Arboviroses e seus sintomas

Arboviroses e seus sintomas

Arboviroses e seus sintomas
As arboviroses que são doenças causadas por vírus chamados Arbovírus, termo esse que deriva da expressão inglesa ARthropod BOrne VIRUSES, adotada em 1942 para designar grupo de infecções virais cujos agentes foram isolados de animais que tinham participação na etiologia das encefalites, têm sido motivo de grande preocupação em saúde pública em todo o mundo. Esse conjunto é composto por centenas de vírus que compartilham a característica de serem transmitidos por artrópodes, em sua maioria mosquitos hematófagos, embora não tenham necessariamente relação filogenética. Os vírus mais importantes para a saúde humana são os transmitidos por culicídeos, principalmente dos gêneros Culex e Aedes (figura 1), embora existam arbovírus transmitidos por outros artrópodes, como flebotomíneos e também por carrapatos. Esses em geral, circulam entre os animais silvestres, com alguma especificidade por hospedeiros e mantendo-se em ciclos enzoóticos em poucas espécies de vertebrados e invertebrados. O homem ou animais domésticos, geralmente, são hospedeiros acidentais.

Os arbovírus são encontrados em todo o mundo e atualmente existem aproximadamente 545 espécies conhecidas, entre as quais mais de 200 são veiculadas por mosquitos sendo que 150 delas causam doenças em seres humanos. A maior parte desses vírus pertence aos gêneros Alphavirus (família Togaviridae) e Flavivirus (família Flaviviridae); outros membros de importância para a saúde humana são das famílias Bunyaviridae, Reoviridae e Rhabdovirida. Esse grupo de RNA vírus apresenta grande plasticidade genética e alta frequência de mutações, o que permite adaptações a hospedeiros vertebrados e invertebrados.

Foto Mosquito

 

No atual contexto epidemiológico brasileiro, os arbovírus pertencentes da família Flavivirus de maior circulação são DENV (Dengue), ZIKV (Zika) e da família Togavirus, CHIKV (Chikungunya), tendo eles como principal transmissor o mosquito Aedes aegypti.

Já está bem documentada a dramática disseminação de dengue no Brasil nos últimos anos, com aproximadamente um milhão e meio de casos prováveis em 2022, com 1016 óbitos e com taxa de incidência de 679,9 casos por 100 mil habitantes. Outro arbovírus emergente é o CHIKV, que iniciou expansão pandêmica a partir de 2004. No Brasil, detectou-se sua transmissão autóctone em setembro de 2014 no Amapá, disseminando-se por outros estados
brasileiros. Além disso, em 2022 ocorreram 174.517 casos prováveis de Chikungunya com taxa de incidência de 81,8 casos por 100 mil hab.

Com relação aos dados de ZIKV, identificado pela primeira vez em Uganda em 1947, e que partir de abril de 2015foi confirmado sua transmissão autóctone no Brasil, ocorreram 9.600 casos prováveis em 2022, correspondendo a umataxa de incidência de 4,3 casos por 100 mil habitantes no País.

Sintomas de Arboviroses
Os sintomas das arboviroses variam muito, já que sua única característica m comum é o fato de serem transmitidos por artrópodes. No entanto, dentro das subclassificações das arboviroses, algumas costumam ter sintomas semelhantes. Por exemplo, são os sintomas da Dengue, Zika Vírus e Febre Chikungunya (figura 2):

tabela sintomas

 

A perplexidade diante da disseminação de ZIKV e CHIKV e seu impacto no Brasil foram suficientes para se estabelecer situação de emergência em saúde pública pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde, quase dois anos após a entrada dos vírus no País. Esse quadro implicou em intensa mobilização de recursos e articulações entre estados e municípios para enfrentar a circulação viral, que tomou grandes proporções. Nesse contexto, a investigação e a suspeita de outros arbovírus devem fazer parte das rotinas da vigilância epidemiológica e das preocupações da saúde pública nacional para prever novas emergências. Por outro lado, são essenciais os esforços para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de exames diagnósticos ágeis, sensíveis e com pequena reação cruzada com outras arboviroses; imunobiológicos específicos e síntese de medicamentos antivirais, principalmente diante da infecção de gestantes pelo ZIKV. Ações conjuntas em pesquisa e o combate aos vetores podem ter impacto na expansão de vírus emergentes, como a infecção por DENV, CHIKV e ZIKV, as maiores preocupações do momento no País.

