Hematologia: Como é realizada a técnica de esfregaço de sangue?

Hematologia: Como é realizada a técnica de esfregaço de sangue?

O esfregaço de sangue, também conhecido como distensão sanguínea ou ainda extensão sanguínea, é um teste realizado em hematologia para a contagem e a identificação de anormalidades nas células do sangue. O teste consiste na extensão de uma fina camada de sangue sobre uma lâmina de microscopia que, após corada, é analisada em microscópio.

O esfregaço sanguíneo geralmente é feito quando solicitado o hemograma ao paciente. Seu objetivo principal é analisar a morfologia das células, fornecer informações sobre a estimativa do número de leucócitos e plaquetas, investigar problemas hematológicos, distúrbios encontrados no sangue e eventualmente parasitas, como o Plasmodium, causador da malária.

Um esfregaço de sangue pode fornecer informações importantes sobre o paciente, auxiliando o médico no diagnóstico de doenças relacionadas ao sangue, por exemplo as anemias, e outras condições médicas, tais como infecções.

Apesar dos avanços em hematologia, na área de automação e uso de metodologias moleculares, um teste aparentemente simples como este ainda é indispensável. O primeiro passo para se obter resultados confiáveis é a confecção de um bom esfregaço de sangue e, para tanto, é necessário empregar as técnicas corretas.

Técnica de esfregaço de sangue

O método de preparação para demonstrar melhor os tipos celulares do sangue periférico é o esfregaço de sangue. Uma gota de sangue é colocada diretamente sobre uma lâmina de vidro e espalhada em uma camada fina pela sua superfície. Isso é obtido espalhando-se a gota de sangue com a borda de uma lâmina histológica ao longo de outra lâmina, com o objetivo de produzir uma monocamada de células.

Vamos ao passo a passo para realizar o teste:

  1. Apoiar a lâmina de microscopia, já com a identificação do paciente, sobre uma superfície limpa. Certificar-se de que a lâmina tem boa qualidade e não está suja ou possui vestígios de gordura, o que pode prejudicar o teste.
  2. Colocar uma pequena gota de sangue próxima a uma das extremidades da lâmina.
  3.  Com o auxílio de outra lâmina, colocar a gota de sangue em contato com sua borda. Para isso a lâmina extensora deve fazer um movimento para trás tocando a gota com o dorso em um ângulo 45°.
  4. O sangue da gota irá se espalhar pela borda da lâmina extensora por capilaridade.
  5. A lâmina deve então deslizar suave e uniformemente sobre a outra, em direção oposta a extremidade em que está a gota de sangue. O sangue será “puxado” pela lâmina.
  6. Depois de completamente estendido, o sangue forma uma película sobre a lâmina de vidro.
  7. Deve-se deixar que o esfregaço seque sem nenhuma interferência.
  8. Seguir para o passo de coloração.

    Técnica de esfregaço de sangue

Fonte: KASVI

É necessário esfregar uma lâmina sobre a outra rapidamente, antes que o sangue seque ou coagule. Uma pressão excessiva ou qualquer movimento de parada durante esse processo pode comprometer o esfregaço.

É importante lembrar também que a espessura da película é determinada, em grande parte, pelo ângulo formado entre as lâminas no momento da extensão da gota de sangue. Ângulos maiores que 45°, por exemplo, produzem extensões espessas e curtas, dificultando posteriormente a visualização das células.

COLORAÇÃO DE ESFREGAÇO DE SANGUE

Para a técnica de esfregaço sanguíneo é utilizada uma mistura especial de corantes para tingir todas as células sanguíneas. Existem muitas variações como a coloração de Leishman, Giemsa, Wright ou May-Grünwald. Tratam-se de modificações da coloração a base de corantes Romanovsky.

A denominação confere ao médico russo Dmitri Leonidovich Romanowsky os créditos pelo desenvolvimento do método, em 1891. A mistura de corantes inclui um corante básico e um corante ácido, consistindo basicamente em azul de metileno e eosina Y (ou similar).

A afinidade das estruturas celulares por corantes específicos ou por combinações de corantes dessa mistura proporciona uma visualização diferenciada das células sanguíneas.

