros ligeiramente maiores que os da membrana de osmose reversa. É utilizado para remover pirogênios da água purificada.

Principais contaminantes e eficiência da purificação

A tabela a seguir relaciona os vários procedimentos de purificação da água e sua eficiência na remoção dos principais interferentes.

Tabela 1

Uma combinação dos processos de purificação da água para uso no Laboratório Clínico consiste de: Filtro inicial para reter partículas e bactérias; Filtro de carvão ativado para eliminar matérias orgânicas e Sistema deionizador de leito misto ou separado para reter íons, acoplado ou não a um sistema de osmose reversa.

O processo de deionização e de osmose reversa, tem aplicação muito comum nos Laboratórios Clínicos, mas o sistema deve ser monitorado para que possíveis problemas sejam sanados. A pequena sensibilidade no sistema de informação da qualidade da água processada acarreta na utilização de água imprópria. Contaminação com bactérias podendo deteriorar o sistema (resinas e membranas). Liberação de silicatos, substâncias alcalinas e potentes oxidantes, que interferem nas reações, principalmente as enzimáticas.

A água purificada para uso no Laboratório Clínico, deve ser submetida ao controle da qualidade devendo ser testada todas as vezes em que se obtiver um novo lote.

A água de uso no laboratório pode ser classificada em função da concentração de contaminantes mais importantes.

Especificações estabelecidas no momento da produção da água:

 

Tabela 2

 

Existe ainda uma especificação para a água que é usada em HPLC, cultura de células e tecidos, análise de cromossomas e testes de HLA, que é denominada água tipo “Especial”.

 

Cuidados devem ser tomados após obtenção de água destilada ou deionizada, pois não tem sentido obter uma água de boa qualidade e contaminá-la durante o processo armazenamento.

 

A água de tipo I só existe nesta forma no momento de sua produção. Portanto, quando um reagente requerer este tipo de água, ele deve ser preparado imediatamente após a produção da água purificada.

 

De modo geral, a água deionizada se encontra em um estado antinatural e tem a tendência a adquirir um estado intermediário entre o estado inicial e a purificação.

 

Os sistemas de armazenamento da água de tipos II e III devem ser construídos com materiais que não facilitem a contaminação química ou bacteriana.

 

O laboratório deve seguir a RDC 302/2005 da ANVISA, que no item 6.2.7 descreve: “O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem definir o grau de pureza da água reagente utilizada nas suas análises, a forma de obtenção, o controle da qualidade.”

 

Controle da qualidade da água

 

A sílica (contaminante fracamente ionizado) é uma das primeiras substâncias que podem eluir dos leitos de resina de troca iônica quando se aproximam da saturação. A liberação de substâncias fortemente ionizadas ocorre em seguida, aumentando a condutividade.

 

Para realizar o controle da qualidade da água para uso no laboratório, são indicados alguns testes:

 

  1. Determinar a quantidade de silicato presente na água. O silicato é o primeiro elemento a aparecer na água quando a coluna está atingindo seu ponto de saturação e começa a se tornar imprópria para utilização.
  2. Medir a condutividade da água. Condutividadeé a capacidade que a água possui em conduzir corrente elétrica, quanto maior a condutividade, maior a quantidade de íons presentes na água. A medida da condutividade deve ser realizada com um condutivímetro. Unidade: µS= microsiemens.
  3. Realizar o controle microbiológico da água. Deverá ser feito mensalmente e sempre após manutenção do equipamento. O controle microbiológico da água é definido como Unidades Formadoras de Colônia por mL de água (UFC/mL). Cada laboratório deverá ter seu procedimento de coleta e medida

 

Para obter uma água que contenha somente partículas menores que 0,22 m, utilizar um filtro com poro de diâmetro nominal igual a 0,22 m.

 

Criar um sistema de registro da condutividade, da absorbância encontrada no teste do Silicato Ma e do controle microbiológico com as datas de realização. Repetir este teste de controle da qualidade da água, no mínimo semanalmente. Registrar todas as ações tomadas quando um dos parâmetros se apresentar fora da especificação desejada.

