Meditação ajuda a manter a saúde mental em tempos de coronavírus

Meditação ajuda a manter a saúde mental em tempos de coronavírus

Durante a pandemia de Covid-19, mesmo os mais inexperientes se beneficiam de técnicas simples e sessões de poucos minutos. Veja como começar a meditar.

Tédio, irritação, ansiedade, dificuldade de concentração, medo… Tendo que sair para trabalhar ou ficando isolado em casa, é possível que você já tenha sentido alguma dessas emoções desde que a pandemia do coronavírus (Sars-CoV-2) chegou ao Brasil. Uma das estratégias para preservar a saúde mental em tempos conturbados como esse é a meditação.

“Ela ajuda a viver no momento presente e a aceitar uma situação onde não há muito o que fazer”, explica Camila Vorkapic, bióloga com pós-doutorado em neurofisiologia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). “Isso sem contar o relaxamento e a menor produção de hormônios ligados ao estresse”, completa.

Para obter tais vantagens, contudo, é fundamental adotar uma rotina. A meditação funciona mais ou menos como o exercício físico: você deve treinar com frequência para melhorar sua resistência e seu desempenho.

“Não adianta pensar em efeitos imediatos”, destaca Elisa Kozasa, neurocientista da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein que conduz diversos experimentos envolvendo a meditação. Os benefícios surgem ao longo das sessões.

Como começar a meditar durante a pandemia de coronavírus

Existem diversos tipos de meditação, alguns ligados à espiritualidade. Mas as técnicas mais básicas e difundidas ocidentalmente valorizam dois pontos: prestar atenção no corpo e na respiração.

“Uma boa estratégia é fazer exercícios mais breves, de um até três minutos, diariamente”, ensina Marcelo Demarzo, médico especialista em mindfulness — o desenvolvimento da atenção plena — e professor da Universidade Federal de São Paulo. Essas sessões curtinhas podem ser divididas ao longo do dia.

Conforme for ficando confortável, estenda a duração para cinco, dez, 15 minutos. Treinos guiados, disponíveis em aplicativos e sites, auxiliam os iniciantes (falaremos disso mais pra frente). Escolha um ambiente tranquilo da casa, sente-se de maneira confortável e tente realizar as sessões sempre no mesmo horário. A manhã é um bom momento para isso.

“Outra maneira de meditar é fazer pausas durante o dia, especialmente quando estamos mais irritados ou distraídos”, comenta Elisa. “Quando você perceber que está saindo do seu eixo, pare e respire, levante da cadeira e se alongue”, completa.

Técnicas que envolvem a movimentação do corpo, como ioga e tai chi chuan, também ajudam a se concentrar no presente e reduzir o estresse. Só converse com um profissional para executar os gestos direito.

Obstáculos para uma boa prática meditativa

É difícil manter a concentração durante a meditação, ainda mais para quem não tem experiência e está ansioso com a Covid-19, a doença causada pelo coronavírus. Esse desafio é um dos principais motivos para a desistência.

Mas atenção: é normal e até esperado ter pensamentos intrusos durante as tentativas de meditação. “O exercício é justamente reconhecer esses pensamentos e lidar melhor com eles”, comenta Demarzo.

Ao contrário do que se imagina, a mente de quem medita não vira uma tela em branco. “A ideia é identificar o pensamento e deixá-lo ir. Ele é como uma nuvem, que se forma no céu e logo é dissipada”, compara Camila.

Quando sentir que está perdendo o foco, volte-se ao objeto de atenção da prática. Ou seja, concentre-se na respiração, nas sensações do corpo… É um embate constante com o seu cérebro, em especial nas primeiras sessões. Justamente por isso é bacana começar aos poucos, com exercícios respiratórios e sessões curtas, de preferência com orientações de um profissional.

Ah, e vale dizer que a meditação sozinha não faz milagre pelo seu bem-estar mental. “Também é importante manter uma rotina de alimentação e sono, fazer atividades físicas e seguir cultivando as relações, mesmo que à distância”, diz Demarzo.

