Telemedicina no “novo normal”

Telemedicina no “novo normal”

O que é telemedicina?

A telemedicina é uma área da telessaúde que disponibiliza atendimento médico a distância entre o médico e o paciente, usando Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Essa modalidade envolve diversos serviços realizados remotamente, desde uma teleconsulta, telelaudo, telemonitoramento, telecirurgia, teleducação, entre outros.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) na Resolução CFM nº 1643/2002 define essa especialidade como “o exercício da medicina através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a telemedicina “compreende a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde, nos casos em que a distância é um fator crítico; tais serviços são prestados por profissionais da área da saúde, usando Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para o intercâmbio de informações válidas para diagnósticos, prevenção e tratamento de doenças e a contínua educação de prestadores de serviços em saúde, assim como para fins de pesquisa e avaliações”.

A telemedicina no novo normal

Evitar a circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings, shows, cinemas e igrejas é uma das recomendações do Ministério da Saúde (MS) para evitar a propagação da COVID-19. A fim de ajudar neste período de distanciamento social e manter o acesso à saúde pelas pessoas, o Conselho Federal de Medicina reconheceu a prática da telemedicina no Brasil.

Somente neste ano, o Ministério da Saúde decidiu regulamentar momentaneamente essa modalidade. Publicada no Diário Oficial da União em 23 de março de 2020, a Portaria nº 467 diz que a medida é em “caráter excepcional e temporário”, enquanto a situação de emergência em saúde pública durar no país. Nesta última quarta-feira (12), o Congresso Nacional também rejeitou o veto parcial à lei que regulamentou a prática da telemedicina no país. Os trechos vetados incluíam a troca de receita física por digital, desde que com assinatura eletrônica ou digitalizada, e delegava ao CFM a regulamentação da telemedicina pós-pandemia.

Usando como referência o estudo “Medição de Saúde Digital”, feito em 2019 pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) é possível constatar que o país está se adaptando gradativamente a essa modalidade médica online:

  • 39% dos estabelecimentos de saúde brasileiros registram informações cadastrais e clínicas dos pacientes somente em prontuários manuscritos.
  • 21% das instituições com acesso à  internet armazenam os dados em formato eletrônico.
  • 40% dos médicos já fazem prescrições digitalmente.

Benefícios da telemedicina

Além de ajudar a desafogar hospitais e centros de saúde, a telemedicina oferece outros benefícios. Listamos os principais abaixo:

– Custo: menos gastos aos pacientes, que passam menos tempo no hospital, evitam deslocamentos desnecessários e reduzem as despesas secundárias com alimentação, transporte, medicamentos, entre outros.

– Acesso: o atendimento remoto facilita o acesso das pessoas com deficiência, idosos e pessoas geograficamente isoladas e encarceradas.

– Conveniência: permitem que as pessoas passem por uma consulta, por exemplo, no conforto e privacidade da sua residência, sem precisar solicitar uma folga no trabalho.

– Infecção: a telemedicina reduz o risco de contrair infecção em um ambiente hospitalar. Nesta pandemia, por exemplo, os pacientes assintomáticos estão sendo orientados a não comparecer nas unidades de saúde, para evitar o contágio.

– Disponibilidade: além da rapidez do atendimento previamente agendado, os dados dos testes de diagnóstico e laudos ficam armazenados em uma nuvem segura e há agilidade na emissão e entrega do laudo.

Apesar das vantagens, o CFM antes da pandemia, emitiu uma nota em 2019, esclarecendo que o atendimento presencial é o meio mais indicado para diagnóstico e tratamento de doenças. Entre os pontos levantados, o comunicado diz que “O CFM, como ente legalmente autorizado a disciplinar o exercício da medicina, conforme previsto pela Lei nº 3.268/1957, reitera sua percepção de que o exame médico presencial é a forma eficaz e segura de se realizar o diagnóstico e o tratamento de doenças”.

Fonte: Labtest 

Controle de qualidade em laboratórios veterinários

Controle de qualidade em laboratórios veterinários

O Controle de Qualidade é um conjunto de práticas utilizadas para monitorar os processos de análise dos exames laboratoriais e tem o objetivo principal de garantir a confiabilidade dos resultados obtidos, através das análises realizadas.

