Pancreatite em cães e gatos

Pancreatite em cães e gatos

A pancreatite é um processo inflamatório do pâncreas, sendo caracterizada por inflamação grave, de caráter agudo e, ou crônico, que também pode atingir órgãos distantes e gerar consequências fatais aos animais.

Anatomicamente, o pâncreas é formado por dois lobos, o direito e o esquerdo, o esquerdo fica atrás da curvatura maior do estômago e enquanto o direito se estende ao longo da porção descendente do duodeno. O pâncreas é uma glândula mista que possui tanto funções endócrinas quanto exócrinas. A sua porção endócrina é formada pelas células denominadas Ilhotas pancreática, responsáveis pela secreção de insulina e glucagon, enquanto que, a porção exócrina é composta por células Acinares que são responsáveis pela produção e liberação dos componentes que formam o suco pancreático: peptidases, lipase, amilase e nuclease. Esse conteúdo cai no sistema de ductos e é direcionado ao duodeno. Quando se fala nesse sistema de ductos no pâncreas, existe uma diferença anatomicamente importante entre cães e gatos. Nos cães, o ducto pancreático principal desemboca direto no duodeno, visto que, no gato, esse ducto conecta junto ao ducto biliar primeiro, formando um ducto principal que desembocará posteriormente no duodeno. Essa diferença anatômica predispõe aos gatos a chamada tríade felina.

Mas, o que pode levar ao quadro de pancreatite?

Como citado acima, as enzimas pancreáticas são sintetizadas dentro das células acinares, porém armazenadas dentro de grânulos chamados de zimogênio, na sua forma inativa, esse mecanismo impede a autodigestão, pois neles existem enzimas para digerirem diversos tipos de nutriente como lipídeos, carboidratos e proteínas. Caso fossem produzidas na sua forma ativa, o parênquima pancreático sofreria autodigestão. Exemplos dessas enzimas: amilase, lipase pancreática, colesterol esterase, tripsina. No estágio inicial da pancreatite, o tripsinogênio (forma inativa) é ativado prematuramente em tripsina dentro dos acinos, através da fusão dos grânulos de zimogênios com os lisossomos que contém proteases, ativadores da enzima. Uma vez ativada, a tripsina começa uma cascata de ativação de várias outras enzimas dentro do grânulo como a fosfolipase e a quimiotripsina. Consequentemente essas enzimas começam a extravasar e digerir o parênquima pancreático e tecido adiposo ao redor do pâncreas causando inflamação e necrose do órgão. Dentre as enzimas digestivas, a fosfolipase é uma das mais importantes para promover dano tecidual, já que ela digere bicamada lipídica da membrana celular. Entretanto, a pancreatite pode se estender para outros órgãos como duodeno, estômago, colón, fígado e rins devido aos mediadores inflamatórios e enzimas pancreáticas ativadas caírem na circulação gerando uma síndrome de resposta sistema inflamatória com consequências graves como necrose hepatocelular, edema pulmonar, degeneração tubular renal e, além disso, o animal poderá desenvolver coagulação intravascular disseminada e choque.

A pancreatite poderá se manifestar na forma aguda ou crônica: na doença aguda, as alterações do tecido são totalmente reversíveis, mas a destruição progressiva do tecido faz com que o processo evolua para a forma crônica e o tecido pancreático será substituído por tecido fibroso, ou seja, nessa forma faz com que a regeneração seja irreversível. Consequentemente, a lesão crônica pode levar também, a destruição das ilhotas produtoras de insulina causando quadro de diabetes nos animais. Já nos gatos, a pancreatite pode vir acompanha por doença inflamatória intestinal e colangite devido a anatomia específica dos felinos chamada tríade felina.

As causas das pancreatites não são claras, mas existem fatores predisponentes como hiperlipidemia, obesidade, alimentos gordurosos, medicamentos, hipotireoidismo, diabetes, hiperadreno, genética, porém, a
maioria, dos casos, é idiopática.

As manifestações clínicas da doença são de abdômen agudo com o animal apresentando vômito com ou sem dor abdominal. Porém, os sinais clínicos podem ser inespecíficos, dependendo da gravidade da doença
podem apresentar taquicardia, diarreia, anorexia, desidratação e prostração.