Armazenamento

De modo geral, como a água purificada se encontra em um estado antinatural e tem tendência a retornar ao estado anterior à purificação, devem-se tomar cuidados no armazenamento. É recomendável obter a água purificada na quantidade suficiente para um dia de trabalho.

Fonte: Labtest

Diabetes Melitus em cães e gatos: identificando sintomas e possíveis tratamentos

Diabetes Melitus em cães e gatos: identificando sintomas e possíveis tratamentos

Diabetes Melitus em cães e gatos: identificando sintomas e possíveis tratamentos

Cães e gatos estão vulneráveis a desenvolver doenças semelhantes às dos humanos.  O Diabetes Mellitus (DM), atualmente, é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma pandemia mundial, com um crescente aumento na incidência em humanos. Infelizmente, estamos observando nos últimos anos um aumento, também, na incidência desta doença em cães e gatos. O Médico Veterinário Marcelo Genelhu, Key Account Manager da linha veterinária Labtest, alerta que podemos pensar que nosso estilo de vida atual também tem afetado diretamente a saúde dos nossos pets e que é nosso dever protegê-los desta grave condição.

Diabetes Mellitus em cães e gatos: como identificar a doença

O DM é uma doença que promove o aumento dos níveis de glicose no sangue gerando a hiperglicemia. A glicose é um carboidrato utilizado pelas células juntamente com o oxigênio para produção de ATP (adenosina trifosfato), molécula responsável por fornecer energia ao nosso organismo. Para utilizar esse carboidrato a célula precisa do hormônio insulina, produzido pelo pâncreas, a fim de retirá-lo do sangue e colocá-lo dentro da mesma.

Nos cães, o DM possui um padrão de desenvolvimento que se assemelha ao Diabetes tipo I em humanos, possuindo uma origem imunomediada que, consequentemente, causa uma incapacidade de secretar insulina. Já nos gatos, o DM é bastante similar ao Diabetes tipo II observado em humanos, que é secundário à resistência insulínica, frequentemente afetando indivíduos mais idosos.

Fatores utilizados para a classificação da doença em humanos não são usados rotineiramente em cães e gatos. A classificação médica utilizada na medicina humana serve apenas para compreensão do processo de desenvolvimento da doença em cães e gatos. Neste sentido, podemos dividir os pacientes veterinários em DM insulino-dependente ou DM não insulino-dependente, uma vez que utiliza-se uma classificação, mais adequada de acordo com a necessidade de insulina para terapia.

Causas e sintomas do diabetes mellitus: quais as consequências?
A maioria dos cães e gatos é acometida por DM na fase adulta e na velhice. Algumas raças caninas têm maior predisposição em desenvolver a doença, que é mais frequente nas fêmeas. Os principais fatores que podem predispor a doença são:
  • Fatores Genéticos;
  • Obesidade;
  • Pancreatites;
  • Fármacos como glicocorticóides, estreptozotocina e aloxano;
  • Excesso de gordura no sangue (hiperlipidemia);
  • Insulite imunomediada;
  • Antagonismos hormonais (excesso de cortisol, progestágenos e hormônio do crescimento).

Os principais sintomas são:

  • Perda de peso;
  • Aumento na ingestão de água;
  • Aumento do apetite;
  • Aumento da vontade de urinar.

O diagnóstico tardio da doença pode acarretar sinais clínicos mais sérios se não forem tratados adequadamente, como perda de visão em decorrência da catarata em cães e lesão nos nervos em gatos, além de apatia, hálito forte, vômito e coma. Por isso, é importante que os seus tutores estejam atentos aos primeiros sinais e os monitorem para que a doença não chegue a um estágio avançado.

Diagnóstico do diabetes mellitus em cães e gatos e o seu tratamento

Como é feito o diagnóstico do diabetes mellitus em cães e gatos?

