Influenza em alta em Minas Gerais: A importância do diagnóstico rápido

Influenza em alta em Minas Gerais: A importância do diagnóstico rápido

Autor: Erlisson Salles

Cenário Atual em Minas Gerais Maio 2025

Dados recentes divulgados pelo sistema InfoGripe (Fiocruz) e pelas secretarias estaduais de saúde apontam uma alta circulação de Influenza A (H1N1) em diversas cidades de Minas Gerais, com tendência de aumento nas próximas semanas. A elevação nos atendimentos por Síndrome Gripal e casos suspeitos de Influenza tem lotado unidades públicas e privadas, gerando forte demanda por testes rápidos em laboratórios clínicos.

A Influenza é uma infecção viral respiratória aguda, de fácil transmissão, causada pelos vírus Influenza tipo A (como o H1N1 e H3N2) e tipo B. A rápida identificação dos casos é fundamental para evitar surtos e orientar o tratamento adequado.

Sinais e Sintomas da Influenza

Sintomas mais comuns:
– Febre alta de início súbito
– Dor de garganta
– Dores no corpo e articulações
– Tosse seca
– Calafrios
– Cansaço ou fadiga intensa
– Dor de cabeça

Sintomas menos comuns:
– Vômitos e diarreia (mais frequentes em crianças)
– Irritação nos olhos
– Falta de apetite
– Dificuldade respiratória

O que é o vírus Influenza?

O vírus Influenza pertence à família Orthomyxoviridae, com os tipos A e B sendo os mais relevantes para a saúde humana.

– Influenza A: subdividido em subtipos como H1N1 e H3N2, pode infectar humanos e animais.
– Influenza B: afeta exclusivamente humanos e pode provocar surtos sazonais.

Por ser um vírus de RNA, o Influenza tem alta capacidade de mutação, favorecendo o surgimento de novas cepas e exigindo vigilância constante da comunidade científica.

Como se dá a transmissão?

A transmissão do vírus Influenza ocorre principalmente por gotículas respiratórias (tosse, espirro, fala) e também pelo contato com superfícies contaminadas.
A infecção pode ocorrer rapidamente em ambientes fechados e com aglomeração, tornando escolas, empresas e unidades de saúde locais críticos para a disseminação.
O período de incubação varia de 1 a 4 dias, e a transmissão pode acontecer antes mesmo do aparecimento dos sintomas.

Profilaxia e Prevenção

A principal forma de prevenção é a vacinação anual, com campanhas públicas geralmente realizadas entre março e maio.
Outras medidas importantes incluem:

– Higienização frequente das mãos
– Uso de máscaras em caso de sintomas gripais
– Isolamento domiciliar durante o período de transmissão
– Boa ventilação de ambientes

Tratamento

Na maioria dos casos, o tratamento é sintomático: repouso, hidratação e antitérmicos.

Em pacientes de risco ou em quadros mais graves, devem procurar orientação médica, nunca se automedique.

O início precoce do tratamento, preferencialmente nas primeiras 48 horas de sintomas, é crucial para evitar complicações.

Importância do Diagnóstico Laboratorial

O diagnóstico laboratorial é um aliado essencial no controle de surtos e no direcionamento terapêutico.

Com sintomas semelhantes aos de outras viroses (como Covid-19 e Rinovírus), a Influenza exige diferenciação rápida e precisa para que o paciente receba o tratamento adequado.

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Essa solução permite que laboratórios atuem com agilidade diante do aumento da demanda, garantindo mais segurança aos pacientes e rapidez no atendimento médico.

A Influenza está em circulação ativa em Minas Gerais, e a resposta dos laboratórios é fundamental para conter esse avanço.

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Imunofluorescência na palma da mão: rapidez e exatidão no diagnóstico laboratorial acessível a todos

Imunofluorescência na palma da mão: rapidez e exatidão no diagnóstico laboratorial acessível a todos

Autora: Jessyca Silva

Imagine um diagnóstico rápido, preciso e ao alcance das mãos. Com os avanços da tecnologia médica, os testes Point-of-Care (POC) revolucionam a forma como os profissionais de saúde tomam decisões, permitindo intervenções  mais ágeis e eficazes.