O diagnóstico da pancreatite é baseado num conjunto de informações como históricos, manifestações clínicas, exames de imagem e laboratoriais. Sendo o exame de imagem por ultrassom, o método de escolha
inicial para suspeita, com sensibilidade de 68%.

Ao se avaliarem os estudos recentes que abordam a temática, percebe-se que o diagnóstico clínico é difícil, mediante sinais inespecíficos. Nesse cenário, acredita-se que os exames laboratoriais podem auxiliar no
direcionamento do diagnóstico. Dentre os parâmetros da bioquímica sérica, quanto às enzimas pancreáticas, as alterações da amilase sérica e da lipase têm funcionado como indicadores de inflamação pancreática em cães e gatos.

Contudo, a Centerlab e juntamente com a Fujifilm, uma parceria de sucesso, tem a satisfação de apresentar o Analisador Bioquímico automático DRI-CHEM NX600. Além de toda a tecnologia embutida no equipamento como metodologia de QUÍMICA SECA, em seu portfólio de testes vêm contemplados os parâmetros para análises de AMILASE e LIPASE com aplicação específica para amostra animal.

Obtenha uma grande diversidade de testes com alta precisão e segurança em até 6 minutos
– Medição fácil em três etapas;
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– Função de diluição automática;
– Compacto;
– Flexibilidade – slides individuais – eletrólitos, enzimas e química geral.

Referencia:
– https://www.fujifilm.com/br/pt-br/healthcare/veterinary/drichem/fdcnx600v
– https://acervomais.com.br/index.php/cientifico/article/view/8566/5221

HPLC: padrão-ouro no diagnóstico de diabetes e na quantificação de HbA1c

HPLC: padrão-ouro no diagnóstico de diabetes e na quantificação de HbA1c

Diabetes é uma doença crônica caracterizada pela incapacidade do corpo de produzir ou utilizar adequadamente a insulina, um hormônio essencial para regular os níveis de glicose no sangue. Existem dois tipos principais:

– Diabetes tipo 1: é uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. Geralmente, manifesta-se na infância ou adolescência.

– Diabetes tipo 2: ocorre quando o corpo não utiliza a insulina de maneira eficiente (resistência à insulina) ou não produz insulina suficiente. É mais comum em adultos e está frequentemente relacionado a fatores como obesidade, sedentarismo e predisposição genética.

Além desses, há o diabetes gestacional, que surge durante a gravidez, e condições mais raras, como o diabetes monogênico.

O descontrole dos níveis elevados de glicose pode resultar em complicações graves, como doenças cardiovasculares, renais, problemas de visão e neuropatia. Portanto, o monitoramento da glicose é essencial.

Um aspecto importante sobre essa patologia a ser destacado é a glicação da hemoglobina, que ocorre quando a glicose no sangue se liga, de forma não enzimática, à hemoglobina das hemácias. Uma vez formada, essa ligação é estável e persiste durante toda a vida útil da célula, aproximadamente 120 dias.

Para o acompanhamento dos níveis de glicose, o exame de glicemia em jejum não é suficiente, pois mede apenas o nível de glicose em um momento específico, sem refletir as variações ao longo do dia ou o controle de longo prazo. Por isso, exames como a hemoglobina glicada (HbA1c) são essenciais para fornecer uma visão mais abrangente do controle glicêmico.

O diagnóstico de diabetes por HPLC (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência) é amplamente utilizado para medir a HbA1c. Esse exame reflete a média dos níveis de glicose no sangue nos últimos dois a três meses.

No método HPLC, o sangue total em EDTA é analisado com precisão, permitindo a quantificação das diferentes formas de hemoglobina, incluindo a hemoglobina glicada. Nesse processo, a amostra é injetada em uma coluna cromatográfica, onde a fase móvel (líquida) transporta a amostra sob alta pressão através de uma fase estacionária (sólida). Os componentes se separam com base em suas interações com essas fases. Um detector mede os componentes à medida que saem da coluna, gerando um gráfico (cromatograma) que permite identificar e quantificar cada substância. Esse método é altamente confiável, fornecendo resultados precisos sobre o percentual de HbA1c.
Valores de HbA1c acima de 6,5% indicam diabetes, enquanto níveis entre 5,7% e 6,4% sugerem prédiabetes. O HPLC é amplamente utilizado para fornecer dados consistentes no diagnóstico e também auxiliar no monitoramento da eficácia do tratamento da doença.