O diagnóstico do DM é baseado na presença das manifestações clínicas clássicas aliados à constatação de hiperglicemia e de glicosúria persistentes. Uma vez que a doença é diagnosticada, o animal deve passar por uma avaliação minuciosa para diagnosticar patologias concomitantes ou doenças que possam interferir na terapia do DM.

Assim que o diagnóstico de DM tenha sido estabelecido, é importante que o tratamento seja instituído o mais rápido possível. Os objetivos do tratamento incluem o controle dos sinais clínicos, a manutenção do apetite e peso corporal de forma estáveis, a percepção do proprietário de que o animal esteja saudável e o cuidado diante de complicações associadas à doença, como cetose, hipoglicemia.

Como é o tratamento?

Um dos principais objetivos no tratamento do DM em cães e gatos é melhorar a qualidade de vida deles. Não existe uma única fórmula para o controle do diabetes em animais, mas podemos citar algumas medidas que podem ser adotadas como: controle do uso de medicamentos hormonais, reeducação alimentar e administração periódica de insulina. Cada paciente exige cuidados próprios, que devem ser analisados pelo Médico Veterinário.

Conforme relatado acima, todos estes sinais ajudam o Médico Veterinário a diagnosticar o DM, no entanto a suspeita só pode ser confirmada a partir de exames laboratoriais de sangue e de urina em jejum, para monitorar a glicemia do animal.

No caso do DM o papel do tutor é fundamental para ajudar a diagnosticar e, mais ainda, para controlar a doença e manter os níveis de glicose ideais, evitando picos ou quedas, reduzindo os sintomas. Mesmo que seja uma doença genética, é possível prevenir as complicações do DM no seu companheiro(a), por meio de uma alimentação equilibrada, exercícios regulares (passeios e brincadeiras) e acompanhamento veterinário.

O excesso de peso é um dos sinais clínicos que merece especial atenção. Observe se o cão está com acúmulo de gordura na região da base da cauda e do abdômen. Já nos gatos, verifique a região inguinal (parte da frente das patas traseiras).

Qual a importância das proteínas glicadas para o diagnóstico do diabetes em pequenos animais?

A Frutosamina é uma proteína glicosilada/glicada utilizada como um marcador da concentração média de glicose sanguínea, uma vez que a concentração da mesma não é afetada pelas flutuações transitórias da glicose no sangue. A frutosamina é formada pela ligação irreversível não-enzimática de glicose com proteínas séricas, principalmente albumina. Sua determinação fornece uma estimativa da glicemia durante as últimas 2-3 semanas.

Os gatos são suscetíveis à hiperglicemia induzida pelo estresse e, muitas vezes, é difícil diferenciar entre esse fenômeno e a doença. A própria contenção do paciente pode efetivamente induzir a uma transitória hiperglicemia. Sendo assim, a concentração de frutosamina é uma ferramenta importante na identificação dos gatos com hiperglicemia de estresse que podem apresentar glicosúria, mas que não tem Diabetes Mellitus. Nesses casos, a concentração de frutosamina circulante encontra-se dentro dos limites de referência. Já em gatos diabéticos, a frutosamina encontra-se aumentada, ajudando assim o diagnóstico final do DM.

Conheça as soluções da Labtest para o diagnóstico do Diabetes Mellitus em animais:

Fonte: Labtest

Doença antiga, a Tuberculose ainda é um desafio a ser vencido pelo mundo

Doença antiga, a Tuberculose ainda é um desafio a ser vencido pelo mundo

Doença antiga, a Tuberculose ainda é um desafio a ser vencido pelo mundo

A pandemia de Covid-19 tem revirado o mundo de ponta cabeça há quase dois anos e é inegável que ela trouxe, também, vários avanços na área da saúde. Em menos de um ano, foi desenvolvida uma vacina e, atualmente, já existem medicamentos aprovados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o tratamento da doença em caráter emergencial. No entanto, a velocidade para combater a pandemia atrasou muitas ações importantes em curso, estabelecidas entre a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organizações das Nações Unidas (ONU).