Muito difundido entre os laboratórios de análises clínicas, o Controle de Qualidade é um processo essencial para o funcionamento destes estabelecimentos e deixou de ser apenas uma boa prática, para se tornar uma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com a RDC 302/2005. Para os laboratórios e clínicas veterinárias, ainda não se tem uma normativa que verse sobre a obrigatoriedade do Controle de Qualidade. Apesar disto, é uma boa prática os laboratórios e clínicas quanto aos resultados de exames laboratoriais.

A diferença entre Controle de Qualidade Interno e Externo

O processo de Controle de Qualidade contempla duas principais ferramentas complementares: Controle de Qualidade Interno (CQI) e Controle de Qualidade Externo (CQE), também conhecido como Ensaio de Proficiência. “Juntos, eles têm o propósito central de identificar a presença de possíveis erros analíticos, possibilitando ao laboratório a implantação de ações para eliminar as causas dos mesmos”, afirma Jéssica Gomes, do setor de Gestão de Serviços da Controllab.

“O CQI é realizado com a rotina de análise de amostras dos pacientes, para validar os resultados produzidos, após identificar que o sistema analítico está operando dentro dos limites de tolerância predefinidos, especialmente a precisão do processo (reprodutibilidade). O CQE ou Ensaio de Proficiência realiza um acompanhamento das tendências dos processos (inexatidão), comumente relacionadas a características de linearidade, especificidade, sensibilidade, interferentes e calibração”, complementa Jéssica.

Segundo Flávia Mirian, do setor de Gestão de Marketing da Controllab, o Controle de Qualidade em laboratórios veterinários tem grande importância, uma vez que é capaz de gerar informações para o laboratório e proporcionar confiabilidade nos resultados liberados. Flávia ainda ressalta sobre “a necessidade de conscientização dos profissionais responsáveis pelos laboratórios veterinários sobre esta importância e que este é um processo construído e amadurecido ao longo do tempo”.

Um Ensaio de Proficiência específico para a veterinária

Quando um laboratório participa de Ensaios de Proficiência, é possível obter certificação, de acordo com o ano de participação, se o mesmo obtiver resultados satisfatórios ao longo do ano de participação. A Controllab dispõe em seu portfólio de um Ensaio de Proficiência específico para a veterinária.

“O programa teve seu início em 2006 e, desde 2008, conta com a parceria da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV)”, aponta Flávia. O programa conta com mais de 10 áreas de atuação, incluindo Bioquímica, Urinálise, Hematologia, entre outros.

De acordo com Flávia, o Ensaio de Proficiência funciona periodicamente. Múltiplos itens em diferentes concentrações são enviados aos laboratórios e clínicas participantes do programa e, normalmente, ocorrem quatro rodadas anuais. O programa é baseado na norma ABNT NBR ISO 17043, mesma normativa dos programas de Proficiência de laboratórios de análises clínicas, cujo provedor é acreditado pela Cgcre/Inmetro (PEP 003). A abrangência é nacional e internacional, contando cerca de 150 participantes, entre laboratórios, clínicas e pets.

Os materiais utilizados no CQE e no CQI são produzidos em variadas concentrações e matrizes, sempre que possível, similar à analisada na rotina, contemplando animais de pequeno a grande porte e suas especificidades, conforme a relevância clínica. Na Medicina Veterinária, os exames laboratoriais são realizados nas mais diferentes espécies: canina, felina, bovina, equina, ovina, suína, entre outras. Por isso, a preocupação de materiais controlados em matrizes específicas que representem esta grande variedade de espécies.

Além disso, Flávia e Jéssica complementam que o Ensaio de Proficiência Veterinário está em constante expansão e novas áreas de atuação poderão ser incluídas, de acordo com a necessidade dos clientes e do mercado.

Controles internos para parâmetros bioquímicos

A Controllab disponibiliza em seu portfólio controles internos para análises bioquímicas veterinárias para múltiplos analitos. Os controles internos são soro canino e equino liofilizados em dois níveis, com apresentação de 2 x 3,0 mL.

É importante se atentar para os valores de referência de cada espécie e para a linearidade e sensibilidade dos métodos utilizados para atribuição de valor dos controles. “A atribuição de valor pode ser realizada por consenso, comparação interlaboratorial ou pelo laboratório de ensaios da Controllab, que é acreditado pela ABNT NBR ISO 17025”, complementa Jéssica.

