por CenterLab | mar 25, 2025 | Uncategorized
Autora: Jessyca Silva
Imagine um diagnóstico rápido, preciso e ao alcance das mãos. Com os avanços da tecnologia médica, os testes Point-of-Care (POC) revolucionam a forma como os profissionais de saúde tomam decisões, permitindo intervenções mais ágeis e eficazes.
Os testes POC são caracterizados por sua capacidade de fornecer resultados rápidos e precisos no local de atendimento, sem a necessidade de enviar amostras para laboratórios externos. Isso significa que os profissionais podem tomar decisões sobre as intervenções imediatas, reduzindo o tempo de espera e promovendo uma assistência mais eficiente, personalizada e centrada no paciente.
Dentre as metodologias disponíveis para testes POC, neste boletim abordaremos a imunofluorescência direta.
Baseia-se em uma técnica de imunoensaio de fluorescência em amostras de sangue total, soro e plasma humanos, utilizando um antígeno marcado com fluorescência que se liga aos anticorpos IgM/IgG formando assim os complexos imunológicos. A imunofluorecência direta é mais adequada para análises rápidas e simples de antígenos conhecidos, nas quais um único marcador é suficiente.

Fonte: https://www.scielo.br/j/abd/a/MTFwJfDtGwdGSpRgjWG4wty/?
Diferente de outras metodologias, como ELISA ou imunocromatografia, a imunofluorescência direta oferece maior sensibilidade e especificidade, permitindo a detecção de biomarcadores em níveis mais baixos. Além disso, sua aplicação em testes rápidos viabiliza um diagnóstico precoce e mais confiável.
O equipamento Finecare permite a realização de testes por imunofluorescência e conta com uma vasta lista de marcadores que podem ser analisados.
– Inflamatório: Procalcitonina, PCR, (hsPCR+PCR);
– Coagulação: One Step D-Dímero, D-Dímero;
– Cardíaco: One Step NT-pro Bnp, NT-pro-BNP, BNP, Troponina I, CK-MB massa, Troponina I**, CK-MB massa**, Mioglobina**, Mioglobina, One Step TroponinaT;
– Tumoral: AFP, PSA Total, CEA, PSA Livre;
– Metabólito: HbA1c;
– Renal: Cistatina C, NGAL, Microalbumina;
– Doenças Infecciosas: SARS-CoV-2 IgM/IgG, SARS-CoV-2 Antígeno, SARS-CoV Anticorpo RBD;
– Ósseo: Vitamina D;
– Hormônios: β-HCG, FSH, LH;
– Hormônios: T3, T4, TSH, Cortisol.
Além de oferecer resultados ágeis e facilitar o acesso ao diagnóstico, essa tecnologia requer pequenas quantidades de amostra, melhora a qualidade do atendimento e proporciona maior precisão no monitoramento da condição clínica do paciente.
A Centerlab, comprometida com a inovação e a excelência diagnóstica, disponibiliza os analisadores Finecare, que combinam tecnologia de ponta e precisão nos testes Point of Care.
Finecare FIA Meter II Plus SE

Finecare FIA Meter Plus

Imagine um diagnóstico rápido, preciso e ao alcance das mãos. Com os avanços da tecnologia médica, os testes Point-of-Care (POC) revolucionam a forma como os profissionais de saúde tomam decisões, permitindo intervenções mais ágeis e eficazes.
A seguir, compartilhamos um relato de um de nossos clientes que adquiriram recentemente nossos equipamentos. Este depoimento reflete sua experiência óbvia com os produtos e a maneira como eles têm impacto
positivo em suas operações. Agradecemos à CLÍNICA EM FORMA – ESTÉTICA E SAÚDE INTEGRATIVA pela confiança e pelo feedback sincero, que nos incentiva a continuar oferecendo soluções de alta qualidade no apoio ao diagnóstico.