A OMS e a ONU se uniram entre os anos de 2014 e 2015 para construir os chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Dentre essas metas, há um comprometimento em acabar com a tuberculose (TB) até o ano de 2030, pois a doença é tratável e curável.

A estratégia adotada pela OMS para pôr fim à TB visa uma redução em 90% das mortes e de 80% na taxa de incidência até 2030, em comparação com a linha de base de 2015. No entanto, a Stop TB Partnership, organização vinculada à OMS, expôs um dado alarmante que mostra que 12 meses de COVID-19 eliminaram 12 anos de progresso na luta global contra a TB. Além da queda mundial no diagnóstico e tratamento da doença, os dados indicam que as pessoas coinfectadas com TB e COVID-19 têm mortalidade três vezes maior do que as pessoas infectadas apenas com tuberculose.

Embora a doença exista desde a época dos faraós, a única vacina aprovada tem 100 anos e não funciona totalmente, especialmente em adultos. Antes da COVID-19, a TB era a doença infecciosa mais letal, com cerca de 4000 mortes diárias. O Brasil está entre os países que possuem as mais altas cargas de tuberculose, sendo integrante de um grupo composto de 30 nações que são responsáveis por aproximadamente 90% dos casos registrados em todo planeta.

O tema do Dia Mundial da TB em 2021 – “O tempo está passando”- fez alusão ao atraso no cumprimento dos compromissos assumidos por líderes globais para a erradicação da TB até 2030.

Tuberculose (TB)

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Na maioria dos casos, afeta os pulmões, embora possa comprometer outros órgãos e/ou sistemas, principalmente em pacientes com problemas imunológicos.

A TB é transmitida pela fala, espirro ou tosse de pacientes infectados que lançam no ar partículas em forma de aerossóis com a presença de bacilos. Em média, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar uma média de 10 a 15 pessoas. Diferente do que se pensa, não há risco no compartilhamento de talheres, copos, roupas, lençóis etc.

Uma vez iniciado o tratamento, que tem duração de seis meses, a capacidade de transmissão é reduzida após 15 dias. Complementa essa etapa a adoção de medidas de controle como cobrir a boca com o braço ou lenço ao tossir e manter o ambiente bem ventilado e com luz natural, visto que o bacilo é sensível à luz solar e a circulação do ar dispersa as partículas infectantes do ambiente.

Anualmente, são registrados 70 mil novos casos no Brasil, com 4,5 mil mortes nesse intervalo. A TB também está relacionada a problemas sociais que comprometem a qualidade de vida. Prova disso é que entre os grupos mais vulneráveis estão os indígenas, com 3 vezes mais chance de pegar a doença. Para os detentos e demais privados de liberdade, esse risco é 28 vezes maior. Em pessoas que vivem com HIV/Aids, é 25 vezes maior e entre a população em situação de risco, 56 vezes maior.

Sintomas

O principal sintoma de Tuberculose Pulmonar é a tosse com sangue ou crônica, por um período de três semanas ou mais. Outros sinais que devem ser observados são: dor no peito, febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento não intencional severo, cansaço e fadiga.

Caso a pessoa apresente os sintomas, é preciso procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação clínica e realização de exames.

Diagnóstico

O diagnóstico de Tuberculose inclui exames laboratoriais como baciloscopia, teste rápido molecular para tuberculose e cultura para micobactéria. O resultado por cultivo da micobactéria pode levar até oito semanas, pois o bacilo apresenta um crescimento lento. O exame complementar é o Raio X do tórax, que deve ser realizado em todas as pessoas com suspeita da doença.