Os testes POC são caracterizados por sua capacidade de fornecer resultados rápidos e precisos no local de atendimento, sem a necessidade de enviar amostras para laboratórios externos. Isso significa que os profissionais podem tomar decisões sobre as intervenções imediatas, reduzindo o tempo de espera e promovendo uma assistência mais eficiente, personalizada e centrada no paciente.

Dentre as metodologias disponíveis para testes POC, neste boletim abordaremos a imunofluorescência direta.

Baseia-se em uma técnica de imunoensaio de fluorescência em amostras de sangue total, soro e plasma humanos, utilizando um antígeno marcado com fluorescência que se liga aos anticorpos IgM/IgG formando assim os complexos imunológicos. A imunofluorecência direta é mais adequada para análises rápidas e simples de antígenos conhecidos, nas quais um único marcador é suficiente.

Fonte: https://www.scielo.br/j/abd/a/MTFwJfDtGwdGSpRgjWG4wty/?

Diferente de outras metodologias, como ELISA ou imunocromatografia, a imunofluorescência direta oferece maior sensibilidade e especificidade, permitindo a detecção de biomarcadores em níveis mais baixos. Além disso, sua aplicação em testes rápidos viabiliza um diagnóstico precoce e mais confiável.

O equipamento Finecare permite a realização de testes por imunofluorescência e conta com uma vasta lista de marcadores que podem ser analisados.
Inflamatório: Procalcitonina, PCR, (hsPCR+PCR);
Coagulação: One Step D-Dímero, D-Dímero;
Cardíaco: One Step NT-pro Bnp, NT-pro-BNP, BNP, Troponina I, CK-MB massa, Troponina I**, CK-MB massa**, Mioglobina**, Mioglobina, One Step TroponinaT;
Tumoral: AFP, PSA Total, CEA, PSA Livre;
Metabólito: HbA1c;
Renal: Cistatina C, NGAL, Microalbumina;
Doenças Infecciosas: SARS-CoV-2 IgM/IgG, SARS-CoV-2 Antígeno, SARS-CoV Anticorpo RBD;
Ósseo: Vitamina D;
Hormônios: β-HCG, FSH, LH;
Hormônios: T3, T4, TSH, Cortisol.

Além de oferecer resultados ágeis e facilitar o acesso ao diagnóstico, essa tecnologia requer pequenas quantidades de amostra, melhora a qualidade do atendimento e proporciona maior precisão no monitoramento da condição clínica do paciente.

A Centerlab, comprometida com a inovação e a excelência diagnóstica, disponibiliza os analisadores Finecare, que combinam tecnologia de ponta e precisão nos testes Point of Care.

Finecare FIA Meter II Plus SE

Finecare FIA Meter Plus

Imagine um diagnóstico rápido, preciso e ao alcance das mãos. Com os avanços da tecnologia médica, os testes Point-of-Care (POC) revolucionam a forma como os profissionais de saúde tomam decisões, permitindo intervenções  mais ágeis e eficazes.

A seguir, compartilhamos um relato de um de nossos clientes que adquiriram recentemente nossos equipamentos. Este depoimento reflete sua experiência óbvia com os produtos e a maneira como eles têm impacto
positivo em suas operações. Agradecemos à CLÍNICA EM FORMA – ESTÉTICA E SAÚDE INTEGRATIVA pela confiança e pelo feedback sincero, que nos incentiva a continuar oferecendo soluções de alta qualidade no apoio ao diagnóstico.

A inovação na saúde integrativa já é uma realidade! Há algum tempo, eu buscava um equipamento que atendesse às minhas necessidades dentro da consulta farmacêutica, proporcionando praticidade, agilidade e segurança nos resultados — tanto para mim quanto para o paciente.

Com a implementação do Finecare Plus, os benefícios foram muito além da praticidade e agilidade. Houve uma valorização significativa da consulta, um direcionamento mais preciso e adequado para a abordagem a ser seguida com o paciente, além de um aumento no faturamento. Isso ocorreu tanto pela realização dos exames diretamente na clínica quanto pela adesão mais rápida e segura dos pacientes aos tratamentos propostos.