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Referencias Bibliográficas:
– Infectologista Helena Brígido (CRM-PA: 4.374), membro do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia.
– Infectologista Otelo Rigato Jr. (CRM-SP: 57.775), doutor em infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e médico infecto do Sirio LibanêsMinistério da Saúde
– Eco Diagnóstico.
– D i s p o n í v e l e m : h t t p s : / / w w w . s c i e l o . b r / j / r s p / a / N y m 8 D K d v f L 8 B 3 X z m W Z B 7 h J H / ?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 17/04/2023.
– Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arbov%C3%ADrus. Acesso em: 17/04/2023. D i s p o n í v e l e m : h t t p s : / / w w w . g o v . b r / s a u d e / p t – b r / c e n t r a i s – d e – c o n t e u d o / p u b l i c a c o e s / b o l e t i n s / e p i d e m i o l ó g i c o s / e d i c o e s / 2 0 2 3 / b o l e t i m – e p i d e m i o l o g i c o – v o l u m e – 5 4 – n o 0 1 / # : ~ : t e x t =Com%20rela%C3%A7%C3%A3o%20aos%20dados%20de,Figura%205%2C%20Figura%207C). Acesso em: 17/04/2023.

Diabetes Melitus em cães e gatos: identificando sintomas e possíveis tratamentos

Diabetes Melitus em cães e gatos: identificando sintomas e possíveis tratamentos

Diabetes Melitus em cães e gatos: identificando sintomas e possíveis tratamentos

Cães e gatos estão vulneráveis a desenvolver doenças semelhantes às dos humanos.  O Diabetes Mellitus (DM), atualmente, é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma pandemia mundial, com um crescente aumento na incidência em humanos. Infelizmente, estamos observando nos últimos anos um aumento, também, na incidência desta doença em cães e gatos. O Médico Veterinário Marcelo Genelhu, Key Account Manager da linha veterinária Labtest, alerta que podemos pensar que nosso estilo de vida atual também tem afetado diretamente a saúde dos nossos pets e que é nosso dever protegê-los desta grave condição.

Diabetes Mellitus em cães e gatos: como identificar a doença

O DM é uma doença que promove o aumento dos níveis de glicose no sangue gerando a hiperglicemia. A glicose é um carboidrato utilizado pelas células juntamente com o oxigênio para produção de ATP (adenosina trifosfato), molécula responsável por fornecer energia ao nosso organismo. Para utilizar esse carboidrato a célula precisa do hormônio insulina, produzido pelo pâncreas, a fim de retirá-lo do sangue e colocá-lo dentro da mesma.

Nos cães, o DM possui um padrão de desenvolvimento que se assemelha ao Diabetes tipo I em humanos, possuindo uma origem imunomediada que, consequentemente, causa uma incapacidade de secretar insulina. Já nos gatos, o DM é bastante similar ao Diabetes tipo II observado em humanos, que é secundário à resistência insulínica, frequentemente afetando indivíduos mais idosos.

Fatores utilizados para a classificação da doença em humanos não são usados rotineiramente em cães e gatos. A classificação médica utilizada na medicina humana serve apenas para compreensão do processo de desenvolvimento da doença em cães e gatos. Neste sentido, podemos dividir os pacientes veterinários em DM insulino-dependente ou DM não insulino-dependente, uma vez que utiliza-se uma classificação, mais adequada de acordo com a necessidade de insulina para terapia.

Causas e sintomas do diabetes mellitus: quais as consequências?
A maioria dos cães e gatos é acometida por DM na fase adulta e na velhice. Algumas raças caninas têm maior predisposição em desenvolver a doença, que é mais frequente nas fêmeas. Os principais fatores que podem predispor a doença são:
  • Fatores Genéticos;
  • Obesidade;
  • Pancreatites;
  • Fármacos como glicocorticóides, estreptozotocina e aloxano;
  • Excesso de gordura no sangue (hiperlipidemia);
  • Insulite imunomediada;
  • Antagonismos hormonais (excesso de cortisol, progestágenos e hormônio do crescimento).

