Meios Cromogênicos: a próxima geração de meios de cultura
Foto retirada do site da Kasvi
Os meios cromogênicos foram desenvolvidos para oferecer métodos mais rápidos e precisos para a detecção de patógenos com alta especificidade de forma mais simples e eficiente. Seu princípio está relacionado à utilização de substratos cromogênicos (reação de cor) característicos para cada patógeno, que são liberados após a hidrólise.
Isto é especialmente importante em casos de cultura polimicrobianas. O grande diferencial para esse tipo de cultura é a possibilidade da inclusão de agentes seletivos que impedem o crescimento e interferência de microrganismos não-alvo. A maioria dos meios cromogênicos é, portanto, seletiva e diferencial. Cada organismo é então identificado através de uma cor específica, determinando facilmente as colônias.
O resultado é exato e distinto. O cultivo pode ser observado e distinguível a olho nu por sua diferenciação baseado em cores. Além de permitir a detecção mais rápida de microrganismos específicos em relação aos meios de cultura tradicionais, têm maior sensibilidade e ainda podem reduzir a necessidade de outros testes complementares, exigidos nos meios de cultura tradicionais, como subculturas e confirmação, encurtando o prazo na identificação dos patógenos. Por isso os resultados são mais rápidos ajudando na prevenção da disseminação de infecções.
VANTAGENS:
– Fácil identificação: colônias distintas e facilmente reconhecíveis pela coloração específica;
– Custo-benefício: possibilita a identificação de diferentes bactérias na mesma placa;
– Protocolo simples: inoculado diretamente da amostra ou do caldo de enriquecimento específico;
– Maior seletividade: ampla variedade para uma infinidade de microrganismos;
– Alta detecção: capaz de detectar bactérias mesmo em concentrações muito baixas;
– Maior produtividade: reduz a necessidade de testes complementares;
– Ampla gama de produtos: análises clínicas, resistência antimicrobiana, análises microbiológicas nas indústrias de cosméticos, alimentos e qualidade da água.
Um estudo prospectivo em pacientes cirúrgicos de UTI, mostrou que 38% de 29 pacientes desenvolveram infecção após colonização. A colonização pode ser demonstrada por análise de 3 ou mais amostras, coletadas do mesmo local ou de sítios diferentes, do mesmo paciente, em dias consecutivos.
A amostra, após o processamento, poderá ser usada para isolamento do agente etiológico. Para tanto, deverá ser semeada em movimentos de estrias (zig-zag) sobre a superfície de meios sólidos de cultura.
Fonte: Kasvi