A inovação na saúde integrativa já é uma realidade! Há algum tempo, eu buscava um equipamento que atendesse às minhas necessidades dentro da consulta farmacêutica, proporcionando praticidade, agilidade e segurança nos resultados — tanto para mim quanto para o paciente.
Com a implementação do Finecare Plus, os benefícios foram muito além da praticidade e agilidade. Houve uma valorização significativa da consulta, um direcionamento mais preciso e adequado para a abordagem a ser seguida com o paciente, além de um aumento no faturamento. Isso ocorreu tanto pela realização dos exames diretamente na clínica quanto pela adesão mais rápida e segura dos pacientes aos tratamentos propostos.
Além disso, as terapias injetáveis passaram a ser aplicadas de forma mais eficaz, baseadas nos resultados dos exames, o que possibilitou diagnósticos mais completos e personalizados. Com essa evolução, clínicas e profissionais da saúde podem oferecer atendimentos mais assertivos, promovendo uma experiência de cuidado mais humanizada.
A tendência é que a saúde integrativa continue crescendo, tornando-se cada vez mais acessível e essencial para quem busca bem-estar de forma abrangente e inovadora.
Dra Maiara Rodrigues
Farmacêutica Integrativa e Esteta
Especialista em fisiologia Hormonal e Metabolica
Mestre em Medicina estética
Membro do Grupo Técnico de farmacêuticos estetas do CRF-ES
Referências:
– https://www.scielo.br/j/abd/a/MTFwJfDtGwdGSpRgjWG4wty/?format=pdf, acesso em 11/03/2025.
A ciência por trás dos testes rápidos: como eles são desenvolvidos e validados, acessado em 12/03/2025 https://celer.ind.br/blog/
Valéria Aoki, Joaquim X. Sousa Jr, Lígia M. I. Fukumori, Alexandre M. Périgo, Elder L. Freitas, Zilda N. P. Oliveira, Imunofluorescência direta e indireta – Direct and indirect immunofluorescence, acessado em 12/03/2025 https://www.scielo.br/j/abd/a/MTFwJfDtGwdGSpRgjWG4wty/?format=pdf
TELELAB; Diagnóstico de Hepatites Virais: Aula 2 – Testes Rápidos; Ministério da Saúde; Secretaria de vigilância em saúde; Universidade Federal de Santa Catarina, acesso em 12/03/2025 https://qualitr.paginas.ufsc.br/files/2018/08/manual_tecnico_hepatites_08_2018_web.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 302, de 13 de outubro de 2005 Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Acesso em 12/03/2025
http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/5919009/RDC_302_2005_COMP.pdf/bf588e7a-b943-4334-aa70-c0ea690bc79f. Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Acesso em 12/03/2025 .
por CenterLab | jan 14, 2025 | Uncategorized
Você sabia?
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), aproximadamente 70% a 80% dos diagnósticos médicos são baseados em informações provenientes de exames laboratoriais.
Assim, o laboratório de análises clínicas exerce papel fundamental na área da saúde, sempre buscando propostas de melhorias no setor e auxiliando nas decisões terapêuticas e diagnósticas.
Embora os exames laboratoriais tenham como objetivo fornecer resultados precisos, é importante destacar que fatores externos, muitas vezes fora do controle do laboratório, podem influenciar os resultados, gerando variações em relação aos valores reais. São eles os erros pré-analíticos.
Além dos erros pré-analíticos, que representam cerca de 70%, temos também os erros analíticos, que ocorrem durante a medição das amostras nos equipamentos e ainda os pós-analíticos, que são aqueles erros que acontecem na fase final do processo de análise de um exame de laboratório.
Para minimizar, ou até mesmo evitar esses erros, os laboratórios seguem normas rigorosas, como por exemplo a recente RDC 786/2023 que estabelece os requisitos técnico-sanitários para o funcionamento de laboratórios clínicos, utilizam também programas especializados de controle de qualidade interno e externo (ensaio de proficiência), aliados a metodologias de ponta.
