CHOQUE

CHOQUE

 Choque

Atualmente, o choque, é definido como um desequilíbrio grave entre a entrega de oxigénio e nutrientes às células e o seu consumo por parte destas, devido a uma perfusão tecidual diminuída e à remoção inadequada de produtos tóxicos, originando deficiências no metabolismo oxidativo que pode relacionar-se: com a entrega inadequada de oxigénio, do seu transporte, da sua utilização ou a combinação das três. Portanto, o choque pode ser qualquer síndrome ou doença que dê origem a uma diminuição grave do fluxo sanguíneo efetivo.

Esta síndrome pode ocorrer por: diminuição da circulação efetiva do volume sanguíneo; capacidade do sangue em distribuir oxigénio até às células; capacidade de bombeamento sanguíneo pelo coração e capacidade do sistema vascular em manter um tónus vasomotor apropriado. Todos os tipos de choque envolvem processos metabólicos que culminam em lesão celular, deficiência orgânica e morte.

A perfusão sanguínea inadequada desempenha o maior papel na lesão celular na maioria das formas de choque. A isquemia celular deve-se à hipoperfusão, com diminuição da entrega de nutrientes e oxigénio às células com consequente diminuição da produção de ATP.

O progresso do choque é normalmente dividido em três fases:
 Choque inicial ou compensado, onde, a entrega de oxigénio ao coração, ao cérebro e aos rins é mantida em prejuízo de outros órgãos menos vitais como a pele e o aparelho digestivo;
– Choque descompensado em que existe uma redução substancial da perfusão sanguínea ou uma má distribuição aos órgãos como pele, músculos e aparelho digestivo de modo a manter a perfusão cerebral, cardíaca e renal;
– Choque tardio ou irreversível que implica lesão orgânica irreversível de órgãos vitais como cérebro, coração e rins.
Além disso, existem três classificações funcionais para o choque:
– O choque hipovolêmico como consequência de défice de volume circulante;
– O choque cardiogênico como consequência de insuficiência cardíaca primária;
– O choque distributivo como consequência de uma alteração do tónus vascular.

Dentre os diagnósticos para essa síndrome, uma das medidas muito utilizadas são a gasometria arterial e venosa. Visto que, à análise de gases arteriais pode desempenhar um importante papel na avaliação clínica de pacientesem choque, fornecendo informações importantes e objetivas acerca da oxigenação, ventilação e estado ácido-básico do organismo.

Geralmente, o estado de choque é acompanhado de acidose metabólica, cuja gravidade está diretamente relacionada com a extensão e duração da hipoperfusão tecidual. Pode também estar associada acidose respiratória pela ventilação pulmonar inadequada. Mesmo quadros em que há hiperventilação, como o hemorrágico e o séptico, esta não é suficiente para neutralizar a acidose tecidual, principalmente se considerarmos que a hiperventilação desaparece nas fases avançadas do choque. Quando a restauração da perfusão tecidual é feita precocemente, o desequilíbrio ácido/básico é revertido com facilidade pela eliminação pulmonar do CO2 e metabolismo hepático do lactato tecidual. Porém, se a acidose atingir níveis perigosos (pH menor que 7,28) a correção com NaHCO3 deve ser feita; a dose pode
ser estipulada a partir da determinação do pH e pCO2 arterial, concentração de HCO3 circulante e déficit de base e usando a seguinte fórmula: Bicarbonato necessário (mEq/kg) = déficit de bases x 0.3 x peso corporal.

Já a medição dos níveis de oxigénio arterial deve ser sempre interpretada tendo em conta a quantidade de oxigénio inspirado pelo paciente. Esta quantidade é dependente da fracção inspirada de oxigénio (FiO2), da pressão barométrica e da pressão parcial de dióxido de carbono (PaO2).

Os instrumentos mais modernos para a medição dos gases sanguíneos, apesar de altamente sofisticados, são fáceis de operar, com uma manutenção e controlo de qualidade meticulosa e são capazes de proporcionar resultados rápidos e muito confiáveis.

A gasometria é uma aliada importante na realização de exames e no auxilio médico, para a proposição de diagnóstico rápido e seguro, possibilitando a tomada de decisão no tempo adequado e, em muitos casos, salvando vidas. Pensando nisso, a Centerlab em parceria com a Werfen, empresa pioneira e líder mundial no segmento de equipamentos e produtos para diagnósticos laboratoriais, oferecem o que há de mais moderno de equipamento de gasometria, a linha GEM Premier.

 

GEM3500 GEM5000

 

 

REFERENCIA
– https://www.efdeportes.com/efd141/equilibrio-acido-basico-e-gasometria-arterial.htm
file:///C:/Users/helton.faria/Downloads/arterial%20and%20central%20venous%20pH,%20bicarb,%20BE%20and%20Lactate%202006.pdf
– https://www.werfen.com/br/pt-pt/v2/about-werfen
– https://www.centerlab.com/

Prevenção de acidentes por material perfurocortante no laboratório clínico

Prevenção de acidentes por material perfurocortante no laboratório clínico

Prevenção de acidentes por material perfurocortante no laboratório clínico

No setor de saúde, acidentes provocados por materiais perfurocortantes é a maior causa da transmissão de doenças infecciosas, sendo os acidentes causados por agulhas os de maior risco. Mais de 50% de todos os casos registrados são relativos à equipe de enfermagem, seguidos por médicos e equipe de laboratório. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que dos 35 milhões de profissionais da saúde em todo o mundo, quase 3 milhões passam por exposições percutâneas a patógenos sanguíneos a cada ano. Dois milhões dessas exposições são ao Vírus da Hepatite B (HBV), 0,9 milhões ao Vírus da Hepatite C (HCV) e 170.000 ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Esses acidentes podem potencialmente resultar em 15.000 infecções por HCV, 70.000 por HBV e 1000 por HIV. Além disso, sabe-se ainda que as punções acidentais por agulha transmitem outros tipos de patógenos sanguíneos, incluindo vírus, bactérias, fungos e outros micro-organismos responsáveis por doenças como difteria, gonorreia, herpes, malária, sífilis, tuberculose, etc.

A OMS observa que a maioria desses acidentes dentro do ambiente de saúde, é passiva de prevenção. A prevenção requer dentre outros a proteção pessoal para a equipe, incluindo dispositivos de segurança na agulha, sendo que no Brasil está de acordo com a Norma Regulamentadora NR32 que tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral e pela PORTARIA N.° 939, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2008, que deverá ser assegurado ao profissional de saúde o uso de dispositivos de segurança acoplados nos perfurocortantes pelas instituições a partir de 18 de Novembro de 2010, tento o prazo de 2 anos para adequação a partir da data de publicação desta Portaria.

Os profissionais da saúde não percebem e não acreditam no perigo ocupacional de contrair infecções transmitidas pelo sangue, devido a sua exposição diária a ele e a outros fluídos corporais. O risco de infecção depende do predomínio dessas doenças na população de pacientes com os quais lidam, e ainda, da natureza e frequência das exposições. Punções acidentais por agulhas, em que a pele foi rompida, implicam altos riscos de transmitir infecções.

Pesquisa feita com 75 hospitais no Reino Unido em 2009 revelou em quais momentos o acidente acontece (figura 1), e quais os profissionais que estavam envolvidos no mesmo, observando-se a coleta de sangue como um dos principais procedimentos de risco: Para prevenir acidentes, agulhas, seringas e dispositivos médicos devem ser manuseados com cautela. Agulhas não devem nunca serem re-encapadas, re-utilizadas, entortadas propositalmente, quebradas com a mão, compartilhadas, reesterilizadas, removidas de uma seringa descartável ou mesmo adaptadores para coleta de sangue a vácuo. Depois de usadas, as agulhas devem ser descartadas em descartadores para perfurocortante claramente identificados e resistentes á perfuração, para o transporte aos locais de descarte. A OSHA, Occupational Safety and Health Administration dos Estados Unidos, define “objetos perfurocortantes com dispositivos de segurança que protegem contra acidentes” como: um objeto perfurocortante sem agulha ou um dispositivo com agulha, utilizado para coleta de sangue, acessando uma veia ou artéria, ou administrando medicamentos ou outros fluídos, com um dispositivo de segurança acoplado que reduza efetivamente o risco de um acidente ocupacional. Esta categoria de dispositivos abrange um amplo conjunto de produtos  médicos que incorporam dispositivos de segurança que reduzem a chance de acidentes envolvendo objetos perfurocortantes. Esses recursos de segurança incluem travas ou tampas que protegem os materiais perfurocortantes, superfícies ou pontos retráteis, capas de proteção, tubos capilares plásticos etc.