A Centerlab possuí em seu portifólio de produtos o controle de qualidade interno para análises bioquímicas veterinárias da Labtest, o Qualitrol 1 VET Ref. 1014. É uma preparação liofilizada e possui apresentação de 1 x 5,0 mL. O Qualitrol 1 VET Ref. é um controle multiparamétrico e conta com valores atribuídos para sistemas com leituras mono e bicromáticas, além  do sistema de química seca.

Fonte: Labtest

O papel do líder na gestão de pessoas, bem como de sua própria carreira

O papel do líder na gestão de pessoas, bem como de sua própria carreira

Recorremos ao dicionário português para encontrar a melhor definição que se encaixasse para explicar o papel do líder na gestão de pessoas. Entre inúmeras descrições, uma delas diz que o líder é a “pessoa que, por seu prestígio e influência, comanda, orienta e incentiva outras em suas atividades”.

O líder é o profissional responsável por administrar pessoas e equipes com as mais diversas personalidades e perfis. Sua função é gerenciar, mobilizar e se comunicar com os colaboradores, mostrando o seu valor e habilidades, para convencê-los de que são capazes e importantes para a empresa.

Quando restringimos para o gestor de saúde, podemos dizer que o líder dessa área é a pessoa que gerencia o volume e cobertura de serviços (planejamento, implementação e avaliação), recursos (pessoas, orçamentos, medicamentos e equipamentos) e relações externas e parceiros, incluindo usuários de serviços de saúde. A complexidade do setor exige um conhecimento que está além das habilidades e técnicas ensinadas nas instituições de ensino, sendo necessária uma abordagem cada vez mais “humana”. Nesta publicação, separamos algumas dicas para auxiliar gestores e líderes da área da Saúde, assim como de qualquer outra área no seu dia a dia em uma clínica, hospital ou laboratório.

Desafios de líderes na gestão de pessoas

Um dos desafios inerentes de qualquer pessoa que assume o cargo de líder é conquistar o respeito dos liderados, não pela sua posição estratégica na organização, mas por sua sensibilidade e senso de justiça. No dia a dia, entre os seus inúmeros papéis, um deles está fortemente ligado em guiar a equipe no cumprimento de prazos, ser eficaz, motivá-la, acompanhá-la e ajudá-la a atingir os objetivos.

Aquele perfil autoritário que impõe medo, oprime os colegas de profissão e somente delega funções cedeu espaço, para um profissional que agrega, motiva e trabalha em equipe com seu time rumo ao sucesso da empresa. No entanto, o guia de qualquer empresa precisa ter um olhar aguçado para identificar talentos, reconhecendo seus pontos fracos e fortes, para se tornarem pessoas mais qualificadas em seus cargos. Ao mesmo tempo, esse olhar serve para detectar problemas a serem resolvidos.

Exercer a liderança não se limita somente para quem foi nomeado para essa função. Independentemente do cargo ocupado, qualquer colaborador pode inspirar outras pessoas que fazem parte do seu círculo, por meio da sua postura, motivação e capacidade de fazer com que os demais colegas se ajudem para atingir o mesmo objetivo.

Características de um bom líder para a gestão de pessoas

O líder tem aspectos marcantes que o destacam frente aos demais. Entre as suas principais características para ajudar na gestão de pessoas está a sensibilidade de reconhecer os limites pessoais dos integrantes e não ser invasivo em sua privacidade. O segundo aspecto está associado em fornecer feedback das atividades desempenhadas e do desenvolvimento de cada um dos profissionais dentro da empresa. Reconhecendo os méritos de determinado funcionário, isso serve para mantê-lo motivado e alinhado com o ritmo de produção.

Além de identificar talentos e solucionar gargalos, os líderes devem ser tomadores de decisões e geradores de novas ideias. Sabendo que nem sempre terão resposta para tudo, junto a sua equipe, é possível chegar nas melhores soluções dos casos. Isso não significa demonstração de fraqueza, mas de humanidade e sinaliza que ele precisa da ajuda dos seus liderados. O líder deve acompanhar de perto o que acontece na sua área de atuação, para compreender quais são os novos desafios e soluções que podem beneficiar a sua organização.

