por CenterLab | jan 14, 2025 | Uncategorized
Você sabia?
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), aproximadamente 70% a 80% dos diagnósticos médicos são baseados em informações provenientes de exames laboratoriais.
Assim, o laboratório de análises clínicas exerce papel fundamental na área da saúde, sempre buscando propostas de melhorias no setor e auxiliando nas decisões terapêuticas e diagnósticas.
Embora os exames laboratoriais tenham como objetivo fornecer resultados precisos, é importante destacar que fatores externos, muitas vezes fora do controle do laboratório, podem influenciar os resultados, gerando variações em relação aos valores reais. São eles os erros pré-analíticos.
Além dos erros pré-analíticos, que representam cerca de 70%, temos também os erros analíticos, que ocorrem durante a medição das amostras nos equipamentos e ainda os pós-analíticos, que são aqueles erros que acontecem na fase final do processo de análise de um exame de laboratório.
Para minimizar, ou até mesmo evitar esses erros, os laboratórios seguem normas rigorosas, como por exemplo a recente RDC 786/2023 que estabelece os requisitos técnico-sanitários para o funcionamento de laboratórios clínicos, utilizam também programas especializados de controle de qualidade interno e externo (ensaio de proficiência), aliados a metodologias de ponta.
E falando em metodologias inovadoras, destacamos a Química Seca, uma tecnologia avançada disponível no mercado.
A química seca é uma técnica analítica que possibilita a realização de exames laboratoriais de maneira rápida e precisa, utilizando reagentes sólidos. Para isso, emprega-se um pequeno slide, composto por camadas de reagentes sólidos, filtros e membranas. Quando uma amostra biológica entra em contato com essas camadas do slide, ocorre a reação química, que é medida pelo sistema.
A química líquida é uma metodologia que estima o nível de um analito em solução, uma vez que se baseia no princípio de que os materiais absorvem a luz de determinado comprimento de onda à medida que ela passa pela solução. Esse método é a espectrofotometria, que consiste em realizar a medição da cor em uma solução, determinando a quantidade de luz absorvida no espectro ultravioleta, infravermelho ou visível, sendo amplamente utilizada na medicina laboratorial.
Fonte: A autora: Jessyca Silva
Com o compromisso de sempre oferecer inovações aos nossos clientes, a Centerlab apresenta a moderna metodologia de análises clínicas por química seca, fornecida pela FUJIFILM BRASIL o equipamento Nx600.
Fonte: https://www.fujifilm.com/br/pt-br/healthcare/in-vitro-diagnostics/chemical-analysis/dri-chemnx600
O DRI-CHEM NX 600 é equipado com recursos e especificações avançadas que garantem resultados precisos e confiáveis. Ele oferece uma ampla gama de testes, incluindo química de rotina, eletrólitos, enzimas e proteínas específicas. O analisador tem um sistema óptico de alto desempenho que fornece medições precisas e elimina a necessidade de calibração manual, podendo ser utilizado na medicina humana e veterinária.
Como um analisador de química clínica totalmente automatizado, o DRI-CHEM NX 600 oferece inúmeros benefícios para profissionais de saúde e instalações. Sua operação automatizada reduz o risco de erro humano e aumenta a eficiência no laboratório. O analisador também tem um tempo de resposta rápido, permitindo diagnósticos rápidos e decisões de tratamento. Além disso, requer manutenção mínima, economizando tempo e recursos para os usuários.
Para maiores informações, consulte um dos nossos vendedores em: vendas@centerlab.com.br
Referências:
https://www.fujifilm.com/br/pt-br/healthcare/in-vitro-diagnostics/chemical-analysis/dri-chem-nx600
Guimarães AC, Wolfart M, Brisolara MLL, Dani C. O laboratório clínico e os erros pré-analíticos. Revista HCPA. 2011; 31(1):66-72. Vieira KF, Shitara ES, Mendes ME, Sumita NM. A utilidade dos indicadores da qualidade no gerenciamento de laboratórios clínicos. J Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial [revista em Internet] 2011 Jun. [acesso 07 de janeiro de 2025]. Disponível
https://www.rbac.org.br/artigos/comparacao-dos-interferentes-nas-metodologias-de-quimica-liquida-e-quimica-seca-na-fase-pre-analitica-dosexames-laboratoriais/
por CenterLab | mar 2, 2023 | Informativos
O TAP (RNI) e o TTPA são exames que se destacam entre os inúmeros testes laboratoriais para análise da hemostasia, pois através deles é possível avaliar as vias extrínseca e intrínseca da coagulação.