Além disso, as terapias injetáveis passaram a ser aplicadas de forma mais eficaz, baseadas nos resultados dos exames, o que possibilitou diagnósticos mais completos e personalizados. Com essa evolução, clínicas e profissionais da saúde podem oferecer atendimentos mais assertivos, promovendo uma experiência de cuidado mais humanizada.

A tendência é que a saúde integrativa continue crescendo, tornando-se cada vez mais acessível e essencial para quem busca bem-estar de forma abrangente e inovadora.

Dra Maiara Rodrigues
Farmacêutica Integrativa e Esteta
Especialista em fisiologia Hormonal e Metabolica
Mestre em Medicina estética
Membro do Grupo Técnico de farmacêuticos estetas do CRF-ES
Referências:
– https://www.scielo.br/j/abd/a/MTFwJfDtGwdGSpRgjWG4wty/?format=pdf, acesso em 11/03/2025.

A ciência por trás dos testes rápidos: como eles são desenvolvidos e validados, acessado em 12/03/2025 https://celer.ind.br/blog/

Valéria Aoki, Joaquim X. Sousa Jr, Lígia M. I. Fukumori, Alexandre M. Périgo, Elder L. Freitas, Zilda N. P. Oliveira, Imunofluorescência direta e indireta – Direct and indirect immunofluorescence, acessado em 12/03/2025 https://www.scielo.br/j/abd/a/MTFwJfDtGwdGSpRgjWG4wty/?format=pdf

TELELAB; Diagnóstico de Hepatites Virais: Aula 2 – Testes Rápidos; Ministério da Saúde; Secretaria de vigilância em saúde; Universidade Federal de Santa Catarina, acesso em 12/03/2025 https://qualitr.paginas.ufsc.br/files/2018/08/manual_tecnico_hepatites_08_2018_web.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 302, de 13 de outubro de 2005  Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Acesso em 12/03/2025

http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/5919009/RDC_302_2005_COMP.pdf/bf588e7a-b943-4334-aa70-c0ea690bc79f. Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Acesso em 12/03/2025 .

Química seca: transformando o futuro laboratorial

Química seca: transformando o futuro laboratorial

Você sabia?

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), aproximadamente 70% a 80% dos diagnósticos médicos são baseados em informações provenientes de exames laboratoriais.

Assim, o laboratório de análises clínicas exerce papel fundamental na área da saúde, sempre buscando propostas de melhorias no setor e auxiliando nas decisões terapêuticas e diagnósticas.

Embora os exames laboratoriais tenham como objetivo fornecer resultados precisos, é importante destacar que fatores externos, muitas vezes fora do controle do laboratório, podem influenciar os resultados, gerando variações em relação aos valores reais. São eles os erros pré-analíticos.

Além dos erros pré-analíticos, que representam cerca de 70%, temos também os erros analíticos, que ocorrem durante a medição das amostras nos equipamentos e ainda os pós-analíticos, que são aqueles erros que acontecem na fase final do processo de análise de um exame de laboratório.

Para minimizar, ou até mesmo evitar esses erros, os laboratórios seguem normas rigorosas, como por exemplo a recente RDC 786/2023 que estabelece os requisitos técnico-sanitários para o funcionamento de laboratórios clínicos, utilizam também programas especializados de controle de qualidade interno e externo (ensaio de proficiência), aliados a metodologias de ponta.

E falando em metodologias inovadoras, destacamos a Química Seca, uma tecnologia avançada disponível no mercado.

A química seca é uma técnica analítica que possibilita a realização de exames laboratoriais de maneira rápida e precisa, utilizando reagentes sólidos. Para isso, emprega-se um pequeno slide, composto por camadas de reagentes sólidos, filtros e membranas. Quando uma amostra biológica entra em contato com essas camadas do slide, ocorre a reação química, que é medida pelo sistema.

A química líquida é uma metodologia que estima o nível de um analito em solução, uma vez que se baseia no princípio de que os materiais absorvem a luz de determinado comprimento de onda à medida que ela passa pela solução. Esse método é a espectrofotometria, que consiste em realizar a medição da cor em uma solução, determinando a quantidade de luz absorvida no espectro ultravioleta, infravermelho ou visível, sendo amplamente utilizada na medicina laboratorial.

