Pancreatite em cães e gatos

Pancreatite em cães e gatos

A pancreatite é um processo inflamatório do pâncreas, sendo caracterizada por inflamação grave, de caráter agudo e, ou crônico, que também pode atingir órgãos distantes e gerar consequências fatais aos animais.

Anatomicamente, o pâncreas é formado por dois lobos, o direito e o esquerdo, o esquerdo fica atrás da curvatura maior do estômago e enquanto o direito se estende ao longo da porção descendente do duodeno. O pâncreas é uma glândula mista que possui tanto funções endócrinas quanto exócrinas. A sua porção endócrina é formada pelas células denominadas Ilhotas pancreática, responsáveis pela secreção de insulina e glucagon, enquanto que, a porção exócrina é composta por células Acinares que são responsáveis pela produção e liberação dos componentes que formam o suco pancreático: peptidases, lipase, amilase e nuclease. Esse conteúdo cai no sistema de ductos e é direcionado ao duodeno. Quando se fala nesse sistema de ductos no pâncreas, existe uma diferença anatomicamente importante entre cães e gatos. Nos cães, o ducto pancreático principal desemboca direto no duodeno, visto que, no gato, esse ducto conecta junto ao ducto biliar primeiro, formando um ducto principal que desembocará posteriormente no duodeno. Essa diferença anatômica predispõe aos gatos a chamada tríade felina.

Mas, o que pode levar ao quadro de pancreatite?

Como citado acima, as enzimas pancreáticas são sintetizadas dentro das células acinares, porém armazenadas dentro de grânulos chamados de zimogênio, na sua forma inativa, esse mecanismo impede a autodigestão, pois neles existem enzimas para digerirem diversos tipos de nutriente como lipídeos, carboidratos e proteínas. Caso fossem produzidas na sua forma ativa, o parênquima pancreático sofreria autodigestão. Exemplos dessas enzimas: amilase, lipase pancreática, colesterol esterase, tripsina. No estágio inicial da pancreatite, o tripsinogênio (forma inativa) é ativado prematuramente em tripsina dentro dos acinos, através da fusão dos grânulos de zimogênios com os lisossomos que contém proteases, ativadores da enzima. Uma vez ativada, a tripsina começa uma cascata de ativação de várias outras enzimas dentro do grânulo como a fosfolipase e a quimiotripsina. Consequentemente essas enzimas começam a extravasar e digerir o parênquima pancreático e tecido adiposo ao redor do pâncreas causando inflamação e necrose do órgão. Dentre as enzimas digestivas, a fosfolipase é uma das mais importantes para promover dano tecidual, já que ela digere bicamada lipídica da membrana celular. Entretanto, a pancreatite pode se estender para outros órgãos como duodeno, estômago, colón, fígado e rins devido aos mediadores inflamatórios e enzimas pancreáticas ativadas caírem na circulação gerando uma síndrome de resposta sistema inflamatória com consequências graves como necrose hepatocelular, edema pulmonar, degeneração tubular renal e, além disso, o animal poderá desenvolver coagulação intravascular disseminada e choque.

A pancreatite poderá se manifestar na forma aguda ou crônica: na doença aguda, as alterações do tecido são totalmente reversíveis, mas a destruição progressiva do tecido faz com que o processo evolua para a forma crônica e o tecido pancreático será substituído por tecido fibroso, ou seja, nessa forma faz com que a regeneração seja irreversível. Consequentemente, a lesão crônica pode levar também, a destruição das ilhotas produtoras de insulina causando quadro de diabetes nos animais. Já nos gatos, a pancreatite pode vir acompanha por doença inflamatória intestinal e colangite devido a anatomia específica dos felinos chamada tríade felina.

As causas das pancreatites não são claras, mas existem fatores predisponentes como hiperlipidemia, obesidade, alimentos gordurosos, medicamentos, hipotireoidismo, diabetes, hiperadreno, genética, porém, a
maioria, dos casos, é idiopática.

As manifestações clínicas da doença são de abdômen agudo com o animal apresentando vômito com ou sem dor abdominal. Porém, os sinais clínicos podem ser inespecíficos, dependendo da gravidade da doença
podem apresentar taquicardia, diarreia, anorexia, desidratação e prostração.