Gráfico

 

Hoje as agulhas hipodérmicas devem possuir dispositivos de segurança (figura 2a) para evitar acidentes com o profissional de saúde. Etambém, novas recomendações do CLSI onde seringa e agulha são usadas para coletar sangue, preconizam o uso de um dispositivo de transferência (Figura 2b). Trata-se de um adaptador de coleta de sangue a vácuo, com agulha distal acoplada para a transferência do sangue da seringa diretamente  para o tubo (figura 2c), sem a necessidade de manuseio do sangue e abertura do tubo (NCCLS/CLSI H3- A6, Vol.27 No26, Procedures for the Collection of Diagnostic Blood Specimens by Venipuncture; Approved Standard – Sixth edition, 2007). Existem ainda seringas com dispositivos de segurança acoplados que, além de prevenir o acidente perfurocortante, também evita a reutilização da seringa com a quebra do êmbolo, após o procedimento técnico (figura 2d).

 

Figura 2

 

Dispositivos de segurança em coleta de sangue a vácuo (figura 3): O dispositivo de segurança deve ser parte integral da agulha; Fornecer uma cobertura/tampa/superfície rígida que permita que as mãos permaneçam atrás do elemento perfurante ou cortante.

 

Figura 3

 

Procedimento de coleta usando agulha para coleta de sangue a vácuo (figura 4), com dispositivo de segurança: Nos casos de pacientes com acessos difíceis, deve-se utilizar escalpes, por possuírem agulhas mais compactas que proporcionam maior mobilidade e facilidade no manuseio pelo flebotomista e os mesmos também devem conter estes dispositivos de segurança:

 

Figura 4

 

Abaixo (figura 5 e 6) dois exemplos de dispositivos acoplados em escalpes:

 

Figura 5

 

Figura 6

 

Lancetas para punção digital e de calcanhar têm dispositivos de segurança que podem ser passivos (figura7) ou ativos (figura 8):

 

Figura 7

Figura 8

 

Escalpes com Trava de Segurança VACUETTE® – A trava de segurança com mecanismo manual permite total controle no momento da retirada do dispositivo, pois a agulha desliza delicadamente junto a cânula de proteção e um clique audível confirma que a trava foi acionada. O escalpe possui uma antecâmara pela qual é possível visualizar o fluxo sanguíneo assim que a punção é realizada. O resultado é mais segurança para o profissional e paciente cada vez mais satisfeito.

 

Produtos

 

REFERENCIAS
SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR E SERVIÇOS DE SAÚDE. Prevenção de Acidentes por Material Perfurocortante. Gestão da Fase Analítica: Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial. Disponível em: http://www.sbrafh.org.br/site/public/temp/4f7baaa733121.pdf. Acesso em: 12/01/2022.

GREINER BIO-ONE. Disponível em: https://www.gbo.com/pt-br/. Acesso em 12/01/2022

Análise laboratorial da Hemostasia

Análise laboratorial da Hemostasia

O TAP (RNI) e o TTPA são exames que se destacam entre os inúmeros testes laboratoriais para análise da hemostasia, pois através deles é possível avaliar as vias extrínseca e intrínseca da coagulação.

O coagulograma (grupo de exames para análise da hemostasia) é solicitado principalmente antes de cirurgias, para que seja avaliado o risco do paciente sofrer hemorragias durante o procedimento. No entanto, também pode ser solicitado pelo médico em outras situações, como: Risco de trombose, picada de animais peçonhentos e no acompanhamento de pessoas que fazem uso de anticoagulantes como Heparina e Varfarina.

Embora alguns dos exames para análise da hemostasia possam ser realizados manualmente ou com uso de aparelhos semiautomáticos, a automação total nessa área vem se tornando cada vez mais importante. Além de melhorar a qualidade, no que se diz respeito à precisão e velocidade dos resultados, outros pontos vêm se tornando cada vez mais essenciais na rotina laboratorial, tais como: aumento da capacidade operacional, menor volume de amostra a ser coletada, eliminação de atividades desnecessárias e a combinação das atividades em processos únicos. Todas essas melhorias contribuem muito para simplificação e padronização dos processos laboratoriais.

Existem condições do paciente que podem interferir tecnicamente na realização dos testes de hemostasia bem como na interpretação dos resultados, dentre elas pode-se citar a dieta alimentar, atividade física, influência hormonal, variação circadiana, medicamentos e estresse mental.

Ainda sobre condições que podem interferir nos resultados dos exames de hemostasia, é importante elucidar sobre influências pré-analíticas tais como: uso inadequado do material de coleta, proporção sangue/anticoagulante não respeitada, homogeneização da amostra, lipemia, icterícia, hemólise entre outras.

Coleta da amostra
O anticoagulante apropriado para a maioria dos testes de hemostasia é o citrato de sódio dihidratado 3,2% ou 0.109M na proporção de 1:9 (anticoagulante:sangue). Observar o volume correto de sangue nos tubos após a coleta, a maioria dos tubos tem marcas indicado o volume mínimo e máximo de sangue.

 

Tubo

 

 

Ordem da coleta
Estudos demonstram que os resultados do tempo de protrombina (TAP), International Normalized Ratio (RNI), e o tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA) não sofrem interferência se avaliados no primeiro tubo coletado, sem a necessidade da coleta prévia de um tubo de descarte. Esses estudos não comprovaram a hipótese de que amostras para os ensaios rotineiros de coagulação deveriam ser obtidas após a coleta do tubo de descarte. No entanto, se na solicitação houver  necessidade da coleta de um tubo de descarte antes do tubo de citrato, se este for o primeiro tubo, para evitar interferências da tromboplastina tecidual.

Ao realizar a coleta com sistema de escalpe, sendo o tubo para testes de coagulação o primeiro a ser coletado, deve-se utilizar o tubo de descarte. O uso do tubo de descarte tem por finalidade preencher o espaço “morto” do escalpe, para garantir a proporção adequada do anticoagulante em relação ao sangue total. Para fins de descarte, utilize um tubo para coagulação ou sem qualquer aditivo.

Sequência de coleta para tubos plásticos pela CLSI H3-A6
1. Frascos para hemocultura;
2. Tubos com citrato de sódio (tampa azul);
3. Tubos para soro com ativador de coágulo, com ou sem gel separador para obtenção de soro (tampa amarela e/ou vermelha);
4. Tubos com heparina (tampa verde);
5. Tubos com EDTA (tampa roxa);
6. Tubos com fluoreto/EDTA (tampa cinza).
Diante desse cenário, a Centerlab em parceria com a Werfen apresenta uma revolução nos testes de hemostasia.
Os sistemas ACL TOP Family Série 50 oferecem o gerenciamento de automação e qualidade mais avançado em testes de hemostase. Ideal para testes de hemostasia de rotina e especialidade, incluindo ensaios de coagulação, cromogênicos e imunológicos em laboratórios clínicos de médio a alto volume.

Automação do analisador
– Reagentes com código de barras;
– Monitoramento onboard contínuo de estabilidade dos reagentes;
– Execução automática de frequência QC.
– Capacidade de repetição e de testes reflexivos;
– Relatório totalmente automatizado de ensaios de fatores com paralelismo;
– Auto-verificação e upload dos resultados;
– Trabalha com tubo fechado perfurando a tampa (modelos CTS).

Operação Contínua
– Carregamento e descarregamento contínuos de amostras e reagentes através de racks sem interrupção de sistema;
– Carregamento de cuveta e eliminação de resíduos ininterruptos.