Fora isso, para acalmar os neurônios, é necessário ainda ajustar sua atitude em relação ao contexto atual. “Eu posso ficar o tempo todo pensando no que não tenho e encarando a minha casa como uma prisão. Mas também posso considerá-la um santuário e aproveitar para refletir sobre a minha vida”, comenta Elisa. “Isso sem perder, claro, a noção da realidade. Sabemos da epidemia, mas podemos focar em aspectos e ações positivas”, continua a neurocientista.

Entretanto, se as tentativas de meditar são frustrantes a ponto de exacerbarem a ansiedade e os pensamentos negativos, vale considerar suporte psicológico profissional. Ele pode ser oferecido à distância por alguns profissionais, convênios e aplicativos.

No mais, sintomas depressivos ou sugestivos de outros transtornos psiquiátricos exigem a avaliação de um profissional. Nesses casos, uma meditação sem orientação pode não ser uma boa.

Sites e aplicativos que ajudam

Existem serviços gratuitos online e instrutores fazendo transmissões ao vivo nas redes sociais. O aplicativo Headspace, com exercícios guiados e progressivos, é um dos mais célebres serviços nesse departamento.

Elisa Kozasa participou da elaboração do aplicativo Meditação Natura, da Natura Cosméticos, com uma jornada de meditação guiada dividida em semanas, que começa do nível mais básico.

Fonte: Abril

Covid-19: atualizada norma de dispositivos médicos

Covid-19: atualizada norma de dispositivos médicos

COVID-19: ATUALIZADA NORMA DE DISPOSITIVOS MÉDICOS

Norma trata de produtos como máscaras cirúrgicas, óculos de proteção, protetores faciais, respiradores e vestimentas hospitalares descartáveis, entre outros.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 04/05/2020 17:18
Última Modificação: 04/05/2020 17:22

Foi atualizada a norma da Anvisa que dispõe, de forma extraordinária e temporária, sobre os requisitos para a fabricação, a importação e a aquisição de dispositivos médicos identificados como prioritários para uso em serviços de saúde, em virtude da emergência de saúde pública internacional relacionada ao novo coronavírus. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 379/2020 foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União da última quinta-feira (30/4).

Em março, a Anvisa já havia simplificado os requisitos para fabricação, importação e aquisição de dispositivos médicos prioritários para uso em serviços de saúde. De acordo com as regras, fabricantes e importadores ficaram excepcionalmente e temporariamente dispensados de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) e da notificação das atividades à Anvisa, bem como de outras autorizações sanitárias.

A RDC 379/2020 é uma atualização da norma de março. De acordo com o ato normativo, a importação de máscaras cirúrgicas, óculos de proteção, protetores faciais, respiradores N95, PFF2 ou equivalentes e vestimentas hospitalares descartáveis (aventais/capotes impermeáveis e não impermeáveis) terá o deferimento automático do licenciamento de importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).

Responsabilidade

A Anvisa informa que as regras não eximem as empresas de outras obrigações. Os fabricantes e importadores de produtos deverão cumprir as demais exigências aplicáveis ao controle de dispositivos médicos, bem como as normas técnicas relacionadas aos produtos. As empresas também deverão realizar controle pós-mercado (monitoramento após a comercialização).

A Agência reforça que o fabricante ou importador é responsável por garantir a qualidade, a segurança e a eficácia dos produtos fabricados, em conformidade com o regulamento brasileiro.

Fonte: Anvisa

Limpeza e desinfecção da sua casa

Limpeza e desinfecção da sua casa

Limpar
– Use luvas reutilizáveis ​​ou descartáveis ​​para limpeza e desinfecção de rotina;
– Limpe as superfícies com água e sabão e use desinfetante;
– Limpar com água e sabão reduz o número de germes , sujeira e impurezas na superfície. Desinfetar mata os germes;
– Pratique a limpeza de rotina em superfícies frequentemente tocadas, isso incluí: mesas, maçanetas, interruptores de luz, bancadas, telefones, teclados, vasos sanitários, torneiras, pias, entre outros.