O coagulograma (grupo de exames para análise da hemostasia) é solicitado principalmente antes de cirurgias, para que seja avaliado o risco do paciente sofrer hemorragias durante o procedimento. No entanto, também pode ser solicitado pelo médico em outras situações, como: Risco de trombose, picada de animais peçonhentos e no acompanhamento de pessoas que fazem uso de anticoagulantes como Heparina e Varfarina.
Embora alguns dos exames para análise da hemostasia possam ser realizados manualmente ou com uso de aparelhos semiautomáticos, a automação total nessa área vem se tornando cada vez mais importante. Além de melhorar a qualidade, no que se diz respeito à precisão e velocidade dos resultados, outros pontos vêm se tornando cada vez mais essenciais na rotina laboratorial, tais como: aumento da capacidade operacional, menor volume de amostra a ser coletada, eliminação de atividades desnecessárias e a combinação das atividades em processos únicos. Todas essas melhorias contribuem muito para simplificação e padronização dos processos laboratoriais.
Existem condições do paciente que podem interferir tecnicamente na realização dos testes de hemostasia bem como na interpretação dos resultados, dentre elas pode-se citar a dieta alimentar, atividade física, influência hormonal, variação circadiana, medicamentos e estresse mental.
Ainda sobre condições que podem interferir nos resultados dos exames de hemostasia, é importante elucidar sobre influências pré-analíticas tais como: uso inadequado do material de coleta, proporção sangue/anticoagulante não respeitada, homogeneização da amostra, lipemia, icterícia, hemólise entre outras.
Coleta da amostra
O anticoagulante apropriado para a maioria dos testes de hemostasia é o citrato de sódio dihidratado 3,2% ou 0.109M na proporção de 1:9 (anticoagulante:sangue). Observar o volume correto de sangue nos tubos após a coleta, a maioria dos tubos tem marcas indicado o volume mínimo e máximo de sangue.

Ordem da coleta
Estudos demonstram que os resultados do tempo de protrombina (TAP), International Normalized Ratio (RNI), e o tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA) não sofrem interferência se avaliados no primeiro tubo coletado, sem a necessidade da coleta prévia de um tubo de descarte. Esses estudos não comprovaram a hipótese de que amostras para os ensaios rotineiros de coagulação deveriam ser obtidas após a coleta do tubo de descarte. No entanto, se na solicitação for necessário a coleta de um tubo de descarte antes do tubo de citrato, se este for o primeiro tubo, para evitar interferências da tromboplastina tecidual.
Ao realizar a coleta com sistema de escalpe, sendo o tubo para testes de coagulação o primeiro a ser coletado, deve-se utilizar o tubo de descarte. O uso do tubo de descarte tem por finalidade preencher o espaço “morto” do escalpe, para garantir a proporção adequada do anticoagulante em relação ao sangue total. Para fins de descarte, utilize um tubo para coagulação ou sem qualquer aditivo.
Sequência de coleta para tubos plásticos pela CLSI H3-A6
1. Frascos para hemocultura;
2. Tubos com citrato de sódio (tampa azul);
3. Tubos para soro com ativador de coágulo, com ou sem gel separador para obtenção de soro (tampa amarela e/ou vermelha);
4. Tubos com heparina (tampa verde);
5. Tubos com EDTA (tampa roxa);
6. Tubos com fluoreto/EDTA (tampa cinza).
Diante desse cenário, a Centerlab em parceria com a Werfen apresenta uma revolução nos testes de hemostasia.
Os sistemas ACL TOP Family Série 50 oferecem o gerenciamento de automação e qualidade mais avançado em testes de hemostase. Ideal para testes de hemostasia de rotina e especialidade, incluindo ensaios de coagulação, cromogênicos e imunológicos em laboratórios clínicos de médio a alto volume.
Automação do analisador
– Reagentes com código de barras;
– Monitoramento onboard contínuo de estabilidade dos reagentes;
– Execução automática de frequência QC.
– Capacidade de repetição e de testes reflexivos;
– Relatório totalmente automatizado de ensaios de fatores com paralelismo;
– Auto-verificação e upload dos resultados;
– Trabalha com tubo fechado perfurando a tampa (modelos CTS).
Operação Contínua
– Carregamento e descarregamento contínuos de amostras e reagentes através de racks sem interrupção de sistema;
– Carregamento de cuveta e eliminação de resíduos ininterruptos.
