Gripe (Influenza)

Gripe (Influenza)

A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe: ABC e D. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Tipo A – são encontrados em várias espécies de animais, além dos seres humanos, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves. As aves migratórias desempenham importante papel na disseminação natural da doença entre distintos pontos do globo terrestre. Eles são ainda classificados em subtipos de acordo com as combinações de 2 proteínas diferentes, a Hemaglutinina (HA ou H) e a Neuraminidase (NA ou N). Dentre os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1)pdm09 e A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam humanos. Alguns vírus influenza A de origem animal também podem infectar humanos causando doença grave, como os vírus A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), A(H1N2v) e outros.

Tipo B
 – infectam exclusivamente os seres humanos. Os vírus circulantes B podem ser divididos em 2 principais grupos (as linhagens), denominados linhagens B/ Yamagata e B/ Victoria. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos.

Tipo C
– infectam humanos e suínos. É detectado com muito menos frequência e geralmente causa infecções leves, apresentando implicações menos significativa a saúde pública, não estando relacionado com epidemias. Em 2011 um novo tipo de vírus da gripe foi identificado. O vírus influenza D, o qual foi isolado nos Estados Unidos da América (EUA) em suínos e bovinos e não são conhecidos por infectar ou causar a doença em humanos.

Sintomas

Os principais sintomas da gripe são:

  • Febre;
  • Dor de garganta;
  • Tosse;
  • Dor no corpo;
  • Dor de cabeça.

Adulto – O quadro clínico em adultos sadios pode variar de intensidade.
Criança – A temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais e também podem fazer parte os quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais.
Idoso – quase sempre se apresentam febris, às vezes, sem outros sintomas, mas em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos.

Os demais sinais e sintomas da gripe (influenza) são habitualmente de aparecimento súbito, como:

  • Calafrios;
  • Mal-estar;
  • Cefaleia;
  • Mialgia;
  • Dor nas juntas;
  • Prostração;
  • Secreção nasal excessiva

Podem ainda estar presentes na gripe (influenza) os seguintes sinais e sintomas:

  • Diarreia;
  • Vômito;
  • Fadiga;
  • Rouquidão;
  • Olhos avermelhados e lacrimejantes

Complicações

Alguns casos podem evoluir com complicações, especialmente em indivíduos com doença crônica, idosos e crianças menores de 2 anos, o que acarreta elevados níveis de morbimortalidade. As complicações mais comuns são:

  • pneumonia bacteriana e por outros vírus;
  • sinusite;
  • otite;
  • desidratação;
  • piora das doenças crônicas;
  • pneumonia primária por influenza, que ocorre predominantemente em pessoas com doenças cardiovasculares (especialmente doença reumática com estenose mitral) ou em mulheres grávidas.

A principal complicação são as pneumonias, responsáveis por um grande número de internações hospitalares no país.

 

Tratamento

De acordo com o Protocolo de Tratamento de Influenza 2017, do Ministério da Saúde, o uso do antiviral Fosfato de Oseltamivir está indicado para todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e casos de Síndrome Gripal (SG) com condições ou fatores de risco para complicações. O início do tratamento deve ocorrer preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. Condições e fatores de risco para complicações, com indicação de tratamento:

  • Grávidas em qualquer idade gestacional;
  • Puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal);
  • Adultos ≥ 60 anos;
  • Crianças < 5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade);
  • População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso;
  • Pneumopatias (incluindo asma);
  • Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica);
  • Nefropatias;
  • Hepatopatias;
  • Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme);
  • Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus);
  • Transtornos neurológicos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares);
  • Imunossupressão (incluindo medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana);
  • Obesidade (Índice de Massa Corporal – IMC ≥ 40 em adultos); Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado com ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye).

Prevenção

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações. A vacina é segura e é considerada uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e óbitos por gripe. A constante mudança dos vírus influenza requer um monitoramento global e frequente reformulação da vacina contra a gripe. Devido a essa mudança dos vírus, é necessário a vacinação anual contra a gripe. Por isso, todo o ano, o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe. Este imunobiológico oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS) protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul.

