Automação em Bioquímica

Automação em Bioquímica

Uma das áreas mais importantes de um laboratório clínico é o setor de bioquímica, onde são realizadas diversas pesquisas de analitos relacionados aos processos metabólicos que ocorrem em um ser vivo. Em outras palavras, no setor de bioquímica, é onde se mede as alterações normais e patológicas em amostras de sangue, urina e outros fluidos corporais.

Os principais exames bioqúmicos são: Glicose, colesterol total e frações, triglicérides, ácido úrico, uréia, creatinina, proteínas, enzimas, exames de função hepática, função cardíaca entre outros.

Para essas dosagens, normalmente são utilizados equipamentos automatizados que proporcionam elevado grau de precisão, trazendo maior segurança aos resultados. Nesses equipamentos são inseridas amostras obtidas em tubo primário com identificação por código de barras onde é possível selecionar automaticamente os exames a serem realizados.

O controle da utilização de kits reagentes na execução dos exames é uma prática importante para o dia a dia de um laboratório, favorecendo uma melhor gestão de insumos e rastreabilidade de tudo que envolve a realização do exame.

Por se tratar do setor que realiza a maior quantidade de exames, o setor de bioquímica necessita de equipamentos que tenham uma capacidade produtiva compatível com a necessidade do laboratório, com paradas programadas de menor tempo possível, além de um baixo consumo de água. Proporcionando assim uma maior produtividade dos profissionais do setor, visto que ficam menos tempo manuseando os aparelhos, focando nas atividades mais necessárias de intervenção técnica.

Nesse sentido, a Centerlab juntamente com a Thermo Fisher Scientific apresenta o Indiko Plus. Analisador bioquímico de bancada com acesso randômico, totalmente automatizado, para laboratórios de qualquer tamanho, oferecendo máxima facilidade de uso, confiabilidade e melhor custo-benefício para testes de química clínica especializada.

 

 

Indiko Plus

 

 

Mais de 5000 analisadores químicos, executando na plataforma confiável Indiko, já foram instalados ao redor do mundo e todos eles foram fabricados em Vantaa, na Finlândia. O centro de excelência da Thermo Fisher Scientific em Vantaa é uma potência da alta tecnologia, conhecido pela avançada instrumentação IVD e pelas soluções em automatização laboratorial. O centro está em conformidade com os requisitos da FDA, ISO e de várias instituições internacionais.

Conveniência no gerenciamento de amostras e reagentes
– Carregamento de qualquer mistura de cubetas de amostra e tubos primários com código de barras;
– Três racks de amostras diferentes disponíveis;
– Monitoramento em tempo real do uso e data de validade do reagente;
– Calibração total e rastreabilidade de lote.

Fonte de luz Xenon livre de manutenção
A fonte de luz dos analisadores não oferece apenas uma rápida medição: ela também possui uma longa duração incrível, reduzindo os custos relativos a tempos de inatividade e troca de lâmpadas.

 

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Referências:
– Folder Indiko Reagents PT – D22204-01-brPT 092021.
– Folder Indiko Analyzers PT D22203-01-brPT 102021

Plaquetograma

Plaquetograma

Plaquetas são fragmentos celulares anucleados derivados de grandes células multinucleadas situadas na medula óssea (megacariócitos). Sua sobrevida no sangue periférico é de 7 a 10 dias. Estima-se que entre 2.000 a 5.000 novas plaquetas sejam produzidas por cada megacariócito. Em condições fisiológicas, o pool plaquetário é distribuído em dois compartimentos: 2/3 no sangue periférico e 1/3 no baço.

Após injúria vascular, as plaquetas são responsáveis pelo controle do extravasamento sanguíneo formando o tampão plaquetário, sendo fundamentais no processo de hemostasia primária (adesão vascular, agregação plaquetária, secreção de moléculas e reparação tecidual).

Elas contêm grânulos em seu interior que armazenam importantes substâncias pró e anticoagulantes.

A plaquetopenia é definida como a redução na contagem plaquetária a valores inferiores a 150.000/mm3.

Achados clínicos
Muitos pacientes com plaquetopenia podem ser assintomáticos, e a alteração laboratorial pode ser apenas um achado após avaliação de rotina. De modo geral, indivíduos com contagem de plaquetas acima de 50×109/L não apresentam sangramentos espontâneos.

