por CenterLab | mar 16, 2019 | Informativos
São Paulo — A indústria farmacêutica está a todo vapor fazendo a sua transformação digital em suas operações. Apesar dos avanços, apenas 20% das companhias podem ser consideradas digitalmente maduras, de acordo com estudo da Deloitte em parceria com o MIT Sloan Management Review, obtido com exclusividade pela revista EXAME.
A pesquisa aponta ainda que essa virada digital é prioridade para 58% das empresas e 79% esperam fazer um investimento significativo em iniciativas digitais nos próximos cinco anos.
A diferença entre uma companhia digitalmente madura e uma que ainda está em um estágio inicial de transformação é que a mais evoluída usa uma gama maior de ferramentas digitais e possui mais manejo para alterar rotas, caso seja necessário.
Além disso, tende a incentivar mais as trocas de experiências entre áreas distintas e até com outros negócios, como hospitais e planos de saúde, além de médicos e pacientes, o que acaba trazendo resultados melhores no longo prazo.
Embora o digital seja uma prioridade para mais da metade das empresas entrevistadas pelo MIT e pela Deloitte, há companhias que ainda encontram empecilhos pelo caminho, tais como a falta de uma visão clara, liderança inadequada e financiamento limitado.
Não à toa, mais de três quartos dos entrevistados (78%) disseram que suas organizações precisam encontrar novos líderes para ter sucesso na era digital. Apenas 20% afirmaram que suas companhias estão desenvolvendo líderes que possuem os recursos necessários para implementar essa transformação.
“As empresas da indústria farmacêutica precisam enfrentar bravamente os riscos, em vez de deixar que as preocupações atrasem seus esforços de transformação”, afirma Enrico De Vettori, sócio-líder para Life Science e Healthcare da Deloitte.
Fonte: Exame
por CenterLab | mar 11, 2019 | Informativos

As glicoproteínas são proteínas plasmáticas simples unidas a carboidratos. Formadoras de muco nos tecidos e nas secreções, elas também intervêm como componentes de ligamentos, tendões e cartilagens. Dentre estas um conjunto de proteínas são denominadas “proteínas de fase aguda”, que são aquelas cujo sua concentração aumenta ou diminui em resposta a um estímulo inflamatório. Grande parte destas proteínas executa funções específicas o que as torna muito importantes durante o processo inflamatório.
Mucoproteínas
As mucoproteínas são uma fração de glicoproteínas solúveis e fazem parte do conjunto das “proteínas de fase aguda”. O aumento das mucoproteínas ocorre em vários processos inflamatórios sépticos ou assépticos, agudos ou crônicos e ainda localizados ou sistêmicos, por exemplo: neoplasia, tuberculose, diabetes mellitus, cirrose hepática, psoríase, gota entre outras. Apesar de sua dosagem seriada ser utilizada com certo sucesso para acompanhar a resposta ao tratamento, a falta de especificidade limita muito o seu uso em termos de diagnóstico. Importante ressaltar que não existe correlação entre os níveis séricos de mucoproteínas, proteína C-reativa e antiestreptolisina.
Alfa-1-Glicoproteína Ácida (AGP)
A AGP é uma proteína plasmática sintetizada no fígado, sendo a principal constituinte das mucoproteínas. Também faz parte do conjunto de “proteínas de fase aguda” e apresenta concentração significativamente elevada na vigência de processos inflamatórios. Apesar de ser uma das proteínas mais extensamente estudadas, sua função biológica permanece obscura, constituindo em um achado não relacionado a qualquer doença específica. Logo os níveis de AGP não são úteis para o diagnóstico etiológico do processo inflamatório, porém auxilia no monitoramento da evolução do processo ou na resposta ao tratamento.
Sua concentração plasmática está geralmente elevada após 12 horas de instalado o processo inflamatório. Elevadas concentrações tem sido observadas em diversas condições, tais como: infecções agudas, artrite reumatoide, lúpus
eritematoso sistêmico, infarto agudo do miocárdio, cirurgia, traumatismos, neoplasias, queimaduras e insuficiência cardíaca congestiva. Baixas concentrações são observadas na gravidez e durante o tratamento com estrógeno.