Além da vacinação orienta-se a adoção de outras medidas gerais de prevenção para toda a população. Medidas estas, comprovadamente eficazes na redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, como vírus da gripe:

  • Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
  • Utilize lenço descartável para higiene nasal;
  • Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
  • Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Mantenha os ambientes bem ventilados;
  • Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
  • Evite sair de casa em período de transmissão da doença;
  • Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
  • Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Referências:
– Site GOV: Gripe (Influenza)


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Influenza em alta em Minas Gerais: A importância do diagnóstico rápido

Influenza em alta em Minas Gerais: A importância do diagnóstico rápido

Autor: Erlisson Salles

Cenário Atual em Minas Gerais Maio 2025

Dados recentes divulgados pelo sistema InfoGripe (Fiocruz) e pelas secretarias estaduais de saúde apontam uma alta circulação de Influenza A (H1N1) em diversas cidades de Minas Gerais, com tendência de aumento nas próximas semanas. A elevação nos atendimentos por Síndrome Gripal e casos suspeitos de Influenza tem lotado unidades públicas e privadas, gerando forte demanda por testes rápidos em laboratórios clínicos.

A Influenza é uma infecção viral respiratória aguda, de fácil transmissão, causada pelos vírus Influenza tipo A (como o H1N1 e H3N2) e tipo B. A rápida identificação dos casos é fundamental para evitar surtos e orientar o tratamento adequado.

Sinais e Sintomas da Influenza

Sintomas mais comuns:
– Febre alta de início súbito
– Dor de garganta
– Dores no corpo e articulações
– Tosse seca
– Calafrios
– Cansaço ou fadiga intensa
– Dor de cabeça

Sintomas menos comuns:
– Vômitos e diarreia (mais frequentes em crianças)
– Irritação nos olhos
– Falta de apetite
– Dificuldade respiratória

O que é o vírus Influenza?

O vírus Influenza pertence à família Orthomyxoviridae, com os tipos A e B sendo os mais relevantes para a saúde humana.

– Influenza A: subdividido em subtipos como H1N1 e H3N2, pode infectar humanos e animais.
– Influenza B: afeta exclusivamente humanos e pode provocar surtos sazonais.

Por ser um vírus de RNA, o Influenza tem alta capacidade de mutação, favorecendo o surgimento de novas cepas e exigindo vigilância constante da comunidade científica.

Como se dá a transmissão?

A transmissão do vírus Influenza ocorre principalmente por gotículas respiratórias (tosse, espirro, fala) e também pelo contato com superfícies contaminadas.
A infecção pode ocorrer rapidamente em ambientes fechados e com aglomeração, tornando escolas, empresas e unidades de saúde locais críticos para a disseminação.
O período de incubação varia de 1 a 4 dias, e a transmissão pode acontecer antes mesmo do aparecimento dos sintomas.

Profilaxia e Prevenção

A principal forma de prevenção é a vacinação anual, com campanhas públicas geralmente realizadas entre março e maio.
Outras medidas importantes incluem:

– Higienização frequente das mãos
– Uso de máscaras em caso de sintomas gripais
– Isolamento domiciliar durante o período de transmissão
– Boa ventilação de ambientes

Tratamento

Na maioria dos casos, o tratamento é sintomático: repouso, hidratação e antitérmicos.

Em pacientes de risco ou em quadros mais graves, devem procurar orientação médica, nunca se automedique.

O início precoce do tratamento, preferencialmente nas primeiras 48 horas de sintomas, é crucial para evitar complicações.

Importância do Diagnóstico Laboratorial

O diagnóstico laboratorial é um aliado essencial no controle de surtos e no direcionamento terapêutico.

Com sintomas semelhantes aos de outras viroses (como Covid-19 e Rinovírus), a Influenza exige diferenciação rápida e precisa para que o paciente receba o tratamento adequado.