Manutenção Simples
– Manutenção diária, solicitada pelo sistema, em menos de 5 minutos;
– Notificação de “manutenção em atraso” para alertar o usuário;
– Solução de problemas e diagnósticos de instrumento remotos via web em tempo real (opcional).
Parada programada rápida
– Até 360 TP/h;
– Resultados de TP em standby dentro de aproximadamente 3 minutos;
– Amostras carregadas em qualquer rack, em qualquer posição, a qualquer momento, incluindo STAT.
Verificação automatizada pré-analítica de integridade de amostra
– Detecta interferência de Hemólise, Icterícia e Lipemia (HIL);
– Valores que ultrapassam o limite específico do ensaio são sinalizados;
– Pré-configurado para limites pré-validados com personalização opcional;
– Detecta problemas com volume de amostra do tubo;
– Sinaliza aspiração anormal de amostra, solicitando ao usuário que verifique a curva de formação de coágulos.
Ferramentas avançadas de suporte para acreditação e qualidade
– O conjunto mais abrangente de ferramentas de rastreamento de auditoria disponível;
– Informação disponível de hora, data e operador para todas as funções e atividades do analisador;
– Manutenção, controle de qualidade, calibração e relatório de temperatura;
– Relatórios de auditoria abrangentes e seguros com um clique.
Verdadeira Padronização
Todos os modelos oferecem resultados de mesma qualidade, portfólio de reagentes abrangente, software intuitivo, recursos e usabilidade, além das mesmas verificações pré-analíticas automatizadas para desempenho e flexibilidade superiores em todo o processo de teste.
ACL ELITE PRO
Processamento de Rotinas e Testes especiais com opção de urgência, em sistemas compactos, convenientes e fáceis de usar. Oferece uma combinação única de processos automatizados para laboratório de médio volume.
– Bandeja com capacidade para 40 amostras em tubo primário ou cups;
– Acomoda até 22 reagentes;
– Velocidade/Teste:
- TP – Acima de 175/h
- TTPa – Acima de 125/h
– Todas as posições dos reagentes são monitoradas para o volume e estabilidade “on board”;
– Acesso randômico para minimizar o tempo de obtenção de resultados;
– Área de análises – 2 canais: 660 nm para provas coagulométricas e 405 nm para provas cromogênicas e imunológicas.
– Probe de amostras e sensores
– 2 pipetas para aspiração /dispensão com sensores líquidos.

Referências:
– Laboratório de Hemostasia – Gestão da fase pré-analítica: Minimizando erros – Ministério da Saúde.
– Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso – 2. ed. Barueri, SP : Editora Manole, 2010.
– Exames Laboratoriais para Análise da Hemostasia.
– Portal educação. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/exames-laboratoriais-para-analise-da-hemostasia/11334> acesso em 22/07/2019.
– Folder ACL Top –Família série 50. Werfen Medical.
– Avaliação laboratorial da hemostasia. Dayse Maria Lourenço. Tratado de hematologia. Cap. 60. Pág 583-590.
– Automação Laboratorial em Coagulação. Centerlab News – informativo técnico-científico. Nº 109. Setembro 2018.
– https://newslab.com.br/conheca-o-que-ha-de-mais-novo-e-eficiente-no-segmento-pre-analitico/ (Acesso 22/10).
por CenterLab | out 5, 2022 | Informativos
O TAP (RNI) e o TTPA são exames que se destacam entre os inúmeros testes laboratoriais para análise da hemostasia, pois através deles é possível avaliar as vias extrínseca e intrínseca da coagulação.
O coagulograma (grupo de exames para análise da hemostasia) é solicitado principalmente antes de cirurgias, para que seja avaliado o risco do paciente sofrer hemorragias durante o procedimento. No entanto, também pode ser solicitado pelo médico em outras situações, como: Risco de trombose, picada de animais peçonhentos e no acompanhamento de pessoas que fazem uso de anticoagulantes como Heparina e Varfarina.
Embora alguns dos exames para análise da hemostasia possam ser realizados manualmente ou com uso de aparelhos semiautomáticos, a automação total nessa área vem se tornando cada vez mais importante. Além de melhorar a qualidade, no que se diz respeito à precisão e velocidade dos resultados, outros pontos vêm se tornando cada vez mais essenciais na rotina laboratorial, tais como: aumento da capacidade operacional, menor volume de amostra a ser coletada, eliminação de atividades desnecessárias e a combinação das atividades em processos únicos. Todas essas melhorias contribuem muito para simplificação e padronização dos processos laboratoriais.