As manifestações hemorrágicas características na plaquetopenia ocorrem em território cutaneomucoso. Pode ser observado púrpuras, petéquias, equimoses superficiais, menorragia, epistaxes e mais raramente sangramento do trato gastrintestinal e hemorragia conjuntival. Diferente de pacientes com distúrbios da coagulação, que cursam com sangramentos profundos.

Avaliação laboratorial
Inicia-se com a contagem plaquetária automatizada e confirmação posterior por meio da contagem manual de plaquetas em amostras com EDTA e citrato de sódio. Deve-se excluir pseudoplaquetopenia e avaliar a morfologia plaquetária e dos outros componentes celulares do sangue por análise da distensão de sangue periférico.

O exame da medula óssea é útil na avaliação da plaquetopoiese, pois revela alterações no número e na morfologia dos megacariócitos.

Pseudotrombocitopenia
Na avaliação do paciente com plaquetopenia, devemos descartar a possibilidade de pseudoplaquetopenia, sendo essa, uma condição não patológica em que a contagem plaquetária está falsamente reduzida. É reconhecida pela análise das plaquetas na distensão do sangue periférico.

Na maioria dos casos, ocorre pela ação do anticoagulante EDTA (ácido tetra-acético etilenodiamina), levando a uma aglutinação plaquetária. Estudos demonstram uma incidência de 1 em cada 1.000 hemogramas. Uma estratégia para a obtenção da contagem real de plaquetas é a coleta da amostra em frasco com um anticoagulante alternativo, como o citrato de sódio ou heparina. A manutenção da amostra em temperatura de 37ºC também pode reduzir a formação de agregados de plaquetas em alguns casos. A pseudoplaquetopenia também pode ser secundária à presença de plaquetas gigantes, observadas em algumas trombocitopenias hereditárias, e de macroplaquetas e evidenciada em parâmetros como P-LCR e P-LCC que representa o percentual de plaquetas grandes e a contagem absoluta nos analisadores mais modernos.

Plaquetograma e os índices plaquetários
A evolução da automação laboratorial com destaque para hematologia introduziu na rotina diversos parâmetros relacionados às plaquetas, que apesar de já serem disponibilizados pela maioria dos contadores hematológicos de última geração, ainda são pouco compreendidas e pouco utilizadas tanto na prática médica como laboratorial.

Esses parâmetros compõem o chamado Plaquetograma e compreende de três índices:
1 – Plaquetócrito (PCT): indica a razão do volume total da plaqueta no histograma para o volume de sangue total aspirado.

2 – Amplitude de variação do tamanho das plaquetas (PDW – Platelet Distribution Width) – indica a variação do tamanho das plaquetas no histograma. Esse parâmetro indica a anisoplaquetose, sendo importante ferramenta para distinguir uma trombocitopenia por destruição (PDW aumentado) de uma situação de diminuição de produção (PDW normal ou diminuído).
3 – Volume plaquetário médio (VPM) – indica a média do volume (tamanho) de plaquetas no histograma, sendo representada no pico do histograma de plaquetas. O VPM apresenta uma correlação inversa com a contagem de plaquetas e representa um importante marcador para a atividade e função plaquetárias, sendo muito importante na avaliação de diversas desordens clínicas de origem hematológica ou não, tais como diabetes mellitus, infarto agudo do miocárdio, leucemia linfoide aguda, leucemia mieloide aguda entre outras doenças onco-hematológicas, bem como na avaliação da resposta medular.

 

Histograma plaquetário

 

 

4 – P-LCR e P-LCC: Além dos parâmetros acima convencionais os equipamentos Celltac-G e G+ (modelos MEK-9100 e MEK-9200) liberam dois parâmetros plaquetários adicionais o P-LCR e P-LCC que representa o percentual de plaquetas grandes e a contagem absoluta. Sendo utilizados em conjunto com os parâmetros VPM e PDW para auxiliar na investigação clínica.

Automação Laboratorial no Plaquetograma
Como a contagem manual de plaquetas é bem subjetiva e trabalhosa surgiu a necessidade de contagens mais precisas e rápidas, através da metodologia automatizadas como a impedância.

 

 

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A impedância foi inicialmente descrita por Wallace Coulter em 1956. Esse método depende dos glóbulos vermelhos que são pobres condutores de eletricidade, enquanto, o diluente (solução eletrolítica) é um bom condutor; essa diferença forma a estrutura desse sistema de contagem. Dois eletrodos mergulhados separadamente por uma abertura de contagem que permite que cada partícula passe pelo orifício gerando pulsos de acordo com o volume e quantidade celular. Esses pulsos são amplificados e contabilizados em um volume de sangue, gerando os demais parâmetros a partir de histogramas e cálculos. Por esse métodosão contados eritrócitos e as plaquetas e global de leucócitos.