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O papel dos testes rápidos na saúde de pets idosos: como identificar problemas antes que eles se agravem

O papel dos testes rápidos na saúde de pets idosos: como identificar problemas antes que eles se agravem

Cuidar de um pet idoso é uma tarefa que exige atenção e carinho redobrados. Assim como nós, os animais envelhecem e ficam mais propensos a desenvolver doenças crônicas. Diagnosticar esses problemas precocemente é essencial para oferecer qualidade de vida e evitar complicações graves. 

Os testes rápidos estão se tornando aliados poderosos. Com tecnologias acessíveis e precisas, eles ajudam tutores e veterinários a identificar sinais de alerta antes que os sintomas se agravem. Aqui, vamos abordar o papel desses testes no cuidado de pets idosos e como eles podem transformar a saúde animal. 

Por que os pets idosos precisam de cuidados especiais? 

Os animais de estimação envelhecem mais rapidamente que os humanos. Dependendo da espécie e raça, um pet pode ser considerado idoso a partir dos 7 anos de idade. Com o avanço da idade, o corpo passa por mudanças que afetam a saúde, como: 

  • Diminuição da capacidade renal. 
  • Alterações no metabolismo da glicose. 
  • Desgaste das articulações e músculos. 

Essas mudanças aumentam o risco de doenças crônicas, como insuficiência renal, diabetes e artrite. No entanto, muitos desses problemas podem ser tratados, especialmente quando detectados precocemente. 

O que são testes rápidos para pets? 

Os testes rápidos são ferramentas diagnósticas que fornecem resultados em minutos. Eles detectam marcadores de doenças no sangue, urina ou saliva do animal, auxiliando o veterinário na tomada de decisão rápida. 

Ao contrário de exames laboratoriais que podem demorar dias, os testes rápidos permitem intervenções imediatas, muitas vezes no mesmo momento da consulta. 

 Doenças comuns em pets idosos e como os testes rápidos ajudam 

  1. Insuficiência renal

A insuficiência renal é uma das principais causas de mortalidade em cães e gatos idosos. Ela ocorre quando os rins não conseguem filtrar as toxinas do organismo de forma eficiente. 

Sinais de alerta: 

  • Aumento da sede. 
  • Perda de apetite. 
  • Urina mais frequente ou em menor volume. 

Como os testes rápidos ajudam:
Testes de creatinina e ureia podem detectar alterações nos rins em estágio inicial. Isso permite ajustar a dieta do pet e iniciar tratamentos antes que o quadro se torne irreversível. 

  1. Diabetes

Assim como em humanos, a diabetes é comum em pets idosos, especialmente em gatos obesos e cães de raças predispostas. 

Sinais de alerta: 

  • Sede excessiva. 
  • Perda de peso repentina. 
  • Urinar em locais incomuns. 

Como os testes rápidos ajudam:
Testes de glicemia realizados no consultório identificam níveis elevados de açúcar no sangue. Com isso, o veterinário pode recomendar mudanças alimentares e, se necessário, o uso de insulina. 

  1. Artrite

A artrite é uma condição dolorosa que afeta as articulações, reduzindo a mobilidade e o bem-estar do pet. 

Sinais de alerta: 

  • Dificuldade para subir escadas ou caminhar. 
  • Rigidez ao se levantar. 
  • Redução na vontade de brincar. 

Como os testes rápidos ajudam:
Testes que detectam marcadores inflamatórios indicam se há inflamação nas articulações. Isso permite iniciar terapias com medicamentos ou suplementos antes que o animal sofra limitações severas. 

 Benefícios dos testes rápidos no cuidado de pets idosos 

Os testes rápidos oferecem vantagens que tornam o diagnóstico precoce mais acessível e eficiente. Entre os principais benefícios estão: 

  • Rapidez nos resultados: o diagnóstico pode ser feito na própria consulta, sem a necessidade de espera. 
  • Menos estresse para o pet: por serem simples e rápidos, esses testes reduzem o desconforto e a ansiedade dos animais. 
  • Prevenção de complicações: identificar doenças no início aumenta as chances de sucesso no tratamento. 
  • Redução de custos: tratar doenças precocemente é mais econômico do que lidar com complicações avançadas. 