Fonte: A autora: Jessyca Silva
Com o compromisso de sempre oferecer inovações aos nossos clientes, a Centerlab apresenta a moderna metodologia de análises clínicas por química seca, fornecida pela FUJIFILM BRASIL o equipamento Nx600.

Fonte: https://www.fujifilm.com/br/pt-br/healthcare/in-vitro-diagnostics/chemical-analysis/dri-chemnx600

O DRI-CHEM NX 600 é equipado com recursos e especificações avançadas que garantem resultados precisos e confiáveis. Ele oferece uma ampla gama de testes, incluindo química de rotina, eletrólitos, enzimas e proteínas específicas. O analisador tem um sistema óptico de alto desempenho que fornece medições precisas e elimina a necessidade de calibração manual, podendo ser utilizado na medicina humana e veterinária.

Como um analisador de química clínica totalmente automatizado, o DRI-CHEM NX 600 oferece inúmeros benefícios para profissionais de saúde e instalações. Sua operação automatizada reduz o risco de erro humano e aumenta a eficiência no laboratório. O analisador também tem um tempo de resposta rápido, permitindo diagnósticos rápidos e decisões de tratamento. Além disso, requer manutenção mínima, economizando tempo e recursos para os usuários.

Para maiores informações, consulte um dos nossos vendedores em: vendas@centerlab.com.br

Referências:
https://www.fujifilm.com/br/pt-br/healthcare/in-vitro-diagnostics/chemical-analysis/dri-chem-nx600

Guimarães AC, Wolfart M, Brisolara MLL, Dani C. O laboratório clínico e os erros pré-analíticos. Revista HCPA. 2011; 31(1):66-72. Vieira KF, Shitara ES, Mendes ME, Sumita NM. A utilidade dos indicadores da qualidade no gerenciamento de laboratórios clínicos. J Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial [revista em Internet] 2011 Jun. [acesso 07 de janeiro de 2025]. Disponível
https://www.rbac.org.br/artigos/comparacao-dos-interferentes-nas-metodologias-de-quimica-liquida-e-quimica-seca-na-fase-pre-analitica-dosexames-laboratoriais/

HPLC: padrão-ouro no diagnóstico de diabetes e na quantificação de HbA1c

HPLC: padrão-ouro no diagnóstico de diabetes e na quantificação de HbA1c

Diabetes é uma doença crônica caracterizada pela incapacidade do corpo de produzir ou utilizar adequadamente a insulina, um hormônio essencial para regular os níveis de glicose no sangue. Existem dois tipos principais:

– Diabetes tipo 1: é uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. Geralmente, manifesta-se na infância ou adolescência.

– Diabetes tipo 2: ocorre quando o corpo não utiliza a insulina de maneira eficiente (resistência à insulina) ou não produz insulina suficiente. É mais comum em adultos e está frequentemente relacionado a fatores como obesidade, sedentarismo e predisposição genética.

Além desses, há o diabetes gestacional, que surge durante a gravidez, e condições mais raras, como o diabetes monogênico.

O descontrole dos níveis elevados de glicose pode resultar em complicações graves, como doenças cardiovasculares, renais, problemas de visão e neuropatia. Portanto, o monitoramento da glicose é essencial.

Um aspecto importante sobre essa patologia a ser destacado é a glicação da hemoglobina, que ocorre quando a glicose no sangue se liga, de forma não enzimática, à hemoglobina das hemácias. Uma vez formada, essa ligação é estável e persiste durante toda a vida útil da célula, aproximadamente 120 dias.

Para o acompanhamento dos níveis de glicose, o exame de glicemia em jejum não é suficiente, pois mede apenas o nível de glicose em um momento específico, sem refletir as variações ao longo do dia ou o controle de longo prazo. Por isso, exames como a hemoglobina glicada (HbA1c) são essenciais para fornecer uma visão mais abrangente do controle glicêmico.

O diagnóstico de diabetes por HPLC (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência) é amplamente utilizado para medir a HbA1c. Esse exame reflete a média dos níveis de glicose no sangue nos últimos dois a três meses.

