O termo hemoglobina glicada (HbG), HbA1c, ou A1c se refere a um conjunto de substâncias formadas com base em reações entre a hemoglobina A (HbA) e vários carboidratos. A HbA é a forma principal e nativa da hemoglobina, sendo que a HbA0 é o principal componente da HbA, que corresponde à fração não glicada da HbA. Por outro lado, a HbA1 total corresponde a formas de HbA carregadas mais negativamente devido à adição de glicose e outros carboidratos. Existem vários subtipos de HbA1, sendo HbA1a1, HbA1a2, HbA1b e HbA1c. A HbA1c é a principal fração e corresponde a 80% da HbA1, e se refere à hemoglobina glicada propriamente dita, formada pela ligação não enzimática da glicose com a porção N-terminal valina (glicação) na cadeia beta da HbA, formando uma base de Schiff instável (pré-HbA1c, HbA1c lábil ou instável) que sofre um rearranjo irreversível (rearranjo de Amadori), formando uma cetoamina estável.
A utilização da HbA1c na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos passou a ser cada vez mais empregada e aceita pela comunidade científica após 1993, depois de ter sido validada pelos dois estudos clínicos mais importantes sobre a avaliação do impacto do controle glicêmico sobre as complicações crônicas do diabetes, o DCCT – Diabetes Control and Complications Trial e o UKPDS – United Kingdom Prospective Diabetes Study.
Fonte: Labtest