 Como monitorar a saúde de pets idosos regularmente? 

Além dos testes rápidos, é importante adotar uma rotina de cuidados preventivos. Aqui estão algumas dicas para manter o bem-estar do seu pet idoso: 

  1. Consultas regulares ao veterinário: o ideal é levar seu pet para um check-up a cada seis meses. 
  1. Dieta adequada: alimentos específicos para pets idosos ajudam a prevenir problemas de saúde. 
  1. Atividade física moderada: exercícios leves mantêm as articulações saudáveis e evitam o ganho de peso. 
  1. Monitoramento em casa: fique atento a mudanças de comportamento, apetite e hábitos do pet. 

 O futuro dos testes rápidos na saúde veterinária 

A tecnologia continua avançando, e os testes rápidos estão se tornando cada vez mais acessíveis e precisos. No futuro, podemos esperar: 

  • Integração com dispositivos móveis: resultados de testes poderão ser enviados diretamente para aplicativos, facilitando o monitoramento. 
  • Automação: equipamentos modernos reduzirão ainda mais o tempo necessário para análises. 
  • Maior diversidade de doenças testadas: novos marcadores permitirão diagnosticar uma gama ainda maior de condições em pets. 

 Diagnósticos rápidos, vidas mais longas 

Os testes rápidos estão transformando a saúde de pets idosos. Com eles, é possível identificar problemas como insuficiência renal, diabetes e artrite antes que se agravem, garantindo mais qualidade de vida aos nossos amigos de quatro patas. 

Cuidar de um pet idoso é um ato de amor. Com a ajuda da tecnologia e da atenção dos tutores, esses animais podem envelhecer com saúde e conforto.

Referencia:
– Blog da Celer

A ciência por trás dos testes rápidos: como eles são desenvolvidos e validados

A ciência por trás dos testes rápidos: como eles são desenvolvidos e validados

Nos últimos anos, os testes rápidos revolucionaram o setor da saúde ao oferecer diagnósticos ágeis e acessíveis, permitindo decisões médicas mais eficazes e oportunas. Com a crescente necessidade de diagnósticos rápidos e precisos, esses dispositivos ganharam destaque em diferentes contextos clínicos, desde emergências hospitalares até triagens comunitárias e atendimento domiciliar.

Mas como esses testes são desenvolvidos e validados antes de serem comercializados? O processo envolve alta tecnologia, rigorosos protocolos científicos e aprovação de órgãos reguladores. Este artigo traz os princípios científicos, as etapas de desenvolvimento e os métodos de validação dos testes rápidos, garantindo que eles ofereçam resultados confiáveis para a prática clínica.

Os fundamentos científicos dos testes rápidos

Os testes rápidos utilizam princípios bioquímicos e imunológicos para detectar substâncias específicas em amostras biológicas, como sangue, urina e saliva. A precisão desses dispositivos depende de técnicas avançadas de reconhecimento molecular, que garantem a detecção seletiva de biomarcadores clínicos. 

Imunocromatografia de fluxo lateral 

imunocromatografia de fluxo lateral é a tecnologia mais utilizada nos testes rápidos. Essa técnica permite a detecção de antígenos ou anticorpos com alta sensibilidade e especificidade. Seu funcionamento segue os seguintes passos: 

– A amostra biológica é aplicada em um substrato poroso que contém partículas conjugadas com anticorpos específicos. 

– Caso o biomarcador-alvo esteja presente, ele se liga ao anticorpo conjugado, formando um complexo. 

– Esse complexo migra por capilaridade até a zona de detecção, onde interage com outro anticorpo imobilizado, gerando um sinal visual (linha colorida). 

Essa metodologia é amplamente utilizada em testes rápidos para doenças infecciosas, como HIV, dengue e COVID-19, pois oferece um diagnóstico rápido e confiável sem a necessidade de equipamentos sofisticados. 