Ao realizar a análise de uma amostra no equipamento por impedância, podem ocorrer interferências inerentes a metodologia, como:
– A célula pode não passar no centro da abertura de contagem;
– Depois de passar pela abertura de contagem, algumas células podem retornar ao orifício devido ao fluxo natural do líquido;
– Várias células podem passar pela abertura de contagem ao mesmo tempo.

Tecnologia Exclusiva Nihon Kohden
Pensando nessas possíveis falhas e aprimorando a tecnologia de impedância descrita por Coulter em 1956, a Nihon Kohden desenvolveu a tecnologia exclusiva DynaHelix Flow que elimina todas essas interferências. O DynaHelix Flow é a integração entre “Sheath Flow” e “Swirl Flow”.

O Sheath Flow (figura 2 – setas azuis) produz um fluxo hidráulico estável para direcionar as células à abertura de contagem fazendo com que as células se alinhem em uma fileira única no centro da abertura e passem uma a uma, gerando os pulsos.

 

Figura 3

 

 

Enquanto Swirl Flow (figura 3 – espiral azul) evita totalmente o risco de recontagem das células, por realizar um fluxo contínuo após a contagem das células, evitando o retorno e recontagem celular, melhorando muito a precisão.

 

Figura 4

 

 

Essa tecnologia proporciona contagem mais precisas e exatas, principalmente para amostras com valores baixos.

Além disso nos contadores hematologicos Celltac ES (MEK-7300) podemos definir parâmetros para recontagem automática de plaquetas quando o aparelho detecta que a amostra apresenta valores diminuidos, confirmando assim o resultado.

 

 

Celltac VET Celltac Alpha Celltac ES Celltac G

 

 

A Centerlab em parceria com empresa Japonesa Nihon Kodhen tem o prazer de disponibilizar ao alcance do seu laboratório essas tecnologias exclusivas utilizadas em todo o mundo e porque não no seu laboratório?

Consulte-nos para esclarecimentos e dúvidas sobre os equipamentos. Toda equipe Centerlab estará a sua disposição. Será umprazer levar essa tecnologia até o seu laboratório.

Importante: Esse boletim tem o caráter informativo e não deve ser utilizado para interpretação de resultados e manejo clínico.

Referências:
– https://www.nihonkohden.com/
– https://br.nihonkohden.com/pt-br/innovativetechnologies/dynascatter_laser/three_new_improvements_in_dynascatter_laser.html
– https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/2081/doencas_plaquetarias_doenca_de_von_willebrand_e_hemofilia.htm?_mobile=off
– https://br.nihonkohden.com/pt-br/products/invitrodiagnostics/invitrodiagnostics/automatedbloodcellcounters/mek7300.html

Varíola dos macacos

Varíola dos macacos

Varíola dos macacos – Monkeypox

A varíola dos macacos é uma doença infecciosa causada pelo vírus da varíola dos macacos que afeta seres humanos e outros animais. Os sintomas iniciais são febre, dores de cabeça, dores musculares, aumento de volume dos gânglios linfáticos e fadiga. Posteriormente formam-se erupções cutâneas, que começam por ser vermelhas e planas e mais tarde se convertem em bolhas com pus e crostas. O intervalo de tempo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas é de cerca de 10 dias. A duração dos sintomas é geralmente de duas a quatro semanas.

O vírus da varíola dos macacos é um vírus do género ortopoxvírus. A doença pode ser transmitida durante o manuseio de carne de animais selvagens, por uma mordedura de animal, por fluidos corporais, por objetos contaminados ou pelo contacto próximo com uma pessoa infetada. Apesar do nome, parece ser mais comum em roedores do que em primatas. O diagnóstico pode ser confirmado pela presença de ADN do vírus numa das lesões.

O vírus tem dois clados genéticos distintos: o da África Ocidental, associado a sintomas mais ligeiros e a uma taxa de letalidade inferior a 1%, e o clado da África Central, associado a uma taxa de letalidade de até 11%.