E falando em metodologias inovadoras, destacamos a Química Seca, uma tecnologia avançada disponível no mercado.
A química seca é uma técnica analítica que possibilita a realização de exames laboratoriais de maneira rápida e precisa, utilizando reagentes sólidos. Para isso, emprega-se um pequeno slide, composto por camadas de reagentes sólidos, filtros e membranas. Quando uma amostra biológica entra em contato com essas camadas do slide, ocorre a reação química, que é medida pelo sistema.
A química líquida é uma metodologia que estima o nível de um analito em solução, uma vez que se baseia no princípio de que os materiais absorvem a luz de determinado comprimento de onda à medida que ela passa pela solução. Esse método é a espectrofotometria, que consiste em realizar a medição da cor em uma solução, determinando a quantidade de luz absorvida no espectro ultravioleta, infravermelho ou visível, sendo amplamente utilizada na medicina laboratorial.
Fonte: A autora: Jessyca Silva
Com o compromisso de sempre oferecer inovações aos nossos clientes, a Centerlab apresenta a moderna metodologia de análises clínicas por química seca, fornecida pela FUJIFILM BRASIL o equipamento Nx600.
Fonte: https://www.fujifilm.com/br/pt-br/healthcare/in-vitro-diagnostics/chemical-analysis/dri-chemnx600
O DRI-CHEM NX 600 é equipado com recursos e especificações avançadas que garantem resultados precisos e confiáveis. Ele oferece uma ampla gama de testes, incluindo química de rotina, eletrólitos, enzimas e proteínas específicas. O analisador tem um sistema óptico de alto desempenho que fornece medições precisas e elimina a necessidade de calibração manual, podendo ser utilizado na medicina humana e veterinária.
Como um analisador de química clínica totalmente automatizado, o DRI-CHEM NX 600 oferece inúmeros benefícios para profissionais de saúde e instalações. Sua operação automatizada reduz o risco de erro humano e aumenta a eficiência no laboratório. O analisador também tem um tempo de resposta rápido, permitindo diagnósticos rápidos e decisões de tratamento. Além disso, requer manutenção mínima, economizando tempo e recursos para os usuários.
Para maiores informações, consulte um dos nossos vendedores em: vendas@centerlab.com.br
Referências:
https://www.fujifilm.com/br/pt-br/healthcare/in-vitro-diagnostics/chemical-analysis/dri-chem-nx600
Guimarães AC, Wolfart M, Brisolara MLL, Dani C. O laboratório clínico e os erros pré-analíticos. Revista HCPA. 2011; 31(1):66-72. Vieira KF, Shitara ES, Mendes ME, Sumita NM. A utilidade dos indicadores da qualidade no gerenciamento de laboratórios clínicos. J Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial [revista em Internet] 2011 Jun. [acesso 07 de janeiro de 2025]. Disponível
https://www.rbac.org.br/artigos/comparacao-dos-interferentes-nas-metodologias-de-quimica-liquida-e-quimica-seca-na-fase-pre-analitica-dosexames-laboratoriais/
por CenterLab | out 7, 2024 | Uncategorized
Diabetes é uma doença crônica caracterizada pela incapacidade do corpo de produzir ou utilizar adequadamente a insulina, um hormônio essencial para regular os níveis de glicose no sangue. Existem dois tipos principais:
– Diabetes tipo 1: é uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. Geralmente, manifesta-se na infância ou adolescência.
– Diabetes tipo 2: ocorre quando o corpo não utiliza a insulina de maneira eficiente (resistência à insulina) ou não produz insulina suficiente. É mais comum em adultos e está frequentemente relacionado a fatores como obesidade, sedentarismo e predisposição genética.
Além desses, há o diabetes gestacional, que surge durante a gravidez, e condições mais raras, como o diabetes monogênico.