Fonte: Celer

Saiba como seu pet pode salvar vidas doando sangue

Saiba como seu pet pode salvar vidas doando sangue

Saiba como seu pet pode salvar vidas doando sangue

Já falamos aqui sobre como doar sangue é importante, mas você sabia que cães e gatos também podem ser doadores? Assim como nós, os queridos pets podem sofrer um acidente ou ter anemia, por exemplo, e precisar de uma transfusão. Por isso, é igualmente importante garantir que os bancos de sangue animal sejam abastecidos.

É comum que os tutores tenham receio de levar seus animais para doar sangue, mas iremos explicar como o procedimento funciona para que você se sinta confiante e seu pet possa se tornar um doador. O seu animal de estimação pode contribuir e ajudar salvar a vida de outros bichinhos.

QUAL A IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO DE SANGUE ANIMAL?

A doação de sangue de cães e gatos é importante pois pode salvar a vida de outros pets que precisam de socorro. A transfusão de sangue pode ser necessária em situações de emergência, contribuindo para diminuir os sintomas de anemia e disfunção sanguínea.

Os animais de estimação podem precisar da transfusão de sangue nas seguintes situações:

● durante cirurgias;
● atropelamento;
● brigas;
● cortes profundos;
● doenças transmitidas por carrapatos;
● picadas de animais peçonhentos;
● pancreatite;
● intoxicação;
● anemia.

No caso dos cães, uma única doação pode salvar a vida de outros quatro animais, e no caso dos gatos, dois. Vários pets sofrem esperando por conta da falta de bolsas em bancos de sangue animal. Isso acontece, em grande parte, pela falta de conhecimento do tema por parte de tutores de animais que são potenciais doadores.

Benefícios de ser um pet doador

Existem benefícios para pet doador, são feitos diversos exames com o sangue coletado e o resultado fica disponível para os tutores gratuitamente.

É feito um hemograma completo além de exames importantes como, testes de Leishmaniose e Dirofilariose nos cães e Imunodeficiência Felina (FIV) e Micoplasmose nos gatos. Além disso, o animal passa por um check-up físico para garantir que ele esteja na melhores condições de saúde.

QUAIS OS CRITÉRIOS PARA SER UM PET DOADOR?

Para um bichinho se tornar doador é preciso que ele esteja dentro de alguns critérios, que garantem que o animal seja saudável e o sangue colhido possa ser utilizado.

Os critérios são os seguintes:

● ter entre 1 e 8 anos de idade para cães, e entre 1 e 7 para gatos;
● cães devem pesar no mínimo 25 kg, e gatos devem pesar no mínimo 4 kg;
● estar com as vacinas e a vermifugação em dia;
● estar livre de pulgas e carrapatos;
● comportamento dócil;
● não tomar medicações contínuas;
● não ter realizado transfusão ou ter feito cirurgia nos 30 dias anteriores;
● fêmeas não podem estar no cio, prenhes ou lactantes.

COMO É O PROCESSO DA DOAÇÃO DE SANGUE ANIMAL?

Ao contrário do que se imagina, o procedimento de doação de sangue animal é muito tranquilo, assim como o humano. As clínicas e hospitais que realizam a coleta contam com profissionais especializados para esse serviço.

O procedimento dura em média 20 minutos para os gatos e são colhidos 60 ml, e para os cães, são coletados 450 ml em 15 minutos, em média. O animal de estimação deve estar em jejum de quatro horas para realizar a doação, e após a coleta ele já pode se alimentar. É recomendado que o peludo faça repouso durante o resto do dia.

Tipos sanguíneos

Como mencionamos, uma das vantagens de ser um pet doador é que o sangue coletado passa por diversos exames, um deles é para determinar o tipo sanguíneo do animal. Caso o seu bichinho precise de uma transfusão no futuro, essa informação é extremamente útil e irá agilizar o tratamento.

Os cães possuem seis tipos sanguíneos principais que compõem o Sistema DEA (sigla em inglês para Dog Eritrocyte Antigen, ou “Antígeno Eritrocitário Canino”), sendo eles:

● DEA 1, dividido nos subtipos DEA 1.1 e 1.2;
● DEA 3;
● DEA 4;
● DEA 5;
● DEA 7.