OBSERVAÇÃO DA LÂMINA

  1. Cabeça da lâmina: região imediatamente após o local em que estava a gota sanguínea. Nessa região, com frequência, há aumento do número de leucócitos (principalmente de linfócitos).
  2. Corpo da lâmina: região intermediária entre cabeça e cauda. É nessa região que os leucócitos, hemácias e plaquetas estão distribuídas de forma mais homogênea. É a área de escolha para a análise qualitativa e quantitativa da distensão sanguínea.
  3. Cauda da lâmina: região final da distensão sanguínea. Nessa região, há encontro de alguns esferócitos e elevação de monócitos e granulócitos, que podem apresentar maior distorção morfológica.
    Lâmina Microscopia

Fonte: KASVI

APLICAÇÃO DO ESFREGAÇO DE SANGUE

Algumas vezes é possível realizar um diagnóstico definitivo a partir de um esfregaço de sangue. Porém, rotineiramente ele serve como uma indicação/base para que sejam realizados outros testes confirmatórios.

Existem muitas doenças que podem ter efeito sobre o número e tipo de células sanguíneas produzidas, sua função e vida útil. Embora geralmente apenas as células maduras normais sejam liberadas na corrente sanguínea, algumas circunstâncias podem forçar a medula óssea a liberar células imaturas e/ou malformadas no sangue.

O teste de esfregaço pode indicar uma série de deficiências, apontando alterações e anormalidades nessas células sanguíneas. Várias doenças podem ser identificadas como os diversos tipos de anemia, trombositose, malária, leucemia, linfomas ou insuficiência da medula óssea e outras.

Falciforme

 

Fonte: KASVI

Microbiologia Ambiental

Microbiologia Ambiental

A microbiologia ambiental é o estudo da genética, fisiologia, interações e funções dos microrganismos no ambiente. Neste caso, o solo, a água, o ar e os sedimentos que cobrem o planeta que podem incluir os animais e plantas que habitam essas áreas. A microbiologia ambiental também estuda microrganismos existentes em ambientes artificiais, como biorreatores. Os microrganismos possuem uma diversidade bioquímica, o que torna esse grupo tão complexo e diversificado entre si. Uma espécie de bactéria pode possuir diversas cepas com diferentes metabolismos químicos e enzimáticos. O objetivo da microbiologia ambiental é utilizar esse conhecimento para manter a qualidade ambiental e contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade moderna.

LITERALMENTE COBREM O PLANETA

A vida microbiana é incrivelmente diversificada e os microrganismos cobrem literalmente o planeta. Estima-se que conheçamos menos de 1% das espécies microbianas da Terra. Microrganismos podem sobreviver em alguns dos ambientes mais extremos do planeta: alguns conseguem sobreviver a altas temperaturas, frequentemente acima de 100 ° C, como os encontrados em gêiseres, fumarolas negras (fonte hidrotermal comum em fundos de lagos e lagoas quentes e oceanos) e poços de petróleo. Alguns são encontrados em habitats extremamente frios, outros em águas salinas, ácidas ou alcalinas.

Um grama de solo pode conter aproximadamente um bilhão (1.000.000.000) de micróbios, que contém alguns milhares de espécies. Microrganismos têm impacto especial em toda a biosfera. Em alguns tipos de ecossistemas, eles se fazem fundamentais.  Por exemplo em zonas onde a luz não pode se aproximar. Em tais zonas, estão presentes bactérias quimiossintéticas que fornecem energia e carbono aos outros organismos. Alguns micróbios são decompositores e têm capacidade de reciclar outros nutrientes, assumindo um papel especial nos ciclos biogeoquímicos. As reações químicas das bactérias envolvem quebra de substâncias químicas ou síntese de novos compostos, estão relacionadas às modificações no ambiente, poluição, competitividade entre microrganismos em um nicho até em estratégia de sobrevivência dentro do hospedeiro. As bactérias, em especial, são de grande importância no sentido da sua relação simbiótica (positiva ou negativa) e os efeitos sobre o ecossistema.

GANHANDO ESPAÇO

Esses “microrganismos do bem” ganharam seu espaço e são “produtos” de valor inestimável. No Brasil, com problemas ambientais crônicos e diversificados, a Microbiologia Ambiental ainda está em expansão e necessita de maior integração com ecologistas, geneticistas, químicos e biotecnologistas, visando à resolução de problemas emergentes de qualidade ambiental.

