Qual o impacto das mudanças climáticas na saúde humana? Entenda

Qual o impacto das mudanças climáticas na saúde humana? Entenda

Evidências crescentes têm mostrado a relação entre clima extremo e doenças cardiovasculares e respiratórias; especialistas alertam e explicam como reduzir efeitos.

O impacto das mudanças climáticas pode ir muito além dos danos ao meio ambiente. Diversos estudos já apontaram que ondas de calor e de frio mais intensas, maior nível de poluição atmosférica e eventos climáticos extremos apresentam riscos graves para a saúde humana.

Em estudo publicado em junho de 2024, especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) reuniram evidências científicas que mostram que as mudanças climáticas podem levar a complicações de saúde importantes e potencialmente fatais, principalmente entre mulheres grávidas, recém-nascidos, crianças e idosos.

Os autores dos estudos observaram, por exemplo, que os nascimentos prematuros têm acontecido com maior incidência durante as ondas de calor, aumentando o risco de morte infantil. Segundo a OMS, a cada 1 °C adicional na temperatura mínima diária acima de 23,9 °C aumenta o risco de mortalidade infantil em até 22,4%.

Além disso, os pesquisadores ressaltam que o calor extremo está associado ao maior risco de ataque cardíaco e dificuldades respiratórias por pessoas mais velhas.

Impactos para saúde respiratória
De acordo com Eduardo Algranti, coordenador da Comissão Científica de Doenças Respiratórias Ambientais e Ocupacionais da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o aumento da temperatura global causada pelo aquecimento global pode favorecer a presença no ar de substâncias que irritam as vias aéreas, como o ozônio.”Além disso, o aumento da temperatura leva a fenômenos que o acompanham, como chuvas intensas, inundações, secas, queimadas, incêndios. Essa série de fenômenos meteorológicos tem uma influência em relação à qualidade do ar e na saúde respiratória”, afirma Algranti.Segundo o especialista, entre as populações mais vulneráveis a complicações de saúde causadas pelas mudanças climáticas estão os idosos. “Eles podem ser mais fragilizados por conta de desidratação. Além disso, a maior umidade dentro de casa, devido ao calor, aumenta a presença de mofo no ambiente, o que aumenta o risco de reações alérgicas”, diz.Outro ponto importante destacado pelo especialista é a poluição do ar. Segundo estudo publicado recentemente na revista Nature, esse já é um dos principais fatores de risco para o câncer de pulmão, mesmo em pessoas que nunca fumaram. Além disso, a poluição atmosférica já é considerada um agente cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), da OMS.

“Isso significa que há evidências, não só experimentais em laboratórios, mas também em humanos, sobre o aumento do risco de câncer, principalmente o câncer de pulmão, pela poluição”, afirma Algranti. “A poluição é composta por partículas de substâncias sólidas, gases e vapores. Quando há um número grande de substâncias sólidas, elas podem absorver outros produtos químicos que são cancerígenos, como os hidrocarbonetos policíclicos. Isso é um fator superimportante [para o risco de câncer]”, completa.Porém, o especialista ressalta que, além do aumento da temperatura, ondas de frio mais intensas também podem trazer riscos à saúde e estão mais frequentes diante das mudanças climáticas. “Os riscos relacionados ao frio já são mais conhecidos: há uma tendência maior de circulação de vírus como influenza [gripe], covid, coqueluche, entre outros, que se replicam melhor em temperaturas mais baixas”, afirma.

Impactos para a saúde cardiovascular

As mudanças climáticas também representam um risco para a saúde cardiovascular. De acordo com Ricardo Pavanello, membro do Conselho Administrativo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), temperaturas extremas estão associadas a mudanças no tônus das artérias, causando vasoconstrição e hemoconcentração. Em outras palavras, há o aumento da pressão arterial e engrossamento do sangue, favorecendo a formação de coágulos.”Existem, também, interferências inflamatórias, desencadeadas a partir das citocinas, que são marcadores inflamatórios. Isso aumenta o risco de eventos cardiovasculares, como infarto e AVC [acidente vascular cerebral ou derrame] e, também, de câncer”, afirma Pavanello. “Esse é um impacto muito negativo, porque as doenças cardiovasculares e o câncer são as duas primeiras causas de óbito, e ambas estão sendo impactadas pelas mudanças ambientais.”