Foi identificada pela primeira vez em 1958 entre macacos de laboratório. Os primeiros casos registados em seres humanos ocorreram em 1970 na República Democrática do Congo. Em 2003, ocorreu um surto nos Estados Unidos, com origem numa loja de animais onde eram vendidos roedores importados do Gana. Em 2022, ocorreu um surto com início no Reino Unido, onde foram detectados os primeiros casos de transmissão comunitária da doença fora de África.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Var%C3%ADola_dos_macacos

Atualmente os exames para detecção da Varíola do Macaco são feitos por PCR com amostras das lesões desencadeadas pela infecção.

Em breve teremos o Teste para Detecção de Antígeno Ag do Monkeypoxvirus por imunoensaio de fluorescência.

 

Monkeypox

Os perigos dos distúrbios da tireoide na gravidez e na fertilidade

Os perigos dos distúrbios da tireoide na gravidez e na fertilidade

Na Semana da Tireoide, estudo revela desconhecimento sobre os efeitos de hiper e hipotireoidismo na fertilidade e para mães e bebês durante a gestação. 

Na Semana Internacional de Conscientização da Tireoide, criada para disseminar informações sobre a prevenção e o tratamento dos distúrbios dessa glândula que dita o ritmo do funcionamento do corpo, uma pesquisa global traz descobertas preocupantes. O levantamento, encomendado pela farmacêutica Merck e realizado pela YouGov, mostra que a maior parte dos entrevistados não sabe que o hipertireoidismo e o hipotireoidismo elevam o risco de complicações para a mãe e o bebê na gestação — e também podem levar à infertilidade.

O estudo contou com a participação de 7 mil indivíduos de seis países diferentes (Chile, China, Colômbia, Indonésia, México e Arábia Saudita). Infelizmente, o Brasil não foi incluído, o que limita as conclusões para o nosso território. Os questionários foram respondidos entre os dias 24 de março a 6 de abril de 2020.

“O resultado trouxe um alerta sobre a necessidade de conscientizar mais a população sobre os impactos que a falta de diagnóstico pode ocasionar para mães recentes e seus filhos”, comenta a endocrinologista Simone Matsuda Torricelli, chefe da área de cardiometabolismo da Merck.

A especialista acredita que o dado mais alarmante é o de que menos da metade dos entrevistados (48%) julgavam ser importante examinar a tireoide das mulheres durante a gestação.

O sucesso da gravidez depende do funcionamento adequado do sistema endócrino — o conjunto de glândulas que produzem hormônios. “Entre 8% e 12% de todos os abortos espontâneos resultam de fatores endócrinos”, avisa Simone. E a tireoide, além compor esse sistema, é preponderante no seu ritmo. Ora, ela fabrica dois hormônios (o T3 e o T4) que modulam a atividade de outras glândulas e estruturas do corpo.

De acordo com Simone, mulheres com hipotireoidismo não tratado possuem maior probabilidade de experimentar complicações na gestação, especialmente pré-eclâmpsia e aborto.

Outro dado levantado é o de que 55% dos respondentes não sabiam que recém-nascidos precisam ser avaliados para checar a presença do hipotireoidismo congênito, que compromete o desenvolvimento. Esse diagnóstico é feito através do teste do pezinho.

“A condição surge pela incapacidade de o bebê produzir quantidades adequadas de hormônios tireoidianos”, esclarece a médica.

O estudo também revela que apenas 24% dos respondentes conheciam a influência dos transtornos da tireoide na fertilidade. O que uma coisa tem a ver com a outra?

Simone explica que, quando a glândula não está trabalhando adequadamente, os ovários e os testículos sofrem. “Há uma redução das taxas de concepção e um risco aumentado de hemorragias”, arremata a expert.

E atenção: o sexo feminino é mais atingido por problemas na tireoide. “Uma em cada oito mulheres os desenvolve. A prevalência é maior por motivos ainda não totalmente esclarecidos e aumenta com o passar dos anos”, informa Simone.

O desconhecimento traz uma consequência bastante negativa. “Cerca de 60% das pessoas que vivem com algum dos distúrbios da tireoide não recebem um diagnóstico”, relata a profissional.

A detecção do hipo e do hipertireoidismo não é muito complexa. Basta realizar um exame de sangue com dosagem do hormônio tireoestimulante (TSH) — se o médico receitar, claro. Converse com ele sobre o assunto.

“Para quem possui histórico familiar desses problemas, é necessário fazer a avaliação com mais frequência, pelo menos uma vez ao ano. Os testes também são importantes no primeiro trimestre da gravidez e no pós-parto, bem como em recém-nascidos”, complementa Simone.