Substituição da dosagem de mucoproteínas por alfa-1-glicoproteína ácida
A quantificação das mucoproteínas pelo método de Winzler não é citada em publicações internacionais há mais de duas décadas, tendo sido substituída amplamente pela quantificação da alfa-1-glicoproteína ácida (AGP) em países de primeiro mundo.
Diversas fontes de possível variação analítica estão relacionadas à determinação de mucoproteínas pelo método de Winzler, as quais podem ser alocadas conforme a fase do procedimento metodológico, ilustrado na figura abaixo:

Na fase de separação, o processo é temperatura dependente, sendo crítica a concentração do ácido perclórico, sua adição lenta e sob agitação à amostra de soro. Na fase de processamento, a qualidade do papel filtro utilizado é determinante, bem como a concentração do ácido fosfotúngstico e a força de centrifugação empregada na precipitação e sedimentação da mucoproteína. Na colorimetria, o cromógeno é dependente do pH alcalino do meio e, por conseguinte, da remoção do ácido utilizado na fase anterior.
A dosagem de AGP por imunoturbidimetria está disponível para uso nos laboratórios clínicos há cerca de três décadas, e vários laboratórios introduziram este ensaio em suas rotinas em substituição à quantificação das Mucoproteínas. Entre as vantagens dessa metodologia, podem ser citadas: menor tempo de análise, especificidade, reprodutibilidade, precisão e capacidade de automação do procedimento, ocasionando em resultados mais confiáveis.
Proteína C reativa (PCR)
A PCR é uma das proteínas de fase aguda induzidas por citocinas, cujos níveis aumentam durante uma resposta geral e inespecífica a infecções e processos inflamatórios não infecciosos. As concentrações de PCR são normalmente baixas no sangue de indivíduos saudáveis; 99% da população têm níveis abaixo de 10mg/L. Esse limiar é frequentemente excedido dentro de 4 a 8 horas após um evento inflamatório agudo, com valores de PCR atingindo aproximadamente 20 a 500mg/L. Como níveis elevados de PCR estão sempre associados a alterações patológicas, o ensaio de PCR fornece informações para o diagnóstico, terapia e monitoramento de doenças inflamatórias.
Substituição do PCR Látex pela Turbidimetria
Atualmente, existem diferentes métodos biológicos de medição para PCR. Os métodos mais conhecidos são: o qualitativo de aglutinação em látex e o quantitativo como a turbidimetria e a nefelometria. A turbidimetria é o método que utiliza os mesmos princípios aplicados na espectrofotometria clássica, e por isso, pode ser adaptada em qualquer equipamento de bioquímica automatizado. Dessa forma, é possível adicionar aos parâmetros bioquímicos de rotina, como glicose e colesterol, dosagens de proteínas específicas como a PCR. Esta pode ser considerada uma grande vantagem da turbidimetria em relação à nefelometria, visto que, a nefelometria requer um equipamento específico, e que nem sempre este se encontra disponível em laboratórios clínicos. Portanto, a utilização da turbidimetria para quantificar níveis de PCR torna possível o acompanhamento de processos inflamatórios de maneira mais precisa, rápida e prática.
Procalcitonina (PCT) – Novidade no controle da infecção sistêmica
A procalcitonina (PCT) é uma proteína precursora do hormônio calcitonina. É produzida pelas células parafoliculares (células C) da tiróide e pelas células neuroendócrinas do pulmão e intestino. O nível de PCT aumenta rapidamente após uma infecção bacteriana com consequências sistêmicas, atingindo seu nível máximo em 24 a 48 horas após a sepse. Em indivíduos saudáveis, as concentrações plasmáticas de PCT estão abaixo de 0.05 ng/mL, mas podem aumentar até 1.000 ng/mL em pacientes com sepse grave ou choque séptico.