Um estudo publicado em abril de 2024 na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia, mostrou que as mudanças climáticas podem estar associadas ao aumento da mortalidade e da incapacidade por AVC. Em 2019, ocorreram 521.031 mortes por AVC associadas a temperaturas não ideais, segundo a pesquisa.Segundo os pesquisadores, diante de temperaturas mais baixas, os vasos sanguíneos de uma pessoa podem se contrair, aumentando a pressão arterial. A hipertensão arterial é um fator de risco para o acidente vascular cerebral. Temperaturas mais altas podem causar desidratação, afetando os níveis de colesterol e resultando em fluxo sanguíneo mais lento, fatores que também podem levar ao AVC.

Aumento de vetores para doenças infecciosas
Outro ponto relevante é o aumento de vetores de doenças como dengue, zika, chikungunya, Chagas e malária. As mudanças climáticas podem expandir as áreas de distribuição de mosquitos, aumentando a incidência de arboviroses, de acordo com o Ministério da Saúde.A pasta reforça, ainda, que eventos climáticos extremos, especialmente inundações, podem aumentar o risco de doenças infecciosas como leptospirose, transmitida por meio da exposição direta ou indireta à urina de vários animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira.

Além da leptospirose e da dengue, o Ministério da Saúde alerta para o risco de propagação de outras doenças em decorrência da contaminação da água, como diarreia, cólera, febre tifoide, hepatite A, giardíase, amebíase e verminoses.

Riscos para a saúde mental também existem
A Associação Americana de Psicologia já usa um termo para definir o impacto das mudanças climáticas na saúde mental: ecoansiedade. De acordo com a entidade, ele significa o “medo crônico da catástrofe ambiental”.Um estudo publicado em 2021 na revista científica The Lancet Planet Health, realizado com mais de 10 mil crianças e jovens (entre 16 e 25 anos) de dez países, incluindo o Brasil, mostrou que a preocupação com as alterações climáticas era comum entre os entrevistados.De acordo com a pesquisa, 59% se diziam muito ou extremamente preocupados com as mudanças climáticas; 89% estavam, pelo menos, moderadamente preocupados. Mais de 50% dos entrevistados relataram cada uma das seguintes preocupações: tristeza, ansiedade, raiva, impotência, impotência e culpa. Mais de 45% dos entrevistados disseram que os seus sentimentos sobre as alterações climáticas afetaram negativamente a sua vida diária.

Além disso, 75% dos entrevistados disseram que pensam que o futuro é assustador e 83% afirmaram que acham que as pessoas falharam em cuidar do planeta.Outra pesquisa recente, realizada no campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP) revelou o impacto de fenômenos extremos na saúde mental dos estudantes: 78% se disseram muito preocupados e quase 90% afirmaram acreditar que as emergências climáticas podem acabar com a vida humana na Terra. Boa parte também associou o tema ao pior desempenho acadêmico e à má qualidade do sono.

O que pode ser feito para prevenir?
Para Pavanello, a prevenção de doenças cardiovasculares decorrentes do impacto das mudanças climáticas é feita com a conscientização acerca das questões ambientais.”Embora a mortalidade por doenças cardiovasculares tenha reduzido um pouco em países de renda mais alta, naqueles de renda mais baixa houve um aumento. Então, estamos na contramão do que deveria estar acontecendo. Nós já temos tratamento, mas estamos pecando nesse ponto de reduzir o impacto ambiental e se preocupar com o contexto do problema ecológico ao redor do mundo”, afirma.

Para Algranti, as soluções devem ser pensadas de acordo com as condições enfrentadas por cada região. “Cada local deve se adequar ao clima e aos fenômenos que acontecem com mais frequência. Em São Paulo, por exemplo, temos um grande problema que é a poluição veicular e um tráfego muito intenso, o que, obviamente, é um fator que agrava qualquer fenômeno climático”, afirma. “Nós não vamos conseguir interferir no fenômeno climático a curto prazo. Temos que mitigar o que é possível mitigar, como reduzir a poluição veicular e melhorar a drenagem do solo, por exemplo”, completa.Além disso, os especialistas listam medidas caseiras para evitar sintomas e impactos na saúde relacionados ao clima extremo, como:

  • Manter a vacinação em dia, para evitar infecções respiratórias;
  • Manter hábitos mais saudáveis de vida;
  • Evitar o tabagismo, pois isso aumenta a possibilidade de irritação nas vias aéreas;
  • Evitar o exercício físico nas horas de temperaturas mais extremas (seja calor ou frio);
  • Manter a hidratação adequada;
  • Vedar as janelas, no caso de viver em áreas suscetíveis a queimadas;
  • Manter a umidade interna da casa em dias de tempo seco (com toalhas molhadas ou umidificadores de ar).