O descontrole dos níveis elevados de glicose pode resultar em complicações graves, como doenças cardiovasculares, renais, problemas de visão e neuropatia. Portanto, o monitoramento da glicose é essencial.
Um aspecto importante sobre essa patologia a ser destacado é a glicação da hemoglobina, que ocorre quando a glicose no sangue se liga, de forma não enzimática, à hemoglobina das hemácias. Uma vez formada, essa ligação é estável e persiste durante toda a vida útil da célula, aproximadamente 120 dias.
Para o acompanhamento dos níveis de glicose, o exame de glicemia em jejum não é suficiente, pois mede apenas o nível de glicose em um momento específico, sem refletir as variações ao longo do dia ou o controle de longo prazo. Por isso, exames como a hemoglobina glicada (HbA1c) são essenciais para fornecer uma visão mais abrangente do controle glicêmico.
O diagnóstico de diabetes por HPLC (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência) é amplamente utilizado para medir a HbA1c. Esse exame reflete a média dos níveis de glicose no sangue nos últimos dois a três meses.
No método HPLC, o sangue total em EDTA é analisado com precisão, permitindo a quantificação das diferentes formas de hemoglobina, incluindo a hemoglobina glicada. Nesse processo, a amostra é injetada em uma coluna cromatográfica, onde a fase móvel (líquida) transporta a amostra sob alta pressão através de uma fase estacionária (sólida). Os componentes se separam com base em suas interações com essas fases. Um detector mede os componentes à medida que saem da coluna, gerando um gráfico (cromatograma) que permite identificar e quantificar cada substância. Esse método é altamente confiável, fornecendo resultados precisos sobre o percentual de HbA1c.
Valores de HbA1c acima de 6,5% indicam diabetes, enquanto níveis entre 5,7% e 6,4% sugerem prédiabetes. O HPLC é amplamente utilizado para fornecer dados consistentes no diagnóstico e também auxiliar no monitoramento da eficácia do tratamento da doença.
Como uma excelente solução para a automação de exames para a determinação de HbA1c por meio do método HPLC, destacam-se os modelos HB-20 e HB-100 da linha Vercentra, fornecidos pela Labtest.
Esses equipamentos oferecem alta produtividade e eficiência, incorporando um método rastreável ao IFCC/NGSP. Possuem controle contínuo da velocidade do líquido, o que assegura precisão elevada nos resultados, excelente repetibilidade e facilidade de operação. Além disso, são compactos, com boa capacidade de processamento de amostras on-board, leitura de código de barras e um software com interface amigável.
O monitoramento é fundamental para a aplicação eficaz de estratégias que mantêm a glicose em níveis saudáveis e para o acompanhamento da doença. Ele desempenha um papel crucial na promoção da saúde a longo prazo e na prevenção de complicações associadas ao descontrole glicêmico.
Bibliografias:
Moreira RO, Papelbaum M, Appolinario JC, Matos AG, Coutinho WF, Meirelles RMR, et al.. Diabetes mellitus e depressão: uma revisão sistemática. Arq Bras Endocrinol Metab [Internet]. 2003Feb;47(1):19–29. Available from: https://doi.org/10.1590/S0004-27302003000100005
Muzy, Jéssica et al. Prevalência de diabetes mellitus e suas complicações e caracterização das lacunas na atenção à saúde a partir da triangulação de pesquisas. Cadernos de Saúde Pública [online]. v. 37, n. 5 [Acessado 17 Setembro 2024] , e00076120. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0102-311X00076120>. ISSN 1678-4464. https://doi.org/10.1590/0102-311X00076120.
