por CenterLab | jul 22, 2020 | Informativos
PROTOCOLO DE TESTES RÁPIDOS PARA EMPRESAS
Existem vários tipos de testes, sendo que alguns servem para a detecção do VÍRUS e outros para a detecção de ANTICORPOS.
O conhecimento dos testes é fundamental para definir a estratégia de testagem. Cada um tem uma aplicação e momento correto para a utilização. Não entender isso pode levar ao desperdício.
Fizemos nossa sugestão baseada em uma estratégia de testes rápidos, pois são mais fáceis de se encontrar e estão disponíveis para todos. Não há um modelo ideal e cada empresa deve montar seu protocolo conforme sua disponibilidade de tempo e de recursos.
Os testes que buscam o Vírus, comumente chamados de teste do swab, utilizam amostras de raspado da mucosa do fundo do nariz e da garganta, coletadas através de uma haste flexível chamada de swab. Essas amostras podem ser analisadas por diversas metodologias, como as moleculares, que exigem equipamentos e mão de obra qualificada, onde a mais conhecida é o RT-PCR ou as de Antígeno, que podem ser feitas de forma manual ou automatizada.
Os testes que buscam os Anticorpos utilizam amostras de sangue e por isso são chamados de sorológicos. Essas amostras podem ser coletadas na ponta dos dedos ou por punção venosa. Elas são processadas por diversas metodologias, de forma manual ou automatizada, sendo as mais conhecidas a imunocromatografia, a Elisa, a quimiluminescência, a fluorescência, dentre outras.
Fonte
Com tantas opções e pouco conhecimento sobre o vírus, fica realmente muito difícil de fazer a escolha correta.
Os testes rápidos têm sido questionados quanto a sua eficiência, mas o que pouco se fala é sobre a sua correta aplicação. Como qualquer teste laboratorial, o teste rápido imunocromatográfico é indicado para momentos e aplicações específicas e não tem o intuito de ser um exame confirmatório, mas sim uma forma inicial mais rápida e barata.
A indicação do RT-PCR como metodologia padrão para o diagnóstico da Covid-19 está correta, mas sua aplicabilidade não é realista. Com um país de dimensões continentais como o Brasil a capacidade de realização de testes de RT-PCR se torna muito complexa e um dos pontos críticos dessa metodologia, que é o transporte da amostra, limita muito sua execução na velocidade e qualidade que o momento exige.
Diferente dos testes de RT-PCR, que exigem máquinas e pessoal extremamente qualificado, os testes rápidos podem ser feitos em qualquer lugar e seu resultado fica pronto em apenas alguns minutos, possibilitando uma tomada de decisão imediata.
Um teste rápido que tem se mostrado muito eficiente no diagnóstico do vírus é o teste de Antígeno. Sua alta sensibilidade e especificidade, aliada a rapidez no diagnóstico, cerca de 30 minutos, tem sido muito importante para a detecção precoce do vírus. O rápido encaminhamento médico e principalmente o isolamento dos trabalhadores contaminados é muito importante para a diminuição da velocidade de contágio. Essas qualidades têm levando muitos laboratórios a substituir os exames de RT-PCR pelos de Antígenos.
A testagem de anticorpos tem sido aplicada de forma incorreta. Apesar de possível, ela não deve ser usada isoladamente para a detecção inicial ou segregação de trabalhadores, mas sim para o estudo epidemiológico e consequente tomada de decisão das ações de combate a pandemia.
O teste de RT-PCR não deve ser o único teste na estratégia de uma empresa pois ele não consegue identificar o vírus após alguns dias do início dos sintomas, diferente dos testes de anticorpos, que podem ser utilizados por muitos meses após o trabalhador ter contraído a doença.
Como saber qual o percentual da força de trabalho que já foi contaminado? Como saber se os esforços para a segregação dos colaboradores contaminados tem sido efetivo?
Somente com o levantamento dos casos já recuperados, o que não pode ser feito pelo RT-PCR, as empresas poderão monitorar suas ações e implantar barreiras de contaminação alocando os já recuperados e imunizados, entre os que ainda não foram contaminados, dificultando a proliferação da doença.
Através dos exames de anticorpos podemos entender como foi a contaminação de nossos trabalhadores e identificar se as ações de contenção estão sendo efetivas e se nenhum caso passou desapercebido pelas medidas de proteção. Caso sejam identificados trabalhadores com exames sorológicos reagentes e que não tenham sido identificados anteriormente com a doença, devemos rever nossas medidas de prevenção e testagem.