Desinfetar
– Siga as instruções na etiqueta para garantir o uso seguro e eficaz do produto;
– Muitos produtos recomendam:
– Manter a superfície molhada por um período de tempo (consulte o rótulo do produto);
– Precauções como usar luvas e garantir uma boa ventilação durante o uso do produto.

– Soluções diluídas de alvejante doméstico também podem ser usadas, se apropriado. As soluções de lixívia serão eficazes para desinfecção por até 24 horas.

– Verifique o rótulo para ver se o alvejante se destina à desinfecção e verifique se o produto não passou da data de validade. Alguns alvejantes, como os projetados para uso seguro em roupas coloridas ou para clareamento, podem não ser adequados para desinfecção.
– O alvejante doméstico não vencido será eficaz contra os coronavírus quando adequadamente diluído. Siga as instruções do fabricante para aplicação e ventilação adequada. Nunca misture alvejante doméstico com amônia ou qualquer outro limpador. Deixe a solução na superfície por pelo menos 1 minuto. Para fazer uma solução de água sanitária, misture:
– 5 colheres de sopa (1/3 de xícara) de água sanitária por galão de água ou 4 colheres de chá de água sanitária por litro de água;
– As soluções de lixívia serão eficazes para desinfecção por até 24 horas;
– Também podem ser usadas soluções alcoólicas com pelo menos 70% de álcool.

Superfícies macias
– Para superfícies macias, como piso com carpete, tapetes e cortinas.
– Limpe a superfície usando água e sabão ou com produtos de limpeza apropriados para uso nessas superfícies;
– Lave os itens (se possível) de acordo com as instruções do fabricante. Use a configuração de água mais quente apropriada e seque os itens completamente.

Eletrônicos
Para eletrônicos, como tablets, telas sensíveis ao toque, teclados e controles remotos.
– Considere colocar uma cobertura flexível nos eletrônicos;
– Siga as instruções do fabricante para limpeza e desinfecção;
– Se não houver orientação, use lenços ou sprays à base de álcool que contenham pelo menos 70% de álcool. Seque bem a superfície.

Lavanderia
Para roupas, toalhas, lençóis e outros itens.
– Lave os itens de acordo com as instruções do fabricante. Use a configuração de água mais quente apropriada e seque os itens completamente;
– Use luvas descartáveis ao manusear roupas sujas de uma pessoa doente;
– A roupa suja de uma pessoa doente pode ser lavada com os itens de outras pessoas;
– Não sacuda a roupa suja;
– Retire as luvas e lave as mãos imediatamente.

Mãos limpas frequentemente
– Lave as mãos frequentemente com água e sabão por 20 segundos.Se água e sabão não estiverem prontamente disponíveis e as mãos não estiverem visivelmente sujas, use álcool 70%. No entanto, se as mãos estiverem visivelmente sujas, sempre lave as mãos com água e sabão.
– Sempre lave imediatamente após remover as luvas e após o contato com uma pessoa doente.
– Evite tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.

Quando alguém está doente
– Quarto e banheiro:

Mantenha quarto e banheiro separados para uma pessoa doente (se possível).
– A pessoa que está doente deve ficar separada das outras pessoas da casa (o máximo possível);
– Se você tiver um quarto e um banheiro separados : use luvas descartáveis ​​e limpe apenas a área ao redor da pessoa doente quando necessário, como quando a área estiver suja. Isso ajudará a limitar seu contato com a pessoa que está doente.
– Se banheiro for compartilhado, a pessoa doente deve limpar e desinfetar após o uso.

Comida
     – Fique separado: a pessoa que estiver doente deve comer (ou ser alimentada) no quarto, se possível;
– Lave a louça e os utensílios usando luvas descartáveis ​​e água quente: manuseie as louças, xícaras / copos ou talheres usados ​​com luvas. Lave-os com sabão e água quente;
– Limpe as mãos após tirar as luvas ou manusear itens usados.