O diagnóstico da pancreatite é baseado num conjunto de informações como históricos, manifestações clínicas, exames de imagem e laboratoriais. Sendo o exame de imagem por ultrassom, o método de escolha
inicial para suspeita, com sensibilidade de 68%.

Ao se avaliarem os estudos recentes que abordam a temática, percebe-se que o diagnóstico clínico é difícil, mediante sinais inespecíficos. Nesse cenário, acredita-se que os exames laboratoriais podem auxiliar no
direcionamento do diagnóstico. Dentre os parâmetros da bioquímica sérica, quanto às enzimas pancreáticas, as alterações da amilase sérica e da lipase têm funcionado como indicadores de inflamação pancreática em cães e gatos.

Contudo, a Centerlab e juntamente com a Fujifilm, uma parceria de sucesso, tem a satisfação de apresentar o Analisador Bioquímico automático DRI-CHEM NX600. Além de toda a tecnologia embutida no equipamento como metodologia de QUÍMICA SECA, em seu portfólio de testes vêm contemplados os parâmetros para análises de AMILASE e LIPASE com aplicação específica para amostra animal.

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Referencia:
– https://www.fujifilm.com/br/pt-br/healthcare/veterinary/drichem/fdcnx600v
– https://acervomais.com.br/index.php/cientifico/article/view/8566/5221

HPLC: padrão-ouro no diagnóstico de diabetes e na quantificação de HbA1c

HPLC: padrão-ouro no diagnóstico de diabetes e na quantificação de HbA1c

Diabetes é uma doença crônica caracterizada pela incapacidade do corpo de produzir ou utilizar adequadamente a insulina, um hormônio essencial para regular os níveis de glicose no sangue. Existem dois tipos principais:

– Diabetes tipo 1: é uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. Geralmente, manifesta-se na infância ou adolescência.

– Diabetes tipo 2: ocorre quando o corpo não utiliza a insulina de maneira eficiente (resistência à insulina) ou não produz insulina suficiente. É mais comum em adultos e está frequentemente relacionado a fatores como obesidade, sedentarismo e predisposição genética.

Além desses, há o diabetes gestacional, que surge durante a gravidez, e condições mais raras, como o diabetes monogênico.

O descontrole dos níveis elevados de glicose pode resultar em complicações graves, como doenças cardiovasculares, renais, problemas de visão e neuropatia. Portanto, o monitoramento da glicose é essencial.

Um aspecto importante sobre essa patologia a ser destacado é a glicação da hemoglobina, que ocorre quando a glicose no sangue se liga, de forma não enzimática, à hemoglobina das hemácias. Uma vez formada, essa ligação é estável e persiste durante toda a vida útil da célula, aproximadamente 120 dias.

Para o acompanhamento dos níveis de glicose, o exame de glicemia em jejum não é suficiente, pois mede apenas o nível de glicose em um momento específico, sem refletir as variações ao longo do dia ou o controle de longo prazo. Por isso, exames como a hemoglobina glicada (HbA1c) são essenciais para fornecer uma visão mais abrangente do controle glicêmico.

O diagnóstico de diabetes por HPLC (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência) é amplamente utilizado para medir a HbA1c. Esse exame reflete a média dos níveis de glicose no sangue nos últimos dois a três meses.

No método HPLC, o sangue total em EDTA é analisado com precisão, permitindo a quantificação das diferentes formas de hemoglobina, incluindo a hemoglobina glicada. Nesse processo, a amostra é injetada em uma coluna cromatográfica, onde a fase móvel (líquida) transporta a amostra sob alta pressão através de uma fase estacionária (sólida). Os componentes se separam com base em suas interações com essas fases. Um detector mede os componentes à medida que saem da coluna, gerando um gráfico (cromatograma) que permite identificar e quantificar cada substância. Esse método é altamente confiável, fornecendo resultados precisos sobre o percentual de HbA1c.
Valores de HbA1c acima de 6,5% indicam diabetes, enquanto níveis entre 5,7% e 6,4% sugerem prédiabetes. O HPLC é amplamente utilizado para fornecer dados consistentes no diagnóstico e também auxiliar no monitoramento da eficácia do tratamento da doença.