Reações enzimáticas e colorimétricas 

Os testes baseados em reações enzimáticas utilizam catalisadores biológicos para converter um substrato específico em um produto detectável visualmente. Essa tecnologia é empregada em testes como: 

– Glicemia capilar – onde a glicose reage com a glicose-oxidase, produzindo uma coloração proporcional à sua concentração. 

– Testes bioquímicos rápidos – que utilizam enzimas específicas para detectar substâncias como ureia e creatinina. 

Essas reações são fundamentais para a obtenção de resultados quantitativos rápidos em ambientes clínicos e laboratoriais. 

Amplificação molecular rápida 

Com o avanço da biotecnologia, técnicas de amplificação molecular rápida têm sido incorporadas aos testes rápidos para aumentar a sensibilidade diagnóstica. Métodos como LAMP (Loop-mediated Isothermal Amplification) permitem a amplificação de DNA ou RNA em temperatura constante, sem a necessidade de termocicladores complexos, como os utilizados na PCR tradicional. 

Essa abordagem tem sido essencial para o diagnóstico de doenças infecciosas, especialmente na detecção de vírus como SARS-CoV-2 e Influenza, garantindo rapidez e alta precisão. 

O desenvolvimento dos testes rápidos 

A criação de um teste rápido exige um processo rigoroso de pesquisa, design e validação para garantir sua eficiência e reprodutibilidade. Esse desenvolvimento segue etapas bem definidas.

1. Identificação do biomarcador-alvo

O primeiro passo no desenvolvimento de um teste rápido é a escolha do biomarcador que será detectado. Esse biomarcador deve apresentar: 

– Alta especificidade – ser exclusivo da doença ou condição investigada. 

– Concentração mensurável – estar presente em níveis detectáveis nas amostras biológicas. 

– Estabilidade química – resistir a variações de temperatura e transporte. 

Biomarcadores comuns incluem proteínas virais, enzimas, hormônios e metabólitos específicos.

2.  
Seleção dos reagentes biológicos

Os reagentes utilizados nos testes rápidos, como anticorpos, enzimas e nanopartículas, precisam ser altamente específicos para minimizar reações cruzadas. Os principais desafios nesta etapa incluem: 

– Produção de anticorpos monoclonais – garantindo alta especificidade. 

– Otimização de conjugados de nanopartículas – para aumentar a visibilidade do sinal. 

– Desenvolvimento de substratos estáveis – que não degradem ao longo do tempo.

3. Design do dispositivo e otimização

Após a seleção dos reagentes, o dispositivo precisa ser projetado para garantir funcionalidade e facilidade de uso. Alguns aspectos fundamentais incluem: 

– Tempo de reação ideal – geralmente entre 5 e 20 minutos. 

– Volume da amostra necessário – mínimo possível para maior conveniência. 

– Portabilidade e ergonomia – facilitando o manuseio em diferentes ambientes clínicos. 

Testes piloto são conduzidos para verificar a robustez do design e corrigir possíveis falhas antes da validação clínica. 

Processo de validação e aprovação regulatória 

A validação de um teste rápido é um processo crítico para garantir sua confiabilidade antes de sua introdução no mercado. Esse processo envolve diversas análises laboratoriais e ensaios clínicos rigorosos. 

Testes de precisão e especificidade 

Os ensaios clínicos avaliam o desempenho do teste rápido em comparação com métodos laboratoriais tradicionais. Os principais parâmetros analisados incluem: 

– Sensibilidade diagnóstica – capacidade de identificar corretamente os casos positivos. 

– Especificidade diagnóstica – capacidade de evitar falsos positivos. 

– Reprodutibilidade – consistência dos resultados em diferentes amostras e condições. 

Estabilidade e armazenamento 

Além da precisão, os testes rápidos precisam ser estáveis durante o transporte e armazenamento. Ensaios de estabilidade são realizados para avaliar fatores como: 

– Resistência a variações de temperatura e umidade. 

– Durabilidade dos reagentes ao longo do tempo. 

– Conservação da funcionalidade em diferentes condições ambientais. 