Lixo
 – A lixeira deve conter um saco de lixo descartável. Se possível, dedique uma lixeira exclusiva para a pessoa que está doente. Use luvas descartáveis ​​ao remover sacos de lixo e ao manusear e descartar o lixo. Lave as mãos depois.

Fonte: CDC

Biossegurança aplicada aos laboratórios durante Pandemia da COVID-19

Biossegurança aplicada aos laboratórios durante Pandemia da COVID-19

Biossegurança consiste em um conjunto de medidas e procedimentos técnicos necessários para a manipulação de agentes e materiais biológicos, capaz de prevenir, reduzir, controlar e eliminar os riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal, bem como o meio ambiente. Entre estes agentes, podemos citar o vírus responsável pela atual pandemia mundial, o SARS-CoV-2, reconhecido pela Organização Mundial (OMS) como o novo coronavírus, causador da doença COVID-19.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) define estas ações como um conjunto de medidas técnicas que são de suma importância durante a manipulação de agentes e materiais biológicos. Todo profissional que atua com manipulação destes materiais em laboratórios deve se ater a cuidados relacionados à biossegurança.

Este artigo tem o objetivo de esclarecer algumas regras preventivas, sejam elas praticadas em suas residências ou no laboratório, assim como sanar dúvidas relevantes à categoria em relação a esta nova situação de crise global.

Cuidados diários para a prevenção da COVID-19
O isolamento social é a medida indicada pelos especialistas em saúde pública para evitar a transmissão e a proliferação da COVID-19. Durante este período de alastramento dos números de casos notificados da doença, aos profissionais dos laboratórios, que se expõem diariamente ao exercer um serviço essencial, é indicado manter cuidados de higiene específicos para impedir a proliferação do vírus ao chegar em suas casas, como os listados abaixo:

  1. Não tocar em nada antes da higienização minuciosa das mãos.
  2. Deixar os sapatos em um local separado, para posterior desinfecção.
  3. Tirar a roupa e colocá-la em uma sacola plástica.
  4. Deixar objetos usados externamente em uma caixa, logo na entrada.
  5. Se possível, tomar banho. Caso contrário, lavar bem todas as áreas expostas.
  6. Limpar celular, óculos e embalagens, antes de guardá-los.

O ato da desinfecção age no sentido de reduzir os riscos de contágio com o vírus. O álcool gel ou líquido, com concentração entre 62 e 71% (v/v), é válido neste sentido. A utilização do álcool líquido deve ser reservada para a desinfecção de superfícies. Em casa, a melhor opção é lavar as mãos com água e sabão. O uso do álcool gel é indicado em razão do seu poder de hidratação e para aqueles que precisam sair de suas residências. Importante salientar que o vinagre não substitui o álcool gel e age somente contra bactérias, protozoários e parasitas. A clorexidina pode ser utilizada como antisséptico, porém não é recomendada para uso frequente, pois ataca a microbiota residente.

Cuidados para o ambiente laboratorial
Alguns estudos apontam que o vírus SARS-CoV-2 pode sobreviver em superfícies por vários dias, dependendo do tipo, temperatura ou umidade do ambiente. Os laboratórios, enquanto serviços essenciais, devem ter o cuidado excepcional para evitar a contaminação dos equipamentos, pacientes e profissionais.

Pois, além de ser transmitido por partículas, estudos (ainda incipientes) indicam que há a possibilidade do novo coronavírus ser transmitido por aerossol, durante os procedimentos de laboratório que envolvem aspiração, alta rotação e força mecânica.

Todos os profissionais da área técnica em um laboratório devem utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Já para os profissionais que atuam na recepção, é imprescindível, pelo menos, o uso da máscara e jaleco, no intuito de diminuir minimamente a possibilidade de contágio.

