Detecção Precoce do Antigeno Covid-19

Detecção Precoce do Antigeno Covid-19

Testar maciçamente a população é a recomendação da Organização Mundial daSaúde (OMS) para enfrentar a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2), causador da Covid-19. Para a entidade, a realização de exames em larga escala, combinado ao isolamento social e higienização, é o caminho ideal para proteger a população da pandemia. Para isso, existem diversos tipos de teste disponíveis. Cada um deles pode auxiliar no diagnóstico em algum período específico da doença, seja por pesquisa direta do antígeno ou partes dele, como o RT-PCR e Covid Ag, ou por pesquisa sorológica como as Imunoglobulinas IgM, IgG e Ig Total.

Covid-19

A partir dos testes sorológicos é possível identificar pacientes que tiveram contato com o vírus, possibilitando identificar infecções assintomáticas ou com sintomas brandos, e acompanhar a soroconversão do paciente acometido. Além disso, podem ajudar a revelar a propagação do vírus em residências e comunidades, contribuindo para orientar as medidas de controle de manejo epidemiológico.

São testes que detectam anticorpos IgM e IgG para SARS-CoV-2, em pacientes com infecção atual ou pregressa. Estudos apontam que a presença de anticorpos aumenta rapidamente após o sétimo dia de doença, chegando a estar presente entre o 8º e 14º dia em 89% dos pacientes para anticorpos totais, 73,3% para IgM e 54,1% para IgG. Após o 15º dia de doença, a presença de anticorpos totais chega a 100%.

A Centerlab disponibiliza testes imunocromatográficos para a pesquisa do Covid-19 tanto de Anticorpos Totais quanto de Anticorpos IgG/IgM, em amostras de sangue total, soro e plasma. Para que o teste tenha maior sensibilidade, é recomendado que sejam realizados após o 10° dia do início de sintomas.

A sorologia, diferentemente da RT-PCR e Covid Ag, verifica a resposta imunológica do corpo em relação ao vírus. Para diagnóstico nos primeiros dias de infecção, existem outras opções mais específicas.

O RT-PCR (do inglês reverse-transcriptase polymerase chain reaction), é considerado o padrão-ouro no diagnóstico da COVID-19. O resultado é obtido através da detecção do RNA do SARS-CoV-2 na amostra analisada, preferencialmente coletada por raspado de naso ou orofaringe.

Apresenta como desvantagens o tempo necessário entre a coleta e a disponibilização do resultado, além da necessidade de estrutura laboratorial, equipamentos de elevada complexidade e custos e de equipe técnica qualificada para sua realização.

Outro teste autorizado pela Anvisa são os testes de antígeno os quais apresentam excelente correlação com RT-PCR. Eles são realizados a partir de secreções nasofaringe dos pacientes – a mesma amostra coletada para ensaios moleculares.

A coleta deve ser feita do 3º dia após o início dos sintomas e até o 7º dia, pois ao final desse período, a carga viral tende a diminuir.

COVID-19 Ag ECO Teste é um teste imunocromatográfico para detecção qualitativa de antígeno do COVID-19 em amostras de swab de nasofaringe. Compõe o kit o swab estéril, tampão de extração, tampa filtro, e dispositivo teste embalado individualmente.Covid-19 ECO
O resultado disponível entre 15 a 30 minutos.

O Teste possui uma membrana de nitrocelulose com duas linhas pré-revestidas: a linha ‘C’ para a linha controle e ‘T’ para a linha teste. As linhas controle e teste na janela de leitura não são visíveis antes da aplicação da amostra. A linha teste é pré-revestida com anticorpos monoclonais IgG/IgM anti-COVID-19, e a linha controle é pré-revestida com anticorpos monoclonais de camundongo IgG anti-galinha.

O anticorpo monoclonal IgG/IgM anti-COVID-19 conjugado com partículas coloridas são utilizadas como detectores para o antígeno do COVID-19. Durante o teste, os antígenos do COVID-19 presentes na amostra reagem com os anticorpos IgG/IgM anti-COVID-19 conjugados com as partículas coloridas, formando um complexo antígeno-anticorpo com partículas de cor. Esse complexo migra pela membrana por ação capilar até a linha teste, onde será capturado pelos anticorpos monoclonais IgG/IgM anti- proteína recombinante do
COVID-19.