Existem condições do paciente que podem interferir tecnicamente na realização dos testes de hemostasia bem como na interpretação dos resultados, dentre elas pode-se citar a dieta alimentar, atividade física, influência hormonal, variação circadiana, medicamentos e estresse mental.
Ainda sobre condições que podem interferir nos resultados dos exames de hemostasia, é importante elucidar sobre influências pré-analíticas tais como: uso inadequado do material de coleta, proporção sangue/anticoagulante não respeitada, homogeneização da amostra, lipemia, icterícia, hemólise entre outras.
Coleta da amostra
O anticoagulante apropriado para a maioria dos testes de hemostasia é o citrato de sódio dihidratado 3,2% ou 0.109M na proporção de 1:9 (anticoagulante:sangue). Observar o volume correto de sangue nos tubos após a coleta, a maioria dos tubos tem marcas indicado o volume mínimo e máximo de sangue.

Ordem da coleta
Estudos demonstram que os resultados do tempo de protrombina (TAP), International Normalized Ratio (RNI), e o tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA) não sofrem interferência se avaliados no primeiro tubo coletado, sem a necessidade da coleta prévia de um tubo de descarte. Esses estudos não comprovaram a hipótese de que amostras para os ensaios rotineiros de coagulação deveriam ser obtidas após a coleta do tubo de descarte. No entanto, se na solicitação houver necessidade da coleta de um tubo de descarte antes do tubo de citrato, se este for o primeiro tubo, para evitar interferências da tromboplastina tecidual.
Ao realizar a coleta com sistema de escalpe, sendo o tubo para testes de coagulação o primeiro a ser coletado, deve-se utilizar o tubo de descarte. O uso do tubo de descarte tem por finalidade preencher o espaço “morto” do escalpe, para garantir a proporção adequada do anticoagulante em relação ao sangue total. Para fins de descarte, utilize um tubo para coagulação ou sem qualquer aditivo.
Sequência de coleta para tubos plásticos pela CLSI H3-A6
1. Frascos para hemocultura;
2. Tubos com citrato de sódio (tampa azul);
3. Tubos para soro com ativador de coágulo, com ou sem gel separador para obtenção de soro (tampa amarela e/ou vermelha);
4. Tubos com heparina (tampa verde);
5. Tubos com EDTA (tampa roxa);
6. Tubos com fluoreto/EDTA (tampa cinza).
Diante desse cenário, a Centerlab em parceria com a Werfen apresenta uma revolução nos testes de hemostasia.
Os sistemas ACL TOP Family Série 50 oferecem o gerenciamento de automação e qualidade mais avançado em testes de hemostase. Ideal para testes de hemostasia de rotina e especialidade, incluindo ensaios de coagulação, cromogênicos e imunológicos em laboratórios clínicos de médio a alto volume.
Automação do analisador
– Reagentes com código de barras;
– Monitoramento onboard contínuo de estabilidade dos reagentes;
– Execução automática de frequência QC.
– Capacidade de repetição e de testes reflexivos;
– Relatório totalmente automatizado de ensaios de fatores com paralelismo;
– Auto-verificação e upload dos resultados;
– Trabalha com tubo fechado perfurando a tampa (modelos CTS).
Operação Contínua
– Carregamento e descarregamento contínuos de amostras e reagentes através de racks sem interrupção de sistema;
– Carregamento de cuveta e eliminação de resíduos ininterruptos.
Manutenção Simples
– Manutenção diária, solicitada pelo sistema, em menos de 5 minutos;
– Notificação de “manutenção em atraso” para alertar o usuário;
– Solução de problemas e diagnósticos de instrumento remotos via web em tempo real (opcional).
Parada programada rápida
– Até 360 TP/h;
– Resultados de TP em standby dentro de aproximadamente 3 minutos;
– Amostras carregadas em qualquer rack, em qualquer posição, a qualquer momento, incluindo STAT
Verificação automatizada pré-analítica de integridade de amostra
– Detecta interferência de Hemólise, Icterícia e Lipemia (HIL);
– Valores que ultrapassam o limite específico do ensaio são sinalizados;
– Pré-configurado para limites pré-validados com personalização opcional;
– Detecta problemas com volume de amostra do tubo;
ꞏSinaliza aspiração anormal de amostra, solicitando ao usuário que verifique a curva de formação de coágulos.
Ferramentas avançadas de suporte para acreditação e qualidade
– O conjunto mais abrangente de ferramentas de rastreamento de auditoria disponível;
– Informação disponível de hora, data e operador para todas as funções e atividades do analisador;
– Manutenção, controle de qualidade, calibração e relatório de temperatura;
– Relatórios de auditoria abrangentes e seguros com um clique.