A boa notícia é que os distúrbios da tireoide são tratáveis. E, uma vez controlados, o risco de interferirem na fertilidade ou na gestação cai drasticamente.

Fonte: Veja Saúde

Gasometria

Gasometria

A avaliação do estado ácido-básico do sangue é rotineiramente realizada na grande maioria dos doentes atendidos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), qualquer que seja a doença de base. Essa avaliação é fundamental, pois, além dos desvios do equilíbrio ácido-básico propriamente ditos, a gasometria pode fornecer dados sobre a função respiratória e sobre as condições de perfusão tecidual. Acidose e alcalose são modificações do pH sanguíneo decorrentes do aumento ou dadiminuição da concentração sanguínea de íons H+.

Normalmente no exame de gasometria são medidos o pH, a pressão de Oxigênio pO2 e a pressão de gás carbônico pCO2. Esses analitos são os principais componentes da gasometria, pois servem de base para calcular diversos outros parâmetros essenciais para reportar a condição do paciente. Alguns aparelhos são capazes de medir outros analitos junto aos parâmetros da gasometria, tais como: Glicose, Lactato, Hematócrito, Sódio, Potássio e Cálcio Iônico, que auxiliam o corpo clínico nas tomadas de decisões nas mais diversas situações de forma mais rápida e assertiva, a fim de assegurar os cuidados críticos com paciente.

Outros equipamentos dispõem ainda da detecção de dishemoglobinas (distúrbios em que a molécula de hemoglobina é funcionalmente alterada e impedida de transportar oxigênio). O método utilizado para medida da oxihemoglobina, desoxiemoglobina, carboxihemoglobina e metemoglobina é conhecido como CO-oximetria.

Sistema Tampão
O sistema tampão é constituído pelo bicarbonato (HCO3- ), ossos, hemoglobina, proteínas plasmáticas e intracelulares. Estas substâncias são capazes de doar ou receber íons H minimizando alterações do pH e têm por objetivo deslocar a reação para maior produção de CO2 e água que podem ser eliminados pela respiração (Figura 1). O sistema tampão ocorre instantaneamente à alteração ácido-básica constituindo assim a primeira linha de defesa para variações do pH.

Componente Pulmonar
O controle pulmonar regula a concentração de CO2 sanguíneo através de sua eliminação ou retenção na acidose e alcalose, respectivamente. O controle respiratório é exercido por variações na concentração de íons H sobre o bulbo pulmonar. O componente pulmonar inicia-se minutos após a alteração ácido-básica, sendo o segundo componente na linha de defesa para variações do pH.

Componente Renal
Os rins controlam o equilíbrio ácido-básico ao excretarem urina ácida ou básica. Tal controle se dá através dos seguintes mecanismos: reabsorção de bicarbonato filtrado e regeneração do bicarbonato através da excreção de H ligada a tampões e na forma de amônio (NH4+ ).

Apesar de ser o terceiro componente na linha de defesa contra alterações do equilíbrio ácido-básico, levando horas a dias para agir, é o mais duradouro de todos os mecanismos regulatórios.

 

 

Figura 1

 

 

Distúrbios acido-básicos identificáveis na gasometria arterial
Temos inicialmente quatro distúrbios acidobásicos primários, dois metabólicos e dois respiratórios.

Acidose metabólica
Na acidose metabólica temos uma queda do HCO3 na gasometria e, consequentemente, redução do pH (acidose).

A resposta compensatória deve ser uma hiperventilação a fim de reduzir o CO2 (que também acidifica o meio).

Alcalose metabólica
Na alcalose metabólica, ocorre um aumento de HCO3 na gasometria e, consequentemente, elevação do pH (alcalose).

A resposta compensatória deve ser uma hipoventilação a fim de reter o Co2.

Acidose respiratória
Na acidose respiratória, existe uma dificuldade de ventilação do paciente, isso leva a uma hipoventilação e, consequentemente, retenção do Co2.

A resposta compensatória neste caso é renal (retém HCO3 ou excreção de mais ácido), com posterior elevação do HCO3 na gasometria.

 

gasometria

 

 

Alcalose respiratória
Na alcalose respiratória, o paciente está hiperventilando e, consequentemente, “lavando” o CO2, isto é, expulsando o CO2. A resposta neste caso é renal com excreção de HCO3.