Apesar dos progressos alcançados nos últimos anos que surgiram para complementar o estudo dessas comunidades microbianas, como o emprego de softwares, algoritmos e pipelines robustos e de alta capacidade de processamento, ainda são as ferramentas da biologia molecular atual que englobam uma série de tecnologias baseadas em DNA e novos métodos para o estudo de RNA e proteínas extraídas de amostras ambientais, que nos proporcionam a melhor compreensão desses seres. Atualmente, há uma grande ênfase na aplicação de abordagens “ômicas” (genômica, transcriptômica, proteômica e metabolômica) para determinar as identidades e funções de micróbios que habitam diferentes ambientes.

GENÔMICA

Corresponde à aquisição dos dados referentes ao genoma, à sequência completa do material genético, isto é, do DNA  de um organismo.

Desafios computacionais

A qualidade dos dados gerados pelos sequenciadores da nova geração (NGS) é crucial quando se lida com as enormes quantidades de dados gerados. Na qual cada plataforma tem seus próprios desvios sistemáticos que precisam ser considerados no projeto e análise de dados.

TRASCRIPTÔMICA

É o conhecimento do transcriptoma (RNAs) requeridos pelas células. Os RNAs determinam quais são os genes que estão sendo expressos e como o nível de expressão pode mudar durante a vida do organismo, diferentemente do DNA que se mantém estático, demonstrando grandes variações entre as células dos organismos, expressão diferencial.

Desafios computacionais

Os conjuntos maiores de dados permitirão uma determinação mais precisa dos níveis de transcrição e estatísticas associadas, mas vai aumentar o risco de dilúvio de dados. Finalmente, a visualização, análise e interpretação exigirão níveis significativos de perícia, e também exige habilidades de programação.

PROTEÔMICA

Refere-se a análise sistemática de proteínas. Ela complementa outras tecnologias “Ômicas”, em elucidar a identidade das proteínas de um organismo, e compreender suas funções.

Desafios computacionais

Uma mensagem clara emergindo da literatura recente proteômica é a necessidade de ferramentas de software robusta para processamento de dados, cujo desenvolvimento está atrasado em relação aos avanços substanciais na instrumentação e metodologias.

METABOLÔMICA

Envolve a análise quantitativa e qualitativa imparcial do conjunto completo de metabólitos presentes nas células, fluidos e tecidos corporais (o metaboloma).

DESAFIOS COMPUTACIONAIS

A metabolômica lida com grandes conjuntos de dados, ferramentas computacionais sofisticadas são vitais para a análise eficiente e de alto rendimento, para eliminar a distorção sistemática e explorar resultados biologicamente significativos.

ÁREAS DE ATUAÇÃO

Mais do que nunca, a Microbiologia Ambiental hoje faz parte do cenário científico mundial como uma área de estudos fundamental e inserida em diversos temas de grande importância, como biorremediação, biocatálise, biocombustíveis, controle biológico, fertilizantes, dentre outros.

Microbiologia AmbientalFonte: Kasvi

Microbiologia Agrícola

Abrange as áreas de fitopatologia da parte aérea, fitopatologia de raízes, qualidade/sanidade de sementes, microrganismos benéficos e a coleção de microrganismos. Pode, por exemplo, fazer a diagnose de doenças relacionadas ao arroz ou feijão utilizando ferramentas tradicionais e moleculares. Identificação de patótipos e o estudo de populações de fitopatógenos, suporte na identificação de fontes de resistência, a seleção e a caracterização de inimigos naturais desses fitopatógenos, além da seleção e caracterização de microrganismos fixadores biológicos de nitrogênio.

Biorremediação

Muitos compostos, comprovadamente tóxicos, têm sido introduzidos no meio ambiente pela atividade humana. A exposição a estes contaminantes causa riscos, tanto ao ambiente como à saúde humana.  Por esta razão, entender estes riscos e desenvolver técnicas de remediação tornam-se de extrema importância. Neste contexto, a biorremediação é um processo biológico que ocorre naturalmente pela ação de bactérias, fungos e plantas que serve para degradar, transformar e/ou remover compostos orgânicos sintéticos de uma matriz ambiental, como água ou solo. Para a correta avaliação destes processos, uma combinação de métodos químicos e biológicos normalmente é utilizada. Os processos de atenuação natural podem ser iniciados ou acelerados através da manipulação das condições ambientais tornando-as favoráveis para que a comunidade microbiana presente no local degrade o poluente, seja através da adição de nutrientes específicos ou pela adição de comunidades específicas.