Mais do que estar antenado com as novidades do mercado, líderes precisam ser exemplos aos seus colaboradores, o que envolve assumir responsabilidades para solucionar desafios, abrindo novas possibilidades e facilitando e agilizando o trabalho do seu time. O último aspecto está relacionado com o fato do líder não apenas observar, mas de participar e tomar atitudes que incentivem a sua equipe, para que sejam capazes de melhorar os resultados para todos.

Como um líder pode gerenciar a própria carreira?

Se tornar um líder exemplar envolve tempo e preparo para solucionar situações diferentes, mas é um aperfeiçoamento constante para conseguir gerenciar a própria carreira. Portanto, é importante adotar algumas mudanças no seu comportamento e atitudes:

  • Aperfeiçoando a sua comunicação.
  • Aumentando a sua motivação e autoconfiança.
  • Investindo em senso de humor no trabalho.
  • Adotando uma postura positiva e criativa.
  • Assumindo compromissos.
  • Sendo proativo nas suas funções diárias.

Os próprios líderes precisam de mentores para auxiliar no autoconhecimento, desenvolver habilidades e traçar metas, visando grandes conquistas para a sua carreira e para a empresa em que presta serviço.

Fonte:  Labtest

Hematologia Veterinária

Hematologia Veterinária

Mercado Veterinário

O Brasil tem hoje a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais do mundo, sendo o terceiro maior país em população total de animais de estimação (mais de 140 milhões), de acordo com o relatório da ABINPET (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação).

Com a demanda cada vez maior e com o número de solicitações de hemogramas veterinários em alta, discutiremos a seguir alguns aspectos relevantes para hematologia veterinária.

Hematologia Veterinária

Diante da particularidade de cada espécie animal, alguns aspectos necessitam de atenção. Devemos observar as características oriundas de cada espécie animal, por exemplo, em relação às hemácias devemos observar o tamanho, presença ou ausência de núcleo, espessura da membrana externa (resistência), intensidade de palidez central e formato das hemácias (eritrócitos), mais detalhes na tabela 1 abaixo:

Essas variações acima podem ser encontradas entre as espécies e dentro de uma mesma espécie animal, os cães da raça Poodle tendem a uma macrocitose, enquanto outras, como Akita e Shiba, tendem a ter microcitose.

Já nas analises hematológicas felinas podemos visualizar macroplaquetas e microcoágulos pela grande ativação plaquetária fora do leito vascular e pela maior predisposição à agregação. Tal fato pode resultar em falsa trombocitopenia em alguns equipamentos que realizam a separação incorreta entre hemácias e plaquetas (impedância). Nessa espécie em especial é comum a visualização de inúmeros Corpúsculos de Heinz, gerados pelo aumento dos radicais sulfidrílicos presente nas hemácias desses animais.

 

Diferença importante entre as hemácias
fonte: Hematologia e Bioquímica Clínica Veterinária, MARY ANNA THRALL, capítulo 5, pág. 66, Roca, 2007
* Não aumenta em resposta a anemia
VCM = Volume Corpuscular Médio

Fatores pré-analíticos merecem uma atenção especial, uma vez que cerca de 70% dos erros estão nessa fase. Dentre as principais causas podemos citar: tempo prolongado de garroteamento e inúmeras perfurações, meia-vidamédia das hemácias (dias), lipêmias pela falta de jejum a falta de proporção sangue/anticoagulante. Outro aspecto derelevância é o estresse de algumas espécies no momento da coleta interferindo nos resultados (ex.: felinos).

Equipamentos Hematológicos Veterinários

As análises das amostras veterinárias em equipamentos padronizados para humanos, são responsáveis por resultados errôneos simplesmente por não respeitar as diferenças acima citadas. Dentre os principais erros podemos destacar: a separação inadequada de células, gerando falsa trombocitopenia, lise inadequada de eritrócitos, levando a uma falsa leucocitose ou valores errôneos de hemoglobina e hematócrito, entre outros. Por isso é imprescindível que os equipamentos veterinários disponibilizem perfis que respeitem as diferenças entre as espécies.