Fonte: CNN Brasil –  Gabriela Maraccini, da CNN

Arboviroses e seus sintomas

Arboviroses e seus sintomas

Arboviroses e seus sintomas
As arboviroses que são doenças causadas por vírus chamados Arbovírus, termo esse que deriva da expressão inglesa ARthropod BOrne VIRUSES, adotada em 1942 para designar grupo de infecções virais cujos agentes foram isolados de animais que tinham participação na etiologia das encefalites, têm sido motivo de grande preocupação em saúde pública em todo o mundo. Esse conjunto é composto por centenas de vírus que compartilham a característica de serem transmitidos por artrópodes, em sua maioria mosquitos hematófagos, embora não tenham necessariamente relação filogenética. Os vírus mais importantes para a saúde humana são os transmitidos por culicídeos, principalmente dos gêneros Culex e Aedes (figura 1), embora existam arbovírus transmitidos por outros artrópodes, como flebotomíneos e também por carrapatos. Esses em geral, circulam entre os animais silvestres, com alguma especificidade por hospedeiros e mantendo-se em ciclos enzoóticos em poucas espécies de vertebrados e invertebrados. O homem ou animais domésticos, geralmente, são hospedeiros acidentais.

Os arbovírus são encontrados em todo o mundo e atualmente existem aproximadamente 545 espécies conhecidas, entre as quais mais de 200 são veiculadas por mosquitos sendo que 150 delas causam doenças em seres humanos. A maior parte desses vírus pertence aos gêneros Alphavirus (família Togaviridae) e Flavivirus (família Flaviviridae); outros membros de importância para a saúde humana são das famílias Bunyaviridae, Reoviridae e Rhabdovirida. Esse grupo de RNA vírus apresenta grande plasticidade genética e alta frequência de mutações, o que permite adaptações a hospedeiros vertebrados e invertebrados.

Foto Mosquito

 

No atual contexto epidemiológico brasileiro, os arbovírus pertencentes da família Flavivirus de maior circulação são DENV (Dengue), ZIKV (Zika) e da família Togavirus, CHIKV (Chikungunya), tendo eles como principal transmissor o mosquito Aedes aegypti.

Já está bem documentada a dramática disseminação de dengue no Brasil nos últimos anos, com aproximadamente um milhão e meio de casos prováveis em 2022, com 1016 óbitos e com taxa de incidência de 679,9 casos por 100 mil habitantes. Outro arbovírus emergente é o CHIKV, que iniciou expansão pandêmica a partir de 2004. No Brasil, detectou-se sua transmissão autóctone em setembro de 2014 no Amapá, disseminando-se por outros estados
brasileiros. Além disso, em 2022 ocorreram 174.517 casos prováveis de Chikungunya com taxa de incidência de 81,8 casos por 100 mil hab.

Com relação aos dados de ZIKV, identificado pela primeira vez em Uganda em 1947, e que partir de abril de 2015foi confirmado sua transmissão autóctone no Brasil, ocorreram 9.600 casos prováveis em 2022, correspondendo a umataxa de incidência de 4,3 casos por 100 mil habitantes no País.

Sintomas de Arboviroses
Os sintomas das arboviroses variam muito, já que sua única característica m comum é o fato de serem transmitidos por artrópodes. No entanto, dentro das subclassificações das arboviroses, algumas costumam ter sintomas semelhantes. Por exemplo, são os sintomas da Dengue, Zika Vírus e Febre Chikungunya (figura 2):

tabela sintomas

 

A perplexidade diante da disseminação de ZIKV e CHIKV e seu impacto no Brasil foram suficientes para se estabelecer situação de emergência em saúde pública pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde, quase dois anos após a entrada dos vírus no País. Esse quadro implicou em intensa mobilização de recursos e articulações entre estados e municípios para enfrentar a circulação viral, que tomou grandes proporções. Nesse contexto, a investigação e a suspeita de outros arbovírus devem fazer parte das rotinas da vigilância epidemiológica e das preocupações da saúde pública nacional para prever novas emergências. Por outro lado, são essenciais os esforços para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de exames diagnósticos ágeis, sensíveis e com pequena reação cruzada com outras arboviroses; imunobiológicos específicos e síntese de medicamentos antivirais, principalmente diante da infecção de gestantes pelo ZIKV. Ações conjuntas em pesquisa e o combate aos vetores podem ter impacto na expansão de vírus emergentes, como a infecção por DENV, CHIKV e ZIKV, as maiores preocupações do momento no País.