Como uma excelente solução para a automação de exames para a determinação de HbA1c por meio do método HPLC, destacam-se os modelos HB-20 e HB-100 da linha Vercentra, fornecidos pela Labtest.

Esses equipamentos oferecem alta produtividade e eficiência, incorporando um método rastreável ao IFCC/NGSP. Possuem controle contínuo da velocidade do líquido, o que assegura precisão elevada nos resultados, excelente repetibilidade e facilidade de operação. Além disso, são compactos, com boa capacidade de processamento de amostras on-board, leitura de código de barras e um software com interface amigável.
O monitoramento é fundamental para a aplicação eficaz de estratégias que mantêm a glicose em níveis saudáveis e para o acompanhamento da doença. Ele desempenha um papel crucial na promoção da saúde a longo prazo e na prevenção de complicações associadas ao descontrole glicêmico.

Bibliografias:
Moreira RO, Papelbaum M, Appolinario JC, Matos AG, Coutinho WF, Meirelles RMR, et al.. Diabetes mellitus e depressão: uma revisão sistemática. Arq Bras Endocrinol Metab [Internet]. 2003Feb;47(1):19–29. Available from: https://doi.org/10.1590/S0004-27302003000100005

Muzy, Jéssica et al. Prevalência de diabetes mellitus e suas complicações e caracterização das lacunas na atenção à saúde a partir da triangulação de pesquisas. Cadernos de Saúde Pública [online]. v. 37, n. 5 [Acessado 17 Setembro 2024] , e00076120. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0102-311X00076120>. ISSN 1678-4464. https://doi.org/10.1590/0102-311X00076120.

Sumita NM, Andriolo A. Importância da hemoglobina glicada no controle do diabetes mellitus e na avaliação de risco das complicações crônicas. J Bras Patol Med Lab [Internet]. 2008Jun;44(3):169–74. Available from: https://doi.org/10.1590/S1676-24442008000300003

Bem AF de, Kunde J. A importância da determinação da hemoglobina glicada no monitoramento das complicações crônicas do diabetes mellitus. J Bras Patol Med Lab [Internet]. 2006Jun;42(3):185–91. Available from: https://doi.org/10.1590/S1676-24442006000300007

A Importância dos Eletrólitos

A Importância dos Eletrólitos

Os eletrólitos têm um papel importante na manutenção da homeostase no organismo. Nos mamíferos, os líquidos e eletrólitos estão distribuídos nos compartimentos intra e extracelular, cuja manutenção de volume e composição, é essencial para processos metabólicos fundamentais à vida. Por serem moléculas ionizadas, os eletrólitos adquirem cargas negativas (ânions) ou positivas (cátions) sendo responsáveis por regular a pressão osmótica. O sódio, o potássio, cálcio e o cloro são eletrólitos típicos encontrados no organismo. Esses são componentes essenciais de fluidos corporais, como sangue e urina e, ajudam a regular a distribuição de água ao longo do organismo além de desempenhar um papel importante no equilíbrio ácido básico. O rim é o órgão mais importante na regulação do volume e da composição dos fluidos corporais, mesmo que outros órgãos como o coração, o fígado, os pulmões e a glândula pituitária ajudem a manter o equilíbrio eletrolítico. Considerando os fluídos corporais, o sódio (Na+ ) é o principal cátion extracelular, o potássio (K+ ) é o principal cátion intracelular e o cloro (Cl- ) é o principal ânion extracelular. Eles desempenham papéis essenciais no funcionamento do corpo.

Os níveis de eletrólitos podem ser medidos através de exames de sangue e urina. Esses exames são geralmente feitos para diagnosticar e monitorar doenças relacionadas ao equilíbrio eletrolítico, como insuficiência e outros.