Verdadeira Padronização
Todos os modelos oferecem resultados de mesma qualidade, portfólio de reagentes abrangente, software intuitivo, recursos e usabilidade, além das mesmas verificações pré-analíticas automatizadas para desempenho e flexibilidade superiores em todo o processo de teste.
Completamente padronizado para automação e qualidade avançadas
Ideal para laboratórios de médio e grande volumes, incluindo sistemas de automação laboratoriais integrados – ensaios de rotina e de testes especiais.

Referências:
– Laboratório de Hemostasia – Gestão da fase pré-analítica: Minimizando erros – Ministério da Saúde.
– Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso – 2. ed. Barueri, SP : Editora Manole, 2010
– Exames Laboratoriais para Análise da Hemostasia
– Portal educação. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/exames-laboratoriais-para-analise-da-hemostasia/11334> acesso em 22/07/2019.
– Folder ACL Top –Família série 50. Werfen Medical.
– Avaliação laboratorial da hemostasia. Dayse Maria Lourenço. Tratado de hematologia. Cap. 60. Pág 583-590.
– Automação Laboratorial em Coagulação. Centerlab News – informativo técnico-científico. Nº 109. Setembro 2018.
– https://newslab.com.br/conheca-o-que-ha-de-mais-novo-e-eficiente-no-segmento-pre-analitico/ (Acesso 22/10).
por CenterLab | jul 5, 2022 | Informativos
Plaquetas são fragmentos celulares anucleados derivados de grandes células multinucleadas situadas na medula óssea (megacariócitos). Sua sobrevida no sangue periférico é de 7 a 10 dias. Estima-se que entre 2.000 a 5.000 novas plaquetas sejam produzidas por cada megacariócito. Em condições fisiológicas, o pool plaquetário é distribuído em dois compartimentos: 2/3 no sangue periférico e 1/3 no baço.
Após injúria vascular, as plaquetas são responsáveis pelo controle do extravasamento sanguíneo formando o tampão plaquetário, sendo fundamentais no processo de hemostasia primária (adesão vascular, agregação plaquetária, secreção de moléculas e reparação tecidual).
Elas contêm grânulos em seu interior que armazenam importantes substâncias pró e anticoagulantes.
A plaquetopenia é definida como a redução na contagem plaquetária a valores inferiores a 150.000/mm3.
Achados clínicos
Muitos pacientes com plaquetopenia podem ser assintomáticos, e a alteração laboratorial pode ser apenas um achado após avaliação de rotina. De modo geral, indivíduos com contagem de plaquetas acima de 50×109/L não apresentam sangramentos espontâneos.
As manifestações hemorrágicas características na plaquetopenia ocorrem em território cutaneomucoso. Pode ser observado púrpuras, petéquias, equimoses superficiais, menorragia, epistaxes e mais raramente sangramento do trato gastrintestinal e hemorragia conjuntival. Diferente de pacientes com distúrbios da coagulação, que cursam com sangramentos profundos.
Avaliação laboratorial
Inicia-se com a contagem plaquetária automatizada e confirmação posterior por meio da contagem manual de plaquetas em amostras com EDTA e citrato de sódio. Deve-se excluir pseudoplaquetopenia e avaliar a morfologia plaquetária e dos outros componentes celulares do sangue por análise da distensão de sangue periférico.
O exame da medula óssea é útil na avaliação da plaquetopoiese, pois revela alterações no número e na morfologia dos megacariócitos.
Pseudotrombocitopenia
Na avaliação do paciente com plaquetopenia, devemos descartar a possibilidade de pseudoplaquetopenia, sendo essa, uma condição não patológica em que a contagem plaquetária está falsamente reduzida. É reconhecida pela análise das plaquetas na distensão do sangue periférico.
Na maioria dos casos, ocorre pela ação do anticoagulante EDTA (ácido tetra-acético etilenodiamina), levando a uma aglutinação plaquetária. Estudos demonstram uma incidência de 1 em cada 1.000 hemogramas. Uma estratégia para a obtenção da contagem real de plaquetas é a coleta da amostra em frasco com um anticoagulante alternativo, como o citrato de sódio ou heparina. A manutenção da amostra em temperatura de 37ºC também pode reduzir a formação de agregados de plaquetas em alguns casos. A pseudoplaquetopenia também pode ser secundária à presença de plaquetas gigantes, observadas em algumas trombocitopenias hereditárias, e de macroplaquetas e evidenciada em parâmetros como P-LCR e P-LCC que representa o percentual de plaquetas grandes e a contagem absoluta nos analisadores mais modernos.