A centerlab disponibiliza em seu portfólio uma completa linha de produtos para diagnóstico de Arboviroses. Os testes sorológicos (Teste Rápido) e sistema de imunoensaio fluorescência quantitativo e qualitativo linha F Line da eco diagnóstico.

 

Testes

Arbovirose por Fluorescência – ECO F-Line

A linha F-Line da Eco Diagnóstico possui uma gama completa de testes por fluorescência para diagnóstico de arboviroses causadas pelo vírus da Dengue, Zika ou Chikungunya. Utilizando a linha F-Line da Eco Diagnóstica você tem:

– Exames mais sensíveis e específicos do que os testes rápidos;
– Metodologia confirmatória;
– Resultado em poucos minutos;
– Dispensa necessidade de terceirização dos exames;
– Linha exclusiva;
– Diferencial para o seu laboratório.

 

F Line

 

Referencias Bibliográficas:
– Infectologista Helena Brígido (CRM-PA: 4.374), membro do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia.
– Infectologista Otelo Rigato Jr. (CRM-SP: 57.775), doutor em infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e médico infecto do Sirio LibanêsMinistério da Saúde
– Eco Diagnóstico.
– D i s p o n í v e l e m : h t t p s : / / w w w . s c i e l o . b r / j / r s p / a / N y m 8 D K d v f L 8 B 3 X z m W Z B 7 h J H / ?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 17/04/2023.
– Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arbov%C3%ADrus. Acesso em: 17/04/2023. D i s p o n í v e l e m : h t t p s : / / w w w . g o v . b r / s a u d e / p t – b r / c e n t r a i s – d e – c o n t e u d o / p u b l i c a c o e s / b o l e t i n s / e p i d e m i o l ó g i c o s / e d i c o e s / 2 0 2 3 / b o l e t i m – e p i d e m i o l o g i c o – v o l u m e – 5 4 – n o 0 1 / # : ~ : t e x t =Com%20rela%C3%A7%C3%A3o%20aos%20dados%20de,Figura%205%2C%20Figura%207C). Acesso em: 17/04/2023.

Minas tem 180 casos prováveis de dengue por dia em 2020

Minas tem 180 casos prováveis de dengue por dia em 2020

Dado mais que dobrou em relação ao boletim anterior. Estatística soma os diagnósticos suspeitos aos confirmados.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou novo boletim da dengue na última terça-feira (28) e mais uma vez os números da doença aumentaram significativamente em Minas Gerais na comparação com o levantamento anterior. Os casos prováveis, por exemplo, mais que dobraram e sofreram um salto de 2.246 para 4.671 – o que dá uma média de 180 diagnósticos suspeitos e confirmados por dia nos 853 municípios.

As mortes investigadas também aumentaram de três para quatro, devido a uma nova suspeita em Iturama, no Triângulo mineiro. As outras três mortes pela dengue ainda investigadas em Minas Gerais neste ano estão distribuídas em Medina (Vale do Jequitinhonha), Além Paraíba (Zona da Mata) e Campo Belo (Centro-Oeste).

Vale lembrar que nem todos os diagnósticos prováveis e mortes sob suspeição aconteceram no período de sete dias, mas sim que eles passaram a fazer parte do levantamento nesse intervalo de tempo.

Ao mesmo tempo, 11 cidades tem incidência muito alta da doença, isto é, mais de 500 casos por 100 mil habitantes. Dessas, apenas Campo Belo, no Centro-Oeste mineiro, não estava na lista da semana passada.

As outras são em incidência muito alta são Josenópolis (Norte), Bandeira (Vale do Jequitinhonha), Inhaúma (Central), Tocantins (Zona da Mata), São Pedro dos Ferros (Zona da Mata), São José da Varginha (Central), Tumiritinga (Vale do Rio Doce), Rodeiro (Zona da Mata), Pingo d’Água (Vale do Rio Doce) e Leme do Prado (Vale do Jequitinhonha).

Há, ainda, três cidades com incidência alta, 23 em média, 272 em baixa e 544 sem registro de caso provável.

 Quadros graves e alarmantes

Outra informação trazida pelo levantamento da Saúde estadual diz respeito aos casos de dengue classificados como graves e como alarmantes em Minas Gerais.

Turmalina e Medina, ambas no Vale do Jequitinhonha, e Iturama, no Triângulo, abrigam os três pacientes com quadros clínicos graves.

Enquanto isso, sintomas alarmantes aparecem em 14 moradores do estado. Cinco deles, inclusive, vivem na Grande BH: quatro na capital mineira e outro em Nova Lima. Uberlândia e Uberaba, no Triângulo mineiro, são outras grandes cidades moradores nesta situação – dois e um, respectivamente.