Estamos em uma guerra e precisamos de todas as armas possíveis para combater nosso inimigo. A utilização correta dos testes é um grande aliado no enfrentamento dessa pandemia e todos temos a obrigação de colaborar para salvar vidas.
Juntos somos mais fortes!
A Centerlab Comercializa os Testes Rápidos de Antígeno e Anticorpos para Covid-19
Consulte nossas opções
Referências:
https://coronavirus.saude.gov.br/
https://coronavirusexplained.ukri.org/en/article/vdt0006/
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/community/general-business-faq.html
https://www.osha.gov/Publications/OSHA3990.pdf
https://www.canada.ca/en/public-health/services/diseases/2019-novel-coronavirus-infection/guidance-documents/risk-informed-decision-making-workplaces-businesses-covid-19-pandemic.html
https://www.technologyreview.com/2020/05/22/1002122/prepare-to-be-tracked-and-tested-as-you-return-to-work/
https://www.cbia.com/resources/coronavirus/coronavirus-employer-guidance/respond-employee-tests-positive-covid-19/
por CenterLab | jul 22, 2020 | Informativos
Estratégia de Combate ao Coronavírus Sars-CoV-2 nas Empresas
Estamos vivendo uma pandemia com a disseminação do vírus Sars-CoV-2, causador da doença Covid-19.
Governos do mundo inteiro estão agindo no seu combate, mas seus recursos financeiros e principalmente de pessoas são limitados.
As empresas podem exercer papel fundamental nessa luta, ajudando na prevenção e interrupção da disseminação.
Como impedir que a doença entre em nossas empresas? A OMS orienta a testagem em massa como estratégia prioritária nesse combate, mas como fazê-la? Qual a maneira correta de testar economizando recursos tão escassos?
Todas as empresas devem desenvolver programas de combate a pandemia, no mínimo criando barreiras para sua disseminação.
Propomos uma estratégia simples, baseada em três pilares e que pode ser implantada por qualquer empresa.
PREVENÇÃO
Uma das armas mais eficazes contra o coronavírus é a informação. Por mais que esse assunto já tenha sido explorado por diversos meios de comunicação é muito importante que sua empresa faça treinamentos e orientações constantes sobre a prevenção ao vírus.
A quantidade de informações é muito grande e infelizmente as notícias incorretas circulam de forma muito rápida. Converse com todos e siga as orientações de fontes confiáveis como o ministério da saúde ou as secretarias estaduais ou municipais de saúde. Nosso país é muito grande e não temos apenas uma única pandemia. São várias pandemias com momentos distintos para cada região do país. O que é bom para uma região ou até mesmo cidade, pode não ser o ideal para a sua.
Essas informações não devem ficar restritas a empresa. Devem sem divulgadas entre os familiares, que também são uma porta de entrada do vírus.
O uso de máscaras é uma forma muito eficaz de diminuição da transmissão. Quanto mais pessoas utilizarem da forma correta, menor será a transmissão. Esse é um ponto muito importante. Cobrar incansavelmente o uso correto.
A higienização das mãos e dos ambientes, por mais simples que pareçam, são muito eficazes quando feitas da forma correta. Mantenha atenção nessa ação, pois é comum o relaxamento após algum tempo.
Evite ao máximo reuniões em ambientes fechados, dê preferência aos meios virtuais, mas se não for possível, utilize áreas externas ou salas bem ventiladas e com as janelas abertas. Evite o uso do ar condicionado.
Disponibilizar álcool gel em diversos pontos da empresa é fundamental, mas observar se todos estão utilizando é ainda mais importante.
TRIAGEM
A triagem é um momento muito importante no início dos trabalhos. Todos devem ter sua temperatura medida e um questionário com perguntas sobre a situação de saúde deve ser feito com frequência, se possível diariamente.
Esse questionário tem o objetivo de monitorar a saúde do trabalhador e identificar pequenos sinais que possam nos mostrar os casos suspeitos. Ele é fundamental para definir a estratégia de testagem dos trabalhadores.
Link para Sugestão de Questionário
TESTAGEM
Existem vários tipos de testes, sendo que alguns servem para a detecção do VÍRUS e outros para a detecção de ANTICORPOS.
O conhecimento dos testes é fundamental para definir a estratégia de testagem. Cada um tem uma aplicação e momento correto para a utilização. Não entender isso pode levar ao desperdício.