Sumita NM, Andriolo A. Importância da hemoglobina glicada no controle do diabetes mellitus e na avaliação de risco das complicações crônicas. J Bras Patol Med Lab [Internet]. 2008Jun;44(3):169–74. Available from: https://doi.org/10.1590/S1676-24442008000300003
Bem AF de, Kunde J. A importância da determinação da hemoglobina glicada no monitoramento das complicações crônicas do diabetes mellitus. J Bras Patol Med Lab [Internet]. 2006Jun;42(3):185–91. Available from: https://doi.org/10.1590/S1676-24442006000300007
por CenterLab | jan 4, 2022 | Informativos
A tuberculose é uma doença infecciosa transmissível, que afeta principalmente os pulmões, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch. A doença pode afetar outros órgãos que não o pulmão, sendo mais comum esta forma em pacientes HIV positivos.
A tuberculose no mundo
A doença é um importante problema de saúde no mundo. Com os desafios do fornecimento e acesso aos serviços essenciais devido à pandemia do Covid-19, ocorreu um regresso no combate à tuberculose: houve subnotificação de novos casos, e o número de mortes aumentou pela primeira vez em mais de uma década.
Em 2020 o número de casos diagnosticados e notificados da doença caiu de 7,1 milhões para 5,8 milhões, enquanto as mortes chegaram ao total de 1,5 milhão de pessoas.
As projeções da OMS sugerem que em 2021 e 2022 ocorram ainda mais mortes por tuberculose que em 2020.
Como ocorre a transmissão da tuberculose?
A transmissão ocorre principalmente através de partículas infectantes (gotículas de saliva contendo o patógeno) suspensas no ar, que foram espalhadas através da tosse, espirro e fala de um paciente contaminado com tuberculose pulmonar.
Através da respiração, os bacilos chegam aos alvéolos pulmonares, onde cerca de 10 a 20% das pessoas desenvolvem a doença.
Quais são os sintomas da tuberculose
A tosse com expectoração por mais de 3 semanas é o principal sintoma da tuberculose, e pode ser acompanhada de demais sinais clínicos como febre, suor noturno, falta de apetite, cansaço, falta de ar e emagrecimento rápido. O escarro pode ser sanguinolento caso a lesão pulmonar atinja vasos sanguíneos.
Fatores de risco
Além de fatores relacionados ao sistema imunológico, condições sociais também estão entre fatores ligados ao adoecimento pela tuberculose.

Para o grupo de risco, é recomendado que toda pessoa que apresente tosse (independente do tempo) e/ou radiografia que sugira tuberculose, realize exames investigativos para a doença.
Diagnóstico de tuberculose
Para o diagnóstico da tuberculose, primeiramente é realizada análise do quadro clínico. Algumas indicações apontam como certo o resultado, como tosse por mais de 2-3 semanas associada a outros sintomas, fatores de risco associados aos sintomas, infecção por HIV e tosse e febre sem razão aparente, fator de risco associado a diagnóstico de pneumonia sem melhora após sete dias do início do tratamento.
Para a confirmação do diagnóstico, o médico deve solicitar exames, como:
- Radiografia do tórax, para verificar possíveis alterações;
- Baciloscopia (BAAR), para identificar a presença de bacilos álcool-ácido-resistentes, característicos do bacilo de Koch;
- Cultura para micobactéria;
- Teste molecular para confirmação do patógeno e identificação de possíveis resistências a antibióticos.
A radiografia, junto a baciloscopia e teste de cultura, ou teste molecular, costumam ser realizadas em todos os casos suspeitos de tuberculose pulmonar.
A baciloscopia é um exame de microscopia, com esfregaço em lâmina de amostra de escarro. É considerado obrigatório no diagnóstico da tuberculose pulmonar, pois além de ser um método simples, rápido e de baixo custo, identifica a presença dos bacilos, que são fonte principal da transmissão da doença. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, em torno de 70% dos pacientes com tuberculose pulmonar apresentam níveis altíssimos de bacilos no escarro.
Como a baciloscopia somente identifica a presença de bacilos, e não confirma o patógeno como bacilo de Koch, é importante a realização de outro exame que confirme o bacilo presente como sendo o M. tuberculosis. Para isso, é possível realizar exame de cultura de micobactéria, ou exame de identificação molecular.