No método HPLC, o sangue total em EDTA é analisado com precisão, permitindo a quantificação das diferentes formas de hemoglobina, incluindo a hemoglobina glicada. Nesse processo, a amostra é injetada em uma coluna cromatográfica, onde a fase móvel (líquida) transporta a amostra sob alta pressão através de uma fase estacionária (sólida). Os componentes se separam com base em suas interações com essas fases. Um detector mede os componentes à medida que saem da coluna, gerando um gráfico (cromatograma) que permite identificar e quantificar cada substância. Esse método é altamente confiável, fornecendo resultados precisos sobre o percentual de HbA1c.
Valores de HbA1c acima de 6,5% indicam diabetes, enquanto níveis entre 5,7% e 6,4% sugerem prédiabetes. O HPLC é amplamente utilizado para fornecer dados consistentes no diagnóstico e também auxiliar no monitoramento da eficácia do tratamento da doença.

Como uma excelente solução para a automação de exames para a determinação de HbA1c por meio do método HPLC, destacam-se os modelos HB-20 e HB-100 da linha Vercentra, fornecidos pela Labtest.

Esses equipamentos oferecem alta produtividade e eficiência, incorporando um método rastreável ao IFCC/NGSP. Possuem controle contínuo da velocidade do líquido, o que assegura precisão elevada nos resultados, excelente repetibilidade e facilidade de operação. Além disso, são compactos, com boa capacidade de processamento de amostras on-board, leitura de código de barras e um software com interface amigável.
O monitoramento é fundamental para a aplicação eficaz de estratégias que mantêm a glicose em níveis saudáveis e para o acompanhamento da doença. Ele desempenha um papel crucial na promoção da saúde a longo prazo e na prevenção de complicações associadas ao descontrole glicêmico.

Bibliografias:
Moreira RO, Papelbaum M, Appolinario JC, Matos AG, Coutinho WF, Meirelles RMR, et al.. Diabetes mellitus e depressão: uma revisão sistemática. Arq Bras Endocrinol Metab [Internet]. 2003Feb;47(1):19–29. Available from: https://doi.org/10.1590/S0004-27302003000100005

Muzy, Jéssica et al. Prevalência de diabetes mellitus e suas complicações e caracterização das lacunas na atenção à saúde a partir da triangulação de pesquisas. Cadernos de Saúde Pública [online]. v. 37, n. 5 [Acessado 17 Setembro 2024] , e00076120. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0102-311X00076120>. ISSN 1678-4464. https://doi.org/10.1590/0102-311X00076120.

Sumita NM, Andriolo A. Importância da hemoglobina glicada no controle do diabetes mellitus e na avaliação de risco das complicações crônicas. J Bras Patol Med Lab [Internet]. 2008Jun;44(3):169–74. Available from: https://doi.org/10.1590/S1676-24442008000300003

Bem AF de, Kunde J. A importância da determinação da hemoglobina glicada no monitoramento das complicações crônicas do diabetes mellitus. J Bras Patol Med Lab [Internet]. 2006Jun;42(3):185–91. Available from: https://doi.org/10.1590/S1676-24442006000300007

Tuberculose: Métodos para o diagnóstico

Tuberculose: Métodos para o diagnóstico

A tuberculose é uma doença infecciosa transmissível, que afeta principalmente os pulmões, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch. A doença pode afetar outros órgãos que não o pulmão, sendo mais comum esta forma em pacientes HIV positivos.

A tuberculose no mundo

A doença é um importante problema de saúde no mundo. Com os desafios do fornecimento e acesso aos serviços essenciais devido à pandemia do Covid-19, ocorreu um regresso no combate à tuberculose: houve subnotificação de novos casos, e o número de mortes aumentou pela primeira vez em mais de uma década.

Em 2020 o número de casos diagnosticados e notificados da doença caiu de 7,1 milhões para 5,8 milhões, enquanto as mortes chegaram ao total de 1,5 milhão de pessoas.

As projeções da OMS sugerem que em 2021 e 2022 ocorram ainda mais mortes por tuberculose que em 2020.

Como ocorre a transmissão da tuberculose? 

A transmissão ocorre principalmente através de partículas infectantes (gotículas de saliva contendo o patógeno) suspensas no ar, que foram espalhadas através da tosse, espirro e fala de um paciente contaminado com tuberculose pulmonar.