Plaquetograma e os índices plaquetários
A evolução da automação laboratorial com destaque para hematologia introduziu na rotina diversos parâmetros relacionados às plaquetas, que apesar de já serem disponibilizados pela maioria dos contadores hematológicos de última geração, ainda são pouco compreendidas e pouco utilizadas tanto na prática médica como laboratorial.
Esses parâmetros compõem o chamado Plaquetograma e compreende de três índices:
1 – Plaquetócrito (PCT): indica a razão do volume total da plaqueta no histograma para o volume de sangue total aspirado.
2 – Amplitude de variação do tamanho das plaquetas (PDW – Platelet Distribution Width) – indica a variação do tamanho das plaquetas no histograma. Esse parâmetro indica a anisoplaquetose, sendo importante ferramenta para distinguir uma trombocitopenia por destruição (PDW aumentado) de uma situação de diminuição de produção (PDW normal ou diminuído).
3 – Volume plaquetário médio (VPM) – indica a média do volume (tamanho) de plaquetas no histograma, sendo representada no pico do histograma de plaquetas. O VPM apresenta uma correlação inversa com a contagem de plaquetas e representa um importante marcador para a atividade e função plaquetárias, sendo muito importante na avaliação de diversas desordens clínicas de origem hematológica ou não, tais como diabetes mellitus, infarto agudo do miocárdio, leucemia linfoide aguda, leucemia mieloide aguda entre outras doenças onco-hematológicas, bem como na avaliação da resposta medular.

4 – P-LCR e P-LCC: Além dos parâmetros acima convencionais os equipamentos Celltac-G e G+ (modelos MEK-9100 e MEK-9200) liberam dois parâmetros plaquetários adicionais o P-LCR e P-LCC que representa o percentual de plaquetas grandes e a contagem absoluta. Sendo utilizados em conjunto com os parâmetros VPM e PDW para auxiliar na investigação clínica.
Automação Laboratorial no Plaquetograma
Como a contagem manual de plaquetas é bem subjetiva e trabalhosa surgiu a necessidade de contagens mais precisas e rápidas, através da metodologia automatizadas como a impedância.

A impedância foi inicialmente descrita por Wallace Coulter em 1956. Esse método depende dos glóbulos vermelhos que são pobres condutores de eletricidade, enquanto, o diluente (solução eletrolítica) é um bom condutor; essa diferença forma a estrutura desse sistema de contagem. Dois eletrodos mergulhados separadamente por uma abertura de contagem que permite que cada partícula passe pelo orifício gerando pulsos de acordo com o volume e quantidade celular. Esses pulsos são amplificados e contabilizados em um volume de sangue, gerando os demais parâmetros a partir de histogramas e cálculos. Por esse métodosão contados eritrócitos e as plaquetas e global de leucócitos.
Ao realizar a análise de uma amostra no equipamento por impedância, podem ocorrer interferências inerentes a metodologia, como:
– A célula pode não passar no centro da abertura de contagem;
– Depois de passar pela abertura de contagem, algumas células podem retornar ao orifício devido ao fluxo natural do líquido;
– Várias células podem passar pela abertura de contagem ao mesmo tempo.
Tecnologia Exclusiva Nihon Kohden
Pensando nessas possíveis falhas e aprimorando a tecnologia de impedância descrita por Coulter em 1956, a Nihon Kohden desenvolveu a tecnologia exclusiva DynaHelix Flow que elimina todas essas interferências. O DynaHelix Flow é a integração entre “Sheath Flow” e “Swirl Flow”.
O Sheath Flow (figura 2 – setas azuis) produz um fluxo hidráulico estável para direcionar as células à abertura de contagem fazendo com que as células se alinhem em uma fileira única no centro da abertura e passem uma a uma, gerando os pulsos.

Enquanto Swirl Flow (figura 3 – espiral azul) evita totalmente o risco de recontagem das células, por realizar um fluxo contínuo após a contagem das células, evitando o retorno e recontagem celular, melhorando muito a precisão.

Essa tecnologia proporciona contagem mais precisas e exatas, principalmente para amostras com valores baixos.
Além disso nos contadores hematologicos Celltac ES (MEK-7300) podemos definir parâmetros para recontagem automática de plaquetas quando o aparelho detecta que a amostra apresenta valores diminuidos, confirmando assim o resultado.