O exame de cultura de micobactéria é considerado padrão ouro no diagnóstico de tuberculose até o momento, tendo como vantagem o baixo custo, porém como desvantagem está a demora no resultado, que pode variar de poucos dias até oito semanas.
O exame molecular vem complementando o exame de cultura ao longo do tempo. É considerado um teste rápido, por apresentar o resultado em poucas horas, sensível e específico. É realizado através de técnica de reação da cadeia em polimerase (PCR), a qual por meio de extração, amplificação e detecção do material genético da amostra vai identificar ou não a presença do M. tuberculosis. Pode também, além de identificar o patógeno, identificar mutações características de resistência aos principais fármacos, de primeira e segunda linha, utilizados no tratamento da tuberculose.
Tratamento
O tratamento para tuberculose está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e tem duração mínima de seis meses. Idealmente o tratamento é realizado em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO), em que um profissional da saúde acompanha o paciente durante o tratamento.
Geralmente são utilizados quatro fármacos no tratamento da tuberculose: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Caso seja identificada alguma resistência aos medicamentos, cabe ao médico indicar fármacos mais adequados a cada situação.
Como prevenir?
Existem algumas formas de prevenir a tuberculose, como o tratamento de infecção latente, a qual previne o desenvolvimento da infecção ativa, o controle da infecção, para evitar possíveis contágios, e a principal, a vacina BCG.
A vacina BCG está disponível pelo SUS e deve ser dada em crianças ao nascer, ou antes de completar 5 anos. A BCG protege a criança contra as formas mais graves da doença, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar.
Fonte: Kasvi
por CenterLab | maio 30, 2021 | Informativos
A pandemia em curso de Covid-19 (Sars-Cov-2) acarreta principalmente uma infecção do trato respiratório das pessoas infectadas. No entanto, cada vez mais a Covid-19 vem sendo considerada uma doença sistêmica que envolve vários sistemas, incluindo cardiovascular, respiratório, gastrointestinal, neurológico, hematopoiético e imunológico.
Através de estudos realizados em várias partes do mundo, o laboratório de hematologia clínica vem sendo um parceiro importante no diagnóstico, monitoramento e manejo dos pacientes infectados.

Alterações no Hemograma
– Linfopenia
Durante a fase inicial da doença, geralmente de 1 a 14 dias, sintomas inespecíficos estão presentes, e a contagem de leucócitos e linfócitos no sangue periférico são normais ou ligeiramente reduzidas. Após a viremia, o Sars-Cov-2 afeta principalmente tecidos com alta expressão de ACE2 (Enzima Conversora de Angiotensina 2), entre eles: Pulmões, coração e trato gastrointestinal.
Aproximadamente 7 a 14 dias do início dos sintomas, ocorre um aumento das manifestações clínicas da doença. Nesse ponto se evidencia uma linfopenia significativa. Estudos mostram que os linfócitos expressam o receptor ACE2 em sua superfície, assim o Sars-Cov-2 pode infectar diretamente essas células e, por fim, levar à sua lise. Outros fatores, como o aumento pronunciado de citocinas também apresentam mecanismos que podem promover a apoptose de linfócitos.
Diversos estudos tiveram os leucócitos como objetivo, e demonstraram que a grande maioria dos pacientes apresentavam linfocitopenia. Essas anormalidades foram mais proeminentes entre os casos graves da doença, onde pacientes que tiveram desfecho fatal apresentaram uma diminuição da proporção de linfócitos/leucócitos na admissão durante a hospitalização. Alguns estudos relataram uma associação entre linfopenia e a necessidade de cuidados na UTI. A lesão miocárdica também está associada ao aumento da mortalidade em pacientes hospitalizados com Covid-19. Estudos demonstraram que pacientes com lesão miocárdica tinham leucócitos mais elevados e menores contagens de plaquetas. Pacientes com altos níveis de Troponina T apresentavam leucocitose, neutrófilos aumentados e diminuição de linfócitos.