No ano passado, Minas Gerais enfrentou uma epidemia da doença transmitida pelo Aedes aegypti. Foram 482.556 casos, o que deu mais de 50 diagnósticos por hora no estado – a segunda maior quantidade da década, perdendo apenas para 2016. Quanto aos óbitos, em 2019 foram confirmados 173 e 98 permanecem em investigação.

”Salto” na febre chikungunya

O aumento substancial de casos prováveis não fica restrito à dengue. Na semana passada, a Saúde estadual informou que 44 pessoas tinham casos prováveis da febre chikungunya, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No levantamento desta semana, o quadro subiu para 82, sendo um em gestante. Não houve mortes.

Outra enfermidade ligada ao inseto é o zika vírus. E, novamente, salto nos casos prováveis, que saíram de 11 para 34. São, até o momento, 11 casos prováveis da doença em Minas Gerais, sendo três em gestantes. No ano passado, foram 702.

Fonte: Eco Diagnóstica

Diagnóstico rápido

Diagnóstico rápido

A área da saúde, especialmente o setor de diagnóstico laboratorial, vêm experimentando uma grande e contínua evolução tecnológica nas últimas décadas. Os médicos, cada vez mais, necessitam de um diagnóstico rápido e preciso, possibilitando assim uma tomada de decisão precoce, com um impacto direto no desfecho clínico e nos custos ao sistema de saúde como um todo. Acompanhando essa demanda, foram desenvolvidos aparelhos compactos, confiáveis, de fácil e intuitiva operação, capazes de fornecer resultados rápidos, para serem utilizados dentro e até mesmo fora do ambiente do Laboratório Clínico. Tais instrumentos, devido a estas características, são conhecidos como point-of-care testing (do acrônimo POCT), também chamados de testes laboratoriais remotos (TLR), testes descentralizados ou testes à beira do leito.

O diagnóstico rápido está em expansão, principalmente durante a pandemia do novo coronavírus. Através da tecnologia Point of Care – POCT, é possível testar diversos tipos de doenças de forma descentralizada. A realização dos testes necessita apenas de uma pequena amostra do paciente – sangue, saliva e etc a depender do tipo de exame a ser realizado.

Equipamento F-line
A linha de equipamentos F-Line possui um menu completo com atualmente 31 parâmetros para diagnóstico abrangendo marcadores cardíacos, tumorais, hormonais e inflamatórios além de marcadores para doenças respiratórias, doenças infecciosas e as arboviroses, além disso vários outros testes estão em desenvolvimento e processo de registro.

A ECO Diagnóstica possui os controles de qualidade externos e internos valorados pela Controllab que permitem monitorar os processos frente às diferentes variáveis que podem interferir na rotina analítica. O sistema F-Line utiliza cassete com código de barras 2D, sem a necessidade de chip, o qual possui área exclusiva para identificação do paciente além de informações de lote, validade, e procedimento do teste (simples, fácil, prático e rastreável).

Menu de Testes
Parâmetros Semi-Quantitativos
Nos parâmetros semi-quantitativos o resultado do teste de uma amostra é dado como Reagente / Pos (+) ou Não reagente / Neg (-) com um valor COI (índice de corte). O valor de COI é uma representação numérica calculada de acordo com o sinal de fluorescência medido e dividido por um valor de corte apropriado.

ꞏDoenças Respiratórias
Covid Ag: Imunoensaio fluorescente para detecção qualitativa do antígeno proteico do nucleocapsídeo específico do SARS-CoV-2, em amostras humanas de swab da nasofaringe e swab nasal. Esse ensaio é útil para auxiliar o diagnóstico de infecção por coronavírus.

Covid IgG/IgM: Imunoensaio fluorescente para detecção qualitativa de anticorpos ligantes, com possível função neutralizante, IgG e IgM anti-SARS-CoV-2 específicos para proteína N e proteína S1 (RBD), em amostras humanas de sangue total ou soro. Esse ensaio é utilizado como teste de triagem inicial para auxiliar no diagnóstico de pacientes com sintomas clínicos da COVID-19.

Covid/Flu/A/B: Imunoensaio fluorescente para detecção qualitativa de antígenos do SARS-CoV-2, Influenza A e Influenza B em amostras humanas de swab da nasofaringe. Esse ensaio é destinado para o auxílio no diagnóstico precoce de SARS-CoV-2, Influenza A e Influenza B distinguindo os antígenos alvo utilizando uma única amostra e um único dispositivo teste.