A Centerlab em parceria com empresa Japonesa Nihon Kodhen tem o prazer de disponibilizar ao alcance do seu laboratório essas tecnologias exclusivas utilizadas em todo o mundo e porque não no seu laboratório?
Consulte-nos para esclarecimentos e dúvidas sobre os equipamentos. Toda equipe Centerlab estará a sua disposição. Será umprazer levar essa tecnologia até o seu laboratório.
Importante: Esse boletim tem o caráter informativo e não deve ser utilizado para interpretação de resultados e manejo clínico.
Referências:
– https://www.nihonkohden.com/
– https://br.nihonkohden.com/pt-br/innovativetechnologies/dynascatter_laser/three_new_improvements_in_dynascatter_laser.html
– https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/2081/doencas_plaquetarias_doenca_de_von_willebrand_e_hemofilia.htm?_mobile=off
– https://br.nihonkohden.com/pt-br/products/invitrodiagnostics/invitrodiagnostics/automatedbloodcellcounters/mek7300.html
por CenterLab | set 22, 2021 | Informativos
Marcadores Cardíacos
O diagnóstico laboratorial é e sempre foi um dos principais auxiliares em decisões médicas e seus achados influenciam diretamente na conduta clínica. No decorrer da história, o progresso científico e a evolução tecnológica resultaram em novos métodos e recursos que tornaram os laboratórios mais produtivos, com processos cada vez mais seguros e confiáveis. O melhor exemplo dessa transformação é a automação laboratorial, além de diminuir a possibilidade de erros humanos na manipulação das amostras e consequentemente nos resultados, a automação também dá ao laboratório a agilidade necessária em situações emergenciais, quando o tempo entre a chegada do paciente e a obtenção dos resultados é crucial para a garantia do diagnóstico clínico e das evoluções corretas.Nesse aspecto, podemos citar os chamados testes POC (Point of Care) ou POCT (Point of Care Testing), que podem ser utilizados dentro e fora do ambiente laboratorial, garantindo agilidade e precisão quando cada minuto conta.
POC/POCT: aliados no rápido diagnóstico
O uso dos testes POC ou POCT é uma realidade. O conceito POCT surgiu nos anos 50 e os testes começaram a ser utilizados primeiramente nos Estados Unidos, mas foi na última década que eles viraram realmente tendência. Podemos considerar que o POCT é a testagem conduzida próxima ao local de cuidado ao paciente, inclusive em locais fora da área técnica de um laboratório, por profissionais de saúde ou pessoal capacitado pelo Ministério da Saúde e/ou Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais.
Em suma, entendem-se como testes Point of Care (ou POCTs) os testes para diagnósticos in vitro realizados de forma rápida, com baixa complexidade e, ainda, de fácil interpretação para uso em triagem, diagnóstico e monitoramento de pacientes. Quando necessitam equipamentos, estes seguem as mesmas características dos testes, sendo o manuseio simples, intuitivo e amigável ao usuário, muitas vezes portátil.
Além de auxiliarem nos resultados rápidos, os testes POC podem ser realizados não só no ambiente clínico, como também fora dele, graças aos tamanhos reduzidos e pela necessidade de apenas uma pequena amostra do paciente (que pode ser por swab nasal, por saliva ou uma simples gota de sangue extraída da ponta do dedo). Isso simplifica a coleta e o processo analítico, bem como ajuda na melhora do manejo clínico, permitindo a redução de prescrições inadequadas de medicamentos.
Para a Labtest, o avanço da tecnologia tem resultados cada vez mais exatos e precisos para o POCT, e sua procura e utilização estão em franca expansão devido a crescente necessidade de resultados com maior rapidez em analitos de alta criticidade, como marcadores cardíacos, inflamatórios ou gases sanguíneos, por exemplo, para a rápida tomada de decisões. Sua aplicação é tão diversa e simplificada que estudos apontam que o POCT é o futuro dos testes
laboratoriais, e graças à sua capacidade de descentralização ele pode facilmente extrapolar os limites hospitalares para serem encontrados em ambulâncias, farmácias, consultórios médicos e, até mesmo, auxiliando diariamente dentro do conforto de casa com simples instruções aos pacientes que o utilizarão, diminuindo o estresse e custos de idas e vindas ao laboratório clínico, otimizando o tempo e garantindo maior satisfação de todos os envolvidos (laboratório, clínico e paciente).