O sangue canino é bem mais complexo que o humano e em um mesmo cão é possível encontrar mais de um tipo sanguíneo. No entanto, os tipos mais comuns são o DEA 1.1 e o DEA 4, que é considerado o doador universal.

O sangue canino é bem mais complexo que o humano e em um mesmo cão é possível encontrar mais de um tipo sanguíneo. No entanto, os tipos mais comuns são o DEA 1.1 e o DEA 4, que é considerado o doador universal.

Já os gatinhos possuem apenas três tipos sanguíneos:

● A;
● B;
● AB.

Para os felinos o teste de classificação sanguínea é ainda mais importante pois há grande risco de reação na primeira transfusão.

Converse com o veterinário que faz o acompanhamento do seu pet sobre a possibilidade de ele se tornar um doador!

Fonte: Labtest

Relatório Mundial sobre Drogas 2021 avalia que pandemia potencializou riscos de dependência

Relatório Mundial sobre Drogas 2021 avalia que pandemia potencializou riscos de dependência

RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE DROGAS 2021 AVALIA QUE PANDEMIA POTENCIALIZOU RISCOS DE DEPENDÊNCIA

Cerca de 275 milhões de pessoas usaram drogas no mundo no último ano, enquanto mais de 36 milhões sofreram de transtornos associados ao uso de drogas, de acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2021. O documento foi dia 24/06, pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

O Relatório aponta que, durante os últimos 24 anos, a potência da cannabis aumentou em até quatro vezes em algumas partes do mundo. Apesar de a porcentagem de adolescentes que perceberam a droga como prejudicial ter caído em até 40%, persistem evidências de que o uso da cannabis está associado a uma variedade de danos à saúde. Os mais afetados são os usuários regulares a longo prazo.

“A menor percepção dos riscos do uso de drogas tem sido associada a maiores taxas de consumo de drogas. As descobertas do Relatório Mundial sobre Drogas 2021 do UNODC destacam a necessidade de fechar a lacuna entre percepção e realidade para educar os jovens e salvaguardar a saúde pública”, disse a diretora-executiva do UNODC, Ghada Waly.

Campanha – O tema do Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas deste ano é “Partilhe Fatos Sobre Drogas. Salve Vidas.”, enfatizando a importância de fortalecer a base de evidências e aumentar a conscientização pública para que a comunidade internacional, governos, sociedade civil, famílias e jovens possam tomar decisões informadas, direcionar melhor os esforços para prevenir e tratar o uso de drogas, além de enfrentar os desafios mundiais das drogas”.

Novos desdobramentos – A COVID-19 desencadeou inovação e adaptação em serviços de prevenção e tratamento de drogas por meio de modelos mais flexíveis de prestação de serviços. Muitos países introduziram ou expandiram os serviços de telemedicina devido à pandemia, o que para os usuários de drogas significa que os profissionais de saúde podem agora oferecer aconselhamento ou avaliações iniciais por telefone e usar sistemas eletrônicos para prescrever substâncias controladas.

Embora o impacto da COVID-19 nos desafios das drogas ainda não seja totalmente conhecido, a análise sugere que a pandemia trouxe dificuldades econômicas crescentes que provavelmente tornarão o cultivo de drogas ilícitas mais atraente para as frágeis comunidades rurais. O impacto social da pandemia — que provoca um aumento da desigualdade, da pobreza e das condições de saúde mental, sobretudo entre populações já vulneráveis — representa fatores que podem levar mais pessoas a consumir drogas.