Microbiologia da Água

A análise microbiológica da água é, sem dúvida, muito importante, pois identifica a presença de microrganismos patogênicos. A presença de bactérias pode indicar a contaminação fecal, seja por fezes de humanos ou animais. Muitas vezes é um indício de contaminação por esgoto.

A grande preocupação é que podem causar diversas doenças, como diarreia, febre tifoide e infecção intestinal, levando inclusive à morte. O consumo de água contaminada ou seu uso na preparação de alimentos pode resultar em novos casos de infecção.

Uma das principais questões de saúde pública é a qualidade da água oferecida aos consumidores. Em todo mundo a água contaminada, associada à falta de saneamento básico, mata cerca de 1,6 milhões de pessoas durante o ano. Segundo o Ministério da Saúde, o custo gerado para o tratamento de doenças transmitidas por águas contaminadas no Brasil é equivalente a US$ 2,7 bilhões por ano.

Biocatálise

A biocatálise é uma área multidisciplinar e sua importância vem se tornando maior a cada dia. Podemos encontrar exemplos de aplicações da biocatálise na fabricação de fertilizantes e defensivos agrícolas, fármacos (química fina), na indústria de processamento de alimentos e de petróleo e etc.  É fácil perceber a importância que essa área tem e que seu desenvolvimento é extremamente importante para a fabricação de novos materiais e no melhoramento de processos.

O uso de catalisadores biológicos já data de muito tempo, no entanto, com as novas técnicas de biologia molecular, metodologias de seleção de biocatalisadores e novas abordagens de pesquisa, foram desenvolvidas afim de se obter catalisadores com suas especificidades alteradas bem como a exploração da biodiversidade. Os catalisadores biológicos nativos atualmente disponíveis, em sua maioria apresentam limitações quanto à utilização em processos industriais, sendo este o maior desafio do campo. As limitações encontradas na aplicação sintética de enzimas em sua forma nativa, estão sendo contornadas atualmente através da alteração da estereoespecificidade, termoestabilidade e atividade envolvendo técnicas de biologia molecular de mutações sítio dirigidas ou aleatórias.

Fonte: Kasvi

Análises Clínicas Veterinárias: Conheça Mais sobre este mercado em expansão

Análises Clínicas Veterinárias: Conheça Mais sobre este mercado em expansão

Garantir a saúde e o bem-estar dos animais de estimação é uma preocupação para boa parte dos brasileiros, por isso, os exames laboratoriais estão ganhando cada vez mais importância dentro da medicina veterinária

Os animais de estimação muitas vezes são considerados membros da família e, por isso, aqueles que cuidam dos bichinhos não poupam na hora de garantir a saúde e bem-estar de seus pets. Prova disso é que o mercado pet, no Brasil, encontra-se em franca expansão. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), esse segmento faturou mais de R$ 18 bilhões no país, em 2017, tornando-se o terceiro mercado no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e Reino Unido.

Neste contexto, como forma de garantir a saúde dos animais e mais precisão nos diagnósticos, as análises laboratoriais acabaram se tornando uma das grandes aliadas na clínica médica e cirúrgica, seja para animais de pequeno ou de grande porte. Segundo o farmacêutico bioquímico Márcio Pacheco de Andrade, diagnosticar doenças em animais pode ser um desafio para os médicos veterinários, uma vez que é mais difícil detectar seus sintomas. Por isso, para garantir um diagnóstico seguro, a realização de exames é importante para que o médico veterinário confirme suas suspeitas.

Treinamento necessário

O laboratório de análises clínicas veterinárias é semelhante ao laboratório utilizado para os exames realizados em humanos. Os profissionais que atuam na área também não são diferentes daqueles encontrados nos laboratórios convencionais. São biomédicos, biólogos, bioquímicos e médicos veterinários, entre outros. Entretanto, é necessário que este profissional tenha um conhecimento específico. Principalmente porque as amostras que chegam a esses laboratórios são de várias espécies (cães, gatos, aves etc.), cada uma com sua particularidade.