Uma linha violeta será visível na janela de resultado se os antígenos do COVID-19 estiverem presente na amostra. Se os antígenos de COVID-19 não estiverem presentes na amostra, nenhuma cor irá aparecer na linha teste. A linha controle serve como controle de procedimento, e deve sempre aparecer independente da presença ou ausência de antígenos do COVID-19 na amostra.

O ECO F COVID-19 Ag é um imunoensaio fluorescente, realizado nos equipamentos da linha FLine (F100, F200 e F2400) para identificação da presença de antígeno, utilizando amostras de swab de nasofaringe pela metodologia de imunofluorescencia, com resultados de 15 a 30 minutos, permite agilidade na tomada de decisões, auxiliando diretamente no direcionamento do tratamento e prognóstico do paciente, além do controle da disseminação do COVID-19 no país.

 

F Line

 

Referências:
– http://ecodiagnostica.com.br/diagnostico-rapido/eco-f-covid-19-ag/
– https://www.labnetwork.com.br/noticias/covid-19-e-a-importancia-do-diagnostico-sorologico/
– https://www.ufrgs.br/telessauders/posts_coronavirus/qual-a-aplicabilidade-dos-testes-diagnosticos-para-covid-19/
– https://www.fleury.com.br/noticias/conheca-os-diferentes-tipos-de-teste-para-covid-19
– http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/June/02/AcuraciaDiagnostico-COVID19-atualizacaoC.pdf

Estratégia de Combate ao Coronavírus Sars-CoV-2 nas Empresas.

Estratégia de Combate ao Coronavírus Sars-CoV-2 nas Empresas.

Estratégia de Combate ao Coronavírus Sars-CoV-2 nas Empresas

Estamos vivendo uma pandemia com a disseminação do vírus Sars-CoV-2, causador da doença Covid-19.

Governos do mundo inteiro estão agindo no seu combate, mas seus recursos financeiros e principalmente de pessoas são limitados.

As empresas podem exercer papel fundamental nessa luta, ajudando na prevenção e interrupção da disseminação.

Como impedir que a doença entre em nossas empresas? A OMS orienta a testagem em massa como estratégia prioritária nesse combate, mas como fazê-la? Qual a maneira correta de testar economizando recursos tão escassos?

Todas as empresas devem desenvolver programas de combate a pandemia, no mínimo criando barreiras para sua disseminação.

Propomos uma estratégia simples, baseada em três pilares e que pode ser implantada por qualquer empresa.

 

tripe

PREVENÇÃO

Uma das armas mais eficazes contra o coronavírus é a informação. Por mais que esse assunto já tenha sido explorado por diversos meios de comunicação é muito importante que sua empresa faça treinamentos e orientações constantes sobre a prevenção ao vírus.

A quantidade de informações é muito grande e infelizmente as notícias incorretas circulam de forma muito rápida. Converse com todos e siga as orientações de fontes confiáveis como o ministério da saúde ou as secretarias estaduais ou municipais de saúde. Nosso país é muito grande e não temos apenas uma única pandemia. São várias pandemias com momentos distintos para cada região do país. O que é bom para uma região ou até mesmo cidade, pode não ser o ideal para a sua.

Essas informações não devem ficar restritas a empresa. Devem sem divulgadas entre os familiares, que também são uma porta de entrada do vírus.

O uso de máscaras é uma forma muito eficaz de diminuição da transmissão. Quanto mais pessoas utilizarem da forma correta, menor será a transmissão. Esse é um ponto muito importante. Cobrar incansavelmente o uso correto.

A higienização das mãos e dos ambientes, por mais simples que pareçam, são muito eficazes quando feitas da forma correta. Mantenha atenção nessa ação, pois é comum o relaxamento após algum tempo.

Evite ao máximo reuniões em ambientes fechados, dê preferência aos meios virtuais, mas se não for possível, utilize áreas externas ou salas bem ventiladas e com as janelas abertas. Evite o uso do ar condicionado.