Fizemos nossa sugestão baseada em uma estratégia de testes rápidos, pois são mais fáceis de se encontrar e estão disponíveis para todos. Não há um modelo ideal e cada empresa deve montar seu protocolo conforme sua disponibilidade de tempo e de recursos.
Link para Sugestão de Protocolo
Os testes que buscam o VÍRUS, comumente chamados de teste do swab, utilizam amostras de raspado da mucosa do fundo do nariz e da garganta, coletadas através de uma haste flexível chamada de swab. Essas amostras podem ser analisadas por diversas metodologias, como as moleculares, que exigem equipamentos, mão de obra qualificada e onde a mais conhecida é o RT-PCR ou as de Antígeno, que podem ser feitas de forma manual ou automatizada.
Os testes que buscam os ANTICORPOS utilizam amostras de sangue e por isso são chamados de sorológicos. Essas amostras podem ser coletadas na ponta dos dedos ou por punção venosa. Elas são processadas por diversas metodologias, de forma manual ou automatizada, sendo as mais conhecidas a imunocromatografia, a Elisa, a quimiluminescência, a fluorescência, dentre outras.
Com tantas opções e pouco conhecimento sobre o vírus, fica realmente muito difícil de fazer a escolha correta.
Os testes rápidos têm sido questionados quanto a sua eficiência, mas o que pouco se fala é sobre a sua correta aplicação. Como qualquer teste laboratorial, o teste rápido imunocromatográfico é indicado para momentos e aplicações específicas e não tem o intuito de ser um exame confirmatório, mas sim uma forma inicial mais rápida e barata.
A indicação do RT-PCR como metodologia padrão para o diagnóstico da Covid-19 está correta, mas sua aplicabilidade não é realista. Com um país de dimensões continentais como o Brasil a capacidade de realização de testes de RT-PCR se torna muito complexa e um dos pontos críticos dessa metodologia, que é o transporte da amostra, limita muito sua aplicabilidade na velocidade e qualidade que o momento exige.
Diferente dos testes de RT-PCR, que exigem máquinas e pessoal extremamente qualificado, os testes rápidos podem ser feitos em qualquer lugar e seu resultado fica pronto em apenas alguns minutos, possibilitando uma tomada de decisão imediata.
Um teste rápido que tem se mostrado muito eficiente no diagnóstico do vírus é o teste de Antígeno. Sua alta sensibilidade e especificidade, aliada a rapidez no diagnóstico, cerca de 30 minutos, tem sido muito importante para a detecção precoce do vírus. O rápido encaminhamento médico e principalmente o isolamento dos trabalhadores contaminados é muito importante para a diminuição da velocidade de contágio. Essas qualidades têm levando muitos laboratórios a substituir os exames de RT-PCR pelos de Antígenos.
A testagem de anticorpos tem sido aplicada de forma incorreta. Apesar de possível, ela não deve ser usada isoladamente para a detecção inicial ou segregação de trabalhadores, mas sim para o estudo epidemiológico e consequente tomada de decisão das ações de combate a pandemia.
O teste de RT-PCR não deve ser o único teste na estratégia de uma empresa pois ele não consegue identificar o vírus após alguns dias do início dos sintomas, diferente dos testes de anticorpos, que podem ser utilizados por muitos meses após o trabalhador ter contraído a doença.
Fonte
Como saber qual o percentual da força de trabalho que já foi contaminado? Como saber se os esforços para a segregação dos colaboradores contaminados tem sido efetivo?
Somente com o levantamento dos casos já recuperados, o que não pode ser feito pelo RT-PCR, as empresas poderão monitorar suas ações e implantar barreiras de contaminação alocando os já recuperados e imunizados, entre os que ainda não foram contaminados, dificultando a proliferação da doença.
Através dos exames de anticorpos podemos entender como foi a contaminação de nossos trabalhadores e identificar se as ações de contenção estão sendo efetivas e se nenhum caso passou desapercebido pelas medidas de proteção. Caso sejam identificados trabalhadores com exames sorológicos reagentes e que não tenham sido identificados anteriormente com a doença, devemos rever nossas medidas de prevenção e testagem.
Estamos em uma guerra e precisamos de todas as armas possíveis para combater nosso inimigo. A utilização correta dos testes é um grande aliado no enfrentamento dessa pandemia e todos temos a obrigação de colaborar para salvar vidas.