“Um laboratório convencional já tem toda a infraestrutura necessária para a realização das análises clínicas veterinárias. Entretanto, o profissional deve estar preparado. Para que as demandas destes novos clientes sejam atendidas, é necessário um investimento mínimo, mas que vai gerar um retorno maior. O profissional precisa estudar, sair da zona de conforto e estar em diálogo constante com o veterinário“, alerta Márcio Andrade.

O farmacêutico bioquímico também explica que, para que um laboratório passe a realizar exames em animais, é preciso seguir as condições legais determinadas pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Além disso, o laboratório deve se ater às normas vigentes do Estado que determinam onde as coletas podem ser feitas dentro do laboratório (alguns Estados exigem que as coletas sejam realizadas em salas separadas, por exemplo).

Clínica humana X clínica veterinária

Assim como nos exames realizados em humanos, os exames em animais também são realizados a partir do pedido de um médico, no caso, o veterinário. Normalmente, os exames mais solicitados são aqueles de rotina, como hemograma, dermatológico, bioquímica, uroanálise e parasitologia.

A metodologia também não é diferente. Segundo Márcio Andrade, o que pode mudar são os valores de referência. “Há muitos mitos a respeito dos exames em animais. Um deles é o de que os aparelhos de hemograma podem entupir ou estragar, caso a amostra seja de animais. Mas isso não é verdade. A realidade é que as análises clínicas humanas e veterinárias são bem parecidas, mas é preciso ter cuidado com as regras e normas de funcionamento dos laboratórios, e o profissional precisa estudar muito para estar preparado para executar esses exames”, ressalta.

Um problema comum são as reclamações vindas das clínicas sobre os resultados entregues pelo laboratório. O que acontece é que boa parte desses erros se concentram na fase de coleta, manuseio e transporte de material.

Fonte: Labtest

Mercado Pet

Um dos mercados que mais cresce no mundo é o veterinário, principalmente o de animais de estimação, também chamado de PET. Na contramão da crise econômica brasileira esse mercado cresce a cada ano.

O Brasil já é o segundo maior do mundo em população de cães, gatos e aves ornamentais, sendo o quarto do mundo em população total de animais de estimação segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação.

população animais de estimação

Fonte: abinpet.org.br

Há cerca de 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos no Brasil. Para se ter uma ideia de proporção, a população de idosos, com mais de 61 anos, não chega a 25 milhões de pessoas, ou seja, somente a população desses dois animais é quase o triplo da população de idosos no país.

Também, segundo a Abinpet, é o terceiro maior do mundo em faturamento, com receita total em 2017 de R$ 20,3 bilhões e crescimento de 7,9%.

Faturamento mundo

 

Todo esse crescimento gera uma série de oportunidades, seja para os Petshops ou para as clínicas veterinárias.

A realização de exames laboratoriais também cresce junto com esse mercado e é cada vez mais comum ver os médicos veterinários se apoiarem nesses exames para ter um diagnóstico clínico mais rápido e preciso.

A automação desses exames tornou a vida dos veterinários mais simples e trouxe mais agilidade para suas clínicas, seja enviando as amostras para os laboratórios de apoio ou mesmo realizando os exames dentro de casa.

Os equipamentos estão cada vez menores, melhorando sua portabilidade, e com uma gama ainda maior de exames, tanto para o mercado pet, quanto para o agronegócio.

Você conhece todos os exames e equipamentos que já estão disponíveis para o mercado veterinário?

 

Cetose Bovina Glicose Veterinária Hematologia Vet Imunologia Vet

Já pensou em realizar exames laboratoriais para esse público?

Um dos exames mais solicitados é o hemograma, que analisa as células sanguíneas. Se você quiser entender um pouco mais sobre esse equipamento, preparamos um material com sete dicas de como escolher seu analisador hematológico veterinário. Confira nesse link: 7 DICAS

Em um mercado cada vez mais concorrido a diferenciação é fator primordial para o sucesso.

Saia na frente e comece a realizar exames veterinários para você ou para seu mercado.

Boa sorte e bons negócios!