Covid nAb (neutralizante): Imunoensaio fluorescente para medição qualitativa de anticorpos neutralizantes circulantes contra SARS-CoV-2 em amostras humanas de soro. Os anticorpos neutralizantes desempenham um papel importante na eliminação do vírus e têm sido considerados um produto imunológico chave para proteção ou tratamento contra doenças virais.

Influenza A/B: Imunoensaio fluorescente para detectar a infecção por Influenza A/B em amostras humanas de swab nasal e de nasofaringe, lavagem ou aspirado de nasofaringe. Esse ensaio é destinado para o auxílio no diagnóstico de Influenza A e Influenza B distinguindo os antígenos alvo utilizando uma única amostra e um único dispositivo teste.

RSV Ag: Imunoensaio fluorescente para a detecção do antígeno RSV (Vírus Sincicial Respiratório) presente em amostras de swab de nasofaringe ou amostras de aspirados/lavados de nasofaringe de pacientes com sintomas de infecção respiratória viral. Esse ensaio auxilia a obtenção de um diagnóstico clínico confiável do RSV e dar suporte para a tomada de decisões relativas ao tratamento.

Legionella Ag: Imunoensaio fluorescente utilizado para a detecção qualitativa do antígeno de Legionella pneumophila sorogrupo 1 presente em amostras de urina de pacientes com sintomas de pneumonia. Esse ensaio auxilia de forma fácil e precisa a identificação de Legionella Ag a partir da amostra de urina humana.

S. Pneumoniae Ag: Imunoensaio fluorescente para a detecção qualitativa de antígenos de S. pneumoniae em amostras humanas de urina de pacientes com sintomas respiratórios. Esse ensaio irá auxiliar no diagnóstico precoce e dificultar a disseminação de bactérias S. pneumoniae.

Strep A Ag: Imunoensaio fluorescente para a detecção de antígeno estreptocócico do grupo A (Strep A) presente em amostras de garganta de pacientes com sintomas clínicos. Esse ensaio auxilia o diagnóstico clínico confiável de infecção por Estreptococo do grupo A e possibilita decisões de tratamento de suporte.

Adenovírus Ag: Imunoensaio fluorescente para detectar a infecção por Adenovírus em amostras humanas de swab nasal e swab nasofaríngeo. Esse ensaio fornece um sistema significativamente rápido, fácil e preciso para identificar o antígeno alvo em uma amostra nasofaríngea.

ꞏDoenças Infecciosas
HCV Ab: Imunoensaio fluorescente para a detecção de anticorpos específicos para o vírus da hepatite C (HCV) em amostras de soro humano, plasma e sangue total de pacientes com sintomas de infecção por HCV. Esse ensaio auxilia o diagnóstico clínico confiável do HCV e permitir decisões de tratamento e suporte.

ꞏArboviroses
Dengue IgG/IgM: Imunoensaio fluorescente para a detecção de anticorpos IgG e IgM contra o vírus da dengue em amostras de soro humano, plasma ou sangue total. Esse ensaio é utilizado como teste de triagem inicial para auxiliar no diagnóstico de pacientes com sintomas clínicos de Dengue.

Dengue NS1: Imunoensaio fluorescente para a detecção de antígenos NS1 de Dengue em amostras humanas de soro, plasma ou sangue total. Esse ensaio é destinado a auxiliar o diagnóstico precoce da infecção pelo vírus da Dengue.

ChikV IgG/IgM: Imunoensaio fluorescente para a detecção de anticorpos IgG/ IgM contra o vírus Chikungunya em amostras humanas de soro, plasma ou sangue total. Esse ensaio é utilizado como teste de triagem inicial para auxiliar no diagnóstico de pacientes com sintomas clínicos de Chikungunya.

Zika Ag: Imunoensaio fluorescente para a detecção de antígenos específicos de Zika em amostras humanas de soro, plasma ou sangue total de pacientes com sintomas de infecção pelo vírus da Zika. Esse ensaio é destinado a auxiliar no diagnóstico precoce da infecção pelo vírus Zika.

Zika IgG/IgM: Imunoensaio fluorescente para detecção de anticorpos específicos IgG/IgM contra o vírus da Zika presentes em amostras humanas de soro, plasma ou sangue total de pacientes com sintomas de infecção pelo vírus da Zika. Esse ensaio auxilia no diagnóstico clínico confiável de infecção pelo vírus Zika e permite decisões de suporte e tratamento.

Parâmetros Quantitativos
ꞏMarcadores cardíacos
Os marcadores cardíacos são substâncias liberadas na circulação imediatamente após a lesão cardíaca. São utilizados para diagnosticar e auxiliar na terapêutica de pacientes com Síndrome Coronariana.