Através da respiração, os bacilos chegam aos alvéolos pulmonares, onde cerca de 10 a 20% das pessoas desenvolvem a doença.

Quais são os sintomas da tuberculose 

A tosse com expectoração por mais de 3 semanas é o principal sintoma da tuberculose, e pode ser acompanhada de demais sinais clínicos como febre, suor noturno, falta de apetite, cansaço, falta de ar e emagrecimento rápido. O escarro pode ser sanguinolento caso a lesão pulmonar atinja vasos sanguíneos.

Fatores de risco

Além de fatores relacionados ao sistema imunológico, condições sociais também estão entre fatores ligados ao adoecimento pela tuberculose.

 

Tabela 1

 

Para o grupo de risco, é recomendado que toda pessoa que apresente tosse (independente do tempo) e/ou radiografia que sugira tuberculose, realize exames investigativos para a doença.

Diagnóstico de tuberculose

Para o diagnóstico da tuberculose, primeiramente é realizada análise do quadro clínico.  Algumas indicações apontam como certo o resultado, como tosse por mais de 2-3 semanas associada a outros sintomas, fatores de risco associados aos sintomas, infecção por HIV e tosse e febre sem razão aparente, fator de risco associado a diagnóstico de pneumonia sem melhora após sete dias do início do tratamento.

Para a confirmação do diagnóstico, o médico deve solicitar exames, como:

  • Radiografia do tórax, para verificar possíveis alterações;
  • Baciloscopia (BAAR), para identificar a presença de bacilos álcool-ácido-resistentes, característicos do bacilo de Koch;
  • Cultura para micobactéria;
  • Teste molecular para confirmação do patógeno e identificação de possíveis resistências a antibióticos.

A radiografia, junto a baciloscopia e teste de cultura, ou teste molecular, costumam ser realizadas em todos os casos suspeitos de tuberculose pulmonar.

A baciloscopia é um exame de microscopia, com esfregaço em lâmina de amostra de escarro.  É considerado obrigatório no diagnóstico da tuberculose pulmonar, pois além de ser um método simples, rápido e de baixo custo, identifica a presença dos bacilos, que são fonte principal da transmissão da doença. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, em torno de 70% dos pacientes com tuberculose pulmonar apresentam níveis altíssimos de bacilos no escarro.

Como a baciloscopia somente identifica a presença de bacilos, e não confirma o patógeno como bacilo de Koch, é importante a realização de outro exame que confirme o bacilo presente como sendo o M. tuberculosis. Para isso, é possível realizar exame de cultura de micobactéria, ou exame de identificação molecular.

O exame de cultura de micobactéria é considerado padrão ouro no diagnóstico de tuberculose até o momento, tendo como vantagem o baixo custo, porém como desvantagem está a demora no resultado, que pode variar de poucos dias até oito semanas.

O exame molecular vem complementando o exame de cultura ao longo do tempo. É considerado um teste rápido, por apresentar o resultado em poucas horas, sensível e específico. É realizado através de técnica de reação da cadeia em polimerase (PCR), a qual por meio de extração, amplificação e detecção do material genético da amostra vai identificar ou não a presença do M. tuberculosis. Pode também, além de identificar o patógeno, identificar mutações características de resistência aos principais fármacos, de primeira e segunda linha, utilizados no tratamento da tuberculose.

Tratamento

O tratamento para tuberculose está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e tem duração mínima de seis meses. Idealmente o tratamento é realizado em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO), em que um profissional da saúde acompanha o paciente durante o tratamento.

Geralmente são utilizados quatro fármacos no tratamento da tuberculose: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Caso seja identificada alguma resistência aos medicamentos, cabe ao médico indicar fármacos mais adequados a cada situação.

Como prevenir?

Existem algumas formas de prevenir a tuberculose, como o tratamento de infecção latente, a qual previne o desenvolvimento da infecção ativa, o controle da infecção, para evitar possíveis contágios, e a principal, a vacina BCG.

A vacina BCG está disponível pelo SUS e deve ser dada em crianças ao nascer, ou antes de completar 5 anos. A BCG protege a criança contra as formas mais graves da doença, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar.

Fonte: Kasvi