A falta de eletrólitos pode ocorrer devido a uma dieta pobre, desidratação, diarreia, vômitos, suor excessivo e uso de diuréticos. Em casos de desidratação, é importante repor os eletrólitos ingerindo líquidos ricos em eletrólitos como água com sal, sucos de frutas, caldos, água de coco, soro caseiro, e até mesmo bebidas esportivas. Além disso, os suplementos de eletrólitos também estão disponíveis e podem ser usados em casos de desidratação extrema, como durante exercícios extenuantes ou em climas quentes.

Os Eletrólitos tem um papel fundamental em nosso corpo, os principais são:
1- Equilíbrio de Fluidos:
Os eletrólitos regulam o movimento de água dentro e fora das células, garantindo o equilíbrio hídrico do corpo.

2- Função muscular e nervosa:
Eles são cruciais para a transmissão de impulsos nervosos e contração muscular, permitindo movimentos e reações.

3- Manutenção de PH sanguíneo:
Os eletrólitos ajudam a controlar o pH do sangue, mantendo-o dentro da faixa ideal para o funcionamento das células.

4 Equilíbrio ácido-básico:
Eles participam da regulação do equilíbrio ácido-básico do corpo, garantindo o funcionamento adequado de diversas funções.

Os Principais eletrólitos sanguíneos são:

– Sódio (Na+) regula o volume de água no sangue e a pressão arterial.

– Potássio (k+) essencial para a função muscular.

-Cloro ( Cl-) participa da manutenção do equilíbrio ácido-básico e do volume de água.

– Cálcio ( Ca2+) importante para a saúde óssea, coagulação sanguínea e função muscular.

A Centerlab possui uma linha completa de equipamento de íons seletivos para dosagem dos eletrólitos. O aparelho de íons seletivos é um equipamento capaz de analisar eletrólitos, principio baseia-se na potenciometria. Consiste em equipamento ou módulo dedicado com uso de eletrodos específicos ao eletrólitos, por onde as amostras passam e são medidas as diferenças de potenciais. São capazes de determinar o sódio, potássio, cálcio, pH, cloro em amostras de sangue, soro, urina. O método de íon seletivo a amostra não necessita de preparo antes da testagem (com exceção da urina). Ele é rápido, fácil de usar e preciso, e pode testar vários parâmetros ao mesmo tempo.

Audlyte ISE 5 Labtest

AudLyte é uma linha de analisadores de alta precisão e desempenho, adaptável a diferentes rotinas, com packs de reagentes únicos e de fácil instalação.

Trabalho ininterrupto
O modo de trabalho ininterrupto da linha AudLyte é perfeito para amostras de emergência. Não importa a situação, você pode confiar na eficiência contínua do seu laboratório.

Eletrodos de alto desempenho
Com os analisadores AudLyte, você conta com eletrodos de alto desempenho e programas de calibração exclusivos, minimizando erros sistemáticos.

Amostragem automáica de elevação.
O sistema de amostragem da linha AudLyte inclui uma função de limpeza de circuito após cada análise, minimizando interferências durante a mensuração de amostras de soro, plasma, urina e sangue total.


Bibliografias:
– https://www.gasomex.com.br
– https://www.msdmanuals.com
– Manual we 300 Wama
– https://www.ecycle.com.br > eletrolítos

Cuidados pré analíticos em hemostasia

Cuidados pré analíticos em hemostasia

Para entregar um resultado laboratorial preciso e confiável, um laboratório clínico deve implementar um sistema adequado de gerenciamento de qualidade. Cerca de 60% dos erros laboratoriais ocorrem na fase pré-analítica, e em nenhuma outra área do laboratório o pré-analítico é tão crítico quanto na hemostasia. Nesse informativo iremos discorrer sobre os erros e suas implicações nos variados processos pré-analíticos (Coleta, Manuseio, Transporte e Preparo).

Condições pré-analíticas que afetam os testes de coagulação:

Preparo do Paciente:
– Exercício físico: A alteração da coagulação e da fibrinólise depende da intensidade do exercício;
A atividade moderada pode aumentar a agregação plaquetária, aumento de níveis de serotonina plasmática e beta tireoglobulina. Aumento de até 2,5x de Fator VIII, Von Willebrand e Ristocetina.