Disponibilizar álcool gel em diversos pontos da empresa é fundamental, mas observar se todos estão utilizando é ainda mais importante.

 

TRIAGEM

A triagem é um momento muito importante no início dos trabalhos. Todos devem ter sua temperatura medida e um questionário com perguntas sobre a situação de saúde deve ser feito com frequência, se possível diariamente.

Esse questionário tem o objetivo de monitorar a saúde do trabalhador e identificar pequenos sinais que possam nos mostrar os casos suspeitos.  Ele é fundamental para definir a estratégia de testagem dos trabalhadores.

 

Questionario

 Link para Sugestão de Questionário


TESTAGEM

Existem vários tipos de testes, sendo que alguns servem para a detecção do VÍRUS e outros para a detecção de ANTICORPOS.

O conhecimento dos testes é fundamental para definir a estratégia de testagem. Cada um tem uma aplicação e momento correto para a utilização. Não entender isso pode levar ao desperdício.

Fizemos nossa sugestão baseada em uma estratégia de testes rápidos, pois são mais fáceis de se encontrar e estão disponíveis para todos. Não há um modelo ideal e cada empresa deve montar seu protocolo conforme sua disponibilidade de tempo e de recursos.

 

Protocolo de Testes Rápidos para Empresas

Link para Sugestão de Protocolo

 

Os testes que buscam o VÍRUS, comumente chamados de teste do swab, utilizam amostras de raspado da mucosa do fundo do nariz e da garganta, coletadas através de uma haste flexível chamada de swab. Essas amostras podem ser analisadas por diversas metodologias, como as moleculares, que exigem equipamentos, mão de obra qualificada e onde a mais conhecida é o RT-PCR ou as de Antígeno, que podem ser feitas de forma manual ou automatizada.

Os testes que buscam os ANTICORPOS utilizam amostras de sangue e por isso são chamados de sorológicos. Essas amostras podem ser coletadas na ponta dos dedos ou por punção venosa. Elas são processadas por diversas metodologias, de forma manual ou automatizada, sendo as mais conhecidas a imunocromatografia, a Elisa, a quimiluminescência, a fluorescência, dentre outras.

 

Quadro de Testes

 

Com tantas opções e pouco conhecimento sobre o vírus, fica realmente muito difícil de fazer a escolha correta.

Os testes rápidos têm sido questionados quanto a sua eficiência, mas o que pouco se fala é sobre a sua correta aplicação. Como qualquer teste laboratorial, o teste rápido imunocromatográfico é indicado para momentos e aplicações específicas e não tem o intuito de ser um exame confirmatório, mas sim uma forma inicial mais rápida e barata.

A indicação do RT-PCR como metodologia padrão para o diagnóstico da Covid-19 está correta, mas sua aplicabilidade não é realista. Com um país de dimensões continentais como o Brasil a capacidade de realização de testes de RT-PCR se torna muito complexa e um dos pontos críticos dessa metodologia, que é o transporte da amostra, limita muito sua aplicabilidade na velocidade e qualidade que o momento exige.

Diferente dos testes de RT-PCR, que exigem máquinas e pessoal extremamente qualificado, os testes rápidos podem ser feitos em qualquer lugar e seu resultado fica pronto em apenas alguns minutos, possibilitando uma tomada de decisão imediata.

Um teste rápido que tem se mostrado muito eficiente no diagnóstico do vírus é o teste de Antígeno. Sua alta sensibilidade e especificidade, aliada a rapidez no diagnóstico, cerca de 30 minutos, tem sido muito importante para a detecção precoce do vírus. O rápido encaminhamento médico e principalmente o isolamento dos trabalhadores contaminados é muito importante para a diminuição da velocidade de contágio. Essas qualidades têm levando muitos laboratórios a substituir os exames de RT-PCR pelos de Antígenos.

A testagem de anticorpos tem sido aplicada de forma incorreta. Apesar de possível, ela não deve ser usada isoladamente para a detecção inicial ou segregação de trabalhadores, mas sim para o estudo epidemiológico e consequente tomada de decisão das ações de combate a pandemia.