Como uma excelente solução para a automação de exames para a determinação de HbA1c por meio do método HPLC, destacam-se os modelos HB-20 e HB-100 da linha Vercentra, fornecidos pela Labtest.

Esses equipamentos oferecem alta produtividade e eficiência, incorporando um método rastreável ao IFCC/NGSP. Possuem controle contínuo da velocidade do líquido, o que assegura precisão elevada nos resultados, excelente repetibilidade e facilidade de operação. Além disso, são compactos, com boa capacidade de processamento de amostras on-board, leitura de código de barras e um software com interface amigável.
O monitoramento é fundamental para a aplicação eficaz de estratégias que mantêm a glicose em níveis saudáveis e para o acompanhamento da doença. Ele desempenha um papel crucial na promoção da saúde a longo prazo e na prevenção de complicações associadas ao descontrole glicêmico.

Bibliografias:
Moreira RO, Papelbaum M, Appolinario JC, Matos AG, Coutinho WF, Meirelles RMR, et al.. Diabetes mellitus e depressão: uma revisão sistemática. Arq Bras Endocrinol Metab [Internet]. 2003Feb;47(1):19–29. Available from: https://doi.org/10.1590/S0004-27302003000100005

Muzy, Jéssica et al. Prevalência de diabetes mellitus e suas complicações e caracterização das lacunas na atenção à saúde a partir da triangulação de pesquisas. Cadernos de Saúde Pública [online]. v. 37, n. 5 [Acessado 17 Setembro 2024] , e00076120. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0102-311X00076120>. ISSN 1678-4464. https://doi.org/10.1590/0102-311X00076120.

Sumita NM, Andriolo A. Importância da hemoglobina glicada no controle do diabetes mellitus e na avaliação de risco das complicações crônicas. J Bras Patol Med Lab [Internet]. 2008Jun;44(3):169–74. Available from: https://doi.org/10.1590/S1676-24442008000300003

Bem AF de, Kunde J. A importância da determinação da hemoglobina glicada no monitoramento das complicações crônicas do diabetes mellitus. J Bras Patol Med Lab [Internet]. 2006Jun;42(3):185–91. Available from: https://doi.org/10.1590/S1676-24442006000300007

Doença antiga, a Tuberculose ainda é um desafio a ser vencido pelo mundo

Doença antiga, a Tuberculose ainda é um desafio a ser vencido pelo mundo

Doença antiga, a Tuberculose ainda é um desafio a ser vencido pelo mundo

A pandemia de Covid-19 tem revirado o mundo de ponta cabeça há quase dois anos e é inegável que ela trouxe, também, vários avanços na área da saúde. Em menos de um ano, foi desenvolvida uma vacina e, atualmente, já existem medicamentos aprovados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o tratamento da doença em caráter emergencial. No entanto, a velocidade para combater a pandemia atrasou muitas ações importantes em curso, estabelecidas entre a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organizações das Nações Unidas (ONU).

A OMS e a ONU se uniram entre os anos de 2014 e 2015 para construir os chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Dentre essas metas, há um comprometimento em acabar com a tuberculose (TB) até o ano de 2030, pois a doença é tratável e curável.

A estratégia adotada pela OMS para pôr fim à TB visa uma redução em 90% das mortes e de 80% na taxa de incidência até 2030, em comparação com a linha de base de 2015. No entanto, a Stop TB Partnership, organização vinculada à OMS, expôs um dado alarmante que mostra que 12 meses de COVID-19 eliminaram 12 anos de progresso na luta global contra a TB. Além da queda mundial no diagnóstico e tratamento da doença, os dados indicam que as pessoas coinfectadas com TB e COVID-19 têm mortalidade três vezes maior do que as pessoas infectadas apenas com tuberculose.

Embora a doença exista desde a época dos faraós, a única vacina aprovada tem 100 anos e não funciona totalmente, especialmente em adultos. Antes da COVID-19, a TB era a doença infecciosa mais letal, com cerca de 4000 mortes diárias. O Brasil está entre os países que possuem as mais altas cargas de tuberculose, sendo integrante de um grupo composto de 30 nações que são responsáveis por aproximadamente 90% dos casos registrados em todo planeta.