Troponina I: Imunoensaio fluorescente para a determinação quantitativa dos níveis totais de Troponina I (TnI) em soro e sangue total. Esse ensaio auxilia no diagnóstico de infarto do miocárdio e permitindo a tomada de decisões no tratamento de suporte.

CK-MB: Imunoensaio fluorescente para a determinação quantitativa dos níveis da isoenzima creatina quinase-MB (CK-MB) em amostras humanas de soro e sangue total. Esse ensaio auxilia no rastreio e monitoramento do infarto do miocárdio.

hs PCR: Imunoensaio e reflectometria para a detecção quantitativa da PCR ultrassensível (hsPCR) em amostras de soro, plasma e sangue total. A medição da PCR fornece informações para a detecção e avaliação de infecções, lesões teciduais, distúrbios inflamatórios e doenças cardiovasculares.

D-Dímero: Imunoensaio fluorescente para a determinação quantitativa de D-Dímero em amostras humanas de sangue total e plasma. Esse ensaio é destinado a identificar D-Dímero em amostras humanas de plasma e sangue total como auxílio no diagnóstico de doença tromboembólica.

NT-ProBNP: Imunoensaio fluorescente para a determinação quantitativa do precursor N-terminal do peptídeo natriurético cerebral (NT-proBNP) em amostras humanas de sangue total, soro e plasma. Esse ensaio auxilia no diagnóstico de insuficiência cardíaca aguda e crônica.

ꞏHormônios
Marcadores hormonais são substâncias produzidas por glândulas do sistema endócrino e liberados na corrente sanguínea. São utilizados para diagnosticar e monitorar diversas desordens endócrinas.

β-HCG: Imunoensaio fluorescente para a determinação quantitativa dos níveis de β-hCG em amostras de soro humano e sangue total. Esse ensaio é destinado a ser usado como um auxiliar na detecção precoce da gravidez.

LH: Imunoensaio fluorescente para medir o nível do hormônio luteinizante (LH) em amostras humanas de soro, plasma e sangue total. A medição quantitativa do LH é usada para avaliar os problemas de fertilidade, a função dos órgãos reprodutivos (ovários ou testículos), para detectar a ovulação, avaliar a função pituitária, ou avaliar a maturação sexual precoce ou tardia (puberdade) em crianças.

TSH: Imunoensaio fluorescente para a medição de TSH em amostra de soro e sangue total. A medição quantitativa do TSH é útil no diagnóstico de hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

T4 Livre: Imunoensaio fluorescente para detecção de tiroxina (T4) em amostras humanas de soro. Esse ensaio pode indicar melhor a disfunção tireoidiana, uma vez que o T4 livre é mais sensível a alterações nas proteínas de ligação ao soro.

ꞏMarcadores Tumorais
Marcador tumoral é uma substância encontrada no sangue, urina ou tecidos biológicos que numa concentração superior a um determinado nível pode indicar a existência de um câncer. Embora um nível anormal de um marcador de tumor pode sugerir a presença de câncer, isto, por si só, não é suficiente para diagnosticar.

PSA: Imunoensaio fluorescente usado para medir o Antígeno Prostático Específico (PSA) em amostras de soro humano, plasma e sangue total. A medição quantitativa do PSA é útil no diagnóstico da avaliação do câncer de próstata, hiperplasia benigna da próstata (HBP), ou prostatite.

Sangue Oculto (FOB): Teste imunoquímico fecal (FIT) para detecção e quantificação de hemoglobina (Hb) em amostras fecais. O teste quantitativo ECO F FOB pode ser usado para detectar o sangramento em excesso do canal gastrointestinal inferior (doença inflamatória intestinal e programas de rastreamento do câncer colorretal). Esse ensaio fornece uma ferramenta confiável e conveniente para a quantificação de sangue oculto nas fezes.

F200

ꞏMetabólitos
É o produto do metabolismo das mais diversas substâncias em organismos vivos. Em resumo, seria o resíduo que sobra depois que o organismo aproveita a parte útil do alimento.

Hba1c: Imunoensaio fluorescente para a detecção quantitativa de HbA1c (hemoglobina glicada) humana em amostras de sangue total venoso ou capilar. Esse ensaio é destinado para monitorar o controle glicêmico em pessoas com diabetes.