Certificações e aprovação de órgãos reguladores 

Para serem comercializados, os testes rápidos precisam cumprir rigorosos requisitos de certificação estabelecidos por órgãos reguladores internacionais, como: 

– ANVISA (Brasil) – regulamenta dispositivos médicos e in vitro. 

– FDA (EUA) – controla a qualidade de produtos diagnósticos no mercado norte-americano. 

– CE-IVD (Europa) – certificação europeia para dispositivos de diagnóstico in vitro. 

Essas certificações garantem que os testes atendam aos padrões de qualidade e segurança exigidos para seu uso clínico. 

O impacto dos testes rápidos na medicina moderna 

A implementação de testes rápidos trouxe avanços significativos para a medicina diagnóstica, proporcionando benefícios como: 

– Diagnóstico precoce e tratamento imediato – reduzindo complicações e hospitalizações. 

– Descentralização dos exames laboratoriais – permitindo testes em locais remotos. 

– Otimização dos custos de saúde – reduzindo despesas hospitalares e laboratoriais. 

Além disso, os testes rápidos desempenham um papel essencial no monitoramento epidemiológico e na prevenção de surtos de doenças infecciosas. 

Pesquisa rigorosa, validação laboratorial e certificação regulatória 

Os testes rápidos representam um marco na evolução do diagnóstico clínico, combinando avanços em biotecnologia e engenharia para oferecer soluções ágeis e precisas. O processo de desenvolvimento desses dispositivos envolve rigorosa pesquisa científica, validação laboratorial e certificação regulatória, garantindo sua confiabilidade para uso clínico. 

Com a crescente necessidade de diagnósticos rápidos e eficientes, a tecnologia dos testes rápidos continuará a desempenhar um papel crucial na medicina moderna. 

Referência:
– Blog da Celer

A importância da vacinação e o novo calendário de 2025

A importância da vacinação e o novo calendário de 2025

A vacinação é um dos maiores marcos da história da saúde pública. Responsável por erradicar doenças, reduzir internações e salvar milhões de vidas todos os anos, ela representa muito mais do que uma medida preventiva individual — é um compromisso com a saúde coletiva.

Com o avanço da ciência e a constante vigilância epidemiológica, os calendários de vacinação precisam ser atualizados para atender às demandas de cada contexto.

Em 2025, o Ministério da Saúde anunciou mudanças importantes no Calendário Nacional de Vacinação, e a Semana Mundial da Imunização vem reforçar, mais uma vez, o quanto essa prática salva vidas — desde os primeiros momentos da vida até a terceira idade.

Por que a vacinação é tão importante?

A vacina é uma das tecnologias mais eficazes, seguras e acessíveis para a prevenção de doenças infecciosas.

Sua importância se estende por diversos aspectos:

  • Redução de hospitalizações e óbitos:
    Doenças como poliomielite, sarampo, rubéola, meningite e hepatite A,  já foram causas de mortes em larga escala no passado. Com a vacinação, não apenas sua ocorrência caiu drasticamente, como as formas graves também diminuíram.
  • Custo-efetividade
    A vacinação é um dos investimentos mais eficazes do ponto de vista econômico. Afinal, prevenir é sempre mais barato — e mais seguro — do que tratar!
  • Proteção individual e coletiva:
    Ao vacinar-se, a pessoa se protege e também protege quem está ao seu redor, especialmente aqueles que não podem receber determinadas vacinas por questões médicas.
  • Prevenção de doenças emergentes e reemergentes
    Em um mundo globalizado, com constante movimentação de pessoas e mudanças ambientais, o risco de surtos e pandemias é real.
    A vacinação é uma barreira científica fundamental contra essas ameaças. E um exemplo recente foi a pandemia da COVID-19.

Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação 2025

Com base em evidências científicas e estudos recentes, o Ministério da Saúde promoveu ajustes relevantes:

  • COVID-19:
    O imunizante segue no calendário com recomendações específicas por faixa etária e grupos de risco.
    A medida reforça que a COVID-19 continua sendo uma preocupação de saúde pública e que a proteção precisa ser mantida.
  • Influenza:
    Agora faz parte do calendário para crianças entre 6 meses e 5 anos, além de gestantes, idosos e outros grupos prioritários.
    É sempre bom lembrar que a gripe pode ter complicações graves — e a vacina é essencial para evitá-las.
  • Rotavírus:
    Houve ampliação da faixa etária para administração das doses:
    1ª dose: entre 2 meses até 11 meses e 29 dias
    2ª dose: até 23 meses e 29 dias
    O objetivo é garantir proteção contra essa importante causa de diarreia grave em bebês.
  • Poliomielite:
    A dose de reforço com a vacina oral poliomielite bivalente (VOPb) foi substituída por uma dose da vacina inativada (VIP) aos 15 meses.
    Essa mudança busca eliminar o uso da VOPb no Brasil, alinhando o país à estratégia global de erradicação da pólio.

Semana Mundial da Imunização 2025
24 a 30 de abril | Tema: “Imunização para todos é humanamente possível”

Promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a campanha de 2025 reforça o acesso igualitário à imunização em todas as fases da vida.

A ideia é clara: todas as pessoas, em todos os lugares, devem ter acesso à vacinação — um direito humano fundamental e uma ferramenta indispensável para sistemas de saúde resilientes.

A OMS ainda alerta que mais de 25 milhões de crianças deixaram de receber vacinas essenciais nos últimos anos, especialmente durante a pandemia. Recuperar essa cobertura é uma prioridade global.

E o papel dos laboratórios nisso tudo?

Os laboratórios clínicos também são protagonistas nesse cenário. Eles são fundamentais para:

  • Confirmar diagnósticos de doenças imunopreveníveis.
  • Realizar triagens sorológicas.
  • Monitorar a resposta imunológica pós-vacinação.
  • Garantir dados epidemiológicos confiáveis.

Investir em testes de alta qualidade, automatizados e precisos — como os oferecidos pela Labtest Virtue — é contribuir diretamente com estratégias de imunização mais eficazes.

Ou seja, em um cenário de avanços tecnológicos, novos desafios sanitários e maior acesso à informação, vacinar-se continua sendo um gesto de responsabilidade e cuidado — consigo mesmo e com os outros.

As mudanças no calendário de 2025 mostram que a ciência segue atenta e em movimento, e a Semana Mundial da Imunização nos convida a refletir: Como posso contribuir para um futuro mais saudável e justo para todos?

A resposta pode começar com uma simples pergunta ao médico ou uma visita ao posto de saúde mais próximo. Porque vacinar é um ato de esperança. E de humanidade.

Referência:
– Blog da
Labtest

O papel da hematologia no diagnóstico das leucemias

O papel da hematologia no diagnóstico das leucemias

Autor: Jessyca Silva

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, estima-se que haja 11.540 novos casos de leucemia por ano, entre 2023 e 2025. A leucemia ocupa a décima posição entre os tipos de câncer mais comuns no Brasil, quando excluídos os tumores de pele não melanoma.

A leucemia é um tipo de câncer nos glóbulos brancos, normalmente sem causa conhecida. Ela faz com que células doentes se acumulem na medula óssea e tomem o lugar das células do sangue que são saudáveis.

A medula óssea é a responsável pela produção das células que dão origem aos glóbulos brancos, que são os leucócitos, aos glóbulos vermelhos, que são as hemácias ou eritrócitos e as plaquetas. Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células saudáveis. Dessa forma, as células saudáveis do sangue na medula óssea vão sendo substituídas por células cancerosas anormais.

Existem mais de 12 tipos de leucemia, tendo como principais, quatro tipos primários, são elas: leucemia mielóide aguda (LMA), leucemia mielóide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (LLC).

Nas leucemias agudas, há um crescimento rápido e desordenado dos glóbulos brancos, gerando um acúmulo de células imaturas, chamadas blastos, e a doença se agrava em um curto intervalo de tempo.