O tema do Dia Mundial da TB em 2021 – “O tempo está passando”- fez alusão ao atraso no cumprimento dos compromissos assumidos por líderes globais para a erradicação da TB até 2030.

Tuberculose (TB)

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Na maioria dos casos, afeta os pulmões, embora possa comprometer outros órgãos e/ou sistemas, principalmente em pacientes com problemas imunológicos.

A TB é transmitida pela fala, espirro ou tosse de pacientes infectados que lançam no ar partículas em forma de aerossóis com a presença de bacilos. Em média, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar uma média de 10 a 15 pessoas. Diferente do que se pensa, não há risco no compartilhamento de talheres, copos, roupas, lençóis etc.

Uma vez iniciado o tratamento, que tem duração de seis meses, a capacidade de transmissão é reduzida após 15 dias. Complementa essa etapa a adoção de medidas de controle como cobrir a boca com o braço ou lenço ao tossir e manter o ambiente bem ventilado e com luz natural, visto que o bacilo é sensível à luz solar e a circulação do ar dispersa as partículas infectantes do ambiente.

Anualmente, são registrados 70 mil novos casos no Brasil, com 4,5 mil mortes nesse intervalo. A TB também está relacionada a problemas sociais que comprometem a qualidade de vida. Prova disso é que entre os grupos mais vulneráveis estão os indígenas, com 3 vezes mais chance de pegar a doença. Para os detentos e demais privados de liberdade, esse risco é 28 vezes maior. Em pessoas que vivem com HIV/Aids, é 25 vezes maior e entre a população em situação de risco, 56 vezes maior.

Sintomas

O principal sintoma de Tuberculose Pulmonar é a tosse com sangue ou crônica, por um período de três semanas ou mais. Outros sinais que devem ser observados são: dor no peito, febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento não intencional severo, cansaço e fadiga.

Caso a pessoa apresente os sintomas, é preciso procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação clínica e realização de exames.

Diagnóstico

O diagnóstico de Tuberculose inclui exames laboratoriais como baciloscopia, teste rápido molecular para tuberculose e cultura para micobactéria. O resultado por cultivo da micobactéria pode levar até oito semanas, pois o bacilo apresenta um crescimento lento. O exame complementar é o Raio X do tórax, que deve ser realizado em todas as pessoas com suspeita da doença.

Fonte: Celer

Diabetes: Uma doença silenciosa

Diabetes: Uma doença silenciosa

Caracterizada pela elevação de glicose no sangue, a diabetes mellitus causa um conjunto heterogêneo de distúrbios metabólicos. No mundo, existem pelo menos 380 milhões de diabéticos, entre os quais 13 milhões são brasileiros. A tendência é que este número suba nos próximos anos. Informações do Atlas do Diabetes mostraram que, até 2035, a taxa de pessoas com diabetes pode aumentar mais de 150%.

A diabetes pode ocorrer devido a dois fatores: deficiência na secreção ou na ação do hormônio insulina. Este hormônio é produzido pelo pâncreas sua função é permitir a utilização da glicose pelas células para a produção de energia. Quando estas deficiências ocorrem, a glicose se acumula na corrente sanguínea, o que gera o quadro de hiperlipemia podendo assim, desencadear o desenvolvimento da diabetes.

A diabetes tipo 1 é caracterizada pela destruição das células beta, levando  usualmente a uma deficiência absoluta de insulina. Já a do tipo 2 é causada por deficiência relativa de insulina, sendo característico dos indivíduos com resistência à insulina.

Para conscientizar o mundo sobre os problemas associados à doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com a Federação Internacional de Diabetes (IDF) criou, em 1991, o Dia Mundial da Diabetes, celebrado em 14 de novembro.

Diagnóstico precoce é essencial para conter sintomas

A diabetes, sobretudo a do tipo 2, é uma doença silenciosa. Seu desenvolvimento é lento, e os sintomas podem demorar mais tempo para ocorrerem. Trata-se de uma doença incurável, que pode gerar muitas complicações para o paciente.

Isso porque, ao longo dos anos, a hiperglicemia prolongada ocasiona o aparecimento de lesões graves, como cegueira, nefropatia, neuropatia, hipercoagulabilidade, amputação, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Os fatores de causa mais comuns associados à doença são: obesidade, sedentarismo, hereditariedade, hipertensão, entre outros.