– Stress emocional: Aumenta os níveis de Fator VIII, Von Willebrand, Ristocetina, Fibrinogênio e Tempo de Protrombina.

– Níveis hormonais:
A gestação é um estado pró-trombótico, aumenta os níveis de Fator VIII, Von Willebrand e a Proteína S total e livre é diminuída de 2 a 3 vezes. No ciclo menstrual o fibrinogênio diminui no período menstrual e aumenta na fase lútea. Menopausa aumenta os níveis de vários fatores, principalmente fator VIII e fibrinogênio.

– Variação circadiana:
Na manhã tem maiores níveis de agregação plaquetária, atividade de fator VIII, níveis de Proteína C e Proteína S. A tarde a antitrombina atinge o valor máximo.

– Medicamentos:
Além da conhecida warfarina que altera principalmente o TP, hoje com avanço dos medicamentos anticoagulantes temos a nova geração abaixo.

Cuidados com a coleta:
– Garroteamento: Fonte considerável de variabilidade e alterações nas proteínas plasmáticas da coagulação e agregação plaquetária. Garroteamento de 1-3 minutos leva a diferenças significativas em todos os testes de rotina da coagulação, principalmente tempo de protrombina, fibrinogênio e Dimero D.
– Sequência dos tubos: As amostras devem ser colhidas de maneira a preservar a integridade das proteínas, enzimas e cofatores. A punção traumática acarreta a liberação de tromboplastina tecidual e ativação plaquetária, encurtando o TP e TTPA, consumo do fibrinogênio e outros fatores. Deve se observar a sequência dos tubos de coleta, volume de preenchimento dos tubos de citrato de sódio 3,2 % (proporção 9/1).

Homogeneização: Inverter suavemente os tubos entre 4 e 8 vezes, a homogeneização excessiva pode causar hemólise e agregação plaquetária.

Preparo da amostra
ꞏ Transporte: As amostras devem ser enviadas o mais rápido possível para o laboratório e podem ser transportadas nas seguintes condições:
1.Sangue total (citrato de sódio);
2. Centrifugadas, porém mantidas em tubo primário;
3.Centrifugadas e aliquotadas.

As amostras em tubo primário sem centrifugação ou centrifugadas devem ser mantidas tampadas e em temperatura ambiente. Amostras em sangue total não devem ser refrigeradas, armazenadas em gelo ou banho de gelo. O transporte não deve ultrapassar 1 hora, deve ser feito em temperatura ambiente com os tubos na posição vertical. Para transporte externo, congelar logo após a separação do plasma e transportar em container com gelo seco.

– Centrifugação: Padronizar a velocidade de centrifugação em 1500 G, centrifugar os tubos fechados e em temperatura ambiente por 15 minutos.

– Amostras congeladas: Descongelar a 37° por 5 a 10 minutos, não descongelar em temperatura ambiente nem em geladeira. Homogeneizar adequadamente após descongelamento.

– Manipulação: Utilizar somente material plástico.

– Armazenamento: Após a centrifugação o plasma pode permanecer no tubo primário ou pode ser aliquotado para tubo secundário. No preparo das alíquotas, tomar cuidado para não aspirar a camada onde se encontram os leucócitos e plaquetas. Durante o armazenamento os tubos devem permanecer tampados.

Amostra Ideal
– Coleta atraumática e com garroteamento mínimo;
– Volume de preenchimento adequado;
– Homogeneização adequada com o anticoagulante;
– Transporte de amostra em temperatura ambiente;
– Centrifugação em até 1hora após a coleta.

A Centerlab possui linha completa de Coagulação com equipamentos e reagentes de primeira linha. Além de contar com a melhor rede de assessores científicos capacitados a orientar o analista sobre as boas práticas de execução dos testes em hemostasia.

Elite Pro
Metodologia: Ótico Nefelométrico;
Velocidade: 175 TP/hora; 110 TTPA/hora;
Capacidade: 40 amostras, 22 reagentes (14 ambiente, 8 refrigerados).