O teste de RT-PCR não deve ser o único teste na estratégia de uma empresa pois ele não consegue identificar o vírus após alguns dias do início dos sintomas, diferente dos testes de anticorpos, que podem ser utilizados por muitos meses após o trabalhador ter contraído a doença.

 

Grafico Virus x Anticorpos

Fonte

Como saber qual o percentual da força de trabalho que já foi contaminado? Como saber se os esforços para a segregação dos colaboradores contaminados tem sido efetivo?

Somente com o levantamento dos casos já recuperados, o que não pode ser feito pelo RT-PCR, as empresas poderão monitorar suas ações e implantar barreiras de contaminação alocando os já recuperados e imunizados, entre os que ainda não foram contaminados, dificultando a proliferação da doença.

Através dos exames de anticorpos podemos entender como foi a contaminação de nossos trabalhadores e identificar se as ações de contenção estão sendo efetivas e se nenhum caso passou desapercebido pelas medidas de proteção. Caso sejam identificados trabalhadores com exames sorológicos reagentes e que não tenham sido identificados anteriormente com a doença, devemos rever nossas medidas de prevenção e testagem.

Estamos em uma guerra e precisamos de todas as armas possíveis para combater nosso inimigo. A utilização correta dos testes é um grande aliado no enfrentamento dessa pandemia e todos temos a obrigação de colaborar para salvar vidas.

Juntos somos mais fortes!

 


 

A Centerlab Comercializa os Testes Rápidos de Antígeno e Anticorpos para Covid-19

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Referências:

https://coronavirus.saude.gov.br/

https://coronavirusexplained.ukri.org/en/article/vdt0006/

https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/community/general-business-faq.html

https://www.osha.gov/Publications/OSHA3990.pdf

https://www.canada.ca/en/public-health/services/diseases/2019-novel-coronavirus-infection/guidance-documents/risk-informed-decision-making-workplaces-businesses-covid-19-pandemic.html

https://www.technologyreview.com/2020/05/22/1002122/prepare-to-be-tracked-and-tested-as-you-return-to-work/

https://www.cbia.com/resources/coronavirus/coronavirus-employer-guidance/respond-employee-tests-positive-covid-19/

Teste, teste, teste: os três testes do coronavírus

Teste, teste, teste: os três testes do coronavírus

Dr. Ignacio López-Goñi.

Como funcionam os testes de diagnóstico de coronavírus e para que servem: sensibilidade, especificidade, falsos positivos, falsos negativos.

A OMS disse isso há algumas semanas: Teste, teste, teste!
Durante uma infecção, o vírus se multiplica ativamente. Quando começa, o vírus pode ser detectado em amostras biológicas (esfregaço da faringe ou nasofaringe, aspirado traqueal ou lavado broncoalveolar). Primeiro, há um período de latência em que ainda não é possível detectar a resposta do seu sistema imunológico. Mas depois de alguns dias, você começa a produzir anticorpos. Os anticorpos do tipo IgM são produzidos primeiro até atingir o máximo em 7 a 10 dias e depois quase desaparecem. Essa resposta primária é indicativa de uma infecção aguda. Posteriormente, ocorrerá a resposta imune secundária, mais rápida, mais intensa e prolongada. Anticorpos do tipo IgG serão produzidos e durarão mais tempo no sangue. Além disso, ao nível das secreções mucosas, como as secreções respiratórias, a IgA desempenha um papel predominante.

Para detectar a presença do vírus (detecção direta), podemos usar dois tipos de testes: PCR, que detecta o genoma do vírus, ou testes imunológicos, que detectam proteínas do vírus (Ag – antígenos). O terceiro tipo de teste é o que detecta os anticorpos que você produz em resposta à infecção; são os testes sorológicos para detecção indireta do vírus. Embora existam várias modalidades de cada um desses tipos de testes, explicaremos brevemente como eles funcionam.