As características do sangue dos animais domésticos também podem danificar equipamentos comuns, pois esses equipamentos não foram preparados para amostras veterinárias, que na sua maioria são mais viscosas, com maior concentração de fibrina, maior tendência à agregação plaquetária, rouleaux e microcoágulos, levando a entupimentos frequente e diminuição da vida útil do equipamento.

A associação de fatores como escolha de equipamento e reagentes adequados e de qualidade, pessoal qualificado e especializado, cuidados na fase pré-analítica e diminuição do estresse no momento da coleta são palavras chaves para um resultado com qualidade e representatividade clínica.

A Centerlab em parceria com os melhores fornecedores tem o prazer de apresentar a vocês equipamentos específicos para analises veterinárias eliminando os erros nas analises com equipamentos humanos, são eles:

ANALISADOR HEMATOLÓGICO VETERINÁRIO COM DIFERENCIAL DE 4 PARTES MEK-6550 – NIHON KOHDEN

Realiza até 60 amostras por hora com 21 parâmetros: canino, felino, bovino e equino,13 parâmetros para ratos, camundongos e outros animais.

6 modos de diluição:
– Normal, Alta, Muito Alta, Muito Baixa e Pré-diluição
– Programa de CQ: • Média • Cálculo de CV
– Tela touch screen de fácil operação
– Amostragem automática;
– Preparação e Limpeza automáticas;
– Limpeza automática do bocal de amostragem;
– Fácil manutenção. Remoção automática de coágulos;
– Durável e robusto. Feito em material resistente à oxidação (ferrugem);
– Tratamento automático do fluido de descarte;
– Modo de contagem simples/duplo;
– Possibilidade de instalação de leitor de código de barra;
– Capacidade de interfaceamento unidirecional;
– Possui alarmes eletrônicos para identificação de anormalidades (Flags WBC, RBC e PLT);
– Possui 2 agulhas de diluição (WBC e RBC).
MEK 6550

 

AUD-H VET – Labtest

O Aud-H Vet é um analisador hematológico veterinário de alta tecnologia, que processa amostra animal e fornece resultados altamente precisos e fáceis de avaliar. Um robusto e flexível sistema com características únicas como o microcapilar, homogeneizador de amostras e reagentes on board, além de ser livre de manutenção para o usuário.

– Até 53 amostras/hora;
– 19 parâmetros: WBC, LYM, LYM%, MON, MON%, GRA/NEU*, GRA/ NEU%*, EOS, EOS%, HGB, MCH, MCHC,
RBC, MCV, HCT, RDW%, RDW, PLT, MPV.
– Volume de aspiração: ≤ 125 μL de sangue total ou ≤ 20 μL (micropipeta sem volume morto)

METODOLOGIAS
– Impedância;
– Fotometria para hemoglobina.
SISTEMA DE PIPETAGEM
– Sonda para aspiração de sangue total;
– Adaptação de micropipetas com volume de 20 μL.
SISTEMA DE HOMOGENEIZAÇÃO
– Homogeneizador embutido de amostras para até 6 tubos.

AUD-H


No dia 09 de setembro comemora-se o dia do médico veterinário, aproveitamos esse boletim para parabenizar e 
agradecer esses profissionais que se dedicam em cuidar da saúde dos nossos melhores amigos!

Referencias Bibliográficas:
– Hospital veterinário saúde – Hematologia Veterinária – https://hospitalveterinariosaude.com.br/hematologia-veterinaria/
– Catálogo Nihon Koden (Analisador Hematológico MEK-6550J/K)
– Site Labtest – AUD-H VET
– Infovet Labtes  https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/52321/1595516902Infovet_desafios_da_hematologia_vet.pdf

Gasometria e sua importância na avaliação de pacientes críticos hospitalizados

Gasometria e sua importância na avaliação de pacientes críticos hospitalizados

Diante de desequilíbrios respiratórios, metabólicos, entre outros, em pacientes críticos hospitalizados, a Gasometria é uma aliada importante na realização de exames e no auxílio médico, para a proposição de diagnóstico rápido e seguro, possibilitando a tomada de decisão no tempo adequado e, em muitos casos, salvando vidas.

De acordo com o portal Lab Tests On-Line, o exame de Gasometria é solicitado quando há problemas respiratórios, como falta de ar ou alterações na frequência de respiração, e distúrbios metabólicos, que causam o desequilíbrio ácido-base no sangue. Além disso, também é requerida para avaliar e acompanhar pacientes em ventilação mecânica, oxigenoterapia ou em alguns tipos de cirurgia, sendo empregada para diagnosticar e monitorar pacientes críticos.