Juntos somos mais fortes!
A Centerlab Comercializa os Testes Rápidos de Antígeno e Anticorpos para Covid-19
Consulte nossas opções
Referências:
https://coronavirus.saude.gov.br/
https://coronavirusexplained.ukri.org/en/article/vdt0006/
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/community/general-business-faq.html
https://www.osha.gov/Publications/OSHA3990.pdf
https://www.canada.ca/en/public-health/services/diseases/2019-novel-coronavirus-infection/guidance-documents/risk-informed-decision-making-workplaces-businesses-covid-19-pandemic.html
https://www.technologyreview.com/2020/05/22/1002122/prepare-to-be-tracked-and-tested-as-you-return-to-work/
https://www.cbia.com/resources/coronavirus/coronavirus-employer-guidance/respond-employee-tests-positive-covid-19/
por CenterLab | jun 30, 2020 | Informativos
Médicos alertam que os pacientes que estiveram em hospitais em situação grave devido ao coronavírus precisam ser examinadas com urgência quanto a transtorno de estresse pós-traumático.
Um grupo de especialistas em traumas gerados pela covid-19 (Covid Trauma Response Working Group), liderado pela University College London e envolvendo especialistas da Inglaterra, disse que aqueles que estiveram em terapia intensiva correm maior risco.
Especialistas disseram que é necessário fazer exames regulares, os chamados check ups, durante pelo menos um ano.
O grupo de trabalho destacou uma pesquisa que mostra que 30% dos pacientes que tiveram doenças graves durante surtos de doenças infecciosas no passado desenvolveram transtorno de estresse pós-traumático. Problemas de depressão e ansiedade também eram comuns, segundo a pesquisa.
No Brasil, a Fiocruz estima que neste ano mais de 300 mil pessoas foram hospitalizadas por causa de doenças respiratórias graves.
‘Era como estar no inferno’
No Reino Unido, Tracy é uma das muitas pessoas que ficaram com cicatrizes psicológicas de sua experiência com o coronavírus. Ela foi internada em março no Hospital Whittington, em Londres, e passou mais de três semanas lá, sendo uma delas em terapia intensiva.
“Era como estar no inferno. Vi pessoas morrendo, pessoas com a vida sendo sugadas. Todos os funcionários usam máscaras e tudo que você vê eram os olhos. Era muito solitário e assustador.”
Desde que recebeu alta em abril, a mulher de 59 anos está enfrentando dificuldade para dormir por causa do pensamento de que vai morrer. E também relata ter flashbacks, ou seja, recordar sensações do passado.
Ela agora está recebendo ajuda psicológica. “Tem sido muito difícil. Fisicamente, estou muito cansada. Estou começando a me recuperar, mas o lado mental é muito difícil de lidar.”
“Eu tenho uma boa rede de apoio de familiares e amigos e sou uma pessoa positiva – e estou lutando. Acho que deve ter muita gente em uma situação semelhante, se não pior.”
Apoio aos pacientes
Michael Bloomfield, que é psiquiatra da University College London e faz parte do grupo de trabalho que estuda os traumas gerados pela covid-19, disse que os pacientes hospitalizados enfrentam uma experiência “muito assustadora e invasiva” e, juntamente com as complicações a longo prazo, estão em risco de enfrentar dificuldades na saúde mental relacionadas ao estresse.
Bloomfield disse que a característica única da pandemia, que deixa os pacientes isolados da família enquanto estão no hospital, também pode agravar os problemas.
“Precisamos garantir o apoio a esses pacientes. Se você não oferecer esses serviços de forma consistente, poderá ter consequências no longo prazo.”
Fonte: BBC
por CenterLab | jun 2, 2020 | Informativos
Professora explica como a inclusão de alguns nutrientes em uma dieta equilibrada reforça as defesas do corpo contra infecções como a Covid-19.
Por Dra. Silvia Cozzolino, nutricionista* – Atualizado em 17 May 2020, 10h47 – Publicado em 27 Apr 2020, 13h39
O sistema imunológico é um conjunto de células que tem a função de proteger nosso corpo de qualquer substância ou micro-organismo que não for por ele reconhecido. Nesse sentido, o papel da alimentação é também manter esse sistema atuante, fornecendo a ele os nutrientes capazes de ajudar a modular suas respostas.