U-Albumina: Imunoensaio fluorescente para medição quantitativa da albumina em amostras de urina humana. Maiores quantidades de albumina e proteína podem aparecer na urina em condições de dano renal, podendo levar à doença renal crônica. O teste de albumina pode ser feito em uma amostra de urina coletada aleatoriamente(geralmente a primeira urina da manhã), uma amostra coletada em um período de 24 horas ou uma amostra coletada em um período específico de tempo, como 4 horas ou durante a noite.

ꞏInflamação
PCT: Imunoensaio fluorescente para detecção quantitativa de procalcitonina (PCT) em amostras de soro, plasma e sangue total. A mensuração de procalcitonina é utilizada no diagnóstico de infecção bacteriana e sepse.

PCR: Imunoensaio e reflectometria utilizando partículas de látex coloridas para a detecção quantitativa do nível de proteína C reativa (PCR) em amostras de soro humano, plasma e sangue total. A medição da PCR fornece informações para a detecção e avaliação de infecções, lesões teciduais, distúrbios inflamatórios e doenças associadas.

Além dos ensaios acima citados, diversos outros ensaios estão em desenvolvimento aguardando liberação da ANVISA.

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Bibliografia: Instruções de uso kits linha F-line. Eco Diagnóstica; Manual do usuário – Eco Reader F200. Eco Diagnóstica; Labor News; Eco Diagnostica.

Em tempos de Coronavírus, Brasil entra em alerta com novo surto de dengue

Em tempos de Coronavírus, Brasil entra em alerta com novo surto de dengue

Mesmo com a atenção de todo o planeta voltada para o novo Coronavírus, o Brasil ainda luta contra um antigo inimigo, registrando novamente números preocupantes de dengue. Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado neste mês de março pelo Ministério da Saúde, o país retornou à zona endêmica, registrando mais de 131 mil novos casos prováveis em 2020, entre eles dezenas de óbitos.

Causada pelo arbovírus, a dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos fêmea das espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus. Com período médio de incubação de 5 a 6 dias. As manifestações clínicas da doença são caracterizadas por febre alta (39°C a 40°C), de início abrupto, seguido de sintomas como cefaleia, mialgia, prostração náuseas, vômitos e prurido cutâneo. A doença se manifesta ainda nas formas hemorrágicas, as mais graves, capazes de causar: gengivorragia, petéquias e equimoses, gastroenterorragia, choque e, até mesmo, a morte.

Neste contexto, diversos testes e metodologias foram empregados para auxiliar na precisão do diagnóstico clínico e no tratamento dos pacientes. O Diagnósticos do Brasil (DB), principal laboratório exclusivo de apoio do país, dispõe de três metodologias para a identificação da enfermidade. “O diagnóstico mais rápido é o NS1, considerado atualmente como um marcador de infecção aguda pelo vírus da dengue antes do aparecimento dos anticorpos das classes IgM e IgG, permitindo detecção precoce do vírus, 24 horas após o início dos sintomas, além de ser encontrado nas infecções primárias e secundárias”, explica

Deivis Paludo, gerente de relacionamento do DB. Outra metodologia utilizada pelo laboratório funciona por meio da detecção de anticorpos IgG e IgM sorologia, com o Método Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (ELISA). “Atualmente, os testes captam os quatro sorotipos, e devem ser solicitados a partir do sexto dia do início dos sintomas. A detecção desses anticorpos pode ser útil na diferenciação entre infecções primárias e secundárias”, conta Deivis.

Fechando o diagnóstico dispomos do uso de métodos moleculares que são uma das principais ferramentas para o diagnóstico da dengue no Brasil. Devido a sua alta sensibilidade e especificidade, a técnica diminui o risco de resultados falso-positivos ou falso-negativos, além de contribuir muito, por sua importância nos estudos epidemiológicos, para o entendimento da distribuição da infecção dentro das populações. “Disponibilizamos ainda a detecção específica do vírus da Dengue por PCR, (Reação de Polimerase em Cadeia, biologia molecular), que pode ser realizada de forma precoce, identificando diretamente as partículas virais circulantes.

Hoje temos dois exames por essa metodologia, um para fazer a Detecção do vírus e outro que além da detectar consegueespecificar qual dos 4 tipos de vírus da Dengue (DEN- 1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4) está infectando o paciente em questão”, completa Deivis Paludo. Cada uma das metodologias usadas é primordial no decorrer da evolução da doença (Infecção inicial, fase aguda, cicatriz sorológica e reinfecção), assim conseguimos fornecer suporte total para que o médico consiga fechar rapidamente a diagnóstico, alinhado a dados clínicos, e com melhora no suporte e tratamento de seus pacientes.

Fonte: Labornews