Este artigo destaca as características fundamentais da Gasometria e a aplicação do sistema em um dos seus ambientes mais relevantes – a urgência/emergência hospitalar.

A Gasometria e seus principais parâmetros 

A Gasometria se refere à determinação de quatro parâmetros principais em amostras de sangue total arterial ou venoso: pH – potencial hidrogeniônico, pO2 – pressão parcial de oxigênio, pCO2 – pressão parcial de gás carbônico e HCO3– – concentração do ânion bicarbonato. O pH é o logaritmo negativo da concentração de íons hidrônio (H3O+); a pO2 é a quantidade de moléculas de oxigênio dissolvidas no sangue  e a pCO2 é a quantidade de moléculas de gás carbônico dissolvidas no sangue, estas duas últimas expressas na forma de pressão parcial.

“Os três primeiros são parâmetros medidos, enquanto que o último é calculado através do pH e da pCO2. Assim, estes parâmetros indicam o status ácido-base sanguíneo e a eficiência da troca de gases no pulmão dos pacientes”, explica Bárbara de Morais, especialista de produtos da Labtest.

Para entender como os parâmetros se comportam é necessário saber como funciona o sistema de tamponamento sanguíneo e como ele é regulado. O sangue é um sistema tamponado, o que significa que o seu pH é menos suscetível a mudanças. O tampão que constitui o sangue é o tampão bicarbonato. Trata-se de um sistema aberto regulado através do processo de respiração.

O gás carbônico é formado como produto final do processo de respiração celular aeróbica, que converte glicose e oxigênio em gás carbônico, água e energia. Na presença de água, o gás carbônico (CO2) forma o ácido carbônico (H2CO3), que se dissocia nos íons bicarbonato (HCO3–) e íons hidrônio (H3O+), conforme mostrado na equação:
Fórmula 1
“Através deste equilíbrio químico ocorre a regulação do pH sanguíneo. O equilíbrio se desloca para a direita quando a frequência respiratória diminui, com o aumento da concentração de CO2 no sangue. E se desloca para a esquerda quando a frequência respiratória aumenta, com a diminuição da concentração de CO2 no sangue. Desta maneira, quando o equilíbrio se desloca para a direita, o pH sanguíneo diminui e quando este se desloca para a esquerda, o pH sanguíneo aumenta”, complementa Bárbara.

Correlação entre os principais parâmetros da Gasometria

O pH, pCO2 e HCO3– estão correlacionados através da equação de Henderson-Hasselbach. Esta equação mostra que o pH observado no sangue é função da razão entre a concentração de bicarbonato e a pressão parcial de gás carbônico, conforme demonstrado a seguir:
Fórmula 2

Através desta equação é possível observar que a concentração de bicarbonato é proporcional ao pH e a pressão parcial de gás carbônico é inversamente proporcional ao pH.

pCO2 e a pO2 estão correlacionados através do processo externo de respiração. Dois quadros podem ocorrer em função da frequência respiratória do paciente avaliando-se o sangue arterial:

– Hiperventilação: aumento da frequência  respiratória, neste caso, pCO2 diminui e pO2 aumenta.
– Hipoventilação: diminuição da frequência respiratória,  neste caso, pCO2 aumenta e pO2 diminui.

“As pressões parciais de oxigênio e de gás carbônico são parâmetros que  podem ser afetados em função de ventilação mecânica ou oxigenoterapia”, acrescenta Bárbara.

Entenda a diferença entre Gasometria Arterial e Venosa

Para compreender a diferença entre a Gasometria Arterial e a Venosa é importante entender os dois tipos de sangue que circulam no corpo humano.

  • Sangue arterial: bombeado do coração para os tecidos e possui maior quantidade de moléculas de oxigênio dissolvido.
  • Sangue venoso: sai dos tecidos em direção ao coração e possui maior quantidade de moléculas de gás carbônico dissolvido.

“A Gasometria Arterial se refere à dosagem dos parâmetros no sangue arterial e a Venosa faz referência à determinação destes mesmos parâmetros no sangue venoso”, salienta Bárbara.