Coronavírus

Detectar o genoma do vírus: RT-PCR
O genoma do coronavírus SARS-Cov-2 é uma molécula de RNA de fita simples de cerca de 30 kilobases. Depois que a amostra é coletada (o esfregaço nasofaríngeo ou aspirado mais profundamente), a primeira coisa a fazer é extrair o genoma do vírus. Isso normalmente é feito usando um kit de extração de ácido nucleico. Assim, além de inativar o vírus, obtemos seu genoma de RNA. Em seguida, você deve copiar esse RNA na forma de DNA. Isso é feito com outro kit que usa uma enzima chamada transcriptase reversa ou Retro Transcriptase (daí o “RT”, do nome RT-PCR). Então, o genoma do vírus na forma de DNA é amplificado pela reação em cadeia da polimerase (PCR, em inglês. Observe que aqui PCR não significa “Proteína C Reativa”). Essa amplificação consiste em fazer milhões de cópias de um fragmento do DNA, para que possamos “visualizá-lo” ou detectá-lo usando um sistema específico. O sistema de PCR em tempo real ainda permite quantificar a amostra, ou seja, saber quantas cópias do vírus temos por mL.

Se a reação for positiva, isso mostra que havia RNA do vírus, ou seja, que a pessoa estava infectada.

 

Detecção Coronavírus

 

Como a primeira coisa que obtivemos do vírus foi seu genoma, esse tipo de teste é o primeiro a ser desenvolvido. De fato, desde 13 de janeiro, a OMS já publicou o primeiro protocolo. Normalmente, geralmente são realizados dois testes: um para triagem e um segundo confirmatório. Você pode até fazer uma confirmação adicional de terceiros. Estes três ensaios de RT-PCR são projetados para detectar três genes diferentes do vírus.

Estes testes de PCR são muito específicos e sensíveis. Eles geralmente levam algumas horas para serem concluídos. Eles exigem equipamentos especializados e pessoal técnico. Eles podem ser positivos nas pessoas antes mesmo de mostrarem sintomas, mas já têm o vírus. Durante toda a doença, eles podem acompanhar como está indo a infecção, porque quando a pessoa já está curada e não possui o vírus ativo, em princípio deve ser negativa. Não se pode excluir que pacientes convalescentes “sem sintomas” possam ser positivos na RT-PCR e continuar sendo portadores do vírus.

Detectar proteínas de vírus: Testes de Antígenos – Ag
Outra maneira de confirmar a presença do vírus é detectar suas proteínas ou antígenos. Existem diferentes técnicas ou suportes para realizar esse tipo de teste, mas no final mais ou menos todos têm a mesma base. Anticorpos específicos são fixados em um suporte que reagirá contra algumas proteínas do vírus. Nesse caso, é contra as proteínas na superfície do envelope (proteína S), aquelas que se projetam para fora e formam aquelas espículas que dão nome a esse tipo de vírus, o coronavírus. Se houver partículas virais na amostra (a mesma que para RT-PCR), elas serão fixadas ao anticorpo. É como se o vírus tivesse sido capturado pelo anticorpo. Em seguida, um segundo anticorpo ao vírus é adicionado para formar um sanduíche: anticorpo-vírus-anticorpo. Este segundo anticorpo será marcado de alguma maneira para revelar a reação.

Se a reação for positiva, isso mostra que havia proteínas virais, ou seja, que a pessoa estava infectada.

 

Detecção direta de antígenos do vírus

Esse tipo de teste baseado na detecção de moléculas é muito comum no diagnóstico clínico. Sua fundação é a mesma que testes de drogas tradicionais ou testes de gravidez. No caso em questão, demorou a aparecer em cena porque é necessário o uso de anticorpos de captura específicos contra esse vírus específico. A vantagem é que eles são muito mais rápidos e, dependendo do tipo de suporte, podem ser feitos em alguns minutos. Eles podem não precisar de equipamentos específicos ou de pessoal técnico altamente qualificado. Eles são mais baratos. A desvantagem é que eles são muito menos específicos e sensíveis que o RT-PCR.

Um comentário adicional a ambos os testes para detecção direta do genoma ou das proteínas do vírus: que a reação é positiva não implica que o vírus seja ativo e infeccioso. Ou seja, podemos detectar seu genoma ou suas proteínas, mas o vírus não está completo, ou seja, podemos detectar “restos” do vírus.

Detectar anticorpos contra o vírus: Testes Sorológicos

A terceira abordagem é detectar a resposta imune contra o vírus, os anticorpos. É uma detecção indireta, não detectamos o vírus, mas mostramos a resposta imune contra ele. Nesse caso, a amostra que vamos usar é uma gota de sangue, porque vamos detectar os anticorpos que você gerou contra o vírus.