Os minerais e as vitaminas fazem parte desse grupo de nutrientes. E, embora ainda não sejam considerados nutrientes em si, os compostos bioativos encontrados nos alimentos, assim como os pré e os probióticos que influenciam a microbiota intestinal, também são elementos que participam da proteção do organismo.
Entre os micronutrientes mais estudados por seu papel no sistema imunológico estão o zinco, o selênio e as vitaminas A, C e D.
Atingir os níveis preconizados dessas substâncias com a dieta é ainda mais desafiador na população idosa, que é justamente o grupo de maior risco para a Covid-19.
Alguns fatores contribuem com isso: consumo de dietas desbalanceadas devido a dificuldades de renda, isolamento e aquisição e preparo da comida; sensação de sede diminuída e menor ingestão de líquidos; próteses dentais mal ajustadas, que dificultam a mastigação; redução na capacidade de digerir os alimentos; diminuição da absorção de minerais e vitaminas pelo organismo…
Todos esses fatores aumentam o risco de esse público em particular sofrer com déficits nutricionais capazes de impactar na imunidade — o que exige um maior olhar da família ou dos cuidadores para a dieta dos idosos.
Os nutrientes aliados da imunidade
Mas não é só quem tem mais de 60 anos que deve dar atenção à escolha dos alimentos e buscar adequar com eles os níveis de micronutrientes. Por isso aponto, a seguir, as vitaminas e os minerais mais estudados por exercerem um papel nas defesas do nosso corpo.
Zinco
É o mineral que possui maior importância para o sistema imune. Em geral, idosos possuem deficiência de zinco, que tantas vezes é observada pela sensação de diminuição do paladar. Ele é encontrado em carnes, frutos do mar como ostras e mariscos, fígado e vísceras, peixes, ovos e cereais integrais. Pessoas que seguem dietas vegetarianas estritas também podem ter carência da substância.
Vitamina A
Entre suas propriedades, ajuda a modular a imunidade. É encontrada na natureza em sua forma ativa pré-formada (o retinol) em alimentos de origem animal, bem como nos seus precursores, os carotenoides, que aparecem em vegetais — o corpo tende a aproveitar melhor a versão de origem animal. As principais fontes de vitamina A são o fígado e os óleos de fígado de peixe. Já os carotenoides se encontram em vegetais de cor alaranjada ou verde escura.
Vitamina D
Famosa por sua ação nos ossos, também tem um papel relevante no sistema imune. A principal forma de obtê-la é pela exposição aos raios solares, que tornam possível sua síntese pela pele. Mas pescados, óleos naturais de fígado de peixes, alimentos fortificados e suplementos podem contribuir para alcançar e manter os níveis ideais. Na Europa, a deficiência da vitamina foi observada em pessoas infectadas pelo novo coronavírus, mas isso já podia ser esperado, uma vez que os pacientes contraíram a doença em pleno inverno, quando há uma diminuição à exposição solar. No entanto, embora o Brasil seja um país tropical e mais quente, sabemos que grande parcela da população não está com concentrações adequadas da vitamina, muito provavelmente devido ao uso do protetor solar.
Selênio
É um mineral de alto poder antioxidante, mas que também tem função imunológica. Participa, portanto, do controle de radicais livres, moléculas que se formam naturalmente, inclusive com a resposta do sistema imune a infecções, mas cujo excesso causa danos em células e nos órgãos. O alimento mais rico em selênio do mundo é a castanha-do-brasil (ou do Pará) — e basta uma unidade (5 gramas) para alcançar a recomendação diária. O teor do mineral na castanha depende da quantidade do elemento no solo de cultivo.
Vitamina C
Importante nutriente antioxidante, é estudada há muito tempo pelo seu possível papel preventivo e terapêutico em doenças como as do sistema respiratório. Entretanto, apesar de muito consumida, ainda não temos dados científicos robustos a respeito desse efeito. Em relação a resfriados comuns e gripes, já foi observado que pode auxiliar reduzindo o tempo de duração dos episódios. Ainda assim, o corpo tira bom proveito da ingestão regular de fontes de vitamina C, caso de acerola, goiaba e frutos cítricos.
Uma palavra sobre a suplementação
Os dados expostos reforçam que uma alimentação balanceada e saudável contribui para a melhor resistência do corpo a infecções, entre elas a Covid-19. Mas isso, claro, não ocorrerá de um dia para o outro. Falamos de um cuidado que deve acontecer na rotina e, se necessário, contar com orientação profissional.