Manutenção Simples
– Manutenção diária, solicitada pelo sistema, em menos de 5 minutos;
– Notificação de “manutenção em atraso” para alertar o usuário;
– Solução de problemas e diagnósticos de instrumento remotos via web em tempo real (opcional).
Parada programada rápida
– Até 360 TP/h;
– Resultados de TP em standby dentro de aproximadamente 3 minutos;
– Amostras carregadas em qualquer rack, em qualquer posição, a qualquer momento, incluindo STAT
Verificação automatizada pré-analítica de integridade de amostra
– Detecta interferência de Hemólise, Icterícia e Lipemia (HIL);
– Valores que ultrapassam o limite específico do ensaio são sinalizados;
– Pré-configurado para limites pré-validados com personalização opcional;
– Detecta problemas com volume de amostra do tubo;
ꞏSinaliza aspiração anormal de amostra, solicitando ao usuário que verifique a curva de formação de coágulos.
Ferramentas avançadas de suporte para acreditação e qualidade
– O conjunto mais abrangente de ferramentas de rastreamento de auditoria disponível;
– Informação disponível de hora, data e operador para todas as funções e atividades do analisador;
– Manutenção, controle de qualidade, calibração e relatório de temperatura;
– Relatórios de auditoria abrangentes e seguros com um clique.
Verdadeira Padronização
Todos os modelos oferecem resultados de mesma qualidade, portfólio de reagentes abrangente, software intuitivo, recursos e usabilidade, além das mesmas verificações pré-analíticas automatizadas para desempenho e flexibilidade superiores em todo o processo de teste.
Completamente padronizado para automação e qualidade avançadas
Ideal para laboratórios de médio e grande volumes, incluindo sistemas de automação laboratoriais integrados – ensaios de rotina e de testes especiais.

 

ACL

 

Referências:
– Laboratório de Hemostasia – Gestão da fase pré-analítica: Minimizando erros – Ministério da Saúde.
– Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso – 2. ed. Barueri, SP : Editora Manole, 2010
– Exames Laboratoriais para Análise da Hemostasia
– Portal educação. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/exames-laboratoriais-para-analise-da-hemostasia/11334> acesso em 22/07/2019.
– Folder ACL Top –Família série 50. Werfen Medical.
– Avaliação laboratorial da hemostasia. Dayse Maria Lourenço. Tratado de hematologia. Cap. 60. Pág 583-590.
– Automação Laboratorial em Coagulação. Centerlab News – informativo técnico-científico. Nº 109. Setembro 2018.
– https://newslab.com.br/conheca-o-que-ha-de-mais-novo-e-eficiente-no-segmento-pre-analitico/ (Acesso 22/10).

Automação em Bioquímica

Automação em Bioquímica

Uma das áreas mais importantes de um laboratório clínico é o setor de bioquímica, onde são realizadas diversas pesquisas de analitos relacionados aos processos metabólicos que ocorrem em um ser vivo. Em outras palavras, no setor de bioquímica, é onde se mede as alterações normais e patológicas em amostras de sangue, urina e outros fluidos corporais.

Os principais exames bioqúmicos são: Glicose, colesterol total e frações, triglicérides, ácido úrico, uréia, creatinina, proteínas, enzimas, exames de função hepática, função cardíaca entre outros.

Para essas dosagens, normalmente são utilizados equipamentos automatizados que proporcionam elevado grau de precisão, trazendo maior segurança aos resultados. Nesses equipamentos são inseridas amostras obtidas em tubo primário com identificação por código de barras onde é possível selecionar automaticamente os exames a serem realizados.

O controle da utilização de kits reagentes na execução dos exames é uma prática importante para o dia a dia de um laboratório, favorecendo uma melhor gestão de insumos e rastreabilidade de tudo que envolve a realização do exame.

Por se tratar do setor que realiza a maior quantidade de exames, o setor de bioquímica necessita de equipamentos que tenham uma capacidade produtiva compatível com a necessidade do laboratório, com paradas programadas de menor tempo possível, além de um baixo consumo de água. Proporcionando assim uma maior produtividade dos profissionais do setor, visto que ficam menos tempo manuseando os aparelhos, focando nas atividades mais necessárias de intervenção técnica.

Nesse sentido, a Centerlab juntamente com a Thermo Fisher Scientific apresenta o Indiko Plus. Analisador bioquímico de bancada com acesso randômico, totalmente automatizado, para laboratórios de qualquer tamanho, oferecendo máxima facilidade de uso, confiabilidade e melhor custo-benefício para testes de química clínica especializada.

 

 

Indiko Plus

 

 

Mais de 5000 analisadores químicos, executando na plataforma confiável Indiko, já foram instalados ao redor do mundo e todos eles foram fabricados em Vantaa, na Finlândia. O centro de excelência da Thermo Fisher Scientific em Vantaa é uma potência da alta tecnologia, conhecido pela avançada instrumentação IVD e pelas soluções em automatização laboratorial. O centro está em conformidade com os requisitos da FDA, ISO e de várias instituições internacionais.

Conveniência no gerenciamento de amostras e reagentes
– Carregamento de qualquer mistura de cubetas de amostra e tubos primários com código de barras;
– Três racks de amostras diferentes disponíveis;
– Monitoramento em tempo real do uso e data de validade do reagente;
– Calibração total e rastreabilidade de lote.

Fonte de luz Xenon livre de manutenção
A fonte de luz dos analisadores não oferece apenas uma rápida medição: ela também possui uma longa duração incrível, reduzindo os custos relativos a tempos de inatividade e troca de lâmpadas.

 

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Referências:
– Folder Indiko Reagents PT – D22204-01-brPT 092021.
– Folder Indiko Analyzers PT D22203-01-brPT 102021

Plaquetograma

Plaquetograma

Plaquetas são fragmentos celulares anucleados derivados de grandes células multinucleadas situadas na medula óssea (megacariócitos). Sua sobrevida no sangue periférico é de 7 a 10 dias. Estima-se que entre 2.000 a 5.000 novas plaquetas sejam produzidas por cada megacariócito. Em condições fisiológicas, o pool plaquetário é distribuído em dois compartimentos: 2/3 no sangue periférico e 1/3 no baço.

Após injúria vascular, as plaquetas são responsáveis pelo controle do extravasamento sanguíneo formando o tampão plaquetário, sendo fundamentais no processo de hemostasia primária (adesão vascular, agregação plaquetária, secreção de moléculas e reparação tecidual).

Elas contêm grânulos em seu interior que armazenam importantes substâncias pró e anticoagulantes.

A plaquetopenia é definida como a redução na contagem plaquetária a valores inferiores a 150.000/mm3.

Achados clínicos
Muitos pacientes com plaquetopenia podem ser assintomáticos, e a alteração laboratorial pode ser apenas um achado após avaliação de rotina. De modo geral, indivíduos com contagem de plaquetas acima de 50×109/L não apresentam sangramentos espontâneos.

As manifestações hemorrágicas características na plaquetopenia ocorrem em território cutaneomucoso. Pode ser observado púrpuras, petéquias, equimoses superficiais, menorragia, epistaxes e mais raramente sangramento do trato gastrintestinal e hemorragia conjuntival. Diferente de pacientes com distúrbios da coagulação, que cursam com sangramentos profundos.

Avaliação laboratorial
Inicia-se com a contagem plaquetária automatizada e confirmação posterior por meio da contagem manual de plaquetas em amostras com EDTA e citrato de sódio. Deve-se excluir pseudoplaquetopenia e avaliar a morfologia plaquetária e dos outros componentes celulares do sangue por análise da distensão de sangue periférico.

O exame da medula óssea é útil na avaliação da plaquetopoiese, pois revela alterações no número e na morfologia dos megacariócitos.

Pseudotrombocitopenia
Na avaliação do paciente com plaquetopenia, devemos descartar a possibilidade de pseudoplaquetopenia, sendo essa, uma condição não patológica em que a contagem plaquetária está falsamente reduzida. É reconhecida pela análise das plaquetas na distensão do sangue periférico.

Na maioria dos casos, ocorre pela ação do anticoagulante EDTA (ácido tetra-acético etilenodiamina), levando a uma aglutinação plaquetária. Estudos demonstram uma incidência de 1 em cada 1.000 hemogramas. Uma estratégia para a obtenção da contagem real de plaquetas é a coleta da amostra em frasco com um anticoagulante alternativo, como o citrato de sódio ou heparina. A manutenção da amostra em temperatura de 37ºC também pode reduzir a formação de agregados de plaquetas em alguns casos. A pseudoplaquetopenia também pode ser secundária à presença de plaquetas gigantes, observadas em algumas trombocitopenias hereditárias, e de macroplaquetas e evidenciada em parâmetros como P-LCR e P-LCC que representa o percentual de plaquetas grandes e a contagem absoluta nos analisadores mais modernos.

Plaquetograma e os índices plaquetários
A evolução da automação laboratorial com destaque para hematologia introduziu na rotina diversos parâmetros relacionados às plaquetas, que apesar de já serem disponibilizados pela maioria dos contadores hematológicos de última geração, ainda são pouco compreendidas e pouco utilizadas tanto na prática médica como laboratorial.