Novamente, existem diferentes técnicas ou suportes para realizar esse tipo de teste, mas mais ou menos todos têm a mesma base. Nesse caso, as proteínas virais são fixadas no suporte, geralmente as proteínas mais expostas ao exterior, como a proteína S do envelope. Isso ocorre porque a primeira coisa que nosso sistema imunológico reconhece é o que está mais distante do vírus. Como neste teste queremos detectar os anticorpos que produzimos, a amostra será uma simples gota de sangue. Se houver anticorpos contra o vírus na amostra, eles grudam e se ligam às proteínas do vírus. Em seguida, é adicionado um segundo anticorpo ao anticorpo humano: geralmente são anticorpos de outro animal que reagem contra nossos próprios anticorpos, porque os anticorpos humanos realmente agem como antígenos em outros animais. Assim, um trio é formado: vírus proteínas-anticorpo humano-anticorpo de outro animal. Este segundo anticorpo será marcado de alguma maneira para revelar a reação.

Se a reação for positiva, isso mostra que havia anticorpos contra o vírus, ou seja, que a pessoa já esteve em algum momento com o vírus e seu sistema imunológico reagiu produzindo anticorpos. Isso não implica necessariamente que você está infectado, talvez tenha sido curado ou simplesmente tenha estado em contato com o vírus e não tenha tido sintomas.

Esse tipo de teste também foi desenvolvido após os testes de RT-PCR, quando já possuíamos soro de pacientes que passaram pela doença. Eles também têm a vantagem de serem muito mais rápidos que a PCR e, dependendo do tipo de suporte, podem ser realizados em apenas alguns minutos. Eles não precisam de equipamentos específicos ou de pessoal técnico altamente qualificado. Eles são mais baratos. A desvantagem é que eles são muito menos específicos que o RT-PCR. Outra desvantagem importante desse tipo de teste é que o organismo leva vários dias para produzir anticorpos detectáveis. Em outras palavras, uma pessoa pode estar infectada, mas durante os primeiros dias não fornece um resultado positivo nesse tipo de teste.

Alguns testes de anticorpos podem distinguir o tipo de imunoglobulina: se é IgM, indicativa de uma infecção recente, ou IgG, indicativa de uma resposta secundária e, portanto, mais prolongada.

Sensibilidade e especificidade
Quando queremos estudar o desempenho ou a eficácia de um teste de diagnóstico, o que fazemos é comparar o resultado desse teste em um grupo de controle de indivíduos que sabemos com certeza que estão saudáveis ​​ou infectados. Normalmente, isso é feito comparando nosso teste com outro que é considerado o “padrão-ouro”. Com esses resultados, a tabela que mostra a distribuição de saudáveis ​​e doentes e o resultado do teste é construída.

Sensibilidade e Especificidade

Assim, podemos classificar os pacientes como verdadeiros positivos, verdadeiros negativos, falsos positivos (eles não estão infectados, mas o teste é positivo) e falsos negativos (eles estão infectados, mas o teste é negativo). Com esses dados, poderemos calcular a sensibilidade e a especificidade do nosso teste.

sensibilidade do teste representa a probabilidade de classificar corretamente os infectados, ou seja, a proporção de verdadeiros positivos. É uma proporção na qual o número total de pessoas infectadas está localizado no denominador e os verdadeiros positivos estão no numerador:

Sensibilidade = positivos verdadeiros / total de infectados
Já a especificidade de um teste representa a probabilidade de classificar corretamente os saudáveis, ​​ou seja, a proporção de verdadeiros negativos. É uma proporção em que no denominador aparece o total de pessoas saudáveis ​​e no numerador os verdadeiros negativos:

Especificidade = negativos verdadeiros / total de saudáveis
Para entender melhor, vamos dar um exemplo. Suponha que tenhamos uma população de 100 indivíduos e desejemos avaliar a utilidade da RT-PCR para diagnosticar a doença por coronavírus. Nesse caso, selecionamos a história clínica (analítica, radiológica etc.) como padrão de referência (supondo que esses dados nunca deixem de classificar corretamente os saudáveis ​​e infectados para COVID-19) e realizamos RT-PCR em 100 indivíduos. Dados clínicos indicam que 30 dos 100 têm doença de COVID-19: há 70 saudáveis ​​e 30 doentes.