Da mesma forma, diante de uma avaliação por nutricionista ou médico, podemos recomendar a suplementação de minerais e vitaminas, especialmente para os idosos, que têm maior dificuldade de obtê-los via dieta.
* Dra. Silvia Cozzolino é nutricionista, professora titular da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Comitê Científico e de Administração do ILSI Brasil
Fonte: Veja Saúde
por CenterLab | jun 1, 2020 | Informativos
Texto: Carlos Eduardo Gouvêa (Presidente executivo da CBDL e Aladdiv) e Letícia Fonseca (Representante da Aladdiv)
COLUNISTA: DR. CARLOS EDUARDO GOUVÊA – 04 DE MAIO DE 2020
Em plena pandemia do Coronavírus, a única certeza de que temos é de que nada será como antes… Neste sentido, vemos grandes mudanças e quebras de paradigmas, não apenas em relação aos nossos hábitos e costumes, mas principalmente em relação às tecnologias de dispositivos médicos utilizados no combate a esta pandemia: respiradores, EPIs e, claro, diagnóstico in vitro.
Aqui no Brasil, em um movimento muito bem recebido por toda a Sociedade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), inovou ao criar a figura de um registro provisório (válido por 1 ano) para os kits de diagnóstico do SARS-CoV-2 (coronavírus), caso a empresa que estivesse submetendo tal pedido não tivesse a totalidade dos documentos que anteriormente seriam necessários. Neste sentido, a Resolução RDC 348/2020 possibilitou que mais de 50 processos fossem analisados e deferidos em cerca de 40 dias de sua existência – fato sem precedentes até então.
Além de utilizar o conceito de “reliance” principalmente na questão de certificações de boas práticas de fabricação emitidas pelas autoridades regulatórias reconhecidas como de alto rigor pela ANVISA, ela permitiu a possibilidade de se complementar tais dossiês com estudos feitos com dados da vida real, de tal forma que tais registro se tornassem válidos então para 10 anos.
Desta forma, várias tecnologias têm sido liberadas para uso no Brasil, com destaque para os testes rápidos (imunocromatoráficos) e PCR TR, além de várias outras que trarão grande velocidade para o mercado laboratorial, tais como ELISA, quimioluminescência, fluorescência, dentre outras, inclusive de POC (point of care).Tais testes podem ser divididos entre testes moleculares ou de antígenos, para a detecção do vírus ou suas proteínas, na fase inicial, ou então sorológicos, voltados principalmente para a detecção dos anticorpos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) , pelo menos até o momento, têm se manifestado contrárias à utilização de testes para detecção de antígenos /anticorpos para COVID-19. Tal posição está fundamentada em duas questões: 1. A possibilidade de reação cruzada com outros coronavírus que normalmente estão presentes na comunidade, dificultando a interpretação de resultados . 2. A dinâmica de resposta do organismo humano na produção de anticorpos ainda não ser bem conhecida. Alguns estudos mostram que apenas 40% dos pacientes desenvolvem anticorpos durante os 6 ou 7 primeiros dias após o início dos sintomas .
Diante disso, resultados negativos obtidos com o uso de testes sorológicos não seriam ferramentas adequadas para afastar a possibilidade de infecção nos primeiros dias da doença. Resultados positivos devem ser avaliados em conjunto com outros sintomas, uma vez que há a possibilidade de reação cruzada com outros coronavírus. A posição da OMS/OPAS nos leva a refletir sobre a função dos produtos para diagnóstico in vitro (IVD). Esses produtos incluem reagentes, instrumentos e sistemas para testar amostras coletadas do corpo e destinados ao uso em um amplo espectro de aplicações de cuidados de saúde, entre eles a detecção precoce de doenças e condições e a geração de informações médicas relacionadas ao risco que informam a ação clínica.
Os produtos IVD disponíveis no mercado detectam o material genético do vírus, por meio de técnicas de biologia molecular (Polimerase Chain Reaction – PCR), detectam a presença de antígenos ou a presença de anticorpos (testes sorológicos). Cada um desses métodos possui características próprias e limitações, sendo necessário utilizar “o teste certo, no paciente certo, no ambiente certo, na hora certa ”. Nesse sentido, com o objetivo de ampliar o acesso da população à testagem para COVID-19, vários países têm estabelecido diretrizes para o uso de testes para detecção de antígenos e para detecção de anticorpos.