 O uso da Gasometria no ambiente hospitalar 

Pacientes críticos em leitos, UTI, CTI ou em outras situações de urgência/emergência demandam extremo cuidado e monitoramento constante, para que haja boa evolução dos quadros clínicos existentes. A análise de Gasometria em amostras destes pacientes indica dois tipos de desordens do equilíbrio ácido-base conhecidas como acidose e alcalose.

– Acidose: ocorre quando o pH sanguíneo é menor que o valor inferior do intervalo de referência.
– Alcalose: ocorre quando o pH sanguíneo é maior que o valor superior do intervalo de referência.

Para o sangue arterial, o intervalo de referência para pH é entre 7,35 e 7,45. Valores menores que 7,35 indicam um quadro de acidose e valores maiores que 7,45 indicam um quadro de alcalose.

Segundo Bárbara, estas desordens podem ser de origem respiratória ou metabólica e podem ser processos compensados ou descompensados. Além disso, esta análise também indica a eficiência da troca de gases nos pulmões, através dos parâmetros pCO2 e pO2, permitindo avaliar se o processo respiratório está ocorrendo de forma adequada. Esta avaliação é feita, geralmente, na Gasometria Arterial.

“O corpo humano está mais preparado para desordens relacionadas à acidose que à alcalose, sendo esta última considerada mais grave podendo levar o paciente a óbito rapidamente e demandando intervenção médica de forma mais imediata”, explica a especialista de produtos.

Esclarecendo a origem das desordens da acidose e alcalose

Para determinar qual é a origem destas desordens é necessário avaliar dois parâmetros, pCO2 e HCO3–, à luz da equação de Henderson-Hasselbach. Veja como Identificar a origem dos dois tipos de desordens:

– Origem metabólica: quando a alteração do pH está relacionada a mudanças no HCO3.–
– Origem respiratória: quando a alteração no pH está associada a mudanças no pCO2.

Nesta avaliação também é necessário observar alguns outros parâmetros como o excesso de base (BE), a glicose e o lactato. “Um exemplo importante de acidose de origem metabólica é a acidose lática, que ocorre quando pH e HCO3– estão diminuídos e a concentração de lactato está aumentada”, explica Bárbara.

Para avaliar se a desordem está em um processo compensado ou descompensado é importante observar os parâmetros (medidos e calculados) da Gasometria como um todo. A compensação ocorre quando algum mecanismo do corpo é ativado espontaneamente no sentido de resolver aquela desordem. “Por exemplo, em um paciente que apresenta uma alcalose metabólica, a compensação pode ocorrer através de uma diminuição na frequência respiratória(hipoventilação), aumentando a pCO2 no sangue e, consequentemente, levando à diminuição do pH. Desta forma, a alcalose pode ser compensada”, exemplifica Bárbara.

Tabela 1
Tabela 1. Acidose, alcalose e suas origens.

A Gasometria no monitoramento de pacientes com COVID-19 

 

Indivíduos acometidos com a COVID-19 podem apresentar a falta de ar, sendo necessário, em alguns casos a utilização de ventilação mecânica. Em casos graves da evolução da doença, os pacientes hospitalizados podem ter grande comprometimento dos pulmões o que leva à pneumonia e  insuficiência pulmonar.

 

Também  podem apresentar quadros clínicos que demandam grande atenção e acompanhamento, como: a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), sepse e choque séptico e falência múltipla de órgãos. Neste sentido, a Gasometria pode auxiliar no monitoramento destes pacientes como um exame complementar àqueles específicos para a doença.

 

“Pacientes com SDRA ou que estão em ventilação mecânica devem ser monitorados através da análise dos principais parâmetros da Gasometria: pH, pO2, pCO2 e HCO3–, para avaliação da gravidade do acometimento dos pulmões e monitoramento da eficiência dos tratamentos realizados evitando o desenvolvimento de quadros clínicos graves de hipóxia, acidose ou alcalose, entre outros”, conclui Bárbara.

 

Referências:
– Labtest
– Burtis, C. A. et al. Tietz Fundamentos de Química Clínica e Diagnóstico Molecular. Elsevier, 7 ed.
– Manual do usuário i15 Blood Gas and Chemistry Analyzer, Labtest.