Esses parâmetros compõem o chamado Plaquetograma e compreende de três índices:
1 – Plaquetócrito (PCT): indica a razão do volume total da plaqueta no histograma para o volume de sangue total aspirado.

2 – Amplitude de variação do tamanho das plaquetas (PDW – Platelet Distribution Width) – indica a variação do tamanho das plaquetas no histograma. Esse parâmetro indica a anisoplaquetose, sendo importante ferramenta para distinguir uma trombocitopenia por destruição (PDW aumentado) de uma situação de diminuição de produção (PDW normal ou diminuído).
3 – Volume plaquetário médio (VPM) – indica a média do volume (tamanho) de plaquetas no histograma, sendo representada no pico do histograma de plaquetas. O VPM apresenta uma correlação inversa com a contagem de plaquetas e representa um importante marcador para a atividade e função plaquetárias, sendo muito importante na avaliação de diversas desordens clínicas de origem hematológica ou não, tais como diabetes mellitus, infarto agudo do miocárdio, leucemia linfoide aguda, leucemia mieloide aguda entre outras doenças onco-hematológicas, bem como na avaliação da resposta medular.

 

Histograma plaquetário

 

 

4 – P-LCR e P-LCC: Além dos parâmetros acima convencionais os equipamentos Celltac-G e G+ (modelos MEK-9100 e MEK-9200) liberam dois parâmetros plaquetários adicionais o P-LCR e P-LCC que representa o percentual de plaquetas grandes e a contagem absoluta. Sendo utilizados em conjunto com os parâmetros VPM e PDW para auxiliar na investigação clínica.

Automação Laboratorial no Plaquetograma
Como a contagem manual de plaquetas é bem subjetiva e trabalhosa surgiu a necessidade de contagens mais precisas e rápidas, através da metodologia automatizadas como a impedância.

 

 

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A impedância foi inicialmente descrita por Wallace Coulter em 1956. Esse método depende dos glóbulos vermelhos que são pobres condutores de eletricidade, enquanto, o diluente (solução eletrolítica) é um bom condutor; essa diferença forma a estrutura desse sistema de contagem. Dois eletrodos mergulhados separadamente por uma abertura de contagem que permite que cada partícula passe pelo orifício gerando pulsos de acordo com o volume e quantidade celular. Esses pulsos são amplificados e contabilizados em um volume de sangue, gerando os demais parâmetros a partir de histogramas e cálculos. Por esse métodosão contados eritrócitos e as plaquetas e global de leucócitos.

Ao realizar a análise de uma amostra no equipamento por impedância, podem ocorrer interferências inerentes a metodologia, como:
– A célula pode não passar no centro da abertura de contagem;
– Depois de passar pela abertura de contagem, algumas células podem retornar ao orifício devido ao fluxo natural do líquido;
– Várias células podem passar pela abertura de contagem ao mesmo tempo.

Tecnologia Exclusiva Nihon Kohden
Pensando nessas possíveis falhas e aprimorando a tecnologia de impedância descrita por Coulter em 1956, a Nihon Kohden desenvolveu a tecnologia exclusiva DynaHelix Flow que elimina todas essas interferências. O DynaHelix Flow é a integração entre “Sheath Flow” e “Swirl Flow”.

O Sheath Flow (figura 2 – setas azuis) produz um fluxo hidráulico estável para direcionar as células à abertura de contagem fazendo com que as células se alinhem em uma fileira única no centro da abertura e passem uma a uma, gerando os pulsos.

 

Figura 3

 

 

Enquanto Swirl Flow (figura 3 – espiral azul) evita totalmente o risco de recontagem das células, por realizar um fluxo contínuo após a contagem das células, evitando o retorno e recontagem celular, melhorando muito a precisão.

 

Figura 4

 

 

Essa tecnologia proporciona contagem mais precisas e exatas, principalmente para amostras com valores baixos.

Além disso nos contadores hematologicos Celltac ES (MEK-7300) podemos definir parâmetros para recontagem automática de plaquetas quando o aparelho detecta que a amostra apresenta valores diminuidos, confirmando assim o resultado.

 

 

Celltac VET Celltac Alpha Celltac ES Celltac G

 

 

A Centerlab em parceria com empresa Japonesa Nihon Kodhen tem o prazer de disponibilizar ao alcance do seu laboratório essas tecnologias exclusivas utilizadas em todo o mundo e porque não no seu laboratório?

Consulte-nos para esclarecimentos e dúvidas sobre os equipamentos. Toda equipe Centerlab estará a sua disposição. Será umprazer levar essa tecnologia até o seu laboratório.

Importante: Esse boletim tem o caráter informativo e não deve ser utilizado para interpretação de resultados e manejo clínico.

Referências:
– https://www.nihonkohden.com/
– https://br.nihonkohden.com/pt-br/innovativetechnologies/dynascatter_laser/three_new_improvements_in_dynascatter_laser.html
– https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/2081/doencas_plaquetarias_doenca_de_von_willebrand_e_hemofilia.htm?_mobile=off
– https://br.nihonkohden.com/pt-br/products/invitrodiagnostics/invitrodiagnostics/automatedbloodcellcounters/mek7300.html

Varíola dos macacos

Varíola dos macacos

Varíola dos macacos – Monkeypox

A varíola dos macacos é uma doença infecciosa causada pelo vírus da varíola dos macacos que afeta seres humanos e outros animais. Os sintomas iniciais são febre, dores de cabeça, dores musculares, aumento de volume dos gânglios linfáticos e fadiga. Posteriormente formam-se erupções cutâneas, que começam por ser vermelhas e planas e mais tarde se convertem em bolhas com pus e crostas. O intervalo de tempo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas é de cerca de 10 dias. A duração dos sintomas é geralmente de duas a quatro semanas.

O vírus da varíola dos macacos é um vírus do género ortopoxvírus. A doença pode ser transmitida durante o manuseio de carne de animais selvagens, por uma mordedura de animal, por fluidos corporais, por objetos contaminados ou pelo contacto próximo com uma pessoa infetada. Apesar do nome, parece ser mais comum em roedores do que em primatas. O diagnóstico pode ser confirmado pela presença de ADN do vírus numa das lesões.

O vírus tem dois clados genéticos distintos: o da África Ocidental, associado a sintomas mais ligeiros e a uma taxa de letalidade inferior a 1%, e o clado da África Central, associado a uma taxa de letalidade de até 11%.

Foi identificada pela primeira vez em 1958 entre macacos de laboratório. Os primeiros casos registados em seres humanos ocorreram em 1970 na República Democrática do Congo. Em 2003, ocorreu um surto nos Estados Unidos, com origem numa loja de animais onde eram vendidos roedores importados do Gana. Em 2022, ocorreu um surto com início no Reino Unido, onde foram detectados os primeiros casos de transmissão comunitária da doença fora de África.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Var%C3%ADola_dos_macacos

Atualmente os exames para detecção da Varíola do Macaco são feitos por PCR com amostras das lesões desencadeadas pela infecção.

Em breve teremos o Teste para Detecção de Antígeno Ag do Monkeypoxvirus por imunoensaio de fluorescência.

 

Monkeypox

Os perigos dos distúrbios da tireoide na gravidez e na fertilidade

Os perigos dos distúrbios da tireoide na gravidez e na fertilidade

Na Semana da Tireoide, estudo revela desconhecimento sobre os efeitos de hiper e hipotireoidismo na fertilidade e para mães e bebês durante a gestação. 

Na Semana Internacional de Conscientização da Tireoide, criada para disseminar informações sobre a prevenção e o tratamento dos distúrbios dessa glândula que dita o ritmo do funcionamento do corpo, uma pesquisa global traz descobertas preocupantes. O levantamento, encomendado pela farmacêutica Merck e realizado pela YouGov, mostra que a maior parte dos entrevistados não sabe que o hipertireoidismo e o hipotireoidismo elevam o risco de complicações para a mãe e o bebê na gestação — e também podem levar à infertilidade.

O estudo contou com a participação de 7 mil indivíduos de seis países diferentes (Chile, China, Colômbia, Indonésia, México e Arábia Saudita). Infelizmente, o Brasil não foi incluído, o que limita as conclusões para o nosso território. Os questionários foram respondidos entre os dias 24 de março a 6 de abril de 2020.