ACL TOP350
Metodologia: Ótico LED
Velocidade 110 TP/hora; 110 TTPA/hora
Capacidade: 40 amostras (4 racks), 26 Reagentes refrigerados
HIL: Detecção de Hemólise, Icterícia e Lipemia
Detecção de coágulos e amostra insuficiente.
Referências:
– M.Blomback. J Tromb Haemost 2007; 5: 855-8
– CLSI: www.clsi.org – Clinical and Laboratory Stantards Institute
– Testes de Hemostasia: Documento H21 – A5 – 2008, Coleta Transporte, processamento e Armazenamento de Amostra
– 2005: Anvisa – Resolução da Diretoria Colegiada RDC302

Importância da vitamina D no diagnóstico laboratorial

Importância da vitamina D no diagnóstico laboratorial

A Vitamina D é muito importante para a nossa saúde, sobretudo para o tecido musculoesquelético. Apesar de ser conhecida como uma vitamina, é considerada um pré-hormônio que é principalmente produzido pela pele, em resposta à exposição solar.

A dosagem da vitamina D no sangue é feita mais frequentemente pela avaliação dos níveis de 25-hidroxicolecalciferol (25-OHD), a forma mais abundante na circulação. Tal análise laboratorial permite identificar se sua concentração está dentro do esperado para um organismo saudável ou se existe alguma deficiência em sua concentração.

A vitamina D está associada ao metabolismo do cálcio e portanto, quando deficiente, pode se associar a distúrbios ósseos, a exemplo da osteoporose.

A hipovitaminose D é altamente prevalente e constitui um problema de saúde pública em todo o mundo. Estudos mostram uma elevada prevalência dessa doença em várias regiões geográficas, incluindo o Brasil. Pode acometer mais de 90% dos indivíduos, dependendo da população estudada.

A vitamina D é essencial em funções relacionadas ao metabolismo ósseo, porém parece também estar relacionada na fisiopatogênese de diversas doenças. Em crianças, a deficiência de vitamina D leva ao retardo do crescimento e ao raquitismo. Em adultos, a hipovitaminose D leva à osteomalácia, ao hiperparatiroidismo secundário e, consequentemente, ao aumento da reabsorção óssea, favorecendo a perda de massa óssea e o desenvolvimento de osteopenia e osteoporose. Fraqueza muscular também pode ocorrer, o que contribui para elevar ainda mais o risco de quedas e de fraturas ósseas em pacientes com baixa massa óssea.

O diagnóstico correto dessa condição e a identificação de fatores de melhora ou piora podem colaborar para a elaboração de estratégias mais eficazes para o tratamento das populações de risco, como idosos e mulheres na pós-menopausa.

Como é feito o exame de dosagem de vitamina D?

A coleta é feita como em um exame de sangue comum. É retirada uma pequena amostra de sangue do paciente, preferencialmente da veia do antebraço e o material é enviado para análise em laboratório.

Em geral, recomenda-se ao paciente que informe qualquer medicamento, suplemento ou vitamina em uso antes de realizar a dosagem da vitamina D.

O exame também é conhecido como 25-hidroxivitamina D, 25-hidroxi-colecalciferol ou 25(OH)D.

Quais são os valores normais para os níveis de vitamina D no sangue?

Os valores de vitamina D no sangue recomendados para os diferentes grupos são:
– População saudável (até 60 anos): acima de 20 ng/mL;
– Grupos de risco para perda óssea: 30 a 60 ng/mL;
– Risco de toxicidade e hipercalcemia: acima de 100 ng/mL.

O que é a vitamina D: nutriente ou pré-hormônio?

Embora seja denominada vitamina, conceitualmente se trata de um pré-hormônio. Juntamente com o paratormônio (PTH), ambos atuam como importantes reguladores da homeostase do cálcio e do metabolismo ósseo.

Fontes de vitamina D

A vitamina D pode ser obtida a partir de fontes alimentares, por exemplo, óleo de fígado de bacalhau e peixes gordurosos (salmão, atum, cavala), ou por meio da síntese cutânea endógena, que representa a principal fonte dessa “vitamina” para a maioria dos seres humanos. A tabela abaixo mostra algumas fontes alimentares de vitamina D.


Diagnóstico, como definir uma hipovitaminose D?