Centerlab sempre empenhada em oferecer aos seus clientes as melhores soluções para o diagnóstico clínico, em parceria com a Werfen e Labtest, apresenta os equipamentos destinados à linha de “Acute Care Diagnostics” que trazem como características robustez, praticidade e qualidade nos resultados.

i15 – Labtest
Portátil, leve e de fácil operação, o sistema de gasometria i15 Labtest é a solução ideal para quem busca um sistema completo e versátil, que permite realizar análises em ambientes laboratoriais e hospitalares.
– Rapidez: Resultados em 48 segundos após a aspiração da amostra;
– Baixo volume de amostra: 140 uL;
– Seguro: Controle de qualidade em 3 níveis, Calibração automática a cada leitura de amostra;
– Portátil: Bateria de lítio, autonomia de 50 testes contínuos;
– Cartuchos Descartáveis: Test Cartridge BG10 – 25 testes
– Parâmetros Medidos:

 

parâmetros

i15

 

 

Gem 3500 – Werfen
Adicionando à simplicidade, flexibilidade e confiabilidade de exames sem precedentes do GEM Premier 3000, o GEM Premier 3500 oferece novas capacidades em um sistema elevado, adaptável às necessidades – e volume – do seu hospital e laboratório.

– Simples: Livre de manutenção pelo usuário, multiuso, e menus intuitivos na tela sensível ao toque são muito fáceis de usar.
– Prático: Cartucho único, pack contendo todas as soluções necessárias para funcionamento, bem como a agulha de aspiração. Armazenamento em temperatura ambiente, garantindo melhor gerenciamento dos consumíveis.
– iQM: De propriedade da Werfen, a Gestão de Qualidade Inteligente (Intelligent Quality Management), providencia um controle de qualidade contínuo e em tempo real para os resultados mais precisos, o tempo todo. Equipamento executa automaticamente controles de qualidade, realizando, se necessário, ações corretivas (não contabiliza controle como teste). Tudo isso registrado em forma de relatórios e gráficos. O iQM é aprovado pelo FDA Americano e pelo Dr. Westgard, pioneiro na análise de controle de qualidade.
– Conectividade Total: O software GEMweb® permite a gestão de informações e comunicação em tempo real pelo hospital. Permite conexão via Wi-fi com a rede, espelhando a tela do aparelho, permitindo o acesso aos resultados remotamente bem como todos os gráficos de controle de qualidade.

 

GEM 3500

 

 

Gem 5000 – Werfen – Com Co-oximetria
O sistema de gasometria GEM Premier 5000 integra um sistema de garantia da qualidade automatizado para todas as amostras. Com sistema de gerenciamento Inteligente de Qualidade de segunda geração (iQM2) com tecnologia IntraSpect™, é possível identificar potenciais erros, não apenas antes e depois de cada análise, mas também durante o processamento de amostras.

O iQM2 realiza não só a identificação dos erros mas também inicia automaticamente a correção e a documentação em tempo real de todas as interferências detectadas.

Além disso, a usabilidade do analisador é bem simples e prática: basta substituir o GEM PAK (cartucho único que inclui todos os componentes necessários ao funcionamento do analisador), dependendo da sua rotina, até uma vez por mês.

Todas essas características juntas asseguram um resultado de qualidade e em conformidade para todas as amostras processadas no GEM Premier 5000.

 

GEM 5000

 

 

Importante: Esse boletim tem o caráter informativo e não deve ser utilizado para interpretação de resultados e manejo clínico.

Referências:
– Interpretação de gasometria arterial. Eduardo Borges Gomes , Hugo Cataud Pacheco Pereira. Vittalle – Revista de Ciências da Saúde v. 33, n. 1 (2021) 203-218
– DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO. Renato Marinho Furoni , Sinval Malheiros Pinto Neto , Rafael Buck Giorgi , Enio Marcio Maia Guerra . Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 12, n. 1, p. 5 -12, 2010
– Gasometria Arterial: interpretação, parâmetros, distúrbios acidobásicos e mais! – Agosto 2018 – Disponível em < https://www.sanarmed.com/gasometria-arterial-como-interpretar> Acesso em 17/03/2022.
– Boletim Técnico & Científico Labtest – Gasometria e sua importância na avaliação dos pacientes críticos hospitalizados – Julho 2020 – Disponível em <https://labtest.com.br/gasometria-e-sua-importancia-naavaliacao- de-pacientes-criticos-hospitalizados/> Acesso em 17/03/2022.
– Folder I15 – Blood Gas Chemistry Analyzer – Labtest. | Folder Gem 3500 – Werfen | Folder Gem 5000 – Werfen