Os dados são alarmantes: em Minas Gerais, a chuva está próxima de atingir o triplo da média e já deixou 59 mortos com mais de 53 mil pessoas fora de casa, somente em 2020.  No Espírito Santo a chuva já deixou mais de 12 mil pessoas fora de casa em 27 municípios, com 23 cidades em alerta máximo e 10 mortes registradas.

Outro estado afetado pela chuva é São Paulo, que está em estado de atenção para alagamentos segundo a prefeitura de São Paulo.

Temporais e chuvas de grande volume acumulado (acima de 100mm em 24 horas) estão sendo observados, também, nos últimos dias em vários estados da região Norte do Brasil.

Temporais mais recentes ocorreram no Pará e no Amazonas. Entre 9hs do dia 27/01/2020 e 9hs do dia 28/01/2020, foram registrados 91,2mm sobre Manaus e 107mm em Tefé, no Amazonas. Entre os dias 26 e 27 de janeiro, no estado do Pará foram registrados 103,4mm sobre Rondon do Pará, 88,6mm em Paragominas e 81,4mm em Novo Repartimento.

Janeiro de 2020 foi o janeiro mais chuvoso em Manaus em 24 anos, desde 1996, quando janeiro acumulou 571,3mm.

Já não basta todos os problemas decorrentes da chuva nas cidades, o aumento do volume de chuva, enchentes e inundações, eleva o número de casos de Leptospirose.

Durante esse período, a urina dos ratos e de outros animais (boi, porco, cavalo, cabra e ovelhas) mistura-se à água e à lama. A bactéria do gênero Leptospira penetra no corpo humano pela pele, principalmente por arranhões ou ferimentos, e também pela pele íntegra, imersa por longos períodos na água ou lama contaminada.

A leptospirose é uma doença infecciosa febril que provoca impactos sociais e econômicos negativos. A doença apresenta elevada incidência, alto custo hospitalar, perdas de dias de trabalho, além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves.

O período de incubação da doença dura, em média, de 5 a 14 dias. Em alguns casos, pode ser assintomática. Quando ocorre, os sintomas podem ser confundidos com sinais da gripe ou dengue, como febre, mal-estar, dores de cabeça e muscular.

Os sintomas, em geral, desaparecem após 3 ou 4 dias da manifestação. Dependendo do caso, porém, a doença pode evoluir para a Síndrome de Weil, uma forma grave. Nessa fase, as taxas de mortalidade são elevadas.

Por apresentar sintomas semelhantes à gripe, dengue, malária e hepatite, o diagnóstico diferencial para confirmação do quadro é de extrema importância.

Fonte: Eco Diagnóstica