A estratégia de testagem pode variar, não apenas entre países como dentro do país. Nos Estados Unidos, o Food and Drug Administration (FDA), por meio do procedimento denominado “Emergency Use Authorizations (EUA)” publicou o “Policy for Diagnostic Tests for Coronavirus Disease-2019 during the Public Health Emergency” . De acordo com esse documento, testes sorológicos, destinados à detecção de anticorpos para SARS-CoV-2, que tenham sido validados e notificados ao FDA como EUA, devem conter em suas instruções de uso alertas de que:
• O teste não foi revisado pelo FDA • Os resultados negativos não podem excluir a infecção por SARS-CoV-2, particularmente naqueles que estiveram em contato com o vírus. Testes de biologia molecular devem ser considerados para descartar infecção nesses indivíduos.
• Os resultados do teste de anticorpos não devem ser usados como única base para diagnosticar ou excluir a infecção por SARS-CoV-2 ou para informar o status da infecção.
• Os resultados positivos podem ser causados por infecção passada ou presente por cepas de coronavírus que não sejam SARS-CoV-2, como coronavírus HKU1, NL63, OC43 ou 229E.
Além de orientações em instruções de uso, o fabricante deve fornecer, por meio de folhetos informativos direcionados a provedores de serviços de saúde e a pacientes, informações sobre riscos potenciais conhecidos e benefícios do uso de produtos autorizados para uso emergencial. Alertas e recomendações também foram divulgadas pelo FDA em carta direcionada a provedores de serviços de saúde, dentre elas, o FDA orienta que os serviços continuem a utilizar testes sorológicos, desde que cientes de suas limitações .
O CDC (Center for Disease Control and Prevention) possui diretrizes sobre quem deve ser testado, mas as decisões sobre a testagem ficam a critério dos departamentos de saúde estaduais e locais e / ou dos clínicos individuais . Outra fonte de consulta é o documento Toolkit Covid-19, uma coleção de recursos compilados e organizados pela AdvaMed para orientar os esforços de mensagens e comunicações. A publicação contempla ações realizadas pela Associação em resposta a crise, com foco na produção e distribuição de dispositivos médicos, entre eles os equipamentos de proteção pessoal, ventiladores e kits diagnósticos.
A relação de produtos que receberam EUAs para Covid-19 nos Estados Unidos pode ser consultada no Toollkit Covid-19 . Na Espanha, o “Guía para la utilización de Tests Rápidos de Anticuerpos Para Covid-19” , publicados pelo Ministério da Saúde, orienta sobre o uso de testes rápidos para detecção de COVID-19 dentro e fora de hospitais e em instituições penitenciárias. No Brasil, o “Boletim COE COVID-19 número 12” publicado pelo Ministério da Saúde , contempla informações sobre a vigilância epidemiológicas laboratorial, trazendo o histórico da implantação do diagnóstico de Covid-19 no país, desde suas fases iniciais até o momento atual.
O Ministério da Saúde preconiza o uso do teste sorológico para “toda a população que apresentar quadro de síndrome gripal e pertencer a uma das O papel dos testes de anticorpos no combate da pandemia do coronavírus seguintes categorias:
• Profissionais de saúde e segurança em atividade;
• Pessoa que resida no mesmo domicílio de um profissional de saúde ou segurança em atividade; • pessoas com idade igual ou superior a 60 anos;
• Portadores de condições de saúde crônicas, e
• População economicamente ativa.
O teste utilizado pelo Ministério da Saúde foi validado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Osvaldo Cruz e deve ser feito após o sétimo dia do início dos sintomas. Recomendações sobre a interpretação do resultado do teste são trazidas pelo documento, assim como a indicação de alternativas de validação dos testes disponíveis, que valerão como referência, em curso por entidades organizadas no “Programa de Validação de Kits de Diagnóstico para SARS-CoV-2” (SBPC/ML, SBAC, ABRAMED e CBDL).
Por fim, concluímos que, apesar das limitações para o uso de testes sorológicos (anticorpos) apontadas pela Organização Mundial de Saúde, esses testes poderão ser decisivos para a tomada de decisões clínicas e epidemiológicas no processo de enfrentamento da pandemia, desde que sua implementação seja bem estabelecida e de forma integrada entre os diferentes atores da Sociedade Civil e Governo. Assim, a atenção dada aos pontos essenciais será a chave do sucesso no combate ao coronavírus: acesso, qualidade, treinamento, testagem ampliada e captação dos dados para uma base epidemiológica.
Fonte: Labornews