“O resultado trouxe um alerta sobre a necessidade de conscientizar mais a população sobre os impactos que a falta de diagnóstico pode ocasionar para mães recentes e seus filhos”, comenta a endocrinologista Simone Matsuda Torricelli, chefe da área de cardiometabolismo da Merck.

A especialista acredita que o dado mais alarmante é o de que menos da metade dos entrevistados (48%) julgavam ser importante examinar a tireoide das mulheres durante a gestação.

O sucesso da gravidez depende do funcionamento adequado do sistema endócrino — o conjunto de glândulas que produzem hormônios. “Entre 8% e 12% de todos os abortos espontâneos resultam de fatores endócrinos”, avisa Simone. E a tireoide, além compor esse sistema, é preponderante no seu ritmo. Ora, ela fabrica dois hormônios (o T3 e o T4) que modulam a atividade de outras glândulas e estruturas do corpo.

De acordo com Simone, mulheres com hipotireoidismo não tratado possuem maior probabilidade de experimentar complicações na gestação, especialmente pré-eclâmpsia e aborto.

Outro dado levantado é o de que 55% dos respondentes não sabiam que recém-nascidos precisam ser avaliados para checar a presença do hipotireoidismo congênito, que compromete o desenvolvimento. Esse diagnóstico é feito através do teste do pezinho.

“A condição surge pela incapacidade de o bebê produzir quantidades adequadas de hormônios tireoidianos”, esclarece a médica.

O estudo também revela que apenas 24% dos respondentes conheciam a influência dos transtornos da tireoide na fertilidade. O que uma coisa tem a ver com a outra?

Simone explica que, quando a glândula não está trabalhando adequadamente, os ovários e os testículos sofrem. “Há uma redução das taxas de concepção e um risco aumentado de hemorragias”, arremata a expert.

E atenção: o sexo feminino é mais atingido por problemas na tireoide. “Uma em cada oito mulheres os desenvolve. A prevalência é maior por motivos ainda não totalmente esclarecidos e aumenta com o passar dos anos”, informa Simone.

O desconhecimento traz uma consequência bastante negativa. “Cerca de 60% das pessoas que vivem com algum dos distúrbios da tireoide não recebem um diagnóstico”, relata a profissional.

A detecção do hipo e do hipertireoidismo não é muito complexa. Basta realizar um exame de sangue com dosagem do hormônio tireoestimulante (TSH) — se o médico receitar, claro. Converse com ele sobre o assunto.

“Para quem possui histórico familiar desses problemas, é necessário fazer a avaliação com mais frequência, pelo menos uma vez ao ano. Os testes também são importantes no primeiro trimestre da gravidez e no pós-parto, bem como em recém-nascidos”, complementa Simone.

A boa notícia é que os distúrbios da tireoide são tratáveis. E, uma vez controlados, o risco de interferirem na fertilidade ou na gestação cai drasticamente.

Fonte: Veja Saúde

Gasometria

Gasometria

A avaliação do estado ácido-básico do sangue é rotineiramente realizada na grande maioria dos doentes atendidos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), qualquer que seja a doença de base. Essa avaliação é fundamental, pois, além dos desvios do equilíbrio ácido-básico propriamente ditos, a gasometria pode fornecer dados sobre a função respiratória e sobre as condições de perfusão tecidual. Acidose e alcalose são modificações do pH sanguíneo decorrentes do aumento ou dadiminuição da concentração sanguínea de íons H+.

Normalmente no exame de gasometria são medidos o pH, a pressão de Oxigênio pO2 e a pressão de gás carbônico pCO2. Esses analitos são os principais componentes da gasometria, pois servem de base para calcular diversos outros parâmetros essenciais para reportar a condição do paciente. Alguns aparelhos são capazes de medir outros analitos junto aos parâmetros da gasometria, tais como: Glicose, Lactato, Hematócrito, Sódio, Potássio e Cálcio Iônico, que auxiliam o corpo clínico nas tomadas de decisões nas mais diversas situações de forma mais rápida e assertiva, a fim de assegurar os cuidados críticos com paciente.

Outros equipamentos dispõem ainda da detecção de dishemoglobinas (distúrbios em que a molécula de hemoglobina é funcionalmente alterada e impedida de transportar oxigênio). O método utilizado para medida da oxihemoglobina, desoxiemoglobina, carboxihemoglobina e metemoglobina é conhecido como CO-oximetria.

Sistema Tampão
O sistema tampão é constituído pelo bicarbonato (HCO3- ), ossos, hemoglobina, proteínas plasmáticas e intracelulares. Estas substâncias são capazes de doar ou receber íons H minimizando alterações do pH e têm por objetivo deslocar a reação para maior produção de CO2 e água que podem ser eliminados pela respiração (Figura 1). O sistema tampão ocorre instantaneamente à alteração ácido-básica constituindo assim a primeira linha de defesa para variações do pH.

Componente Pulmonar
O controle pulmonar regula a concentração de CO2 sanguíneo através de sua eliminação ou retenção na acidose e alcalose, respectivamente. O controle respiratório é exercido por variações na concentração de íons H sobre o bulbo pulmonar. O componente pulmonar inicia-se minutos após a alteração ácido-básica, sendo o segundo componente na linha de defesa para variações do pH.

Componente Renal
Os rins controlam o equilíbrio ácido-básico ao excretarem urina ácida ou básica. Tal controle se dá através dos seguintes mecanismos: reabsorção de bicarbonato filtrado e regeneração do bicarbonato através da excreção de H ligada a tampões e na forma de amônio (NH4+ ).

Apesar de ser o terceiro componente na linha de defesa contra alterações do equilíbrio ácido-básico, levando horas a dias para agir, é o mais duradouro de todos os mecanismos regulatórios.

 

 

Figura 1

 

 

Distúrbios acido-básicos identificáveis na gasometria arterial
Temos inicialmente quatro distúrbios acidobásicos primários, dois metabólicos e dois respiratórios.

Acidose metabólica
Na acidose metabólica temos uma queda do HCO3 na gasometria e, consequentemente, redução do pH (acidose).

A resposta compensatória deve ser uma hiperventilação a fim de reduzir o CO2 (que também acidifica o meio).

Alcalose metabólica
Na alcalose metabólica, ocorre um aumento de HCO3 na gasometria e, consequentemente, elevação do pH (alcalose).

A resposta compensatória deve ser uma hipoventilação a fim de reter o Co2.

Acidose respiratória
Na acidose respiratória, existe uma dificuldade de ventilação do paciente, isso leva a uma hipoventilação e, consequentemente, retenção do Co2.

A resposta compensatória neste caso é renal (retém HCO3 ou excreção de mais ácido), com posterior elevação do HCO3 na gasometria.

 

gasometria

 

 

Alcalose respiratória
Na alcalose respiratória, o paciente está hiperventilando e, consequentemente, “lavando” o CO2, isto é, expulsando o CO2. A resposta neste caso é renal com excreção de HCO3.

Centerlab sempre empenhada em oferecer aos seus clientes as melhores soluções para o diagnóstico clínico, em parceria com a Werfen e Labtest, apresenta os equipamentos destinados à linha de “Acute Care Diagnostics” que trazem como características robustez, praticidade e qualidade nos resultados.

i15 – Labtest
Portátil, leve e de fácil operação, o sistema de gasometria i15 Labtest é a solução ideal para quem busca um sistema completo e versátil, que permite realizar análises em ambientes laboratoriais e hospitalares.
– Rapidez: Resultados em 48 segundos após a aspiração da amostra;
– Baixo volume de amostra: 140 uL;
– Seguro: Controle de qualidade em 3 níveis, Calibração automática a cada leitura de amostra;
– Portátil: Bateria de lítio, autonomia de 50 testes contínuos;
– Cartuchos Descartáveis: Test Cartridge BG10 – 25 testes
– Parâmetros Medidos:

 

parâmetros

i15

 

 

Gem 3500 – Werfen
Adicionando à simplicidade, flexibilidade e confiabilidade de exames sem precedentes do GEM Premier 3000, o GEM Premier 3500 oferece novas capacidades em um sistema elevado, adaptável às necessidades – e volume – do seu hospital e laboratório.