Estudos diversos têm demonstrado que as concentrações de procalcitonina decaem rapidamente no processo de recuperação das infecções bacterianas. Dessa forma, tal composto tem sido considerado um biomarcador acurado para avaliar a resposta do hospedeiro, assim como um adjunto aos parâmetros clínicos tradicionais e de diagnóstico, auxiliando no monitoramento e manejo terapêutico de pacientes com infecções sistêmicas possíveis.
Alguns ensaios clínicos têm descrito a redução significativa da exposição de indivíduos a antimicrobianos quando a procalcitonina foi utilizada para guiar decisões quanto ao início da antibioticoterapia em pacientes de baixo risco e durante o tratamento de pacientes com alto risco, apesar dos resultados dos diferentes ensaios clínicos não terem sido avaliados em conjunto.
– AGP TURBIQUEST REF 356-1/38 ML LABTEST – COD. 99652

– PROCALCITONINA QUANTITATIVO 25 TESTES FINECARE WONDFO FIA – CÓD.: 01910

– PCT PROCALCITONINA KIT C/10 TESTES PARA F-LINE ECO FIA – CÓD. 02353

– PCR TURBIQUEST PLUS REF. 331-1/50 1X50 ML LABTEST – CÓD. 06405
Referências:
– Picheth et al. Mucoproteína versus alfa-1-glicoproteína ácida. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial.
– Rio de Janeiro, v. 38, n. 2, p. 87-91, 2002.
– Instruções de uso Labtest. AGP Turbiquest. Ref. 356.
– Instruções de uso Labtest. Mucoproteínas. Ref. 20.
– Turbidimetria- Látex PCR – Wama diagnóstica, disponível em:
<https://www.wamadiagnostica.com.br/noticias/turbidimetria-latex-pcr/> acesso em 08/03/2019.
por CenterLab | fev 19, 2019 | Informativos
O estado de São Paulo registrou 12 casos e seis mortes por febre amarela em janeiro de 2019. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde na tarde desta terça-feira (22). Ainda de acordo com a pasta, outros 32 casos estão em investigação.
O governo diz que está que está intensificando as ações nos municípios do Vale do Ribeira, região de maior incidência da doença.
A região concentra os 12 casos confirmados de febre amarela neste ano, dos quais seis evoluíram para óbitos. O balanço é de 21 de janeiro, segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE).
As vítimas se infectaram nos municípios de Eldorado (9 casos, 4 mortes); Jacupiranga (1 morte); Iporanga (1 morte) e Cananeia (1 caso).
Dos confirmados, 83,3% das vítimas são homens, com idade média de 45 anos e trabalhadores rurais – perfil tradicional registrado no país, aponta o governo estadual.
Para organizar os fluxos assistenciais, a pasta definiu um protocolo para que os casos suspeitos da doença sejam direcionados ao Hospital Regional do Vale do Ribeira, em Pariquera-Açu, referência em média e alta complexidade, onde o paciente passará por exames laboratoriais e poderá ser regulado a outros serviços SUS, caso necessário.
Em 2018, foram confirmados 502 casos contraídos em várias regiões do estado, e 175 óbitos. O período de maior índice de contaminação da doença ocorre de dezembro a maio. No último mês do ano passado, foram confirmados três casos, com duas mortes na região do Vale do Ribeira.
O governo afirma que a cobertura vacinal contra a febre amarela, em todo o estado, é de 65%, em média, com variações entre as regiões.
Capital
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, em 2018 foram registrados 107 casos importados da doença, dos quais 22 evoluíram para óbito. Em 2019, até o último dia 10 de janeiro, não foi confirmado nenhum caso de febre amarela na cidade.
Outros 13 casos autóctones (adquiridos no município) foram confirmados, sendo que seis evoluíram para óbito.
A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informa que a cobertura vacinal de febre amarela no município de São Paulo é de 76,03%, de acordo com dados provisórios até 17 de janeiro de 2019.
O número equivale a mais de 8,8 milhões de pessoas imunizadas contra a doença. A meta da SMS é atingir 95% de cobertura em todo o município.