Há o consenso de que a 25(OH)D (calcidiol) é o metabólito mais abundante e o melhor indicador para a avaliação do status de vitamina D, classificando-se os indivíduos como: deficientes, insuficientes ou suficientes em vitamina D. Em contrapartida, não há um consenso quanto ao valor de corte para a definição de “suficiência em vitamina D”.

Os valores discutidos na literatura médica, baseados em estudos populacionais com ênfase na homeostase do cálcio e na saúde óssea, variam de 20 a 32 ng/mL (50 a 80 nmol/L). Vários especialistas concordam que, para correção do hiperparatiroidismo secundário, redução do risco de quedas e fraturas e a máxima absorção de cálcio, o melhor ponto de corte de 25(OH)D é de 30 ng/mL (75 nmol/L). Dessa maneira, concentrações séricas abaixo de 20 ng/mL (50 nmol/L) são classificadas como deficiência, entre 20 e 29 ng/mL (50 e 74 nmol/L) como insuficiência e entre 30 e 100 ng/mL (75 e 250 nmol/L) como suficiência. Portanto, concentrações séricas de 25(OH)D abaixo de 30 ng/mL (75 nmol/L) são consideradas por muitos como hipovitaminose D. Esses valores foram reconhecidos pela diretriz da Endocrine Society, porém diferem daqueles aceitos (20 ng/mL) pelo Institute of Medicine (IOM). Na população geral, não há evidência de benefício na mensuração da 25(OH)D devido ao alto custo, porém, segundo a Endocrine Society, para alcançar a melhor saúde óssea, é recomendável a suplementação de crianças até 1 ano com pelo menos 400 UI/dia; entre 1 e 70 anos, pelo menos 600 UI/dia, enquanto, acima dos 70 anos, 800 UI/dia.

A Labtest lança esse produto para que possa atender a demanda atual de cada laboratório, sua metodologia imunoturbidimetria permite que o reagente 1 promove a dissociação da vitamina D das proteínas ligadoras da vitamina D(DBP), presente da amostra, que se ligam nas partículas revestidas com anticorpos anti-vitamina D (Reagente 2), causando aglutinação, que é medido nos equipamentos automatizados em forma de absorbância.

Intervalo Operacional:
O ensaio foi dado como linear entre 7.6 – 147.8 ng/mL

Características de Desempenho
A comparação do método do ensaio foi avaliada seguindo as diretriz CLSI EP9-A3. Um total de 171 amostras de soro foram testadas em comparação com um kit enzimático específico para a quantificação de 25-OH vitamina D. Os resultados para 171 amostras de soro são mostrados na tabela abaixo:

Contribuindo para o sucesso dos negócios de nossos clientes, a Centerlab e juntamente com a Labtest, uma parceria de sucesso, comercializando soluções em produtos e serviços para diagnóstico e pesquisa, tem a satisfação de comercializar equipamentos de bioquímica da linha Labmax e também kits para diagnósticos in vitro com amplo menu de testes, principalmente com o novo produto de lançamento para diagnóstico de Vitamina D.

Referencias:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/12/Endcrino-Hipovitaminose-D.pdf
https://www.scielo.br/j/abem/a/fddSYzjLXGxMnNHVbj68rYr/#
https://www.sbp.com.br/src/uploads/2015/02/vitamina_d_dcnutrologia2014-2.pdf.
https://consultas.anvisa.gov.br/#/saude/25351839915202353/?nomeProduto=vitamina%20d%20turbiquest
https://labtest.com.br/.
https://www.centerlab.com/.

 

Influenza e suas tendências para 2024

Influenza e suas tendências para 2024

A gripe, conhecida popularmente como influenza, é uma infecção viral que afeta o sistema respiratório, notável pela sua alta capacidade de transmissão e pelo impacto significativo na ocupação hospitalar. O agente etiológico é o vírus da família Orthomyxoviridae, pertencente ao gênero Influenzavirus. No contexto da saúde humana global, os tipos A e B são os mais relevantes. O tipo A se subdivide em duas linhagens principais, H1N1 e H3N2, enquanto o tipo B divide-se em linhagens Victoria e Yamagata.