– Trombocitopenia
O mecanismo de trombocitopenia em pacientes com Covid-19 é provavelmente multifatorial.
Na SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) foi sugerido que a combinação de infecção viral e ventilação mecânica levam a dano endotelial desencadeando ativação plaquetária, agregação e trombose no pulmão, causando grande consumo de plaquetas. Além disso, como o pulmão pode ser um sítio de liberação de plaquetas de megacariócitos maduros, uma diminuição ou alternância morfológica do leito capilar pulmonar pode levar a uma desfragmentação plaquetária desarranjada. Os Coronavírus também podem diretamente infectar elementos da medula óssea resultando em hematopoiese anormal ou desencadear uma resposta auto imune contra células sanguíneas. Estudos também sugerem que uma CID (Coagulação Intravascular Disseminada) de baixo grau consistentemente presente pode propagar uma baixa contagem de plaquetas na SARS.
Um estudo realizado em um hospital na China demonstrou que pacientes mais graves de Covid-19 apresentavam inicialmente uma elevação da contagem de plaquetas, seguida de brusca diminuição. Esse estudo demonstrou também que pacientes mais idosos que tiveram aumento significativo de plaquetas, tiveram internações hospitalares mais longas.
Embora com heterogeneidade muito alta, estudos mostraram que pacientes não sobreviventes à Covid-19 apresentaram uma queda mais significativa na contagem de plaquetas.
ꞏNeutrofilia
Os dados sobre Neutrofilia ainda não são amplamente abordados na literatura. Alguns relatos indicam que a neutrofilia é comum em pacientes de UTI, provavelmente relacionado à infecção bacteriana associada, sendo esta um quadro que aumenta o índice de morte.
Um número maior de neutrófilos e um número menor de linfócitos foi observado em pacientes que tiveram evolução mais grave da doença. Tal fato indica distúrbios importantes e condição crítica nos casos mais graves de Covid-19.
Desta forma, uma avaliação cuidadosa dos índices laboratoriais na linha de base e durante o curso da doençapode ajudar os médicos a formular uma melhor abordagem e o tratamento mais adequado, além de fornecer tratamento intensivo para aqueles que têm maior necessidade.
A Centerlab, em parceria com a Nihon Khoden, disponibiliza aos seus clientes as plataformas Celltac, que atendem às mais diversas demandas laboratoriais. Todos os modelos humanos possuem possibilidade de leitura em tubo fechado, proporcionando maior segurança ao operador, além de contar com modos de medição selecionáveis (prédiluição, alto WBC, baixo WBC, amostra capilar). Os analisadores com diferencial de leucócitos em 5 partes possuem um sistema de contagem avançada, que consiste em uma análise adicional automática quando valores baixos de WBC e Plaquetas são detectados. Já o Celltac G é o único no mercado com contagem de bastonetes!

Bibliografia:
– Terpos et al. Hematological findings and complications of COVID-19. Am J Hematol. 2020;95(7):834-847.
– Qu et al. Platelet-to-lymphocyte ratio is associated with prognosis in patients with coronavirus disease-19. J Med Virol. 2020; 1-9.
– Lippi G, Plebani M, Henry BM. Thrombocytopenia is associated with severe coronavirus disease 2019 (COVID-19) infections: A meta-analysis. Clin Chim Acta. 2020;506:145-148.
– Fan et al. Hematologic parameters in patients with COVID-19 infection. Am J Hematol. 2020;95:E131–E153.
– Fleury, Marcos. A COVID-19 e o laboratório de hematologia: uma revisão da literatura recente. Revista brasieira de análises Clínicas. 2020. Vol. 52 – nº 4
– Folder Nihon Kohden Celltac Alpha, Celltac ES e Celltac G. 2020