Os principais sintomas são:

  • Perda de peso;
  • Aumento na ingestão de água;
  • Aumento do apetite;
  • Aumento da vontade de urinar.

O diagnóstico tardio da doença pode acarretar sinais clínicos mais sérios se não forem tratados adequadamente, como perda de visão em decorrência da catarata em cães e lesão nos nervos em gatos, além de apatia, hálito forte, vômito e coma. Por isso, é importante que os seus tutores estejam atentos aos primeiros sinais e os monitorem para que a doença não chegue a um estágio avançado.

Diagnóstico do diabetes mellitus em cães e gatos e o seu tratamento

Como é feito o diagnóstico do diabetes mellitus em cães e gatos?

O diagnóstico do DM é baseado na presença das manifestações clínicas clássicas aliados à constatação de hiperglicemia e de glicosúria persistentes. Uma vez que a doença é diagnosticada, o animal deve passar por uma avaliação minuciosa para diagnosticar patologias concomitantes ou doenças que possam interferir na terapia do DM.

Assim que o diagnóstico de DM tenha sido estabelecido, é importante que o tratamento seja instituído o mais rápido possível. Os objetivos do tratamento incluem o controle dos sinais clínicos, a manutenção do apetite e peso corporal de forma estáveis, a percepção do proprietário de que o animal esteja saudável e o cuidado diante de complicações associadas à doença, como cetose, hipoglicemia.

Como é o tratamento?

Um dos principais objetivos no tratamento do DM em cães e gatos é melhorar a qualidade de vida deles. Não existe uma única fórmula para o controle do diabetes em animais, mas podemos citar algumas medidas que podem ser adotadas como: controle do uso de medicamentos hormonais, reeducação alimentar e administração periódica de insulina. Cada paciente exige cuidados próprios, que devem ser analisados pelo Médico Veterinário.

Conforme relatado acima, todos estes sinais ajudam o Médico Veterinário a diagnosticar o DM, no entanto a suspeita só pode ser confirmada a partir de exames laboratoriais de sangue e de urina em jejum, para monitorar a glicemia do animal.

No caso do DM o papel do tutor é fundamental para ajudar a diagnosticar e, mais ainda, para controlar a doença e manter os níveis de glicose ideais, evitando picos ou quedas, reduzindo os sintomas. Mesmo que seja uma doença genética, é possível prevenir as complicações do DM no seu companheiro(a), por meio de uma alimentação equilibrada, exercícios regulares (passeios e brincadeiras) e acompanhamento veterinário.

O excesso de peso é um dos sinais clínicos que merece especial atenção. Observe se o cão está com acúmulo de gordura na região da base da cauda e do abdômen. Já nos gatos, verifique a região inguinal (parte da frente das patas traseiras).

Qual a importância das proteínas glicadas para o diagnóstico do diabetes em pequenos animais?

A Frutosamina é uma proteína glicosilada/glicada utilizada como um marcador da concentração média de glicose sanguínea, uma vez que a concentração da mesma não é afetada pelas flutuações transitórias da glicose no sangue. A frutosamina é formada pela ligação irreversível não-enzimática de glicose com proteínas séricas, principalmente albumina. Sua determinação fornece uma estimativa da glicemia durante as últimas 2-3 semanas.

Os gatos são suscetíveis à hiperglicemia induzida pelo estresse e, muitas vezes, é difícil diferenciar entre esse fenômeno e a doença. A própria contenção do paciente pode efetivamente induzir a uma transitória hiperglicemia. Sendo assim, a concentração de frutosamina é uma ferramenta importante na identificação dos gatos com hiperglicemia de estresse que podem apresentar glicosúria, mas que não tem Diabetes Mellitus. Nesses casos, a concentração de frutosamina circulante encontra-se dentro dos limites de referência. Já em gatos diabéticos, a frutosamina encontra-se aumentada, ajudando assim o diagnóstico final do DM.

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Fonte: Labtest