O diagnóstico precoce da doença é fundamental para que os sintomas não avancem e gerem grandes prejuízos para os pacientes. Em quadros de pré-diabetes é possível, inclusive, que o quadro seja revertido por completo.

Determinação de glicose e HbA1c

O diagnóstico da diabetes é feito por meio da determinação sanguínea da glicose e HbA1c, ou hemoglobina glicada. Segundo Andreza Belo, pesquisadora pleno da Labtest Diagnóstica, existem níveis pré-estabelecidos de glicose e HbA1c para identificar indivíduos normais, com pré-diabetes e com diabetes.

Os valores indicados pela Associação Americana de Diabetes indicam que o diagnóstico de diabetes é dado pelas seguintes determinações:

  • glicemia de jejum alterada (≥ 126 mg/dL)
  • glicemia após sobrecarga de glicose ou glicemia ao acaso (≥ 200 mg/dL)
  • hemoglobina glicada ou HbA1c (≥ 6,5%)”.

Andreza Belo explica ainda que, além de ser usada no diagnóstico, a HbA1c é utilizada, também, como medida do risco de desenvolvimento das complicações crônicas da diabetes.

“A HbA1c deve ser medida rotineiramente em todos os pacientes com diabetes, por pelo menos duas vezes ao ano. Em pacientes que se submeteram a alterações do esquema terapêutico, ou que não estejam atingindo os objetivos recomendados com o tratamento, deve ser medida quatro vezes ao ano, a cada três meses”, informa.

Fonte:  Labtest

Sífilis congênita: como evitar que a doença passe de mãe para filho

Sífilis congênita: como evitar que a doença passe de mãe para filho

Sífilis é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns do mundo, porque apresente aproximadamente 6 milhões de novos casos a cada ano. Desde 2016, o Ministério da Saúde decretou epidemia da doença, sendo estes os números da sífilis no Brasil, de acordo com o último boletim divulgado em outubro de 2019 (dados referentes ao ano de 2018):

Sífilis - Gestação

O QUE É A SÍFILIS

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode ser transmitida por meio de relação sexual (vaginal, anal e oral) ou ainda pode ser transmitida para a criança durante a gestação ou o parto.

Ela pode se apresentar das mais variadas formas clínicas e é classificada em diferentes estágios: sífilis primária, secundária, latente e terciária.

Sífilis primária
No primeiro estágio, aparecem pequenas feridas no local de entrada da bactéria, mas que não trazem dor ou coceira, e desaparecem espontaneamente.

Sífilis secundáriaNo primeiro estágio, aparecem pequenas feridas no local de entrada da bactéria, mas que não trazem dor ou coceira, e desaparecem espontaneamente.

Sífilis latente
A forma latente é ainda mais silenciosa, sendo detectada apenas por exames imunológicos. Geralmente, nesta fase o indivíduo já está com a infecção há mais de 2 anos.

Sífilis terciária
A última fase da doença é a mais grave, pois o paciente pode apresentar lesões na pele, nos ossos, problemas cardiovasculares e neurológicas, que podem levar à morte. Este estágio pode surgir décadas depois da infecção.

Sífilis congênita
Nos bebês, a sífilis congênita é fatal em 40% dos casos. Além disso, a doença também pode trazer nascidos com baixo peso, prematuridade e outras deformidades congênitas.

No entanto, é importante ressaltar que a infecção tem cura, em adultos pode ser tratada com injeções de penicilina. A quantidade de injeções varia de acordo com o estágio da doença.

Os bebês precisam ser acompanhados de perto desde o nascimento para que possa se fazer o tratamento adequado e descobrir possíveis sequelas que terá no futuro.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Mesmo que não haja nenhum sintoma, é importante fazer o teste de sífilis, que está disponível em qualquer unidade de saúde do Brasil. Principalmente pais e mães que esperam por um bebê precisam diagnosticar a doença o quanto antes para que o tratamento seja o mais rápido possível, preferencialmente nos primeiros 3 meses de gestação.

Depois de diagnosticado, caso o resultado dê positivo para mãe ou pai, o tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS.

Fonte: Kasvi