Ao realizar o RT-PCR nos 100 indivíduos, pudemos obter os seguintes resultados (insisto que é um exemplo fictício):

 

Resultados RT-PCR

Consequentemente, a sensibilidade do nosso teste de RT-PCR é de 93% (28/30) e a especificidade de 96% (67/70).

Um dos problemas com esses parâmetros é que a sensibilidade nos diz a probabilidade de classificar corretamente o paciente quando sabemos que ele está doente. Por outro lado, a especificidade nos diz a probabilidade de classificar corretamente os saudáveis, uma vez que sabemos que ele é saudável. Mas isso na prática, muitas vezes, não sabemos. Quando um teste de diagnóstico tem sensibilidade e especificidade perto de 100%, ele se comporta como um teste de referência e, portanto, seus resultados quase sempre serão válidos. No entanto, essa circunstância é excepcional, muito raramente é um teste 100% sensível e específico. Portanto, vários testes de diagnóstico são geralmente usados ​​ao mesmo tempo, porque nos fornecerão mais informações sobre a situação real.

Uma pergunta que podemos fazer é: por que os testes às vezes dão resultados falsos? As causas são múltiplas. Os falsos negativos podem ser devidos à liberação intermitente do vírus, o genoma do vírus não ter sido extraído corretamente, sendo a amostra obtida durante o período de janela em que os anticorpos ainda não foram produzidos, falha dos reagentes de teste, … Os falsos positivos podem ser causados ​​por contaminação no processamento das amostras, reação cruzada com outros vírus, …

Que informações a combinação de RT-PCR e detecção de anticorpos nos fornece?
O teste RT-PCR indica a presença do vírus que está infectado no momento. Os testes de detecção de anticorpos nos dizem quem foi infectado e pode ter sido imunizado, pelo menos por um tempo, contra o coronavírus. De acordo com isso, e com todas as reservas de acordo com a sensibilidade e especificidade de cada teste, se combinarmos os resultados de RT-PCR, com detecção de anticorpos (IgM e IgG), podemos considerar o seguinte:

 

Detecção IgM IgG

No entanto, essa abordagem é uma simplificação e tem suas limitações. A falha na detecção de anticorpos pode não significar que você não está imunizado. No caso de infecções por vírus, imunidade celular intracelular não mediada por anticorpos é tão importante ou mais importante quanto a mediada por anticorpos. Ou seja, às vezes não há anticorpos, mas o indivíduo pode ser “imunizado”.

Apesar disso, tudo isso pode nos ajudar a controlar e monitorar a epidemia nas próximas semanas, saber quantas pessoas entraram em contato com o vírus e são imunizadas, definir com mais precisão as taxas de mortalidade do vírus, prever o que será capaz de acontecer se houver um segundo “surto” do vírus e decidir as medidas e a velocidade das decisões que desejamos.

NOTA: Outro anticorpo que tem papel predominante nas secreções mucosas, como as secreções respiratórias, é a IgA. Nesse sentido, já existem testes para detectar IgA que parecem ter uma sensibilidade mais alta que os testes para IgM ou IgG.

Texto gentilmente cedido pelo Dr. Ignacio López-Goñi (@microbioblog)

Catedrático de Microbiología, Departamento de Microbiología y Parasitología, Director del Museo de Ciencias, Universidad de Navarra.

A Centerlab comercializa diversos testes para o coronavírus como:

TESTE POR FLUORESCÊNCIA ANTÍGENO F COVID-19 AG 20 TESTES ECO F-LINE - CÓD. 02798  ANTI COVID-19 IGG/IGM RAPID TEST REF. 732 LABTEST - CÓD. 02795 KIT PCR PARA COVID-19 SARS-COV-2 ECO DETECT COD. 02905

 

 

Texto original:: https://microbioun.blogspot.com/2020/04/test-diagnostico-coronavirus.html