O Dr. Jorge Luiz Araujo Filho, formado em Biologia, Mestre em Patologia e Doutor em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e conhecido nas redes sociais como Dr. Biossegurança,  indica algumas recomendações de biossegurança para a atenção destes profissionais. São elas:

  1. Não usar adornos.
  2. Higienizar frequentemente as mãos.
  3. Utilizar Equipamentos de Proteção Individual – EPIs (máscara, protetor facial, jaleco, traje, calçado fechado, luvas, touca e óculos de proteção).
  4. Remover a barba e manter cabelos protegidos e presos.
  5. Cuidado com as luvas.
  6. Traje de proteção corporal.
  7. Jalecos abotoados até em cima.

“Os cuidados de biossegurança devem ser seguidos sempre, independentemente da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus. Durante uma coleta de amostra para exames deste vírus, é importante estar atento aos Equipamentos de Proteção individual (EPIs), óculos de proteção, máscaras, protetor facial, touca e jaleco abotoado”, reforçou o especialista.

A questão da logística no ambiente de laboratório
Segundo a Organização Feminina de Análises Clínicas (OFAC), o melhor procedimento quanto ao uso de máscaras neste ambiente é controlar a entrada do atendimento, priorizando de 2 a 3 pacientes por vez, com recepcionistas usando máscaras e distribuindo álcool em gel para os pacientes. Além da oferta de máscaras de TNT, elas devem informar a distância ou desagrupamento entre as pessoas.

Como o serviço de coleta é de extrema importância no momento em que vivemos, a rotina do laboratório deve ocorrer na normalidade possível, com o envio de resultados por e-mail ou site. Após o atendimento do paciente, as mãos dos profissionais devem ser higienizadas com álcool gel e eles devem substituir a máscara utilizada.

Ainda sobre a máscara, por ser um material descartável, a esterilização, por meio de lavagem após seu uso, é inadequado. Este processo de lavagem e esterilização fragiliza o tecido, provocando aberturas na estrutura, aumentando a porosidade e fazendo com que ela não retenha os micro-organismos, sua missão primordial.

Diferenças entre tipos de máscaras de proteção
Estes itens de proteção respiratória servem para inibir a entrada de poeira ou névoas (P1), fumos ou agentes biológicos (P2) e particulados altamente tóxicos ou de toxidez desconhecida (P3). Elas são chamadas de Peça Facial Filtrante (PFF). Saiba a seguir quais são as diferenças entre as classes de PFFs:

  • PFF1: manipulação de ácido crômico ácido pícrico, ácido sulfúrico, ácido fosfórico, estearatos, sódio e potássio, uréia, sílica, sais solúveis de ferro, hidróxidos de cálcio. Sem similar nos EUA.
  • PFF2: manipulação de fumos metálicos, óxido de ferro, fumos de parafina. Manipulação de quimioterápicos na forma de pó liofilizado. Equivale a N95 – parâmetros de teste idênticos.
  • PFF3: manipulação de compostos inorgânicos de mercúrio, radionuclídeos. Manipulação de quimioterápicos na forma de pó liofilizado. Manipulação de agentes altamente patogênicos e para trabalhos de campo, com manipulação de animais de captura. Equivale às classes N99, N100, R99 e R100 – com pequenas diferenças nos parâmetros de teste.

Para o Dr. Jorge Luiz, “a máscara N-95 ou PFF 2 (equivalente a N95) é a ideal na segurança contra o novo coronavírus, pois este micro-organismo tem 0,14 micrômetros (µm) de tamanho e a gotícula em que se dispersa tem aproximadamente 12 micrômetros (µm)”.

Alguns países estão indicando a PFF 3 (equivalente a N99), cuja capacidade de retenção de partículas é ainda maior do que a N95 e PFF 2. “O ideal é que essa máscara seja utilizada até ficar úmida (aproximadamente 4 horas de uso)”, completa o Dr. Biossegurança.