A pasta afirma que tem realizado diversas estratégias para ampliar a vacinação. Dentre elas, a realização de dias de mobilização contra a febre amarela, a abertura de unidades em alguns finais de semana, busca ativa de pessoas não vacinadas, a disponibilização de postos volantes em shoppings, terminais urbanos e rodoviários, parques, estações de metrô e trem, entre outras medidas.
Vacinação
Todos os paulistas devem se vacinar contra a febre amarela, caso ainda não estejam imunizados. Moradores de qualquer região de São Paulo precisam se prevenir contra a doença, sobretudo aqueles que residem ou visitam áreas com vegetação densa.
A vacina, que está disponível na rotina dos postos da rede pública de saúde, deve ser tomada dez dias antes de viagens e/ou deslocamentos a áreas de mata para proteção efetiva.
A vacina é indicada para pessoas a partir dos 9 meses de idade. Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina os pacientes portadores de HIV positivo e transplantados.
Não há indicação de imunização para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses de idade e imunodeprimidos como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide).
Desde 2016, a Secretaria intensificou as ações de enfrentamento da febre amarela no Estado, por meio de monitoramento dos corredores ecológicos, vigilância epidemiológica e vacinação.
Além do reforço nas estratégias em locais que convencionalmente estavam no mapa de imunização, as áreas com indicação da vacina foram gradativamente ampliadas.
Fonte: G1
por CenterLab | fev 19, 2019 | Informativos
Os eletrólitos têm um papel importante na manutenção da homeostase no organismo. Nos mamíferos, os líquidos e eletrólitos estão distribuídos nos compartimentos intra e extracelular, cuja manutenção de volume e composição, é essencial para processos metabólicos fundamentais à vida, como a distribuição normal de água e a pressão osmótica das células.
Os eletrólitos sódio (Na+) e potássio (K+):
Considerando os fluídos corporais, o sódio (Na+) é o principal cátion extracelular, o potássio (K+) é o principal cátion intracelular. Ambos têm papel fundamental na manutenção da homeostase e equilíbrio eletrolítico no organismo.
As concentrações de Na+ e K+ são mantidas pela bomba Na-K ATPase das membranas plasmáticas, a qual transporta de forma ativa o Na+ para o exterior das células e K+ para o interior. As diferenças na composição entre o líquido intra e o extracelular são mantidas ativamente pela membrana celular, que é semipermeável (totalmente permeável à água e seletiva para outras substâncias como os íons). Como a água se difunde livremente através da barreira celular, seu movimento é determinado pelas alterações na concentração dos eletrólitos osmoticamente ativos (principalmente o sódio e o potássio) de cada lado da membrana. Pequenas variações na concentração destes íons podem provocar graves danos à saúde.
Neste contexto, a determinação dos eletrólitos é uma das mais importantes na clínica laboratorial, pois é através do controle de seus níveis que são mantidos a distribuição normal de água e pressão osmótica das células. A medição destes parâmetros, associados ao quadro clínico do paciente, auxilia o médico no diagnóstico e tratamento de diversas condições. São demandados em exames de rotina hospitalar e emergências.
Métodos utilizados na determinação:
Fotômetro de chama: princípio baseia-se na espectrometria atômica. Consiste na diluição da amostra com solução específica e utiliza-se equipamento dedicado, no qual são aspiradas as amostras e exposta à chama, promovendo a liberação de energia que são medidas em comprimentos de onda específicos ao eletrólito mensurado.
Eletrodos Íons Seletivos (ISE): princípio baseia-se na potenciometria. Consiste em equipamento ou módulo dedicado com uso de eletrodos específicos aos eletrólitos, por onde as amostras passam e são medidas as diferenças de potenciais.
Enzimático: princípio baseia-se na reação enzimática. Consiste na medição realizada nos analisadores bioquímicos (fotometria), os quais disponibilizem comprimento de onda específico, com controle da temperatura de reação e tempo (monitoramento da cinética).