Marcadores cardíacos e sua importância no diagnóstico
As doenças cardiovasculares, principalmente o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), representam um expressivo problema para a saúde pública no país. A Sociedade Brasileira de Cardiologia, aponta as doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação como principais causas de morte no Brasil, sendo responsáveis por mais de 30% dos óbitos registrados. Engana-se quem acredita que doenças cardiovasculares estejam relacionadas somente à população idosa, segundo o Ministério da Saúde, desde 2013 houve no Brasil um aumento de 13% no número de infarto entre adultos com até 30 anos de idade.
Diante de doenças fatais e números tão alarmantes, empregar formas ágeis e precisas para o diagnóstico pode salvar inúmeras vidas. O conjunto de exames realizados em pacientes com sintoma de dor torácica e suspeita de IAM é identificado como perfil cardíaco ou marcadores cardíacos.
Os marcadores cardíacos são macromoléculas que auxiliam no diagnóstico de inúmeras doenças cardíacas. Alguns exemplos desses marcadores são a enzima creatina quinase e sua fração MB (CK e CK-MB), troponinas,hormônio peptídeo natriurético cerebral (BNP), proteína C-reativa (PCR) e mioglobina.
A associação destes marcadores com a automação do Point of Care oferece diversos benefícios, especialmente quando falamos em redução de tempo para obtenção de resultados, devido à portabilidade dos equipamentos. Isso permite o início mais rápido do tratamento adequado e o monitoramento regular da doença que ajudam a reduzir a possibilidade de complicações.
Logo, o sistema Point of Care para dosagem de biomarcadores, entre eles o perfil cardíaco, é muito importante no atendimento de urgência e emergência, e a Labtest disponibiliza atualmente, em seu portfólio, o SELEXON, seu primeiro sistema Point of Care para determinação quantitativa de marcadores cardíacos.
Na figura abaixo temos uma demonstração objetiva dos biomarcadores em cada fase da lesão, mostrando a concentração da mioglobina se eleva entre 1 e 2 horas após a isquemia, a TnI e a TnT que podem ser detectadas em cerca de 2 a 4 horas após o início da lesão e a atividade da CK-MB que aumenta entre 4 e 6 horas, após a lesão do músculo cardíaco, com um pico em torno de 18 horas depois do infarto.

SelexOn: duas aplicações em um único produto
O sistema Selexon é composto pelo analisador e por tiras multi parâmetros, que estão disponíveis em caixas contendo 20 unidades e, para os analitos CK-MB, dímero-D, mioglobina, PCR-us, BNP e troponina I.
O método utilizado no sistema SelexOn é a imunocromatografia. Com a adição do sangue total na tira, surge uma linha vermelha na linha teste devido à reação entre o antígeno presente na amostra e o anticorpo impregnado na membrana da tira. Posteriormente, a intensidade da linha formada é visualizada por uma câmera interna e, em seguida, o resultado quantitativo é gerado por meio da interpretação da imagem capturada.
O SelexOn armazena até 1.000 resultados e opera em dois modos. No modo Teste em Paciente, a tira é inserida no analisador, em seguida o sangue é aplicado na tira e o resultado é mostrado após 10 minutos. Já no modo Teste Rápido, os testes são preparados fora do analisador, com cada tira sendo inserida no analisador após 10 minutos de reação, possibilitando resultados em 5 segundos e a realização de até 100 testes por hora.
O sistema utiliza amostras de sangue total (EDTA), que dispensam o uso da etapa de centrifugação das amostras. Os volumes utilizados variam de 10 a 250 μL de acordo com o tipo de biomarcador ou tipo de tira. Entre as vantagens do SelexOn destacamos o sistema de reconhecimento de informações por meio de RFID, feito apenas uma vez por caixa, e que permite a integração e leitura automática das informações das tiras, dispensando o uso de chips ou acessórios extras.

Point of care
SelexOn™ Meter
Sistema Point of Care (POC), para detecção quantitativa de diversos analitos: BNP, CK-MB, Dímero-D, TSH, Troponina I e Triplo cardíaco (Mioglobina, CK-MB, Troponina I), de forma rápida, exata e precisa. Armazenamento dos reagentes à temperatura ambiente, o que permite maior flexibilidade de utilização e transporte.
Referências:
– https://labtest.com.br/equipamentos/selexon-meter/
– https://labtest.com.br/conheca-as-vantagens-do-sistema-de-automacao-laboratorial/
– https://labtest.com.br/infarto-agudo-do-miocardio-na-populacao-jovem/
– https://labtest.com.br/infarto-agudo-do-miocardio-como-diagnostica-lo/
– https://labtest.com.br/wp-content/uploads/2020/09/Lamina_POC_SelexOn-1.pdf