O Zika Vírus (ZIKV), é um membro da família Flaviviridae transmitido aos seres humanos por mosquitos do gênero Aedes, foi primeiro isolado na África em 1947 e foi encontrado comumente circulado em regiões tropicais na África e na Ásia.
Após um grande surto de Zika na Polinésia Francesa de 2013 a 2014, o vírus conseguiu surgir em novos territórios do continente americano, e foi encontrado circulando em 26 países e territórios da América do Sul e do Caribe.
Antes desse surto, a pesquisa sobre a patogênese de ZIKV foi largamente negligenciada porque indivíduos infectados são freqüentemente assintomáticos ou apresentam sintomas leves.
Em Julho de 2015, o Brasil notificou uma associação entre a infecção pelo vírus Zika e a síndrome de Guillain-Barré. Em Outubro de 2015, o Brasil notificou uma associação entre a infecção pelo vírus Zika e a microcefalia.
Transmissão e Sintomas:
A crescente urbanização e viagens internacionais facilitam a propagação dos mosquitos vetores e, portanto, as doenças virais que eles carregam.
Os vírus Zika, Dengue e Chikungunya são transmitidos pelas mesmas espécies de mosquitos e podem circular na mesma área e causar co-infecções ocasionais.
Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.
Tratamento:
Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus zika. Também não há vacina contra o vírus. O tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. Não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) e outros anti-inflamatórios, em função do risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por outros flavivírus. Os casos suspeitos devem ser tratados como dengue, devido à sua maior frequência e gravidade conhecida. No caso de gestante deve-se ter um cuidado especial devido à relação do vírus da zika com a microcefalia.
Diagnóstico:
No atual estágio de evolução das pesquisas para desenvolvimento de testes diagnósticos do Zika, estão disponíveis no mercado exames para detectar a presença do vírus durante a fase ativa da doença, detectado por meio do exame de PCR (Reação de Polimerase em Cadeia). Este exame identifica diretamente no sangue do paciente a presença do material genético do vírus. Como a doença é geralmente autolimitada e o vírus é eliminado em pouco tempo, esse exame tem maior utilidade diagnóstica antes do término dos sintomas.
Os Testes Sorológicos fornecem uma janela de diagnóstico mais longa que outros métodos como PCR, e são adequados para o diagnóstico de infecções agudas bem como para a vigilância da doença.
Algoritmo de Teste para Detecção de Arbovírus:
O vírus Zika (ZIKV) pertence à família Flaviridae e ao género Flavivirus sendo, portanto, aparentado do ponto de vista evolutivo com outros arbovírus transmitidos por mosquitos, como o são o vírus dengue, vírus da febre-amarela (YFV) e vírus do Nilo Ocidental, podendo ocorrer reação cruzadas. Devido a essa semelhança molecular sugere-se a utilização dos testes do algoritmo abaixo para detecção da doença.
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Bibliografia:
http://rededengue.fiocruz.br/ acesso em 30/11/2016 | http://www.grupoghanem.com.br/ acesso em 30/11/2016
http://scielo.iec.gov.br/pdf/rpas/v6n2/v6n2a01.pdf | http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/virus_zika_brasil_resposta_sus.pdf
http://ecodiagnostica.com.br/wp-content/uploads/2016/09/Folder-Arbovirose-WEB.pdf