A influenza A é a mais comum, capaz de infectar tanto humanos quanto outros animais. Sua classificação baseiase em duas proteínas na superfície do vírus: hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). Existem diversas cepas de influenza A, mas as linhagens H1N1 e H3N2 são predominantes em humanos. A influenza B também pode causar quadros graves e é exclusiva dos seres humanos, embora seja menos comum que a influenza A, podendo causar surtos significativos.

Esses vírus têm potencial para gerar variantes devido à sua natureza, com genoma composto por uma fita de RNA de sentido negativo. Durante a infecção das células epiteliais do trato respiratório, incluindo os pulmões, a replicação viral se baseia na síntese de RNA positivo por meio de uma RNA polimerase dependente de RNA, presente no pacote viral. Embora funcional na iniciação dos processos de tradução das proteínas virais, essa RNA polimerase não possui mecanismos eficientes de correção de síntese de RNA, resultando ocasionalmente em mutações que geram partículas virais não funcionais. No entanto, algumas mutações podem aprimorar o mecanismo de infecção viral, originando novas linhagens com maior capacidade de infectar as células hospedeiras.

A influenza é facilmente transmitida entre pessoas através de gotículas liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra. Os sintomas comuns incluem febre alta no início do contágio, inflamação na garganta, calafrios, perda de apetite, irritação nos olhos, vômitos, dores articulares, tosse, mal-estar e diarréia, principalmente em crianças.

Em grande parte dos infectados, a doença pode durar de uma a duas semanas, mas fatores de risco e condições individuais podem prolongar o tempo de recuperação e aumentar a gravidade da doença.

Quando os sintomas exigem assistência médica, é crucial identificar a doença por meio de exames clínicos para orientar decisões médicas, como a internação.

De acordo com o InfoGripe (http://info.gripe.fiocruz.br/), que monitora os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no SINAN, Sistema de Informação de Agravos de Notificação (https://www.gov.br/saude/pt-br), os dados recentes indicam alta probabilidade de aumento no número de casos graves em 2024.

Boletins anteriores também destacam a sazonalidade da doença, observando que a queda das temperaturas no outono e inverno está associada ao aumento dos casos.

No atual contexto, em que a COVID-19 continua circulando e apresenta sintomas semelhantes à influenza, embora com abordagens sanitárias distintas, a solicitação de exames clínicos para identificar as diferentes infecções respiratórias pode contribuir significativamente para a saúde pública.

A Centerlab oferece diversas soluções rápidas para detecção direta dos antígenos presentes nos vírus da influenza por meio de kits de teste rápido de alta qualidade analítica, como:

– INFLUENZA A/B (H1N1) – ECO:

– COVID/FLU A/B Ag Combo – ECO:

– INFLUENZA A/B/H1N1 AG RAPID – LABTEST:

É crucial enfatizar a importância da vacinação como medida preventiva fundamental. A vacinação anual desempenha papel crucial na redução da propagação da gripe na comunidade, contribuindo para a proteção coletiva. Portanto, é essencial que as pessoas se vacinem anualmente, seguindo as orientações das autoridades de saúde locais, para ajudar a proteger a si mesmas e aos outros contra a influenza.

Além disso, outras medidas importantes para evitar a contaminação e a propagação do vírus são o uso de máscara, principalmente se você tiver algum sintoma e lavar as mãos com frequência, vamos evitar a propagação do vírus.

REFERÊNCIAS:
– Forleo-Neto, E., Halker, E., Santos, V. J., Paiva, T. M., & Toniolo-Neto, J.. (2003). Influenza. Revista Da Sociedade Brasileira De Medicina Tropical, 36(2), 267–274. https://doi.org/10.1590/S0037-86822003000200011
– https://bdm.unb.br/bitstream/10483/32876/1/2021_LailaEmanuelySantosOliveira_tcc.pdf
– https://butantan.gov.br/bubutantan/quatro-tipos-de-virus-diversos-subtipos-possiveis-proteinas-ligadas-umas-as-outras-conhecaum- pouco-mais-sobre-o-virus-influenza
– https://bvsms.saude.gov.br/h3n2-novo-virus-influenza-em-circulacao-nopais/#:~: text=Atualmente%2C%20s%C3%A3o%20conhecidos%20tr%C3%AAs%20tipos,e%20o%20A%20(H3N2).
– http://info.gripe.fiocruz.br/