Automação Laboratorial

Automação Laboratorial

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Automação Laboratorial
Nos últimos anos, a medicina laboratorial vem passando por grandes transformações decorrentes do avanço tecnológico marcante do século XX. A evolução da ciência trouxe à humanidade um avanço na modernização dos processos automatizados, visando redução de custo, uma melhor qualidade dos produtos e uma maior rapidez na produção.

Nas últimas décadas, a introdução da automação na medicina laboratorial foi destacada como a espinha dorsal na busca de eficiência e viabilidade das empresas atuantes nesse setor e expandiu-se em todas as fases dos processos no laboratório clínico: pré-analítica, analítica e pós-analítica.

O constante progresso tecnológico na área laboratorial tem possibilitado a ampliação do número e dos tipos de analitos passiveis de análise, aumentando, significativamente, a importância do laboratório na decisão médica e na tomada de condutas terapêuticas.

O Hemograma
O hemograma avalia as células sanguíneas de um paciente. É o exame mais solicitado pelos médicos, já que através dele é possível obter uma visão geral do indivíduo. Este exame é útil para a investigação de anemias, infecções bacterianas e virais, inflamações, distúrbios plaquetários e até mesmo leucemias. Por isso, os laboratórios clínicos necessitam de agilidade e precisão ao realizar esse tipo de procedimento.

Automação em Hematologia
Atualmente, os laboratórios clínicos realizam hemograma em equipamentos automatizados ou contadores automatizados em hematologia. Para alguns estudiosos, a automação é uma realidade na medicina, pois possibilita analisar maior quantidade de exames com segurança dos resultados e, consequentemente, atender um número maior de pacientes.

A Centerlab sempre em busca de inovações e tecnologia de ponta para o seu laboratório tem o prazer e orgulho de apresentar nosso novo parceiro, trata-se da empresa Japonesa Nihon Kohden.

A Nihon Kohden
A história da Nihon Kohden começou quando o Dr. Ogino fundou a Nihon Kohden, em 1951, com o objetivo de desenvolver avanços tecnológicos que revolucionariam a maneira como os profissionais de saúde combatiam as doenças.

O produto inicial da Nihon Kohden: a primeira unidade de eletroencefalograma (EEG) de oito canais operado por rede elétrica – mudou completamente a monitorização e diagnóstico de anormalidades no cérebro e estabeleceu firmemente a empresa como líder no campo de produtos médicos.

A Nihon Kohden foi pioneira em diversas outras soluções mundialmente conhecidas, como a tecnologia de oximetria de pulso (SpO2), a criação do conceito de monitor multiparamétrico, o primeiro desfibrilador operado à bateria e, recentemente, a ferramenta de débito cardíaco contínuo não invasivo (esCCO), mantendo desde estão o foco da empresa em tecnologia em saúde. Hoje a Nihon Kohden atua em mais de 120 países e regiões do globo.

No mercado de IVD (Diagnostico In Vitro) a Nihon lançou seu primeiro contador automático de células, o modelo MEK- 1100 em 1972. Ao longo dos anos, modelos mais avançados vêm sendo continuamente desenvolvidos. Com isso, a nova linha de analisadores hematológicos automáticos com contagem diferencial de WBC (leucócitos) em três partes (humano e veterinário) e 5 partes, a empresa pretende atender ao exigente mercado brasileiro com equipamentos com tecnologia avançada made in Japan.

Quadro Nihon Evolução

 

Temos o prazer de apresentar a tecnologia dos contadores hematológicos da linha Nihon Konden.
Para o Controle de Qualidade:

Celtac Alfa - Veterinário - Diferencial 4 Partes

Celtac Alfa - Humano - Diferencial 3 Partes

Celtac ES - Diferencial 6 Partes

Celtac G - Diferencial 7 Partes Automático

 

Referências:
– CAMPANA, G. A; OPLUSTIL, C. P. Conceitos de automação na medicina laboratorial: revisão de literatura. J Bras Patol Med Lab, vol. 47, n. 2, p. 119-127, abril 2011.
– VIEIRA, K. F. et al. A utilidade dos indicadores da qualidade no gerenciamento de laboratórios clínicos. J Bras Patol Med Lab, vol. 47, n. 3, p. 201-210, junho 2011.
– https://br.nihonkohden.com/
– http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v47n2/v47n2a05.pdf