Conheça os testes da ECO Diagnóstica para drogas de abuso:

COCAINA DOA COC 150 ECO 20 TESTES ECO – CÓD. 30163

MACONHA DOA THC 20 TESTES ECO – CÓD. 30164

 

Fonte: Eco Diagnóstica

Na volta do feriado, paulistanos enfrentam fila em postos de saúde para descobrir se têm Covid ou influenza

Na volta do feriado, paulistanos enfrentam fila em postos de saúde para descobrir se têm Covid ou influenza

Na volta do feriado, paulistanos enfrentam fila em postos de saúde para descobrir se têm Covid ou influenza

Na primeira segunda-feira do ano, muita gente em vez de ir ao trabalho foi ao posto de saúde em busca de testes para gripe ou Covid. Com sintomas parecidos, a população tenta descobrir que doença tem após o período de festas num país onde faltam testes.

Há quatro dias a média móvel de casos de Covid está 100% maior que o cálculo de 14 dias atrás, o que demonstra forte tendência de alta. Enquanto isso, o surto de influenza avança pelo Brasil.

Em São Paulo, Unidades Básicas de Saúde têm cerca de três horas de espera para quem busca fazer o teste e receber algum tipo de tratamento. As filas de pessoas com tosse, dores no corpo, dor de garganta e febre são longas.

A jornalista Cristiane Sinatura, 32 anos, passou alguns dias da semana passada no Rio. Voltou para São Paulo com tosse leve, comum às suas crises de rinite e, por isso, seguiu com a programação de folga e viajou para um sítio com amigos. Foi lá que começou a sentir febre, dor de garganta e dores pelo corpo. Passou a virada de ano isolada em um quarto. Achava que estava com gripe, até quando, na manhã de segunda, não sentiu o gosto do café.

Tentou uma consulta por telemedicina, mas não havia previsão de atendimento devido ao excesso de chamadas. Então foi à farmácia e fez um teste rápido, que deu negativo para Covid. Mesmo assim, não se sentiu segura e foi ao posto de saúde na Vila Madalena, zona Oeste de São Paulo, mas desistiu ao saber que teria que ficar 2h30 esperando atendimento.

— Não quero ficar doente na fila, então vou para casa esperar a janela para fazer mais um teste de farmácia, que parece detectar qual dos dois vírus tenho. Vou ter que pagar. Confio na vacina, tomei três doses, então não me preocupo tanto com a evolução, mas fico tensa por não saber o que eu tenho. Preciso descobrir até para entender quanto tempo devo ficar em isolamento — afirma Sinatura.

Preocupada com o futuro também está Elisângela Chable, empresária de 27 anos. Com febre de 39 graus e calafrios, foi à farmácia tomar uma injeção, acreditando estar gripada. Com o passar dos dias, surgiu a tosse, dor no corpo, especialmente no peito e nos olhos, e muito cansaço. Diante disso, decidiu encarar a espera de mais de três horas em uma UBS na Lapa.

—Como eu sabia que ia ser demorado, decidi tratar em casa mesmo. Mas preciso saber o que tenho para seguir a vida. Não posso parar de trabalhar — conta ela, que não sabe como se contaminou. — Pode ter sido no Natal, mas todos estão bem em casa. Pode ter sido na rua, no metrô, não sei.

Fonte: O Globo
Constança Tatsch
03/01/2022 – 13:38 / Atualizado em 03/01/2022 – 13:44

Testes da ECO detectam nova variante ômicron

Testes da ECO detectam nova variante ômicron

TESTES DA ECO DETECTAM NOVA VARIANTE ÔMICRON

No dia 26 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) nomeou a B.1.1.529 como nova variante “ômicron”. A variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta.

Através de estudos internos realizados pela SD Biosensor, foi verificado que os testes de antígeno da ECO Diagnóstica são capazes de detectar a nova variante, ômicron do Sars-CoV-2, considerada de preocupação, pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike”.

Conheça os testes da ECO Diagnóstica:

COVID-19 Ag ECO Teste

COVID Ag Oral ECO Detect

COVID/FLU A/B Ag Combo ECO Teste

ECO F COVID-19 Ag

ECO F COVID/Flu A/B Ag

Fonte: Eco Diagnóstica