– Simples: Livre de manutenção pelo usuário, multiuso, e menus intuitivos na tela sensível ao toque são muito fáceis de usar.
– Prático: Cartucho único, pack contendo todas as soluções necessárias para funcionamento, bem como a agulha de aspiração. Armazenamento em temperatura ambiente, garantindo melhor gerenciamento dos consumíveis.
– iQM: De propriedade da Werfen, a Gestão de Qualidade Inteligente (Intelligent Quality Management), providencia um controle de qualidade contínuo e em tempo real para os resultados mais precisos, o tempo todo. Equipamento executa automaticamente controles de qualidade, realizando, se necessário, ações corretivas (não contabiliza controle como teste). Tudo isso registrado em forma de relatórios e gráficos. O iQM é aprovado pelo FDA Americano e pelo Dr. Westgard, pioneiro na análise de controle de qualidade.
– Conectividade Total: O software GEMweb® permite a gestão de informações e comunicação em tempo real pelo hospital. Permite conexão via Wi-fi com a rede, espelhando a tela do aparelho, permitindo o acesso aos resultados remotamente bem como todos os gráficos de controle de qualidade.

 

GEM 3500

 

 

Gem 5000 – Werfen – Com Co-oximetria
O sistema de gasometria GEM Premier 5000 integra um sistema de garantia da qualidade automatizado para todas as amostras. Com sistema de gerenciamento Inteligente de Qualidade de segunda geração (iQM2) com tecnologia IntraSpect™, é possível identificar potenciais erros, não apenas antes e depois de cada análise, mas também durante o processamento de amostras.

O iQM2 realiza não só a identificação dos erros mas também inicia automaticamente a correção e a documentação em tempo real de todas as interferências detectadas.

Além disso, a usabilidade do analisador é bem simples e prática: basta substituir o GEM PAK (cartucho único que inclui todos os componentes necessários ao funcionamento do analisador), dependendo da sua rotina, até uma vez por mês.

Todas essas características juntas asseguram um resultado de qualidade e em conformidade para todas as amostras processadas no GEM Premier 5000.

 

GEM 5000

 

 

Importante: Esse boletim tem o caráter informativo e não deve ser utilizado para interpretação de resultados e manejo clínico.

Referências:
– Interpretação de gasometria arterial. Eduardo Borges Gomes , Hugo Cataud Pacheco Pereira. Vittalle – Revista de Ciências da Saúde v. 33, n. 1 (2021) 203-218
– DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO. Renato Marinho Furoni , Sinval Malheiros Pinto Neto , Rafael Buck Giorgi , Enio Marcio Maia Guerra . Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 12, n. 1, p. 5 -12, 2010
– Gasometria Arterial: interpretação, parâmetros, distúrbios acidobásicos e mais! – Agosto 2018 – Disponível em < https://www.sanarmed.com/gasometria-arterial-como-interpretar> Acesso em 17/03/2022.
– Boletim Técnico & Científico Labtest – Gasometria e sua importância na avaliação dos pacientes críticos hospitalizados – Julho 2020 – Disponível em <https://labtest.com.br/gasometria-e-sua-importancia-naavaliacao- de-pacientes-criticos-hospitalizados/> Acesso em 17/03/2022.
– Folder I15 – Blood Gas Chemistry Analyzer – Labtest. | Folder Gem 3500 – Werfen | Folder Gem 5000 – Werfen

Leucemia

Leucemia

No corpo humano todas as células apresentam um ciclo natural, elas são originadas, diferenciam-se, proliferam e morrem. Entretanto, algumas células saem desse ciclo, evadindo-se dos mecanismos de controle celular, geralmente em decorrência de mutações. Consequentemente, essas células dão origem a outras células com as mesmas imperfeições transformando-se em um tumor. Os tumores apresentam duas características principais que os diferenciam, sendo, ritmo de crescimento (divisão celular) e sua capacidade de infiltração para outros tecidos. A palavra câncer é oriunda do latim, no qual o significado é caranguejo, devido sua capacidade invasiva. O termo já sugere seu caráter maligno, devido seu crescimento exacerbado e capacidade de migração. Este processo facilita a entrada dessas células em outros tecidos do corpo, podendo inclusive utilizar a corrente sanguínea ou sistema linfático como mecanismo de transporte, gerando assim, um tumor secundário ou metástase.

A leucemia, que vem do Grego LEUKOS, “branco”, mais HAIMA, “sangue”, são consideradas doenças malignas do sangue, ou seja, um tipo de câncer inicialmente originário na medula óssea, com consequências fisiológicas graves, podendo levar o indivíduo à morte. Nela ocorre a proliferação neoplásica generalizada ou acúmulo de células hematopoiéticas, com ou sem envolvimento do sangue periférico. Na maioria dos casos, as células leucêmicas (figura 1) extravasam para o sangue, onde podem ser vistas em grande número. Essas células também podem infiltrar o fígado, baço, linfonodos e outros tecidos. As leucemias podem ser agrupadas com base na velocidade em que a doença evolui e torna-se grave. Sob esse aspecto, a doença pode ser do tipo:

– Crônica (Caracterizada pelo aumento de células maduras, mas anormais). Nesse grupo, o câncer afeta majoritariamente as células que já passaram por certo processo de amadurecimento dentro da medula óssea e que já são mais desenvolvidas, de certa forma. No início da doença, as células leucêmicas ainda conseguem fazer algum trabalho dos glóbulos brancos normais. Geralmente descobrem se a doença durante exame de sangue de rotina. Lentamente, a leucemia crônica se agrava. À medida que o número de células leucêmicas aumenta, aparecem inchaço nos linfonodos (ínguas) ou infecções. Quando surgem, os sintomas são brandos, agravando-se gradualmente.
– Já a leucemia Aguda (caracterizam-se pela proliferação clonal acompanhada de bloqueio maturativo (anaplasia) variável. As células leucêmicas não podem fazer nenhum trabalho das células sanguíneas normais. O número de células leucêmicas cresce de maneira rápida e a doença agrava-se num curto intervalo de tempo.

 

Figura 1

 

As leucemias também podem ser agrupadas baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam: linfoides ou mieloides. As que afetam as células linfoides são chamadas de linfoide, linfocítica ou linfoblástica. A leucemia que afeta as células mieloides são chamadas Mieloide ou mieloblástica. Combinando as duas classificações, existem quatro tipos mais comuns de leucemia:

– Leucemia Linfoide Aguda (LLA) – é o câncer mais comum na infância causado por uma mutação nos linfócitos na medula óssea por algum erro no DNA. Esse dano gera um linfoblasto que não amadurece e, por isso, não se transforma em uma célula sanguínea funcional.
– Leucemia Mieloide Aguda (LMA) – é o tipo mais comum e mais agressivo da doença. A LMA progride rapidamente, e as células mieloides interferem na produção normal de glóbulos brancos e vermelhos e de plaquetas. Tem predominância em adultos mais velhos (acima de 60 anos de idade), com mais de 50% dos casos. É mais comum no sexo masculino do que no feminino, representa cerca de 15% a 20% das LA da infância e 80% das dos adultos e apresenta um prognóstico ruim, especialmente em pacientes idosos.
– Leucemia Linfoide crônica (LLC) – é caracterizada pelo acúmulo progressivo de linfócitos B malignos fenotipicamente maduros.Os locais primários da doença incluem sangue periférico, medula óssea, baço e linfonodos. Ela progride lentamente e costuma afetar idosos e é o tipo mais comum de leucemia no mundo ocidental.
– Leucemia Mieloide Crônica (LMC) – nesse tipo de leucemia, o corpo produz um grande número de células anormais da série Mieloide. Essas contagens vão aumentando de forma progressiva. É causada por uma mutação de cromossomos que ocorre espontaneamente. É comum ocorrer o aumento do baço associado, chamado de esplenomegalia.

Para o ano 2030, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou 75 milhões de pessoas vivas com câncer, sendo 21 milhões de casos novos da doença e 13 milhões de mortes em todo mundo. Atualmente, a estimativa é de 14 milhões de casos novos e 8 milhões de mortes por câncer. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 5.920 casos novos de leucemia em homens e 4.890 em mulheres.

As causas da leucemia ainda não estão definidas, mas, suspeita-se da associação entre determinados fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos da doença como: tabagismo, Síndrome de Down e outras doenças hereditárias, Síndrome mielodisplásica e outras doença sanguíneas, benzeno, radiação ionizante (raios X e gama), quimioterapia (algumas classes de medicamentos usados no tratamento do câncer e doenças auto-imunes), formaldeído, produção de borracha, história familiar, idade, exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras, infecção por vírus de hepatite B e C.