Nas leucemias crônicas, também ocorre a multiplicação desordenada dos glóbulos brancos, mas a progressão é lenta, podendo levar meses ou até anos para se agravar. No início da doença, as células leucêmicas ainda conseguem desempenhar parte das funções dos glóbulos brancos normais. A doença geralmente é descoberta em exames de sangue de rotina.

O diagnóstico é baseado na avaliação do sangue periférico e da medula óssea. A presença de 20% ou mais de blastos no aspirado da medula óssea é um dos critérios para definição da leucemia e auxilia na diferenciação entre seus subtipos.

A seguir, descreveremos os principais exames utilizados no diagnóstico da doença:
Hemograma: principal exame de triagem, que, expõe o aumento ou diminuição dos glóbulos brancos, glóbulos vermelhos, plaquetas e a presença de Blastos;
Microscopia sanguínea medular – Mielograma: apresenta hipercelularidade medular devido ao aumento do número de Blastos;
Imunofenotipagem: consiste na pesquisa de marcadores de membrana ou citoplasma por meio da citometria de fluxo, considerado padrão-ouro na diferenciação entre linhagem mieloides e linfoide.
Análise citogenética e molecular: apresenta a anormalidade presente no clone leucêmico e, de acordo com seus resultados, define o tratamento e prognóstico dos pacientes.

A Centerlab, em parceria com a Nihon Kohden, possuem uma linha completa de equipamentos hematológicos. O Celltac G MEK-9100K e Celltack G+ MEK-9200 são analisadores de alta performance que oferecem resultados precisos e rápidos para a contagem e classificação das células sanguíneas. O destaque principal dos analisadores está nas tecnologias DynaHelix Flow e DynaScatter Laser que permitem a contagem diferencial em cinco partes, além da capacidade de identificar bastões e reticulócitos.

A tecnologia DynaHelix Flow utiliza um fluxo de invólucro e giratório para contar células sanguíneas com precisão. Esta tecnologia exclusiva reduz a “reentrada” das células sanguíneas após a passagem pela abertura de contagem porque o fluxo giratório empurra as células para o caminho de drenagem. Isso é muito eficaz, especialmente para amostras de baixo volume celular.

Figura 1 : Tecnologia DynaHelix Flow

A tecnologia DynaHelix Flow utiliza um fluxo de invólucro e giratório para contar células sanguíneas com precisão. Esta tecnologia exclusiva reduz a “reentrada” das células sanguíneas após a passagem pela abertura de contagem porque o fluxo giratório empurra as células para o caminho de drenagem. Isso é muito eficaz, especialmente para amostras de baixo volume celular.

Figura 2 : Tecnologia DynaScatter Laser   

A tecnologia DynaScatter Laser foi inicialmente desenvolvida para Diff de 5 partes, com apenas uma fonte de laser. No Celltac G+, um laser azul de 488 nm foi recentemente integrado à tecnologia para medição dos reticulócitos.

Os resultados podem ser analisados graficamente através do Scattergram. Três parâmetros podem ser observados, são eles:  tamanho, complexidade e granularidade.

Figura 3 : Matriz tridimensional



Figura 4 : Análise de resultado – Scattergram



Figura 5 : Celltac G+ MEK – 9200


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REFERÊNCIAS

  1. INCA, Instituto Nacional do Câncer. Disponível em <www.inca.gov.br/> Acesso em 15 de Abril de 2025.
  2. Fundação do Câncer. Disponível em <www.cancer.org.br/ >Acesso em 17 de Abril de 2025.
  3. NIHON KOHDEN .Disponível< https://br.nihonkohden.com/pt-br/products/invitro-diagnostics/5part-diff-hematology-analyzers/celltac-g-mek-9100> Acesso em 16 de Abril de 2025.
  4. NIHON KOHDEN. Disponível em < https://br.nihonkohden.com/pt-br/products/invitro-diagnostics/5part-diff-hematology-analyzers/celltac-g-mek-9200> Acesso em 22 de Abril de 2025.