Produtos para a desinfecção de superfícies no laboratório
A desinfecção em superfícies precisa ser feita com produtos que inviabilizam o vírus, a exemplo do álcool líquido (concentração entre 62% e 71%), cuja função desnaturante e dissolve a membrana lipídica externa, matando o vírus e outros micro-organismos.

“A água sanitária também é utilizada para desinfetar superfícies. Para seu uso em limpeza de locais, para cada 1 litro de água, acrescente 10 ml de água sanitária, com concentração final de 1% (v/v). O cloro é outra opção. Existem produtos para uso profissional, com capacidade de fazer uma desinfecção ainda mais eficiente”, finaliza o Dr. Biossegurança.

Fonte: Labtest

Em tempos de Coronavírus, Brasil entra em alerta com novo surto de dengue

Em tempos de Coronavírus, Brasil entra em alerta com novo surto de dengue

Mesmo com a atenção de todo o planeta voltada para o novo Coronavírus, o Brasil ainda luta contra um antigo inimigo, registrando novamente números preocupantes de dengue. Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado neste mês de março pelo Ministério da Saúde, o país retornou à zona endêmica, registrando mais de 131 mil novos casos prováveis em 2020, entre eles dezenas de óbitos.

Causada pelo arbovírus, a dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos fêmea das espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus. Com período médio de incubação de 5 a 6 dias. As manifestações clínicas da doença são caracterizadas por febre alta (39°C a 40°C), de início abrupto, seguido de sintomas como cefaleia, mialgia, prostração náuseas, vômitos e prurido cutâneo. A doença se manifesta ainda nas formas hemorrágicas, as mais graves, capazes de causar: gengivorragia, petéquias e equimoses, gastroenterorragia, choque e, até mesmo, a morte.

Neste contexto, diversos testes e metodologias foram empregados para auxiliar na precisão do diagnóstico clínico e no tratamento dos pacientes. O Diagnósticos do Brasil (DB), principal laboratório exclusivo de apoio do país, dispõe de três metodologias para a identificação da enfermidade. “O diagnóstico mais rápido é o NS1, considerado atualmente como um marcador de infecção aguda pelo vírus da dengue antes do aparecimento dos anticorpos das classes IgM e IgG, permitindo detecção precoce do vírus, 24 horas após o início dos sintomas, além de ser encontrado nas infecções primárias e secundárias”, explica

Deivis Paludo, gerente de relacionamento do DB. Outra metodologia utilizada pelo laboratório funciona por meio da detecção de anticorpos IgG e IgM sorologia, com o Método Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (ELISA). “Atualmente, os testes captam os quatro sorotipos, e devem ser solicitados a partir do sexto dia do início dos sintomas. A detecção desses anticorpos pode ser útil na diferenciação entre infecções primárias e secundárias”, conta Deivis.

Fechando o diagnóstico dispomos do uso de métodos moleculares que são uma das principais ferramentas para o diagnóstico da dengue no Brasil. Devido a sua alta sensibilidade e especificidade, a técnica diminui o risco de resultados falso-positivos ou falso-negativos, além de contribuir muito, por sua importância nos estudos epidemiológicos, para o entendimento da distribuição da infecção dentro das populações. “Disponibilizamos ainda a detecção específica do vírus da Dengue por PCR, (Reação de Polimerase em Cadeia, biologia molecular), que pode ser realizada de forma precoce, identificando diretamente as partículas virais circulantes.

Hoje temos dois exames por essa metodologia, um para fazer a Detecção do vírus e outro que além da detectar consegueespecificar qual dos 4 tipos de vírus da Dengue (DEN- 1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4) está infectando o paciente em questão”, completa Deivis Paludo. Cada uma das metodologias usadas é primordial no decorrer da evolução da doença (Infecção inicial, fase aguda, cicatriz sorológica e reinfecção), assim conseguimos fornecer suporte total para que o médico consiga fechar rapidamente a diagnóstico, alinhado a dados clínicos, e com melhora no suporte e tratamento de seus pacientes.

Fonte: Labornews