Sintomas:
Os primeiros sinais geralmente aparecem quando a medula óssea deixa de produzir células sanguíneas normais. Tendo com principais sintomas palidez, cansaços, palpitações, gânglios aumentados, infecções persistentes ou recorrentes, hematomas, manchas avermelhadas pelo corpo, sangramentos incomuns, aumento do baço e do fígado, anemia, fraqueza, febre ou suores noturnos; perda de peso sem motivo aparente, dores nos ossos e nas articulações, dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.

Tratamento:
O tratamento vai desde quimioterápico ou medicamentos direcionados que eliminam especificamente as células cancerígenas até transplante de medula óssea.

Diagnóstico:
Diante da suspeita de um quadro de leucemia, um dos principais exames de sangue para confirmação é o hemograma. Em caso positivo, o hemograma estará alterado, mostrando na maioria das vezes um aumento do número de leucócitos (na minoria das vezes o número estará diminuído), associado ou não à diminuição das hemácias e plaquetas. Outras análises laboratoriais devem ser realizadas, como exames de bioquímica e da coagulação, e poderão estar alterados.

A confirmação diagnóstica é feita com o exame da medula óssea (mielograma). Entretanto o hemograma de uma pessoa com leucemia que apresenta alteração pode auxiliar no diagnóstico. É possível que elas apareçam em um curto intervalo de tempo e ajudem a identificar, precocemente, esse tipo de câncer. No caso das leucemias agudas, ou seja, a leucemia mieloide aguda (LMA) e leucemia linfoide aguda(LLA) há três principais elementos que devem ser analisados. A hemoglobina, as plaquetas e se há presença dos blastos. Caso o resultado do hemograma indique que o nível de hemoglobina está baixo (menor que 12g/dl), plaquetas baixas (menor que 100.000/mm³) e mais de 20% de blastos, há uma grande probabilidade de ser uma leucemia aguda. Já o hemograma de uma pessoa com leucemia crônica será diferente, dependendo do tipo de leucemia. Isso acontece porque cada subtipo apresenta um conjunto de alterações no exame de sangue. Na LMC, o nível de leucócitos é alto com aparecimento de leucócitos jovens. Sendo que há uma maior quantidade de elementos jovens em comparação com os mais velhos, chamado de desvio escalonado. Enquanto que na LLC, há um aumento de 40% dos linfócitos em comparação com o hemograma de uma pessoa saudável. Nesta situação o aumento dos linfócitos indica a presença de anomalia nestas células. A confirmação é feita pela imunofenotipagem e marcadores moleculares.

O progresso das tecnologias médicas recentes é notável. Em hematologia, muitos resultados da medição são processados automaticamente em sistemas de alto rendimento. A Centerlab, comprometida em oferecer o melhor em automação laboratorial, juntamente com a Nihon Kohden, empresa Japonesa com 40 anos de experiência na fabricação de analisadores hematológicos, apresenta sua linha equipamentos. Máquinas robustas fabricadas em aço inoxidável, de fácil operação pelo usuário, toda linha de equipamentos possui um sistema de filtros e limpeza automática para retenção e remoção de coágulos. Tudo isso além de tecnologias exclusivas da Nihon Khoden que trazem maior rapidez, segurança e qualidade no diagnóstico de doenças hematológicas.

Tecnologias Exclusivas Nihon Kohden:
A tecnologia ótica ”DynaScatter Laser” (presentes no Celltac ES e Celltac G) analisa e diferencia as células WBC em seu estado “quase-nativo” com muita precisão. O inovador sistema de detecção de espalhamento de laser de 3 ângulos provê uma melhor diferenciação dos Leucócitos realizando uma medição precisa. A tecnologia chamada “DynaHelix Flow” (presente no Celltac G) alinha perfeitamente as células Leucócitos, Hemácias e Plaquetas para uma contagem de alta impedância com precisão usando um fluxo hidrodinâmico focado antes de passar pela abertura. Somado a isso, o fluxo contínuo após a contagem previne totalmente contra o risco de a mesma célula ser contada duas vezes (retorno).

Figura 2

 

Celltac α 6550
– Tecnologia Japonesa, velocidade de60 amostras/hora e volume de amostra: 30 microL;
– 19 Parâmetros: WBC, RBC, HGB, HCT, MCV, MCH, MCHC, RDW-CV, RDW-SD, PLT, PCT, MPV, PDW;
– Diferencial de Leucócitos em 3 partes (LY, LY%, MO, MO%, e GR, GR%)*;
– Verificação diária automática e livre de manutenção, gerenciamento da utilização dos reagentes, análise em tubo aberto e fechado,eliminando contato com sangue (biosegurança) e impressora térmica integrada;
– Remoção automática de coágulos, filtros de retenção de coágulos, compacto, durável, robusto todo em aço inox.

Celltac Alfa

Celltac ES
– Tecnologia Japonesa, velocidade de60 amostras/hora e volume de amostra: 55μl;
– 25 Parâmetros: WBC, RBC, HGB, HCT, MCV, MCH, MCHC, RDW-CV, RDW-SD, PLT, PCT, MPV, PDW;
– Diferencial de Leucócitos 6 partes: LY, LY%, MO, MO%, NE, NE%, EO, EO%,BA, BA%, IG, IG%;
– Verificação diária automática e livre de manutenção, gerenciamento da utilização dos reagentes e análise em tubo aberto e fechado, eliminando contato com sangue (biosegurança);
– Contagem avançada de PLT e WBC para valores baixo automaticamente e impressora térmica integrada;
– Remoção automática de coágulos, filtros de retenção de coágulos e compacto, durável, robusto todo em aço inox.

 

Celltac ES

Celltac G 9100
– Tecnologia Japonesa, velocidade de 90 amostras/hora e volume de amostra: 40 microL;
– 33 Parâmetros: WBC, RBC, HGB, HCT, MCV, MCH, MCHC, RDW-CV, RDW-SD, PLT, PCT, MPV, PDW, P-LCR, PLCC, Índice Mentzer e RDW-I;
– Diferencial de Leucócitos 7 partes: LY, LY%, MO, MO%, NE, NE%, EO, EO%,BA, BA%, Band, Band%, IG, IG%, Seg% e Seg;
– Verificação automática e livre de manutenções diárias, extremamente fácil operação, valores de controles adicionados automaticamente por cód. de barras, Carregamento continuo de amostras com capacidade para 7 racks de 10 tubos e jomogeneização e análise automática das amostras (tubo fechado);
– Gerenciamento e rastreabilidade dos reagentes;
– Remoção automática de coágulos, filtros de retenção de coágulos, compacto, durável, robusto todo em aço inox;
– Os recém adicionados RDWI e Índice Mentzer adicionam valiosas informações clínicas para que se possa diferenciar beta-talassemia de uma possível anemia ferropriva nos casos de anemia microcítica.

 

Celltac G

 

Importante: Esse boletim tem o caráter informativo e não deve ser utilizado para interpretação de resultados e manejo clínico.

Referencias:
– http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-da-leucemia-mieloide-aguda-lma/1598/332/
– https://www.rededorsaoluiz.com.br/clinica/cehon/sobre-o-cancer/neoplasias-hemat/leucemia-cronica
– https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/leucemia/leucemia-linfoc%C3%ADtica-cr%C3%B4nica-llc
– https://www.scielosp.org/article/csc/2017.v22n10/3321-3332/
– https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2019/02/022_LEUCEMIA-MIELOIDE-AGUDA-E-CR%C3%94NICA-DIAGN%C3%93STICOS-E-POSS%C3%8DVEIS-TRATAMENTOS.pdf
– https://www.scielo.br/j/jbpml/a/C6NQ7KQYbZNsdpp7TGW7vpk/?format=pdf&lang=pt
– https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/leucemia
– https://revista.abrale.org.br/hemograma-e-diagnostico-de-leucemia/
– https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/Avaliacao_epidemiologica_das_leucemias_linfoblasticas_em._pa.pdf
– https://www.einstein.br/especialidades/oncologia/tipos-cancer/leucemia

Anemia

Anemia

A anemia é definia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal, resultando em uma redução na capacidade de transportar o oxigênio.

Os sintomas mais importantes da anemia são: fadiga, letargia, mal-estar ou tontura, pode ocorrer também dores de cabeça, falta de ar, irritabilidade, queda de cabelo, síndrome das pernas inquietas e unhas quebradiças.