Fonte: Labtest
por CenterLab | fev 18, 2019 | Informativos
De acordo com um texto publicado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) no último domingo (03), os médicos brasileiros estão autorizados a realizar consultas online, telecirurgias e telediagnósticos, entre outras formas de atendimento médico à distância. A nova Resolução (nº 2.227/18) estabelece a telemedicina como o exercício médico mediado por tecnologias que podem ser realizadas em tempo real (síncrona) ou off-line (assíncrona).
A nova norma, que substitui a de 2002, entra em vigor três meses após a data de sua publicação. Segundo o CFM, autarquia que regula a prática médica no Brasil, ela “abre portas à integralidade do Sistema Único de Saúde (SUS) para milhões de brasileiros, atualmente vítimas da negligência assistencial”. Segundo Carlos Vitas, presidente do Conselho, a medida beneficia aqueles que residem no interior do Brasil, em lugares que nem sempre os médicos estão dispostos a chegar, mas também favorece os grandes centros, onde a demanda por atendimentos médicos em geral é bastante elevada.
Consultas online, telediagnóstico e telecirurgias
A resolução estabelece a teleconsulta como a consulta médica remota, mediada por tecnologias, com médico e paciente em diferentes espaços geográficos. Entretanto, o primeiro contato deve ser presencial, com exceção de pacientes que residem em comunidades geograficamente remotas, como florestas e plataformas de petróleo. Esses, por sua vez, podem participar de consultas virtuais, desde que estejam acompanhados por um profissional da saúde.
O texto assegura ao paciente a garantia da confidencialidade das informações registradas nos dispositivos digitais, para que não haja vazamento de informações trocadas entre médico e paciente. Além disso, será necessária a concordância e autorização do paciente, ou seu representante legal, sobre a transmissão ou gravação das suas imagens e dados.
Desse modo, o consentimento do paciente deve ser por escrito e assinado. Para garantir a segurança das informações, os dados e imagens dos pacientes deverão trafegar por meio de uma infraestrutura que assegure a “guarda, manuseio, integridade, veracidade, confidencialidade, privacidade e sigilo profissional das informações”.
A emissão de laudo ou parecer de exames, por meio de gráficos, imagens e dados enviados pela internet, é definida como telediagnóstico, que deve ser realizado por médico com Registro de Qualificação de Especialista (RQE) na área relacionada ao procedimento. A teleinterconsulta ocorre quando há troca de informações e opiniões entre médicos, com ou sem a presença do paciente, para auxílio diagnóstico ou terapêutico, clínico ou cirúrgico. É muito comum, por exemplo, quando um médico de família e comunidade precisa ouvir a opinião de outro especialista sobre determinado problema do paciente.
Na telecirurgia, o procedimento é feito por um robô, manipulado por um médico que está em outro local. A Resolução do CFM estabelece, no entanto, que o procedimento deve ser realizado em locais com infraestrutura adequada e que, além do cirurgião remoto, um cirurgião local deve acompanhar o procedimento para realizar, se necessário, a manipulação instrumental.
A teleconferência de ato cirúrgico, por videotransmissão síncrona – ou seja, on-line -, também é permitida, desde que o grupo receptor das imagens, dados e áudios seja formado por médicos. A teletriagem médica ocorre quando o médico faz uma avaliação, à distância, dos sintomas para a definição e direcionamento do paciente ao tipo adequado de assistência necessária.
Já a teleorientação vai permitir a declaração de saúde para a contratação ou adesão a plano de saúde. Na teleconsultoria, médicos, gestores e profissionais de saúde poderão trocar informações sobre procedimentos e ações de saúde. Por fim, o telemonitoramento, muito comum em casas de repouso para idosos, vai permitir que um médico avalie as condições de saúde dos residentes.
Para o relator da resolução, uma das diferenças entre a regulamentação brasileira e a dos Estados Unidos ou da União Europeia, onde já existem normas para este tipo de atendimento, é a rigidez para com a segurança das informações. Segundo a norma do CFM, cabe ao médico preservar todos os dados trocados por imagem, texto ou áudio entre médicos, pacientes e profissionais de saúde.
Fonte: Labtest