As anemias podem ser agudas ou crônicas e essas adquiridas ou hereditárias:
As agudas ocorrem quando há perda acelerada e expressiva de sangue, o que pode acontecer nos acidentes, cirurgias, etc.

Já as anemias crônicas são provocadas por alguma doença de base, podendo ser:
– Adquirida como as que ocorrem por deficiência nutricional, na gestação, por carência de Vitamina B12 ou Ácido Fólico (anemia megaloblástica) ou a mais comum por deficiência de ferro (anemia ferropriva).

– Hereditárias por alguma alteração genética que modifica e compromete o funcionamento normal das hemoglobinas ou a formação normal das hemácias, como nas Talassemias e anemia falciforme, respectivamente.

Dados recentes do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI 2019) apontam que no Brasil prevalências de anemia e anemia ferropriva foram de 10,0% e 3,5%, respectivamente.

Classificação Laboratorial das Anemias
Os índices hematimétricos são parâmetros fornecidos pelo hemograma quando esse exame é realizado em equipamentos automatizados e auxiliam no diagnóstico das diferentes anemias (Quadro 1). A classificação laboratorial das anemias de acordo os resultados do eritograma está representada no Quadro 2.

Volume Corpuscular Médio (VCM), Hemoglobina Corpuscular Média (HCM), Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) e Coeficiente de Distribuição das Hemácias (RDW), permitem classificar as anemias decorrentes de diferentes causas em três classes:

– Anemia Normocítica/Normocrômica:
São causadas pela menor produção ou destruição de eritrócitos.
– Anemias por doença crônica: Caracterizada pelo desenvolvimento de anemia em pacientes com doenças crônicas.
– Anemias hemolíticas: Se caracterizam por lise ou destruição dos eritrócitos pelas células do sistema retículo endotelial
presentes no baço, fígado e medula óssea. Podem ser autoimunes ou genéticas.
– Anemia aplástica: Se desenvolve como resultado de danos à medula óssea.

– Anemia Microcítica/Hipocrômica:
Dentre as anemias microcíticas e hipocrômicas destacam-se:
– Anemia Ferropriva: É a mais comum, ocorre geralmente devido a inadequada ingestão, absorção ou pelo aumento da necessidade de Ferro durante o período gestacional ou durante o período de crescimento. Também pode se desenvolver em decorrência do período menstrual, presença de parasitas intestinais e hemorragias.

– Talassemias: A talassemia é uma hemoglobinopatia de caráter genético e hereditário, é uma condição clínica caracterizada pela ausência ou redução da síntese de cadeias globínicas tipo alfa (α) ou tipo beta (β), subunidades que compõe a molécula da hemoglobina.

– Anemia Macrocítica/Normocrômica:
Dentre as anemias macrocíticas a mais frequente é a anemia megaloblástica, uma anemia decorrente da deficiência de vitamina B12 e/ou de ácido fólico e é caracterizada por defeitos na síntese de DNA.

Quadro 1

Quadro 2

 

A Centerlab, comprometida em oferecer o melhor em automação laboratorial, juntamente com a Nihon Kohden, empresa com 40 anos de experiência na fabricação de analisadores hematológicos, apresenta sua linha equipamentos. Máquinas robustas fabricadas em aço inoxidável, de fácil operação pelo usuário, toda linha de equipamentos possui um sistema de filtros e limpeza automática para retenção e remoção de coágulos. Tudo isso além de tecnologias exclusivas da Nihon Khoden trazem maior rapidez, segurança e qualidade no diagnóstico de doenças hematológicas.

Tecnologias Exclusivas Nihon Kohden
A tecnologia ótica ”DynaScatter Laser” (presentes no Celltac ES e Celltac G) analisa e diferencia as células WBC em seu estado “quase-nativo” com muita precisão. O inovador sistema de detecção de espalhamento de laser de 3 ângulos provê uma melhor detecção de WBC realizando uma medição precisa.

 

Tecnologia Nihon

 

A tecnologia chamada “DynaHelix Flow” (presente no Celltac G) alinha perfeitamente as células WBC, RBC e PLT para uma contagem de alta impedância com precisão usando um fluxo hidrodinâmico focado antes de passar pela abertura. Somado a isso, o fluxo contínuo após a contagem previne totalmente contra o risco de a mesma célula ser contada duas vezes (retorno).

Tecnologia Nihon

 

Celltac α
Principais caracteristicas:
– Tecnologia Japonesa;
– Velocidade: 60 amostras/hora;
– Volume de amostra: 30 microL;
– 19 Parâmetros: WBC, RBC, HGB, HCT, MCV, MCH, MCHC, RDW-CV, RDW-SD, PLT, PCT, MPV, PDW;
– Diferencial de Leucócitos em 3 partes (LY, LY%, MO, MO%, e GR, GR%)*;
– Verificação diárias automáticas e livres de manutenção;
– Gerenciamento da utilização dos reagentes;
– Análise em tubo aberto e fechado, eliminando contato com sangue (biosegurança);
– Impressora térmica integrada;
– Utiliza 3 reagentes: Isotonac, Hemolynac-3N e Cleanac (Cleanac 3 apenas para limpeza pesada, 1 vez por semana).
– Remoção automática de coágulos;
– Filtros de retenção de coágulos;
– Compacto, durável, robusto todo em aço inox.

Celtac cx

 

Celltac ES
Principais caracteristicas:
– Tecnologia Japonesa;
– Velocidade: 60 amostras/hora;
– Volume de amostra: 55 microL;
– 25 Parâmetros: WBC, RBC, HGB, HCT, MCV, MCH, MCHC, RDW-CV, RDW-SD, PLT, PCT, MPV, PDW;
– Diferencial de Leucócitos 6 partes: LY, LY%, MO, MO%, NE, NE%, EO, EO%,BA, BA%, IG, IG%
– Verificação diárias automáticas e livres de manutenção.
– Gerenciamento da utilização dos reagentes.
– Análise em tubo aberto e fechado, eliminando contato com sangue (biosegurança);
– Contagem avançada de PLT e WBC para valores baixo automaticamente;
– Impressora térmica integrada
– Utiliza 4 reagentes: Isotonac, Hemolynac-3N, Hemolynac-5 e Cleanac (Cleanac 3 apenas para limpeza pesada, 1 vez por semana).
– Remoção automática de coágulos.
– Filtros de retenção de coágulos.
-Compacto, durável, robusto todo em aço inox.

Celltac ES

Celltac G
Principais caracteristicas:
– Tecnologia Japonesa;
– Velocidade: 90 amostras/hora;
– Volume de amostra: 40 microL;
– 33 Parâmetros: WBC, RBC, HGB, HCT, MCV, MCH, MCHC, RDW-CV, RDW-SD, PLT, PCT, MPV, PDW, P-LCR, PLCC,
Índice Mentzer e RDW-I;
– Diferencial de Leucócitos 7 partes: LY, LY%, MO, MO%, NE, NE%, EO, EO%,BA, BA%, Band, Band%, IG, IG%,
Seg% e Seg.
– Verificação automática e livre de manutenções diárias, extremamente fácil operação.
– Valores de controles adicionados automaticamente por cód. de barras.
– Carregamento continuo de amostras com capacidade para 7 racks de 10 tubos.
– Homogeneização e análise automática das amostras (tubo fechado);
– Gerenciamento e rastreabilidade dos reagentes;
– Utiliza 4 reagentes: Isotonac, Hemolynac-310, Hemolynac-510, Cleanac 710 (Cleanac 810 apenas para limpeza pesada, 1 vez por
semana).
– Remoção automática de coágulos.
– Filtros de retenção de coágulos.
– Compacto, durável, robusto todo em aço inox.

Celtac G

Referências:
– Silva, Andréa Gomides. Prevalência de anemias nos pacientes atendidos pelo LAPAC no período de 2016 a 2017 [manuscrito]. Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de Farmácia. Departamento de Farmácia – 2018.
– Abreu, Ronaldo Palhares. Metabolismo da hemoglobina e Classificação das Anemias. Disponível em < https://slideplayer.com.br/slide/9541431/> acesso em 29/03/2022.
– Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Programa Nacional de Suplementação de Ferro : manual de condutas gerais / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
– Relatório 3 – “Biomarcadores do Estado de Micronutrientes” – Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição